CAPÍTULO 01

Evangeline Milon mais conhecida como "Eva". Uma Adolescente de 17 anos que acabou de sair do colegial para a faculdade.

O ensino médio foi tranquilo, tinha vários amigos e ela sempre foi uma aluna nota dez.

Já na faculdade ai sim e outra história.

No início Evangeline ou Eva se preferir chamar assim, chegou sorridente e no primeiro dia na faculdade recebeu uma trolagem; Uma chuva de ovos na cabeça. Eva odiou aquilo.

Rindo dela e o causador da afronta ali estava o lindo galã e mal (quero dizer ele era o carinha que gostava de zombar de todos, aquele típico rapaz capaz de praticar crueldades), chamado: Fernando Torres de 19 anos.

Aquele sorrisinho diabólico dele aflorou a raiva de Eva. Ela que sempre foi gentil e amiga de todos se viu pela primeira vez tendo ódio de alguém.

- Olha a carinha desses novatos encharcados de ovo.

Falou o rapaz líder da quadrilha, como Eva classificou na sua mente.

Eva virou para lado e viu que além dela tinha mais três pessoas sujas de ovo. Àquilo era um pesadelo, como eles poderiam fazer isso com as pessoas.

Sorte dela que suas roupas estavam na mala no quarto. Mas e se tivesse deixado pra trazer mais tarde suas coisas!! Como iria se trocar.

Ela disse:

- Vocês não tem educação? São uns animais.

Eva falava com raiva enquanto tentava tirar pedaços da casca de ovo do cabelo.

Fernando que ria alto parou e chegou perto dela com um olhar intimidador e disse:

- Qual o seu nome coisinha?

Eva empinou o nariz e disse:

- Evangeline. Saiba que isso que fez não vai ficar assim eu vou...

Antes que ela pudesse terminar ele disse;

- Vai oque? Aqui não é o buraco de esgoto de onde você veio e sim a faculdade a onde eu mando. Se não quiser ter os piores dias da sua vida aqui é melhor calar a boca coisinha.

Eles estavam frente a frente. Fernando a olhou com desprezo.

- Vem Fernando deixa essa novata ai. Vai começar o ensaio das líderes de torcida vamos lá ver elas rebolar.

Falou um dos garotos em pé atrás dele.

Fernando ficou um tempo encarando Evangeline muito perto, ela sentiu a respiração dele em seu rosto.

- Vai tomar banho coisinha, esta fedendo.

Dito isso depois deu as costas a ela saindo.

Eva bufou e disse na mente: "Idiota desprezível."

Depois dessa primeira impressão os dias seguintes só foram ladeira abaixo.

O baile.

Festa da faculdade. Novidade para os novatos que acabaram de descobrir que tudo ali era motivo pra festejar: Festa da uva, festa da primavera, de outono, festa da melancia, Baile da amizade, etc.

Voltando para Evangeline e suas questões.

Evangeline gostou de um rapaz, e claro ela é uma jovem de 17 anos completos, acredita vocês que ela nunca namorou! Pois é! Essa era Eva.

Lembra dos três sujos de ovo no início? Então Eva fez amizade com eles; Débora, Judith e Caio.

Os três sentados na grama no intervalo.

- Eu não recebi nenhum convite para o baile. (falou Judith)

Eva olhou sem emoção alguma.

- Eu vou a luta. Quero ser convidada pelo Heitor.

Sim Eva gostava do Heitor, menino educado, inteligente e bonito. Quando ela o via nos corredores da faculdade uma música melódica romântica tocava em sua mente, se podia até descrever corações saindo de sua cabeça.

- Ainda com essa idéia fixa Eva? Heitor nem olha pra você. (falou Débora)

- Ele olhou pra mim sim.

Caio riu alto e disse:

- Minha cara amiga pegar um lápis que caiu no chão e devolver a dona não conta como paquera.

- Ela esta iludida Caio esqueça!

Os três tentavam convencer a amiga Eva que Heitor era o menino mais cobiçado da faculdade, além dele tinha outro. Sim ele mesmo!

O inimigo mortal de Eva.

Fernando. Só de vê-lo ou ouvir falar o seu nome Eva tremia de ódio, e a música que tocava em sua cabeça era aquela dos filmes de terror, na parte que o mostro perseguia a mocinha e Aaaaa!!!

Deixando seu adversário maléfico de lado ela focou em uma ideia.

- Eu vou fazer Heitor se apaixonar por mim vocês vão ver.

