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Será Que O Amor Cura Tudo?

capítulo 1-O Começo

Me chamo Elisa Benett e vou contar minha história para vocês, tem muitos altos e baixos e mais baixos e mais baixos ( risos), mas sempre me levanto e continuo mesmo em meio as dificuldades. Aprendi que os problemas e dificuldades são obstáculos colocados no caminho para nos fazerem mais fortes, você tem duas opções, parar em frente a ele e desistir ou fazer de tudo para transpor sabendo que haveram outros logo a frente, mas a cada passo nos tornamos mais fortes.

Vou começar contando a partir dos meus 16 anos, que foi quando as coisas ficaram mais difíceis. Em minha casa sempre fora só eu e meus pais tínhamos muito amor em nossa família e isso me bastava porque fora de casa as coisas eram bem diferentes. Meus pais sempre me deram muito amor e educação, também sempre fui estudiosa e fazia muitos cursos online, não tínhamos muito dinheiro, o que tinha pagava minha escola o restante de idiomas, cursos de programação de computadores, análises de dados coisas que gostava aprendi tudo assistindo vídeos e lendo livros na biblioteca, como não tinha amigos passava muito tempo lá.

Dona Lúcia me conhecia e permitia que pegasse além da quantidade de livros permitida, em troca eu ajudava na organização da biblioteca.

Sempre tive um corpo bonito e desde os 13 anos que me acostumei com os olhares de cobiça, mas desde que ficassem só nos olhares não me importava e também pra evitar problemas nunca vestia roupas curtas ou coladas, minha cintura era muito fina com uma bunda grande e peitos fartos, combinação que chamava atenção, meus cabelos eram lisos com cachos nas pontas e eram negros, o que deixava minha pele ainda mais branca a falta de sol também contribuía para me deixar mais pálida, o destaque do meu rosto eram meus olhos azuis e minha boca rosa, parecia que estava sempre de batom

Essa sou eu.

Era considerada uma nerd na escola e a situação piorou quando pulei uma série, então enquanto todos no 3º ano tinham no mínimo 17 anos eu tinha apenas 16.

Esse ano passou com dificuldades, cada vez mais me fechava na escola e não me fazia falta porque em casa eu tinha todo amor que precisava.

Como queria fazer faculdade teria que encontrar um trabalho porque meu pai perdeu o emprego e o dinheiro só daria para pagar o restante da mensalidade, ainda bem que o ano já estava acabando.

Em Casa.

- Elisa: Mãe, pai cheguei, preciso falar com vocês.

- Mãe: Filha vá tomar banho e desça para jantar.

Após o banho desci para conversar com meus pais.

- Elisa: Sei que a situação está complicada, então decidi que vou procurar um emprego de meio período para juntar um dinheiro e pagar a faculdade, com os cursos que já tenho posso trabalhar como assistente administrativo só precisa atualizar o currículo e tirar uma tarde para distribuir.

- Pai: Filha você não precisa trabalhar, vamos dar um jeito, tem que focar nos seus estudos.

Minha mãe Regina Benett.

Meu pai Arnaldo Benett.

- Elisa: Não se preocupe pai, conversei com um professor e ele me disse que com minhas notas já estou passada nesse ano, então não irá me prejudicar.

- Pai: Ainda não estou concordando com essa ideia, mas irei ver com alguns poucos amigos que restaram se podem ajudar, tem que ser um emprego onde não se exponha demais, nada de barzinho, ou boates.

- Elisa: Tudo bem pai.

Abraço meu pai e terminamos de jantar.

Tenho sentido meus pais tristes, não parece ser somente pela perda do emprego do meu pai, algo está errado, eles não querem me contar. Fiquei pensando no que poderia ser, mas nada grave passou pela minha cabeça, acabei adormecendo de tanto que pensei.

No dia seguinte segui a mesma rotina, à tarde na biblioteca peguei uma hora no computador para atualizar o currículo, fique bastante tempo até que finalizei. Dona Lúcia me ajudou na formatação e com as impressões, ela ficou preocupada com meus estudos, mas garanti que não atrapalharia.

Dona Lúcia.

Após o almoço voltei pra casa coloquei uma roupa mais formal e sai andando pelo centro entregando currículos.

- Elisa: Como é difícil encontrar um emprego, todos pedem experiência, mas como vou ter experiência com 16 anos sem nunca ter trabalhado.

Passei a tarde toda andando de um lado para o outro e nada, deixei uma quantidade enorme de currículos em diferentes estabelecimentos, só fiquei fora dos bares como meu pai havia pedido (risos).

