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Entre O Amor E O Orgulho

Prólogo

Em uma cidade no norte do País, um grupo de amigos sairam juntos para fazer um lual em uma praia próximo a cidade que moravam. Paula, uma moça tímida e sonhadora fazia parte desse grupo, mas era como se fosse a ovelha negra, enquantos todos pensavam em curtição, Paula pensava apenas em seu futuro. Nesse grupo também havia Sam amiga de Paula, totalmente seu oposto, Sam gostava de beber, ir para baladas e vivia terminando e voltando com seu namorado Jhon, que gostava das mesmas coisas que Sam, apesar de viver nesse termina e volta, se amam muito. Carlos amigo de Jhon, até então desconhecido de todos, menos de Jhon e Sam, já que ele era melhor amigo de Jhon, era sonhador e saia com os amigos sempre para ser o " motorista da rodada" já que era o único que raramente bebia algo alcoólico, fazia para não ser zoado pelos amigos.

A turma se uniu ao redor de uma fogueira e começaram a cantar várias músicas, enquanto uns cantavam, outros comiam as guloseimas, Paula se manteve quieta onde estava apenas lendo seu livro e Carlos não tirava os olhos dela. Alguns de seus amigos que estavam "se pegando" decidiram se afastar para ficarem a sós, e ficaram apenas Paula, Carlos, Sam e Jhon. Jhon reparou que depois que quase todos sairam, A praia ficou praticamente silencio total e percebeu seu amigo babando pela amiga da sua namorada e com apenas um olhar demonstrou isso a ela.

E tentando bancar os cupidos, Jhon decidiu tocar uma música romântica, enquanto Sam tentava fazer com que Paula conversasse com Carlos.

🎶 Quem é ela, encostada na porta de vestido

Cena ideal

fotografia

Olhando o infinito sem se preocupar

Será uma festa

Aonde estou se for ela é a dona

Converso com outros, mas ela é dona

Do meu olhar eu não consigo evitar

E descongela se a cena e passo a passo a sala vira passarela

Ela vem na minha direção, como a primeira vez que capturou o meu coração

E eu já sei, seu nome Tatuei na alma

Ela já, é a musa de outras canções que eu fiz

Eu já sei seus gostos, manias, desgostos

E essa não é a primeira vez, que eu novamente me apaixonarei, por ela

Quem é ela ?

Que dorme em meu colo, feito a Cinderela

Esfrega os pezinhos, coisa bela

Que quando estressadinha gosta de brigar

Quem é ela ?

Que faz eu me esquecer que existe tempo

Que faz eu me lembrar que o tempo é curto

Me lembra pelo o que se vale apena trabalhar

E descongela se a cena e passo a passo a sala vira passarela

Ela vem, na minha direção, como a primeira vez que capturou o meu coração

E eu já sei, seu nome

Tatuei na alma

Ela já, é a musa de outras canções que eu já fiz

Eu já sei seus gosto, manias, desgostos

E essa não é a primeira vez

E eu já sei, seu nome Tatuei na alma

Ela já, é a musa de outras canções que eu fiz

Eu já sei seus gosto, manias, desgostos

E essa não é a primeira vez

E essa não é a última vez

E essa não é a primeira vez

Que eu novamente me apaixonarei, Por ela ... Quem é ela? Quem é ela? Que bela... 🎶

-Tem um carinha ali que não para de olhar para você. - disse Sam como quem não quer nada.

Paula concentrada em seu livro ja estava irritada com as tentativas de cupido de sua amiga.

- Deixa olhar.

- Você é muito chata, deixa esse livro de lado pelo menos uma vez - pegou o livro das mãos da amiga

- Me devolve isso Sam.

- O que custa você dar atenção ao nosso amigo ali?

Paula levou seu olhar para onde Sam olhava e viu Carlos a olhando e ele logo desviou o olhar.

- Ele tem namorada - falou olhando para a amiga e puxando o livro de volta.

- E como você sabe disso? perguntou Samara intrigada.