Os amigos sabiam que Eva era determinada mas conseguir era outra coisa.

O Baile.

Eva queria se destacar ela tinha colocado uma ideia absurda na cabeça, tentar se aproximar de Heitor. Nos dias seguidos ela conseguiu ficar mais próxima dele, sim, eles começaram a fazer trabalhos juntos. Foi um bom passo dado.

Um like para Eva.

Mas infelizmente ele convidou outra menina para o baile. Evangeline não satisfeita foi ao baile sozinha sem par mas determinada a conseguir Heitor.

Ela o viu dançando.

Mesmo de máscara ela sabia que era Heitor.

O Baile era de máscara todos com trajes lindos, as meninas com máscaras rosa e meninos com preta. Tudo ia bem. Até Evangeline ver uma oportunidade de colocar seu plano em prática.

A música romântica começou a tocar.

Eva olhou para os lados procurando alguém que pudesse ajudar em sua missão e viu um rapaz perto das bebidas indo em passos largos até onde ele estava.

Sem dizer uma palavra a doida da Eva puxou-o pela mão sem olhar diretamente para o seu rosto, sim ela saiu puxando o desconhecido.

Na mente perturbada de Evangeline ele não deveria ter um par por ser alguém antissocial, ela o encontrou sozinho perto das bebidas, então o estava ajudando. Certo?

Ele sendo arrastado por ela só teve tempo de deixar seu copo de lado na mesa e quando viu já estavam no meio do salão.

Evangeline nem olhou pro rosto do dele mesmo de máscara podia facilmente ver seus traços. O olhar dela estava focado em outro rapaz no Heitor dançando com sua parceira.

- Não fale nada só me ajuda. Ok

Falou Eva ao desconhecido.

Ele abriu um sorriso malicioso. Reconheceu a voz e pode até falar que reconhecia aquele meio rosto tampado.

A luz do ambiente era pouca, sabemos que em festas assim eles apagam as luzes principais e deixando apenas aquelas coloridas da decoração, o ambiente fica um pouco escuro.

Pra ser sincera muitos dos alunos já estavam usando essa baixa luminosidade pra ficarem se agarrando no escuro.

Enfim, sem dizer nada o rapaz colou seu corpo ao dela, deixando a música embalar seus passos.

Eva nem percebeu. Ele inalando seu perfume.

Claro que ela nem percebe. Sua atenção estava do outro lado da pista de dança.

Até que algo inesperado aconteceu: Ela viu Heitor beijando a outra garota.

Conforme eles dançavam foram se aproximando do casal. Eva em um impulso vendo que estava mais perto de Heitor também quis demonstrar estar a altura.

Ela estava tão enciumada por presenciar o beijo que virou bruscamente para o rapaz que dançava com ela e o beijou.

Eva! Eva! Selou seu destino.

O rapaz aprofundou o beijo. Eva ficou em choque momentâneo, ele abriu sua boca com a língua adentrando, ela só queria um selinho e acabou tendo um beijo de cinema.

Crianças saiam da sala!!! rsrs

Eva foi bruscamente solta por ele, que virou dando as costas indo embora, sumindo no meio da multidão.

Eva ficou parada no meio da pista sem saber oque fazer, quando abriu os olhos ela não o viu mais. Quem era ele? E porque a beijou daquele jeito?

Do lado de fora.

- Onde você se meteu Fernando a Catarina esta tendo um ataque e deixando todos nós surdos. Ela está te procurando.

Falou seu amigo. E comparsa de crime. (Quando falo de crime é porque eles fazem muitas coisas juntos "Trolagem, bagunça, brigas...")

- Eu fui beber alguma coisa e sair um pouco de perto daquela chata da Catarina. Ela já estava me dando nos nervos como me arrependo ter vindo com ela.

- Agora é tarde pra lamentações. Vamos logo que talvez a gente consiga apertar uns pertinhos e ter um sex0 quente hoje.

Fernando riu do comentário de seu amigo. Eles saíram juntos... mas a mente de Fernando estava em outra menina em outros lábios.

"Que droga como fui deixar ser beijado por ela."

Quando ele aceitou o jogo dela sua intenção era fazê-la passar vergonha, ele tinha um plano para dar uma lição em Eva por puxá-lo a força pra dançar.

Ele ficou com um ódio.

Foi arrastado por ela e a boba nem olhou pra sua cara, era nítido que sua atenção estava em outro rapaz e aí do nada ela o beija.

Ele foi pego de surpresa com a inesperada reação de Eva ao beijá-lo.