À noite em casa cheguei já com bolhas nos pés e muito desanimada, meu pai me chamou e disse que tinha uma boa notícia.

- Pai: Filha tenho uma boa notícia, lembra-se do Fernando Cavalcante, ele tem um restaurante pequeno lá no centro, é pequeno, mas ele está precisando de ajuda, falei que você é muito esperta e tem muitos cursos de administração e poderia ajudá-lo.

- Elisa: Que maravilha pai, isso vai ser ótimo.

- Pai: O salário não vai ser muito, mas já da pra juntar.

Fiquei tão feliz que nem pensei no salário, assim começando terei a tão pedida experiência que pedem antes mesmo de ver o currículo.

Fui dormir extremamente feliz, agora vou começar a trabalhar e ajudar meus pais e de quebra realizar meu sonho que é fazer faculdade de administração e ciências de dados.

No dia seguinte estava tão ansiosa que nem percebi a manhã passar, a tarde fui com meu pai ao restaurante do Senhor Fernando ele é um homem de uns 40 anos, com cabelos bem penteados e um olhar que transmitia uma calma e uma boa sensação, gostei dele logo de cara, assim que chegamos ele nos mostrou o restaurante e nos apresentou o pessoal de lá.

O restaurante é bem família, os dois filhos (Bruno e Mário) trabalham como garçons e a Letícia fica no caixa, a Marina esposa do Fernando trabalha na administração e é com ela que vou trabalhar, claro que farei o que for preciso até servir as mesas e lavar pratos, nunca tive medo de dar duro, só que antes não precisava.

Dona Marina.

Senhor Fernando.

Estou tão radiante que faço tudo com muito prazer, comecei a organizar as planilhas do restaurante, Dona Marina é muito boa, mas não está muito familiarizada com a parte de informática, o que deixa muitas informações perdidas. Passei muito tempo fazendo planilhas e analisando os relatórios que fiz, apresentei os dados e os planos para melhorar a funcionalidade do restaurante, o senhor Fernando gostou muito das minhas ideias, seus filhos ficaram com um pouco de ciúmes, mas eles não se metiam muito, todos os 3 não tinham interesse no restaurante, estavam lá porque os pais os obrigavam e era de lá que saía o sustento deles, mas no ano seguinte todos iriam para faculdade e como já era esperado iriam para bem longe.

Capítulo 2- Quanta dor pode caber em um coração

Com o passar do tempo fiquei muito amiga da Dona Marina e do Senhor Fernando, eles confiavam muito em mim e todas as melhorias que eu sugeria eles faziam, com isso o restaurante começou a crescer e ter mais lucros.

Se passaram 7 meses e eu terminei o segundo grau, não participei da festa de formatura porque o dinheiro já estava muito curto e eu não estava mais juntando tanto quanto eu precisava, meu pai ainda não conseguiu um emprego o que deixava ele muito triste, então meu dinheiro ia para as despesas de casa. Tive que adiar minha ida pra faculdade para poder ajudar em casa, não me arrependo dessa decisão meus pais sempre fizeram tudo por mim e faria tudo para cuidar deles.

Recebi uma ligação do senhor Fernando pedindo para que eu fosse ao restaurante somente a noite, não entendi, mas acho que é por causa do movimento que tinha aumentado bastante na hora do jantar.

Chegando ao restaurante estava tudo apagado, exceto as luzes da cozinha que dava pra ver de fora, quando entrei tomei o maior susto.

Todos gritaram em uma só voz parabéns pela formaturaaaaaaaaaaaaa!

- Mãe: Parabéns minha queria, estou muito orgulhosa de você.

- Pai: Filha esse presente é só uma lembrança, espero que goste.

- Elisa: Pai é maravilhoso.

Falei com os olhos marejados, meu pai me deu um colar com uma pedra chamada safira, ele falava que era da cor dos meus olhos. Deste dia em diante nunca mais tiraria esse colar do meu pescoço.

Presente do meu pai

- Senhor Fernando: Minha querida, você foi o melhor presente que recebemos esse ano, esse é só um pequeno agrado pela dedicação que tem com nosso restaurante.

Senhor Fernando me deu um envelope com um cheque de 15 mil, quase cai pra trás quando vi o valor, chorei feito uma boba.

- Elisa: Senhor Fernando, não posso aceitar é muito dinheiro.

- Senhor Fernando: Minha querida, esse dinheiro é seu, podemos dar ele a você porque estamos tendo muito lucro e graças a você, você merece cada centavo.