- Ela estuda na mesma faculdade que eu, na mesma sala que a minha e se chama Larissa, aquela da festa que você nem sabia quem era e mesmo assim foi. E antes que você pergunte como eu sei de tudo isso, eu já vi ele indo deixar ela na faculdade e pelo que sei, eles estão muito bem juntos.

Sam não soube mais o que dizer e saiu a deixando sozinha, mas sua mente ficou tudo que Paula havia dito, e decidiu que descobriria como Paula sabia disso tudo, já que sua amiga não é do tipo de pessoa que repara muito ao redor.

Ainda tem muita água pra rolar, e as vezes um segredo acaba uma amizade, ou talvez um amor, os tornando orgulhosos, mas o que é mais forte o amor ou o orgulho?

Capítulo 1

#Paula

Hoje era para ser um dia normal como qualquer um, eu iria para a faculdade pela manhã, a tarde iria correr na pracinha da cidade, voltaria para casa para ler meus livros... Sim tenho uma vida um pouco chata. Há um ano que estou morando "sozinha" devido a faculdade não ser na minha cidade natal, passei a morar em um certo tipo de república estudantil, onde fiz algumas amizades. Lá moram pessoas de todo estilo, de faculdades diferentes, cidades diferentes e costumes diferentes. Conheci um casal que estudavam em universidades diferentes, mas que somente a essencia deles os fazem especiais, por isso se tornaram meus amigos. A galera da república me chamam de "vela estudante", pois vivo com esse casal de amigos, vivo estudando e não quero nada com namoro, mas não pensem que não é porque não me apaixono, mas ainda não tinha encontrado o cara certo pra mim, não até hoje.

Me atrasei para ir para universidade e sai praticamente correndo, para não me atrasar mais e acabei me esbarrando em alguém e meus livros cairam todos no chão.

- Ai meu Deus, desculpa. Eu estava distraído. Não queria derrubar seus livros.

- Não se preocupe, eu que sou desastrada. Eu estou com pressa e acabei não vendo você.

Quando levantei meus olhos e vi a pessoa mais linda da minha vida.

- E... Eu tenho que ir. Obrigada pela ajuda - peguei meus livros de suas mãos e me virei quase correndo pois ja estava com muita vergonha.

- Espera... Posso saber ao menos o nome da garota que me atropelou? - Ele segurou meu braço me impedindo de ir e me fazendo ficar de frente para ele de novo.

- Paula. Desculpa mais uma vez ter te "atropelado", como disse sou meio desastrada. - Se ele não soltar meu braço agora, meu coração vai saltar pela minha boca.

- Satisfação Paula, me chamo Carlos. - ele soltou meu braço e esticou a mão em forma de cumprimento.

Dei um sorriso tímido e sai andando devagar.

- Tenho que ir estou atrasada para a aula, mais uma vez desculpa.

Sai de perto dele com o sorriso super bobo e passando a mão onde ele segurou em meu braço

"Meu Deus, não existe essa de se apaixonar ao ver pela primeira vez existe?"

#Carlos

Hoje acordei com a decisão de acabar tudo com a Larissa, não posso mais manter um relacionamento onde não existe mais sentimento, estamos mais para amigos que para namorados. Ela me ligou e pediu uma carona até a universidade, irei leva-la e direi que a noite precisaremos conversar. Cheguei em frente ao seu predio e ela estava la a minha espera e quando a vejo não sinto mais toda aquela alegria do início de namoro e cada vez que estamos juntos quero mais que chegue a hora da despedida.

Ela entrou no carro e me cumprimentou com um beijo no rosto, típico de melhores amigos.

- Bom dia meu amor.

- Bom dia Lari.

- Amor desculpa ter que pedir que você me levasse para a universidade hoje, mas acabei perdendo a hora e papai saiu cedo hoje, mas prometo te recompensar depois. - Ela disse tudo isso com sorriso safado que sinceramente senti nojo.

- Não precisa recompensar nada Larissa, esqueceu que a sua universidade é caminho da minha, não me custa nada te dar essa carona.