E agora ele não conseguia tirar a estranha sensação de querer sentir mais os lábios dela. Ele ficou tão irritado que a noite acabou antes do esperado.

Fernando dispensou a companhia dos amigos e de sua parceira de baile. Ficou sozinho em seu carro olhando para o nada.

Ele refletiu sobre o beijo.

Sentiu ódio de si mesmo por querer beijar de novo aquela coisinha insignificante que era Evangeline.

Ela iria pagar caro por sua insolência.

Fernando iria garantir que ela pagaria muito caro por usá-lo pra fazer ciúmes em outro.

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😉

CONHEÇAM Evangeline e Fernando...

ENTÃO QUERIDOS OQUE ACHARAM?

** Confusões de uma Adolescente **

Final de festa, a maioria dos alunos caindo alcoolizados. Ainda bem que alguns foram pra casa de uber e outros moram no campus.

No caso de Evangeline era a segunda opção, ela mora no campus da faculdade, os alojamentos são adaptáveis. Eva não teve problemas em se adaptar a sua nova moradia.

Inicialmente sentiu falta de casa, de sua cama, dos seus pais: Rogério e Márcia! Ótimas pessoas criaram uma filha de ouro.

Evangeline tem um irmão mais novo de 10 anos, ela ama aquele garoto.

Então! final de festa. Eva vai andando até a ala dos alojamentos. Seus amigos a abandonaram: Eles sumiram no meio da multidão, provavelmente se divertindo por aí. Enquanto Evangeline ficou a festa toda sentada olhando os demais.

A festa toda não! Teve um momento marcante: O beijo.

O desconhecido a beijou tão intensamente que Evangeline ficou sem reação. A boba fechou os olhos e deixou ser beijada pelo homem.

Estranho né?! Se deixar levar assim.

Enquanto pensava ela andou devagarinho. Sem perceber que estava sendo vigiada.

Agora pode soltar aquela música sinistra DJ.

Um par de olhos seguia os seus passos.

Ela parou de andar.

Evangeline olhou para os lados com aquela sensação de estar sendo observada.

Buscou por algum movimento estranho e acabou não vendo ninguém, deu os ombros e continuou a andar cabisbaixa e triste.

No meio das árvores ao redor, em pé no escuro: Tah Tah Tah!! Ele mesmo Fernando.

Era pra ele ter ido pra casa, mas desviou de seu caminho, parou o carro de novo no estacionamento da faculdade só que agora do lado sul, e andou até os alojamentos do alunos.

Ele não morava ali. Ele é rico.

Tem uma mansão a onde vive com os pais.

O alojamento é só para o povo de baixa renda, os denominados pobres.

Quem tem dinheiro morava em apartamento pago pelos pais ou em mansões, no caso dele, os pais de Fernando, Isabel e Otávio foram morar na cidade para ficar perto do filho. E o pai dele tinha negócios ali, então uniu o útil e o agradável.

Fernando olhou Evangeline andando sozinha.

Ele cerrou os punhos com raiva, ainda podia sentir o gosto dela em sua boca. Seu corpo tremia de desejo para beijar a coisinha de novo mas seu orgulho ferido o havia esfriado.

Ela o usou e ia pagar pelo atrevimento.

Ele até poderia ir até ela e tirar satisfação ou até mesmo beija-la a força. Mas desistiu das duas opções ele iria esperar o momento certo para se vingar de Evangeline.

"Você não sabe o que te espera coisinha. " Pensou Ele.

Fernando viu Evangeline Milon se afastando depois que ela entrou em casa ele foi embora.

No dia seguinte.

O despertador o amigo do sono. Só que não!

Evangeline acordou no susto, sempre era a mesma cena, todas as manhãs ela acordava dando chutes no relógio para parar o som dele.

Eva levantou sonolenta não tinha dormido nada a noite.

Pensou no beijo. Sonhou com o beijo.

Quem era o rapaz misterioso?

Enquanto fazia a limpeza de seus dentes ela imaginou se o rapaz era estudante dali ou era de outra faculdade. Tinha muitas pessoas de outros lugares na festa.

Festa de faculdade era aberta. Quanto mais pessoas melhor, era o lema.

Evangeline terminou sua higiene pegou seu material e saiu.

Encontrou seus amigos no corredor.

A maioria estava um bagaço. Cara amassada e gente vomitando.

Evangeline olhava a cena e disse a si mesma que nunca iria beber nenhuma bebida alcoólica, seu corpo era muito precioso para fazê-lo passar por tal situações.

