9 anos atrás...

Reyhan lentamente abriu os olhos, sua cabeça girava intensamente devido ao efeito do sedativo. Ele estava extremamente chocado ao ver suas mãos cobertas de sangue, até que, ao abrir os olhos completamente, arregalou-os ao ver Anton, o pai de Klara, também banhado em sangue.

"O-omm Anton!" Reyhan correu em direção a Anton, cambaleante devido à forte tontura.

Anton era o pai de Klara, futura esposa de Reyhan. Naquela época, Reyhan tinha apenas 20 anos.

Anton tossia sangue profusamente, especialmente porque seu corpo estava repleto de ferimentos de faca, causando um grande derramamento de sangue que se espalhava pelo chão.

"An-An-andre... Andreas!" foram as palavras entrecortadas que Anton conseguiu dizer, antes de dar seu último suspiro.

Andreas? Andreas era um mafioso e também amigo de Anton. Andreas foi encarregado por alguém de matar Anton, pois este se tornara testemunha de um assassinato cometido pelo chefe de Andreas. Claro, Andreas não podia recusar, pois era uma ordem de seu próprio chefe.

"Om Anton!"

"Acorda, Om!"

Reyhan sacudia incessantemente o corpo de Anton, que já não respondia mais, em pânico e medo ao ver a condição terrível de Anton. Ele buscou o celular no bolso, com a intenção de informar a polícia sobre o ocorrido, mas parou ao ouvir o som de sirenes de carros da polícia.

Ao invés de ser aquele que faz a denúncia, ele é quem acaba preso, "Sr. Reyhan, o senhor está preso pelo assassinato do Sr. Anton."

Reyhan ficou chocado ao ouvir isso. "Espera, eu sou inocente." Ele não entendia por que estava sendo acusado do assassinato.

Naquele momento, Klara acabara de chegar, ela havia ido às compras em um mercado um tanto distante, sem saber que Reyhan viria mais cedo porque ela havia pedido para ele chegar às 8 da noite, já que Reyhan estava ansioso para pedi-la em casamento e pretendia ajudá-la a cozinhar.

Mas, quando Reyhan bateu à porta da casa de Klara, alguém a abriu e imediatamente pulverizou um sedativo em seu rosto, fazendo-o perder a consciência.

O assassinato foi premeditado, dois dias antes do incidente, um dos homens de Andreas fingiu se mudar para uma casa relativamente próxima à de Anton para vigiá-lo. E agora, ele fingiu ser uma testemunha do assassinato, inclusive foi ele quem notificou a polícia. Claro, Andreas era muito astuto, ele já havia eliminado todas as suas impressões digitais na casa de Anton e no próprio corpo de Anton.

Klara ficou chocada ao ver carros de polícia em frente à sua casa e a multidão que se formava lá, ficou ainda mais confusa ao ver Reyhan sendo levado pela polícia, sem entender por que suas mãos estavam cobertas de sangue e ele estava algemado.

"O que está acontecendo?" perguntou Klara. Seu coração estava pesado, esperando que nada tivesse acontecido ao seu pai.

"Klara...."

Klara não quis ouvir o que Reyhan tinha a dizer, preferiu correr para dentro de casa para verificar se seu pai estava bem, mas suas esperanças foram destruídas ao ver seu pai deitado no chão em uma condição terrível.

"PAIIII!" Klara gritou histérica. Ela imediatamente abraçou o corpo de Anton, que já não tinha vida.

Esta noite deveria ter sido uma bela noite para Reyhan e Klara, mas se transformou em uma noite de terror para ambos.

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"PAAAAI!" Klara gritou histericamente. Ela imediatamente abraçou o corpo já sem vida de Anton.

Klara continuou a sacudir o corpo de Anton, chorando incontrolavelmente, desejando que o que ela estava vendo fosse um pesadelo.

Como seu pai poderia ter morrido tragicamente assim?

Por que as mãos de Reyhan estavam algemadas?

Por que as mãos de Reyhan estavam ensanguentadas?

Teria sido Reyhan quem matou seu pai?