- Que horror Carlos, você está me negando? Nem parece que somos namorados. Ultimamente você está muito estranho.

- É sobre isso mesmo que precisamos conversar.

- Não vem com essa Carlos, da última vez que você veio com essa conversa, você tinha saído com seus amiguinhos e tinha dormido com uma periguete e depois veio arrependido me pedir perdão. Não vou aceitar outra traição Carlos.

Essa conversa vai ser difícil

-  Larissa eu não te trai "de novo". Mas é que nosso relacionamento não mais o mesmo. - falei parando o carro em frente a universidade de Larissa. - Não vai pensar nenhuma besteira, só quero conversar com você. Hoje a noite eu vou te buscar no seu prédio e saimos para conversar ok?

- Tenho que ir Carlos, estou atrasada. - ela saiu praticamente correndo de dentro do carro, o que me deu a impressão que ela estava evitando a nossa conversa. Olhei para o banco do passageiro e vi que ela havia deixado o celular, fui atrás dela para entregar.

-Larissa espera...

- Carlos eu estou atrasada para a aula, não dar para conversar agora.

- Calma, só vim entregar seu celular que você esqueceu no carro.

- Ah... Tudo bem. Tchau.

Sai andando distraído, olhei a hora e ja vi que ja havia me atrasado para a aula,eu não conseguiria prestar atenção em nada mesmo. Quando senti que alguém esbarrou em mim.

- Ai meu Deus, desculpa. Eu estava distraído. Não queria derrubar seus livros. - Vi que por causa da minha distração derrubei todos os livros de uma moça. Muito linda por sinal.

- Não se preocupe, eu que sou desastrada. Eu estou com pressa e acabei não vendo você.- Ela efim me olhou, e que olhar - E... Eu tenho que ir. Obrigada pela ajuda - ela pegou os livros das minhas mãos e saiu praticamente correndo, além de linda é tímida. Eu não podia deixar ela ir embora sem ao menos saber o nome do anjo que me atropelou, não sei quando a verei de novo, vou ao menos perguntar seu nome.

- Espera... Posso saber ao menos o nome da garota que me atropelou? - Ela virou ao eu segurar seu braço, e percebi que ela ficou vermelha em me olhar de novo.

- Paula. Desculpa mais uma vez ter te "atropelado", como disse sou meio desastrada. - Não tem como não se apaixonar por essa garota. Sortudo é o cara que namora com ela.

- Satisfação Paula, me chamo Carlos. - soltei seu braço e estiquei a mão para cumprimenta-la, na verdade eu não queria deixa-la ir, queria guardar em minha memória aquele lindo sorriso.

- Tenho que ir estou atrasada para a aula, mais uma vez desculpa. Saiu sem nem segurar minha mão.

A vi partir, mas meu coração ficou aquela sensação de saudade, como pode uma garota que acabei de ver, mexer tanto comigo assim?

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Capítulo 2

#Paula

Passaram alguns dias e nunca mais vi o tal Carlos, será que tudo aquilo que vivi não passou de coisas da minha cabeça? Se bem que depois daquele dia, sempre que saio da faculdade tenho a impressão que estou sendo observada. Confesso que isso me causa medo.

Hoje é mais um fim de semana como todos os outros, trabalhos da faculdade pra fazer, e querer ficar sozinha com meus pensamentos e não poder...

-Paula hoje vai ter uma festa na casa da Larissa da sua turma. Você​ não vai? Ela convidou todo mundo.- Amanda, uma das moradoras da República veio toda contente me chamar para ir a tal festa.

- Estou muito cansada e também tenho muitos trabalhos pra fazer. - Pra falar a verdade, eu não gostava muito dessa Larissa, eu era simpática com ela, mas não era o tipo de pessoa que eu queria como amiga, e ultimamente ela tem me olhado estranho e só falou comigo para me convidar pra festa que ela iria realizar na casa de praia dos seus pais.