Ela foi para sua primeira aula de Economia para Negócios.

Depois enquanto aguardava a próxima aula de Matemática Financeira começar, Eva foi até o pátio.

- Evangeline porque o Fernando não para de olhar pra cá?

Eva olhou de lado discretamente, viu Fernando e seus capangas de sempre.

Ela notou que Fernando olhava várias vezes em sua direção com um olhar de ódio.

Mais e agora qual era o problema da vez?!

- Eu não sei, não fiz nada eu juro.

- Parece que ele tem ódio destilados no olhar.

Falou Caio preocupado. Não era bom ser alvo dos veteranos.

Evangeline virou o rosto e dando os ombros disse:

- Esse doido odeia tudo que respira. Ignora.

Ela ignorou o olhar intimidador de Fernando.

Deu o término da aula de Empreendedorismo e Inovação, Evangeline ficou na sala para terminar suas anotações, a sala ficou rapidamente vazia só ficou ela ali dentro.

Enquanto ela anotava algumas coisas do quadro a porta se abriu.

Eva nem deu bola. Para ela era alguém que esqueceu seu material na sala, e continuou a olhar pro quadro em seguida anotando o conteúdo em seu caderno.

De repente quando ela levantou a cabeça para anotar o último parágrafo, levou um susto viu que o quadro tinha sido apagado completamente. Como assim?

Quem fez isso?

Ela escutou um assovio.

Só poderia ser um pesadelo.

Evangeline olhou para a pessoa em pé ao lado do quadro e ficou furiosa.

"Fernando."

Seu Darth Vader, seu Capitão Gancho, o seu inimigo natural na vida a pessoa que causava ranço.

Ele tinha aquele sorriso cínico nos lábios enquanto rodava o apagador em sua mão.

"Ele mexeu com a pessoa errada!" Pensava Eva.

Preparem-se para guerra do século!!!

Eva levantou da cadeira irada, indo até ele.

- Você não viu que eu ainda não tinha terminado de copiar!

- Você e muito lenta coisinha.

Falou ele sorrindo. Aquele sorriso que Eva queria arrancar com cera quente.

Vê-lo derreter ia ser um show e tanto.

Evangeline sentiu todo seu corpo tremer de ódio.

- O professor deixou ai para os alunos anotar quem te deu o direito de apagar? Fez isso de propósito. Quando você não esta afogando animais indefesos gosta de vir perturbar os outros.

Ela disse com ódio.

Podia se ver faísca saindo de seus olhos... Ele nem se importou.

Fernando a olhava de cima a baixo a loira tinha personalidade.

Enquanto ela falava irritada jogando todo o seu ódio para fora, ele imaginou novamente beijando aquela boca rosada, sentir o corpo esbelto dela colado ao seu. Na dança do baile ele sentiu uma onda de desejo o invadindo. Opa! Pausa de pensamentos.

Excluindo rapidamente o que pensava.

"Volta ao raciocínio Fernando!!"

Com cara de deboche ele fala:

- A aula acabou e eu posso mexer no quadro se quiser. Problema e seu se não anotou tudo antes.

Fernando colocou o apagador no lugar, virou para sair da sala. Evangeline brava o segurou pelo braço.

- Pede desculpas.

Fernando olhou a pequena mão em seu braço. O toque de Evangeline Milon era quente, seu corpo ficou tenso.

A missão dele ali era irritar a garota mas ao sentir o contato de Eva na sua pele o coração dele bateu mais forte pela mera expectativa de tê-la de novo em seus braços.

- Me solta Evangeline.

Falou Fernando com uma voz sombria.

Evangeline sentiu medo e o soltou. Não foi uma boa ideia chamar sua atenção.

Eles ficaram um tempo se olhando em silêncio.

Até que Fernando fez um movimento inesperado chegando mais perto dela.

Evangeline com medo foi dando passos vacilantes pra trás, até bater as costas em algo sólido.

Encurralando-a na parede.

- Nunca mais me toque ou terei que fazer algo que não irá gostar.

Sussurrando bem pertinho do seu ouvido. Um

arrepio transpassou seu corpo.

"O que é isso que estou sentindo? Que doideira."

Eva ficou parada.

Fernando se afastou a olhou mais uma vez e saiu.

Enfim ela pode respirar aliviada.

HORAS DEPOIS

- Eva não acredito. Você beijou um estranho?