- Dona Marina: Elisa minha linda, sei que você esta adiando sua ida para a faculdade, ficamos muito triste porque você tem um futuro brilhante, mas também estamos felizes por saber que você vai ficar com a gente mais um pouquinho, tudo que você fez pelo restaurante nem nossos filhos tiveram tanto carinho e dedicação, a partir do mês que vem você terá um aumento no seu salário, espero que ajude para alcançar seus objetivos.

- Elisa: Fico tão feliz por ter todos vocês em minha vida, pela oportunidade que me deram de poder trabalhar aqui sem nem mesmo ter experiência. Ficarei aqui com muito prazer, não estou esquecendo meu sonho, somente adiando, sei que vou chegar lá.

A noite foi maravilhosa, meus pais estavam cansados e foram para casa antes de mim, fiquei no restaurante para ajudar a fechar.

Eu não podia esperar que uma noite tão maravilhosa pudesse se tornar na pior noite da minha vida. Quando meus pais saíram do restaurante nos despedimos e senti um aperto no coração, os abracei tão forte que me deu vontade de chorar.

- Elisa: Mãe, pai eu amo vocês, vão com cuidado, mandem uma mensagem quando chegarem.

Dei um beijo neles e voltei para o restaurante.

Dediquei-me ao trabalho e não vi a hora passar, não olhei para o celular e não percebi que não havia recebido a mensagem dos meus pais.

Foi quando o meu celular tocou me tirando dos pensamentos, o número era do meu pai, mas a voz do outro lado não era a dele.

- Voz estranha: Alô! É a senhorita Elisa Benett?

- Elisa: sim sou eu, algum problema, esse celular é do meu pai, onde ele está?

- Voz estranha: Senhorita sinto muito informar, mas seus pais sofreram um acidente e estão a caminho do hospital.

Nesse momento meu coração acelerou tanto que pensei que fosse pular do corpo, dona Marina que estava na sala comigo ficou me olhando e quando viu minha reação pegou o celular e o bombeiro que estava ao celular falou com ela o que tinha acontecido e para qual hospital eles foram levados.

Ainda em estado de choque fui levada ao hospital. Chegando fomos direto procurar informação.

- Elisa: Senhora, viemos ter notícias sobre meus. Eles sofreram um acidente (Regina e Arnaldo Benett).

- Atendente: Senhora eles foram direto para a cirurgia ainda não temos notícia, assim que tiver o médico ou a enfermeira virá informar.

Fiquei muito nervosa, as lágrimas não paravam de cair, se passaram 2 horas e ainda não tivemos notícias. Que momento doloroso essa espera.

Mais 30 minutos e um médico sai da sala e vem até nós.

- Médico: Parentes da senhora Regina Benett?

- Elisa: Sou eu.

- Médico: Senhorita os ferimentos que sua mãe teve foram muito graves, fizemos todo possível na cirurgia, ela teve uma perda de sangue considerável e uma parada cardíaca.

-Elisa: Doutor seja mais direto quando posso ver minha mãe?

- Médico: Senhorita, fizemos tudo que podíamos, mas ela não resistiu.

Nesse momento senti minhas pernas fraquejaram, não posso acreditar que minha mãezinha não esteja mais aqui comigo, não posso viver em um mundo onde ela não faça parte. Senti uma escuridão tomando conta do meu corpo e não vi mais nada.

Acordei e demorei a acostumar com as luzes brancas, quando percebi estava em um quarto e Dona Marina estava ao meu lado seu semblante era de muita tristeza, então me lembrei e novamente as lágrimas tomaram conta de mim, eu não podia pensar em mais nada.

- Médico: Vejo que a senhorita já acordou, vou pedir para a enfermeira aplicar um calmante para que possa relaxar.

- Elisa: Não, por favor, não quero dormir, como está o meu pai?

Nesse momento vejo o Senhor Fernando se aproximar com os olhos chorosos e me abraçar como se quisesse tirar a minha dor.

-Senhor Fernando: Minha menina, sinto muito por dar essa notícia, mas seu pai também não resistiu, ele faleceu logo após sua mãe.

- Elisa: Não é verdade, como posso perder os dois de uma só vez, meu Deus o que fiz para merecer uma dor desse tamanho. Não quero viver sem meus pais, me leve com eles.

As lágrimas já não tinham mais controle, todo ar parecia ter sido tirado de meu pulmão, comecei a passar mal e fui novamente medicada.

Dona Marina e o Senhor Fernando cuidaram do velório, eu não tinha condições de fazer nada, passei todo o tempo alheia a tudo o que acontecia, minha alma, meu coração não estavam mais ali, as pessoas vinham e me abraçavam, mas nem sei que estava lá.