-Ah não! Sem essa de ficar o fim de semana​ inteiro estudando. Vamos, se arruma e deixa pra estudar amanhã. A vida é muito curta pra você passar ela com a cara enfiada nos livros. E outra, se esses trabalhos fossem tão importante a Larissa não estaria dando essa festa, estaria? - Sam, que também foi convidada, por causa de Jhon estava tentando me convencer e ela tinha razão, mas os trabalhos eram a minha desculpa para não ir.

- Ta bem, você descobriu minha desculpa... Mas, o que eu vou fazer lá se a dona da festa não fala comigo?

- Também não fala comigo, não a conheço, ela sempre chama Jhon, e pra falar a verdade, nunca a vi. Agora deixa de besteira, ela sempre dar essas festas e ela não conhece nem metade dessas pessoas. Eu sou de outra faculdade e sempre vou.

O que Sam falou me fez refletir e acendeu uma pequena chama de esperança, ja que Larissa chama muita gente para suas festa, quem sabe eu não encontro o tal Carlos!?

- Me dar dez minutos e ja desço pronta. Obrigada por me fazer ir, te amo amiga.- Dei um beijo em sua bochecha e sai correndo animada para me arrumar deixando as duas pra trás uma cara confusa.

***

Chegamos a festa e confesso que ja estava batendo o arrependimento, estava cheio de pessoas bêbadas e algumas estavam praticamente transando na sala.

- Vou pegar uma bebida para nós, já volto... - Interrompi Sam.

- Não precisa, vou dar uma volta por ai. Daqui a pouco te encontro.

- Tem certeza?

- Sim, acho que aqui ta meio abafado - falei me abanando com a mão, fingindo está com calor.

- Você que sabe. Mas promete se divertir um pouco?

- Vou tentar.

Sai andando para a lateral da casa, e parei proximo a algo que parecia um chafariz, só que sem água.

Não seria nada mal encontrar aquele carinha por aqui. Talvez ve-lo mudasse o meu clima pra essa noite.

Afastei tais pensamentos e fiquei olhando para o céu que estava muito bonito, perfeito para um momento com os amigos mais próximos para uma boa conversa e cantar algumas músicas a voz e violão. Alguém sentou ao meu lado e falou ao meu ouvido, me fazendo arrepiar.

- Essa noite nem o céu ganha a sua beleza- Olhei para o lado assustada.

- Nossa que susto você me deu - falei para o Carlos, com uma mão a altura do coração e com a outra lhe acertando um pequeno tapa no ombro . Sim, era o cara ao qual passei esse tempo todo pensando nele.

- Desculpa não quis te assustar. Trouxe isso pra você -  falou fingindo sentir dor onde bati e estendeu um copo com alguma bebida estranha.

- Pra mim? Então já tinha me visto por aqui?- peguei o copo de sua mão, porém ezitei em beber, eu não tinha boas lembranças com bebidas. 

- Primeiro, pode beber, é apenas uma batida de frutas, fraquinha, não traria nada forte para você. Segundo, vi você passar e resolvi vir falar contigo, agora temos tempo para conversar, nenhum dos dois está atrasado para nada. A não ser que você não queira minha companhia.

- Por que? Me acha fraca para beber algo mais forte? - O desafiei mudando qualquer foco que levasse ao dia que nos vimos pela primeira vez e evitar pensar na proposta de ser sua companhia.

Ele deu um sorriso de lado e ali foi minha perdição, mais uma vez. Quando ele iria me responder, ele olhou para algo nossa frente, viu ou alguém​ e segurou minha mão, me levando para longe da festa.

- Vem, vamos sair daqui.- disse ja me puxando

- Calma ai, pra onde você está me levando? - perguntei fingindo raiva, mas eu iria para qualquer lugar com ele. Ta, eu sei que eu posso ser uma louca, depois de tudo que me aconteceu no passado... mas eu não sei por que, eu confiava nele.

- Aqui é um lugar muito impróprio para a gente conversar. - ele parou, e olhou para mim que estava bem atrás dele, segurando sua mão.