Caio falou surpreso. Ah! Cínico como se ele não tivesse feito isso antee na vida. Logo ele que vive falando de como era pegador no colégio.

Judith ficou rindo da cara dela, a gargalhada da amiga era tão alta que estava chamando a atenção dos demais, enquanto Débora ficou chocada em silêncio.

- Poxa gente eu fui descuidada admito, me deixei levar pelo ciúmes. Em minha defesa era para ser um selinho mas o fominha me deu o beijo de verdade.

- Ele era gostoso?

Pergunta Judith animada.

Eva tenta puxar na memória.

Droga ela mau lembra dos traços dele. Eles dançaram coladinhos disso ela lembrava, e a mão dele pousada em sua cintura, mais um ponto. A respiração dele em seu pescoço. Tudo isso no momento tinha passado desapercebido por ela.

Seu foco era o Heitor. Eva tentou lembrar de alguns detalhes do desconhecido.

- Ele tinha um porte atlético. Era mais alto que eu disso eu lembro, tava escuro pra saber mais.

Falou Evangeline pensativa. Ela mau sabia o seu nome, isso deixou-a frustrada, deveria ter perguntado a ele.

- Eva você fica se atracando com um desconhecido e mau sabe de onde ele veio se é aluno daqui ou não? Tá doida?

Falou Débora.

Evangeline sabia que tinha errado. A culpa nem foi do rapaz e sim dela que o beijou primeiro.

- Fui eu que dei o primeiro passo, se um dia o ver novamente, pedirei desculpas pelo meu atrevimento.

Eva olhou para o nada.

Sua noite foi de sonhos estranhos com o misterioso rapaz. Ele estendendo a mão chamando-a para dançar, os dois sozinhos na pista de dança. E o Beijo. Ela acordou quando o beijo terminou e ele ia revelar o seu nome, nem a voz dele ela sabia como era. Tudo foi um sonho e Evangeline acordou decepcionada.

Seus pensamentos foram cortados ao ouvir Caio falando.

- Veja eu a noite toda na festa só beijei uma garota, né Débora.

- Ué! Como vou saber sou sua babá agora Caio.

Eva e Judith olharam para os dois amigos.

Débora estava agindo estranho, será que escondia um segredo?!

- Vocês sumiram ao mesmo tempo.

Falou Judith desconfiada.

- Isso mesmo.

Confirmou Eva.

Débora levantou apressadamente.

- Tenho aula agora. Até mais tarde.

Caio a olhou partir.

Eva e Judith ficaram rindo. Elas sabiam que algo aconteceu entre Débora e Caio.

Evangeline se escreveu para ir ao retiro dos alunos. Animada com sua primeira saída como uma universitária.

O feriado prometia muita diversão. Era tudo oque ela precisava.

Ela estava em seu quarto fazendo anotações de tudo o que iria levar, daqui a algumas semanas aconteceria a viagem. Ar puro e relaxar.

Depois de anotar tudo o que levaria na bagagem, Evangeline saiu do quarto que dividia com outra aluna da faculdade. A moça estava brigando no telefone com o namorado, e Eva saiu para dar privacidade e ficar no silêncio.

Subiu por uma escada até chegar ao terraço.

Seu lugar de paz!

Eva descobriu o local por puro acidente nos primeiros dias de aula. Tornando ali o seu refúgio.

Evangeline sentou em um objeto metálico, acho que era um ar-condicionado industrial ou uma coifa gigante, ficava encima no chão ligado a tubos. Ela olhou o campus do alto.

Podia se dizer que ali era o telhado.

Esperta ela lembrou de levar um cobertor enrolando-se nele. A brisa era suave. Abriu o pacote comendo uma barra de cereal nutritivo.

Eva fechou os olhos respirando fundo para relaxar.

Por um momento pensou no beijo do desconhecido. Bem no momento que sua boca foi invadida pela língua habilidosa dele.

"Ele foi o primeiro garoto a me dar um beijo tão sensual. "

"Não acho que gosto dele, meu foco é o Heitor mas seria bom saber quem ele era. Talvez se ele quisesse poderíamos..."

" Não! Que loucura, querendo outro beijo dele Evangeline."

Suspirando Eva permaneceu de olhos fechados distraída.

Pensando em como seria reencontrar o rapaz desconhecido. Suspirou várias vezes ao imaginar.

- Apaixonada?

Falou a voz atrás de si.

Evangeline levou um susto tão grande que a derrubou de onde estava sentada, seu corpo foi para trás e mãos ágeis a seguraram.

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