Klara não conseguia pensar direito, sua mente estava confusa. Ela sabia que Anton não gostava muito de Reyhan, pois esperava que Klara se casasse com um homem que pudesse garantir seu futuro. Ela se levantou rapidamente e correu em direção a Reyhan, que estava sendo escoltado pela polícia para o carro.

"Reyhan!" Klara gritou, batendo no peito dele enquanto chorava, "Diga que isso não é verdade, você não matou meu pai, matou?"

Reyhan também não conseguiu conter as lágrimas. É claro que ele não queria admitir algo que não fez, "Confie em mim, eu nunca mataria seu pai, Klara. Eu também não sei..."

O policial interrompeu a conversa deles, "Este homem é quem matou seu pai." Ele apontou para Roni, a testemunha ocular e também vizinho de Klara e funcionário de Andreas. "Aquele homem é a testemunha!"

Reyhan ficou chocado ao ouvir isso. Como poderia haver uma testemunha se ele não havia matado o pai de Klara? "Não! Não pode ser, eu não poderia matar seu pai..."

"Naquela hora, ouvi uma comoção e gritos na casa do Sr. Anton, então relatei o caso à polícia e também vi que só esse homem entrou na casa," afirmou Roni, apontando para Reyhan.

Reyhan ficou furioso ao ouvir isso. Ele olhou para Roni com raiva. "Seu desgraçado, por que você está me incriminando?!"

"Não fui eu quem matou seu pai, mas o amigo do seu pai, Andreas. Acredite em mim, foi seu pai quem me disse isso," Reyhan tentou convencer Klara.

Roni apenas riu, "Hahaha... por que o Sr. Andreas mataria Anton? Esta noite, o Sr. Andreas está comemorando o aniversário da filha dele. Se você não acredita em mim, vá até a casa da ex-mulher dele. Eu trabalho para ele."

Era verdade. Depois de matar Anton, Andreas ordenou que seus homens limpassem a bagunça. Ele se limpou e foi para a casa da ex-mulher para dar um presente de aniversário para sua filha, que era 5 anos mais nova que Reyhan.

Jennifer Clarissa Alvaro, ou Jenny, era sua filha biológica, mas sua esposa decidiu se divorciar dele depois que descobriu seu lado ruim e as frequentes agressões. Ela levou Jenny embora quando ela ainda era pequena.

Mas naquele momento, Klara já havia acreditado nas palavras de Roni e deu um tapa forte no rosto de Reyhan.

PLAKKK!!

"Por que você matou meu pai?"

"Foi porque você estava com raiva por meu pai não gostar de você?"

"Você mesmo disse que conquistaria meu pai, mas por que tirou a vida dele?"

"Eu te odeio, Reyhan!"

"Como você pôde fazer isso comigo?"

Klara chorou histericamente, sacudindo o corpo de Reyhan. Ela se sentiu destruída porque o homem que ela tanto amava teve a coragem de matar seu pai.

"Não, Klara! Eu não matei seu pai... Eu juro, eu não matei seu pai." Infelizmente, Reyhan não teve chance de explicar porque a polícia o arrastou para dentro do carro.

Reyhan tentou resistir, "Eu não matei o Sr. Anton, senhor, foi o homem chamado Andreas que o matou."

"Não me prenda, senhor! O que vai acontecer com a minha irmã se eu for preso? Eu sou inocente!"

Infelizmente, ninguém acreditou nas palavras de Reyhan naquele momento. Isso o levou a ser preso, mesmo com todas as provas e testemunhas apontando para ele. Naquele momento, Andreas realmente precisava de um bode expiatório para o que havia feito.

...****************...

Ninguém acreditou em Reyhan naquela época, mesmo agora que ele estava atrás das grades, Reyhan continuava gritando enquanto sacudia as grades da prisão: "Senhor, juro que não matei o senhor. Por favor, me tire daqui, senhor, minha irmãzinha está sozinha em casa, ela fica doente facilmente, por favor, senhor". Reyhan gritou enquanto soluçava.

"Por favor, deixe-me ver minha irmãzinha, senhor."

"Eu imploro, por favor, deixe-me ver minha irmãzinha para ter certeza de que ela está bem."

