Giullia Ricci tem 23 anos e uma grande história para contar, seu Pai Francesco Ricci é um dos chefes da máfia Italiana, seu dois irmãos mais velhos Giuseppe e Giovani também trabalham com ele.

Seus dois irmãos são casados e tiveram seus casamentos por um acordo entre familias poderosas da máfia, para que se fortalece-sem. Giullia era considerada rebelde pois as filhas dos mafiosos tinham que se comportar como mandava o figurino, Giullia literalmente saia dos padrões.

Giullia

Quando fiz 18 anos decidi sair, ir embora da casa dos meus pais, eu já sabia como tudo funcionava e não queria de jeito nenhum que, o que aconteceu com meus irmãos acontecesse comigo. As esposas deles deram sorte, não casaram com homens carrascos como a maioria dos mafiosos, apesar de duros, meus irmãos era gentis, mas eu no meu caso eu nunca poderia saber o que me esperaría.

Decidí também não viver do dinheiro do meu pai, então trabalhei, adquiri minha independência e estudei muito para ter uma carreira.

Minha mãe me ligava as vezes para saber como eu estava, meus irmãos ligavam para dar notícias, mas eu mesmo nunca me atreví a voltar para casa, eu apenas tinha medo de não conseguir sair novamente.

Enquanto estava na faculdade conheci Carlos, ele é filho de Brasileira com um Italiano, nós namoramos e ele seria o homem que eu me entregaria, porém quando eu estava prestes a fazer 23 anos ele sumiu por uma ou mais semanas e não deu notícias, fiquei um pouco abalada.

Depois de umas semanas Carlos voltou! ele apareceu em um café da cidade, mas estava estranho, não me olhava, nem se atrevía falar comigo, eu não sabia o que estava acontecendo então fui tirar satisfações.

Giullia:

- Carlos que raios está havendo que você não está falando comigo, nem está se atrevendo a me olhar nos olhos?

Carlos:

- Acabou Giullia, acho que não precisa de muito para entender.

Carlos me deixou falando e saiu andando, mas eu o conhecia muito bem e sabia que algo estava errado, mas sou um pouco orgulhosa então não iria insistir.

Faltava uma semana para o meu aniversário de 23 anos, já havia me formado e muitos planos eu já estava fazendo para o meu futuro.

Quando estava indo para a casa ainda confusa com tudo que havia acontecido com Carlos, tive a sensação mais um vez de estar sendo seguida, então apressei os passos mais rápido que pude e sem olhar para trás continuei até chegar em casa. Eu já tinha tido essa sensação algumas vezes principalmente agora que está perto do meu aniversário.

Assim que entro em casa checo tudo, quando se é filha de um mafioso, a gente passa a ser alerta sempre. Subo para o quarto, tiro minhas roupas e vou para debaixo do chuveiro, acabei chorando um pouquinho por conta da indiferença do Carlos.

Depois do banho me troquei e fui ler um livro chamado O corpo fala, sou muito observadora então queria entender de que modo nossos corpos falam. Derrepente a campainha toca e sinceramente não sei quem é, pois não sou de receber visitas, Kely tem a chave então não poderia ser ela.

Desço e vou abrir a porta e dou de cara com minha família, pai, mãe, irmãos e cunhadas, logo me veio um frio na barriga.

Peço para que eles entrem, antes mesmo que eu pudesse abraçar a todos, meu pai em um tom bem sério disse que precisávamos conversar, quando ele disse isso senti um calafrio na espinha.

Meu pai começou a falar o por que veio até aqui.

Francesco:

- Filha, o que tenho para falar não será agradável de ouvir, quero que me escute com atenção.

*Giullia:

- Certo, pai o que houve?

Francesco:

- Agora que irá completar 23 anos você terá que voltar e se casar com Sr. Matteo Mancinni

Giullia:

- Papá, do que o Sr. está falando?

(Pergunto desesperada)

Francesco:

- Filha mía perdóname, mas quando você nasceu, fizemos um acordo com a família Mancinni e agora esse acordo precisa ser cumprido.

Giullia:

- Não, eu não vou me casar, eu não posso me casar com esse homem, vocês sabem a reputação que esse homem tem, já viram o que ele faz, e ainda sim querem que eu me case com esse monstro.

Francesco:

- Perdoname bambina, mas pelo bem de todos nós, você precisa fazer isso.

Vi um desconforto no olhar do meu pai, uma tristeza no olhar da minha mãe, e um sentimento de impotência no olhar dos meus irmãos, naquele momento entendi que nada poderia fazer para me livrar daquela situação.

Mas se eu já estava comprometida, por que meu pai me deixou viver livremente até hoje?!

Giullia:

- Papá, se eu já estava destinada a isso, por que me deixou sair?