Quando tudo acabou, fui para casa, que dor que senti ao perceber a casa vazia, não escutar as vozes dos meus pais era muito doloroso, mas tinha que continuar, não sei como. Sentia que tinham tirado minhas pernas e me mandado andar.

Dona marina queria que fosse com eles para sua casa, mas essa era minha dor e tinha que ficar com ela.

- Dona Marina: Minha querida, vamos ficar uns dias conosco, depois você volta e pensa no que vai fazer.

- Elisa: Obrigada pelo convite, mas quero ficar aqui, não se preocupe vou ficar bem.

- Senhor Fernando: Se precisar de algo nos avise, estaremos sempre aqui para o que precisar.

- Elisa: Obrigada, vocês são maravilhosos, mas preciso ficar aqui, logo estarei bem.

Capítulo 3 - Sou mais forte do que pareço

Passei 6 meses de luto, lutando contra a depressão que tomou conta de mim, não queria mais viver, a dor era muito grande, voltei aos poucos a trabalhar no restaurante, mas voltar para casa era muito doloroso, Dona Marina e Senhor Fernando me ajudavam muito e tomavam conta de mim por ser menor de idade, mas não queria ficar na casa deles e aceitaram minha vontade, comecei a passar o dia todo no restaurante e voltar pra casa somente para dormir. A casa grande me trazia muitas lembranças, não consegui entrar no quarto dos meus pais.

Mais um dia acordei com o calor do sol entrando pela janela, não queria sair da cama, fiquei toda a manhã. Quando escuto a campainha tocar. Fui ao banheiro fazer a higiene, me arrumei e desci, ao abrir a porta dei de cara com dois homens que pareciam dois armários.

- Homem 1: Senhora queremos falar com o Arnaldo.

- Elisa: Senhor meu pai não está mais entre nós, ele faleceu faz alguns meses.

Homem 2: Então a dívida dele passa para você.

- Elisa: Dívida? Qual dívida?

- Homem 2: Seu pai pegou 150 mil com o nosso chefe e viemos aqui cobrar, já que ele não vai pagar, você herdará a dívida, tem uma semana para pagar, ou não vai querer saber o que podemos fazer com esse corpinho e essa boquinha linda.

-Homem 1: Não tente fugir, estaremos vigiando gatinha, estou doido para que não pague, quero tanto sentir esse corpinho, pode ter certeza que vou te fazer gemer gostoso.

O homem me puxou apertando minha cintura e cheirando meu cabelo, senti tanto nojo e medo que dei um empurrão e tranquei a porta. Com o coração acelerado comecei a chorar, como meu pai poderia dever a pessoas como essa.

Fui direto para o restaurante, cheguei tão nervosa que não conseguia parar de tremer, só conseguia chorar.

- Senhor Fernando: Elisa o que aconteceu minha filha está tremendo.

- Dona Marina: Tome aqui esse copo com água.

- Elisa: Nem sei por onde começar, não consigo acreditar nisso. Meu pai pegou dinheiro com alguém muito perigoso, muito dinheiro, eles foram lá hoje para cobrar dele, quando falei que meu pai tinha falecido, falaram que a dívida era minha agora, como vou pagar 150 mil.

Mal consegui terminar de falar e já estava chorando em desespero.

- Senhor Fernando: Não sabia que o Arnaldo estava devendo tanto dinheiro, podemos ajudar, mas não temos todo esse dinheiro, precisaremos de tempo, para conseguir um valor tão alto.

- Elisa: Não podem me ajudar, essa dívida é minha, tenho que dar um jeito sem prejudicar mais ninguém. Será que consigo vender a casa, ou dar a casa em pagamento?

- Senhor Fernando: Mas minha querida é sua casa, não pode vender.

- Elisa: Nesse momento é o único bem que eu tenho, só preciso achar alguém que queira comprar. Nem quero imaginar o que podem fazer comigo se não pagar. Disseram que estão me vigiando.

Mais calma e com uma ideia de solução em mente voltei pra casa, chegando percebi um carro do outro lado da rua, estava la quando saí e continuavam lá. Não estavam brincando quando disseram que estariam vigiando. Fui até o carro.

- Elisa: Senhor poderia falar com seu chefe?

- Homem 1: O que você quer com o chefe?

- Elisa: Preciso de um tempo para pagar e quero negociar com ele.

- Homem 2: Entre no carro e levaremos você até ele.

- Elisa: Depois de ter insinuado que me estupraria acha mesmo que vou entrar em um carro com vocês?

- Homem 2: Muito petulante você mocinha, boquinha muito afiada.