- O que foi? - perguntei sem graça pelo jeito que ele me olhava.

- Nada. - sorriu. Aquele maldito sorriso. Se aproximou onde eu estava​ e tirou a mecha de cabelo que estava em meu rosto.

- Só confia em mim, ok?

Assenti sem falar nada, sentindo meu rosto queimar, tenho certeza​ que eu já estava completamente vermelha.

Saimos da festa sem ninguém nos ver, praticamente fugidos.

Chegamos ao lado de fora da casa de Larissa e ele pareceu se aliviar de algo.

- Estava fugindo de alguém? - ele soltou minha mão e me senti um pouco rejeitada com esse gesto.

- Até fugiria... - me olhou de um jeito... Extremamente sexy - se você fosse comigo.

Agora sim, sou um tomatinho. Abaixei o rosto com vergonha do seu olhar sobre mim. Ele segurou em meu queixo e me fez olhar em seus olhos.

- Não precisa ter vergonha de mim. Vamos dar uma volta na praia? Assim podemos nos conhecer melhor e quem sabe deixa a sua timidez um pouco de lado.

- Ok. Pode ser, mas não tenho muito o que falar sobre mim.

- Tenho certeza que você tem muitas coisas interessantes pra mim. - Gente como assim? Ele ta me paquerando na cara de pau. To passada.

Gargalhei com o que ele disse e ele voltou a segurar minha mão e saiu correndo me puxando sentido a praia.

Carlos

Depois que conheci aquele anjo chamado Paula, meus dias não são mais os mesmos, sempre passo em frente a sua faculdade para tentar ao menos vê-la. E confesso que muitas vezes a sigo para saber se ela chegou bem. Ta, sei que estou parecendo um maníaco, mas acho que naquela garota é que está minha real felicidade e talvez um pouco da minha perdição.

Hoje é a festa da Larissa, acho que ela deve está percebendo que quero terminar tudo com ela, pois justo no dia que pedi para conversarmos, ela invetou essa maldita festa. Chego a casa de praia dos pais dela e juro que minha vontade era de está deitado em minha cama sozinho... Ou melhor, se eu estivesse acompanhado de uma certa garota, ja estava satisfeito.

- E essa cara de bobo apaixonado é por causa da sua amada Larissa - Jhon chega junto a sua namorada tirando sarro da minha cara.

- Fala Brother, a única cara que tenho pra Larissa é a de enjoo. Velho, não vejo a hora de acabar com essa farsa de namoro que na verdade nunca existiu.

- Como assim cara? vocês namoram a tanto tempo. Por que isso agora?

- Ja ouviu falar em Status, namorar a Larissa me ajudou a pegar outras garotas, mas agora só...

- Só?

-Deixa pra la... E você Sam ta parecendo que está aérea. O que esse cabeça de melão fez pra você? - Achei Sam um pouco estranha, não parava de olhar para os lados como se procurasse alguém. E foi até bom, que consegui mudar o foco da conversa.

Sam me dar um sorriso meio falso

- É apenas uma amiga que trouxe para a festa, não quis nenhuma bebida e agora não estou mais a vendo.

- Olha ai Carlos, podia aproveitar que ela é solteira e ver se consegue se sair da Larissa de um jeito mais fácil- Jhon me fala com seu jeito meio maluco.

Quando pensei em responder, vi a imagem mais perfeita que pude ter, a causadora das minhas insonias estava na festa. Será um ótimo momento para saber mais dela, já que ela não tem por que sair correndo de mim hoje. Preciso saber ao menos se ela tem namorado, pois se não tiver, a parte de conquista-la é o mais fácil.

- Cara, eu adoraria conhecer essa tal amiga, mas ja avistei meu alvo daqui. Deixa essa para a próxima.

Sai praticamente correndo de onde meus amigos estavam e passei pelo bar que Larissa mandou montar para essa festa. Nunca a amei de verdade, mas hoje a amo, só pelo fato de ter me ajudado (mesmo sem saber) a reencontrar Paula. Decido pegar uma batida de frutas para ela, pois não sei se ela tem costume de beber bebidas mais fortes. Fui a sua procura e a encontrei contemplando o céu. Realmente estava lindo, mas nem a beleza do céu fazia com que eu tirasse os olhos da beleza dela.