Francesco:

- Por que bambina, nós queríamos que você pudesse ter uma vida normal, mesmo que fosse por pouco tempo. Foi só o que conseguimos te dar. (Meu pai fala com lágrimas nos olhos)

Desde que chegaram, minha mãe não para de chorar, está inconsolável com essa situação, apesar dela saber de tudo isso desde o início.

Depois de toda a conversa, meus pais foram embora para um hotel e eu fui tentar dormir, para parar de pensar, queria que tudo fosse um pesadelo e que eu pudesse acordar a qualquer momento.

MATTEO

Tenho me concentrado no trabalho durante todos esses anos, tantos o legais, quanto os da máfia, fui criado por meu pai, pois minha mãe morreu no parto da minha irmã mais nova.

Assumindo todos os negócios da família, descobrir a dois anos atrás que meu pai tinha feito um acordo com a família Ricci para que eu me casa-se com a filha de Dom Francesco.

Sinceramente eu não tenho interesse nenhum nessa garota, já tenho uma mulher especial em minha vida, e outra que me divirto de vez em quando, o acordo só pode ser quebrado se eu repudiar a moça, porém pra isso eu teria que ter um motivo muito forte, sendo assim provavelmente serei forçado a me casar.

Quando soube do acordo, pedi que meus seguranças a vigia-se para que nenhum outro homem se aproximasse dela.

Em uma manhã recebi fotos dela beijando um cara, liguei para meu pai, que me informou que, ao que tudo indica, ela ainda não sabia do acordo. Houve rumores de que o cara estava preparando uma noite romântica, alugou até um quarto em um hotel, é claro que eu não deixaria ele tocar em um fio de cabelo dela, não por estar interessado, mas por que isso mancharia a honra de um capo.

Pedi para que meu seguranças o levassem para dar uma volta, quando fiquei cara a cara com o infeliz, fui bem claro em dizer que se ele olhasse pra minha noiva novamente eu mataria cada membro de sua família e o faria assistir e por último sería ele. Sinceramente acho que ele entendeu o recado.

Desde então mantenho ela sob meus olhos, e a cada passo que ela dá eu há observo.

******GIULLIA******

Foi tão difícil aceitar, mas na manhã seguinte meu pai bateu na porta, desci correndo para abrir, meu pai olhou em meus olhos e disse que eu deveria voltar para a casa, pra que eu possa me preparar.

Eu estava tão desolada, não queria ir, não queria sair de maneira nenhuma, mas meu pai insistiu que eu resolvesse o que tivesse para resolver até o termino da semana, pois no final de semana ele iria mandar me buscar. Eu estava em uma cidade vizinha Monreale, fica bem ao lado de Palermo, onde meus pais moram.

Meus familiares voltaram para Palermo e eu resolvi aproveitar o tempo que me resta. Eu não conhecia meu noivo, mas sabia que ele era um homem muito temido e que ninguém se atrevía a cruzar seu caminho, alguns diziam que se olhar feio pra ele, ele arranca os olhos sem dó nem piedade, eu literalmente iria me casar com um monstro.

O dia foi passando, então decidi chamar Kely para sair, bom ela nem exitou (risos), quando fala em sair, nem precisa falar duas vezes. Já arrumadas Kely decide me levar a uma boate de um amigo que está bombando, não sou muito fã mas meti o pé na jaca.

Quando chegamos fomos super bem recepcionadas, ao olhar atentamente em um canto da boate havia um homem bem vestido em uma área VIP, o cara parecia ser muito importante, mas não olhei muito pois havia muitas mulheres próximo dele.

Fui até o bar pegar bebidas pra mim e pra Kely, começamos a dançar, mas desde a hora que cheguei senti um desconforto, um calafrio, um arrepio e meu estômago estava estranho, mas continuei dançando e me divertindo.

Kely se arranja muito fácil na balada, começa a dançar com um cara e me abandona (que amiga essa minha), continuo dançando e um rapaz vem chegando em mim e colocando suas mãos na minha cintura, por ser bonitinho deixo tudo rolar já que daqui alguns dias vou para o "meu velório" então vou aproveitar.

Viro de costas para o cara e não sinto mais as mãos dele em mim, quando viro, o cara que estava sentado na área VIP estava com mais dois homens ameaçando o cara. Fiquei sem entender nada e muito assustada.

MATTEO

Já que estava na cidade de Monreale, pois tinha ido resolver alguns assuntos resolvi prestigiar um amigo, dono de uma boate que abriu a pouco tempo, mas por conta do trabalho ainda não tinha ido visitar.

Moraes preparou um lugar para que eu pudesse ficar, a área VIP da casa. enquanto estava sentado curtindo, um dos meus seguranças me avisa que a minha futura noiva acabou de entrar na boate, não sei por que mas fiquei com muita raiva.

Olho para a pista de dança e vejo ela entregando uma bebida para outra moça, depois de uns minutos ela deixa minha noivinha sozinha e saiu com um cara, até aí estava tudo bem, mas quando um cara chegou nela pegando em sua cintura e ela permitindo, eu tinha que fazer algo, assim que ela virou de costas pra ele eu o parei e disso

Matteo:

- Fique longe da minha mulher, se não quiser morrer.