- Homem 1: Entre não faremos nada, você ainda tem tempo para pagar sua dívida, faremos o que prometemos caso não pague.

Respirei fundo e entrei no carro, segurando meu coração para não sair pela boca, Jesus amado, tenho certeza que dava para escutar a bateria que estava o meu coração.

Chegamos a um edifício enorme, todo coberto de espelho.

- Elisa: Não acredito que seu chefe fique aqui, realmente os piores se escondem muito bem.

- Homem 1: Controle sua boquinha minha linda, pode perder a língua uma hora dessa.

Entramos e depois dessa direta fiquei calada, passamos por um hall lindamente decorado e fomos até o elevador, subimos até o 25° andar, as portas se abriram e uma moça muito elegante nos recebeu.

- Secretária: Bom dia! Em que posso ajudá-los?

- Homem 1: Queremos falar com o chefe.

- Secretária: Ele está em uma reunião, podem sentar e esperar um minuto, já pergunto se poderá atendê-los, mas como não tem hora marcada não sei se serão atendidos.

- Homem 2: Diga que é o Henrique que está aqui, ele vai atender.

- Secretária: OK!

Passaram-se 20 minutos e eu não parava de tremer, os dois brutamontes se divertiam com meu desespero.

- Secretária: Podem entrar o senhor Baltazar irá atendê-los.

Erick Baltazar

- Homem 1: Chefe, essa garota é filha do Arnaldo ele morreu ela quer falar com o senhor.

- Erick: Deixem-nos a sós.

- Erick: Pois não, em que posso ajudá-la?

- Elisa: Bom dia senhor! Preciso de um tempo para poder pagar a dívida do meu pai, nem sabia que ele estava devendo tanto.

- Erick: Como pensa em pagar a dívida?

- Elisa: Bom, tenho uma casa que ficou para mim, vou vender e pagar o senhor, só preciso encontrar quem compre, por isso peço mais tempo. Não tenho intenção de não pagar, se ele pegou o dinheiro tenho que pagar, só peço um prazo maior, trabalho em um restaurante e não tenho dinheiro.

- Erick: Não faço negócios com crianças.

- Elisa: Senhor, peço que considere meu pedido, não tem mais com quem faça esse negócio, não tenho mais ninguém, e não vou deixar que ninguém assuma uma dívida que agora é minha. Se eu não pagar não irá receber seu dinheiro.

- Erick: Amanha irá um corretor fazer uma avaliação da casa e ver quanto ela vale, não sou um monstro como pode parecer, mas sou um homem de negócios e não gosto de sair perdendo.

- Elisa: Não irá sair perdendo senhor, pode calcular o valor da dívida e os juros que irei pagar tudo.

Falei em voz baixa quase imperceptível (não quero virar uma prostituta e algum bordel).

O homem a minha frente me olhou com a sobrancelha arqueada e deu um sorriso que deu medo, levantou e veio em minha direção cada passo que dava eu ia andando para trás até ficar presa contra a parede, podia sentir sua respiração no meu pescoço. Ele era incrivelmente lindo, seus olhos me deixaram hipnotizada, e morrendo de medo também, se aproximou do meu ouvido. e disse.

- Chefe: Você não iria para um bordel, com esse corpo delicioso e essa boquinha que estou me segurando para não morder, você iria para o meu quarto e não sairia de lá, iria comer você toda noite e com certeza não iria me cansar.

Sua voz saiu rouca e pude sentir o volume de sua calça encostando na minha barriga, senti um calor pelo meu corpo e fechei os olhos imaginando o que ele faria, quando abri os olhos ele já tinha se afastado.

- Erick: Pague a dívida e não teremos problemas. Pode sair.

Saí quase que correndo da sala, passei pela recepção feito um foguete, entrei no elevador e só então percebi que estava prendendo a respiração, meu pai eterno onde fui me meter, pensei no meu pai porque não me falou que estava sem dinheiro, para que tanto dinheiro, eu poderia ter ajudado, não com 150 mil, mas poderíamos ter dado um jeito.

Uma lágrima escorre involuntária, por pensar na dificuldade que meu pai estava passando e eu nem sabia, não pude deixar de pensar que seria por minha causa, pagar a escola e as despesas da casa, mesmo que eu ajudasse não era suficiente, a casa era bem grande e a manutenção era cara. Andei tanto que nem percebi que cheguei em casa.

Subi direto pro quarto fui tomar banho e ver se lavava toda essa confusão que virou minha vida. Desci e fiz só um lanche, estava sem vontade de fazer algo mais elaborado.

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