- Nem o céu ganha a sua beleza- Falei bem próximo ao seu ouvido e percebi que ela havia se arrepiado.

- Nossa que susto você me deu - falou com a mão a altura do coração e me deu um tapinha no ombro. Sentir o toque dela era como se me confortasse.

- Desculpa não quis te assustar. Trouxe isso pra você - fingi sentir dor onde a bateu e estendi o copo com a bebida e acho que ela ficou com medo de beber. Será que ela acha que batizei sua bebida?

- Pra mim? Então ja tinha me visto por aqui?- pegou o copo da minha mão e tive a certeza que ela estava com medo de beber.

- Primeiro, pode beber, é apenas uma batida de frutas, fraquinha, não traria nada forte para você. Segundo, vi você passar e resolvi vir falar com você, agora temos tempo para conversar, nenhum dos dois está atrasado para nada. A não ser que você queira minha companhia.

- Por que? Me acha fraca para beber algo mais forte? - Ela está me enfrentando? É isso mesmo?

Se ela soubesse que a sua boca atrevida me dar mais vontade de beija-la, acho que ela não me desafiria. Será que se eu apostasse que ela não aguentaria nem a batida, ela iria querer ou bebida? Eu não vou me aproveitar disso. Direi apenas para que ela beba e fique tranquila. Mas quando olho para frente vejo quem eu menos queria encontrar nessa hora. Larissa estava bem próximo, acho que estava a minha procura. Não pensei duas vezes, segurei a mão de Paula e a puxei pra longe da festa.

- Vem, vamos sair daqui.

- Calma ai, pra onde você está me levando? - Paula parou, mas não soltou minha mão, e nem eu queria que ela soltasse. Ela está com medo de mim. Mas ela está certa, me viu apenas uma vez e eu estou tentando lhe tirar de perto da pessoas. Mas vou provar a ela que comigo ela não corre perigo.

- Aqui é um lugar muito impróprio para a gente conversar. - olhei bem dentro dos seus olhos para lhe passar segurança, e foi ai que me apaixonei pela segunda vez... Por ela de novo.

- O que foi? - Me perguntou sem jeito. Como ela fica linda. Ah garota, hoje ainda roubo um beijo teu. Nem que isso me custe um tapa na cara.

- Nada. - Lhe dei um sorriso de cumplicidade, afastei uma mecha de cabelo que cobria uma parte do seu rosto. Rosto que se eu pudesse ficava contemplando a noite inteira.

- Só confia em mim, ok? - Ela assentiu e saimos da festa, eu de mãos dadas a minha perdição.

Chegamos ao lado de fora da casa de Larissa e me senti mais aliviado

- Estava fugindo de alguém? - Ela me perguntou assim que soltei sua mão, mesmo contra a minha vontade.

- Até fugiria... - a olhei nos olhos - se você fosse comigo.

A deixei mais vermelha que um tomate, e cada vez que a vejo tímida assim, tenho vontade de abraçar, beijar e não deixar ela ir embora nunca mais. Segurei em seu queixo e a fiz olhar em meus olhos novamente.

- Não precisa ter vergonha de mim. Vamos dar uma volta na praia? Assim podemos nos conhecer melhor e quem sabe deixa a sua timidez um pouco de lado.

- Ok. Pode ser, mas não tenho muito o que falar sobre mim.

- Tenho certeza que você tem muitas coisas interessantes pra mim. - Qualquer coisa que venha dela é interessante para mim. E a sua risada para o que falei só fez com que ela ganhasse um pouco mais do meu coração. Segurei novamente em sua mão e a levei para a praia, corremos como um casal de adolescentes que acabaram de dar o primeiro beijo.

Não somos mais adolescentes, mas esse primeiro beijo tem que acontecer hoje.

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