Ordenei que os seguranças tira-se o dali, com raiva peguei aquela mulher, coloquei no ombro e sai da boate.

Ela ficou gritando, mas ninguém se atreveria a se intrometer.

Joguei minha amada noivinha dentro do carro e partimos para a casa dela, eu poderia castiga-la de alguma forma, mas não seria bem visto já que oficialmente não estávamos comprometidos.

Ela com uma cara de poucos amigos, inexpressiva e nada amigável, ela não me conhecia, como não poderia estar com medo ou algo assim, eu simplesmente poderia ser um sequestrador.

Matteo:

- Como você não está com medo senhorita, você nem sabe quem sou.

Giullia:

- Pra que?! assim poupa o meu trabalho de ter que voltar pra casa e me casar com alguém que mal conheço.

Percebi o descontentamento dela, mas era de se esperar já que ela foi embora de casa justamente para não passar por isso.

O resto do caminho não trocamos uma palavra, chegamos na casa dela, pedi que os seguranças verificassem e depois de verificado ela entrou. Essa mulher me deixa furioso, mas me apresentarei em outra ocasião mais apropriada.

Assim que a deixei em casa fui ver Eliza que veio junto comigo nessa viajem, não sou de me deitar com qualquer uma então tenho alguém exclusiva para os meus caprichos.

Chego no quarto de hotel, quando abro a porta vejo Eliza deitada no sofá com uma lingerie sexy vermelha, seus cabelos loiros em um coque, fazendo sei corpo ficar mais visível.

Com ela vou direto ao ponto então a levo para o quarto e transamos, nada fora do normal, gosto de dormir sozinho então quando terminamos Eliza sai e vai para o seu quarto, tomo um banho e vou dormir, poia amanhã o dia será cheio.

GIULLIA

Depois que vi aqueles homens, imaginei que meu pai estava tentando me resguardar, já que as mulheres prometidas a mafiosos precisavam ser virgens, apesar de ter ficado com muita raiva por terem acabado com minha diversão, não briguei com ninguém pois de algum modo poderia ter consequências mais graves.

O cara bem vestido que estava na área VIP, me coloca em seus ombros e me leva para fora da boate me jogando dentro do carro, confesso que fiquei com um pouco de medo, não conheço os homens do meu pai, mas se não fosse poderia acabar com a minha tortura de ter que se casar.

No caminho para casa me mantive inexpresiva, apesar de ter saído da casa dos meus pais aos 18 anos, eu sabia muito bem como funcionava. O cara tentou puxar assunto, mas fui incisiva na minha resposta e após isso um silêncio dominava o carro.

Ele fez o caminho certinho até minha casa, pediu para alguns homens checarem o lugar e depois entrei, subi para o meu quarto, tomei banho e dormi, queria acordar do pesadelo que estava vivendo e essa era só a ponta do Ice berg.

No dia seguinte custei em acordar, estava doida pra continuar dormindo, por que a realidade era dura demais, tomei um banho demorado, me troquei e desci para tomar café, quando estava em direção a cozinha a campainha toca e vou atender.

MATTEO

Hoje acordei super disposto, conversei com Dom Francesco, pois ele iria mandar alguém para buscar sua filha, ela faria aniversário no domingo, então sábado teria que ser nosso noivado.

Avisei a Dom Francesco que eu mesmo levaria ela para a cidade já que estaria retornando na sexta-feira também, ele aceitou e disse para eu ter paciência, pois minha Giullia não era muito fácil de lidar.

Eliza entra no quarto para tomarmos café juntos, mas tenho outros planos, então aviso que poderá tomar café pois tenho coisas para resolver.

Saio do hotel e vou em direção a casa da minha futura esposa, ontem ela passou dos limites, então irei perturbar sua mente um pouco, vou me apresentar como seu futuro marido (um sorriso maldoso surge).

GIULLIA

Abro a porta e dou de cara com o homem que me trouxe para casa ontem, o que ele está fazendo aqui?!(penso eu).

Giullia:

- Você?! bom, em que posso te ajudar?

Matteo:

- Olá Giullia! sou Matteo, seu futuro marido.

Naquele momento me faltou ar, mas não deixei transparecer meu desconforto, principalmente sabendo que a cena de ontem era ele que estava lá.

Giullia:

- Certo, nosso casamento é só no próximo domingo, o que faz aqui?

Matteo:

- Vim para tomarmos café juntos, organizarmos nossa viajem de retorno e deixarmos alguns pontos claros já que você será minha esposa.

Um frio na espinha me sobe, ele é nada mais e nada menos que o capo mais temido, mais sangue frio, muitos dizem que ele matou a esposa do próprio irmão, o que ele poderia fazer comigo?!

Claro que não deixei o meu pavor tomar conta de mim e o convidei para entrar...