Foi inútil gritar, ninguém o ouvia. Todo esse tempo Reyhan morou apenas com sua irmã de 10 anos porque seus pais morreram em um acidente há 2 anos.

...... FLASHBACK ON... ...

Reyhan olhou-se no espelho, hoje estava muito bem vestido com uma camisa cinza. Ele mal podia esperar para pedir sua amada em casamento, Klara era como uma luz que veio brilhar quando ele se sentia para baixo.

"Para onde você vai, irmão?", perguntou Dinda, sua irmãzinha, que estava ocupada estudando.

"Irmão vai pedir a mão da Klara em casamento, vamos, vai ser rapidinho, mana." Reyhan realmente queria que Dinda fosse com ele.

"Hmm... Não posso, estou estudando, vá sozinho, irmão." Dinda disse isso enquanto fazia sua lição de casa.

"Vamos lá, vai ser rapidinho!" Reyhan insistiu em apresentar Dinda ao pai de Klara.

"Não posso, irmão, tenho muita lição de casa." Dinda disse isso olhando para seu irmão, que continuava a forçá-la a ir com ele.

"Você já tomou seu remédio?" Reyhan estava muito atento à sua irmãzinha.

"Já sim, irmão, agora vá. Coitado do irmão Klara, ele deve estar esperando!"

"Hmm, tudo bem, irmão vai para a casa do Klara, já volto, se cuida, mana." Finalmente, Reyhan cedeu para não levar Dinda com ele, além disso, a casa de Klara não era tão longe, levaria apenas 15 minutos para chegar lá.

Dinda estava acostumada a ser deixada sozinha porque Reyhan tinha que trabalhar para pagar a escola e a comida do dia a dia.

..... FLASHBACK OFF.....

"Senhor, por favor, verifique como está a Dinda, senhor, ela tem uma doença cardíaca, senhor, tenho medo que ela fique chocada ao ouvir as notícias sobre mim, por favor, senhor!" Reyhan não desistiu, ele não ficaria tranquilo até saber que Dinda estava bem.

Finalmente, a polícia concordou em verificar o estado de sua irmãzinha e pretendia enviar Dinda para um orfanato porque Reyhan não tinha mais família, ele tinha uma tia, mas ninguém sabia onde ela estava e não havia notícias.

Mas, infelizmente, quando a polícia foi verificar Dinda em casa, Dinda já estava sem vida, ao que parece, ela ficou chocada e abalada ao ouvir a notícia de que seu irmão havia matado alguém, a notícia do assassinato já havia se espalhado entre os vizinhos. Até que ela sentiu a dor sozinha lutando contra sua doença em casa sozinha.

"Não! Não pode ser! A Dinda não pode ter morrido!" Reyhan sentiu um aperto no peito, sua testa estava fria de suor e seu corpo tremia ao ouvir a notícia da morte de sua irmãzinha.

"A Dinda não pode ter morrido! Vocês devem estar errados!" Reyhan não acreditou na notícia sobre Dinda. Esperando que tudo fosse um sonho e que Reyhan pudesse acordar daquele sonho o mais rápido possível.

"Dinda!"

"Dinda!"

"Dinda!"

Reyhan não parava de chamar o nome da irmãzinha, seu coração estava partido, em um instante, este dia o fez desmoronar, carregando a culpa que ele não cometeu.

*Andreas\, espere só\, vou me vingar pelo que você me fez*.

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Klara também estava muito angustiada com esta provação, ela não tinha mais vontade de viver, não tinha mais ninguém além de seu pai e Reyhan, os dois homens que sempre a faziam ter vontade de viver esta vida.

Ela realmente não conseguia acreditar. Como Reyhan poderia matar seu pai?

Por que Reyhan mataria seu pai?

Klara só conseguia chorar sozinha, ela batia no peito que parecia tão apertado.

Klara pegou uma faca da cozinha, ela estava determinada a acabar com sua vida...

Klara acordou de seu desmaio, ela ficou surpresa ao se encontrar no hospital, "Por que estou aqui? Por que eu simplesmente não morri!" Klara chorou.

"Você acha que depois de morta sua vida vai mudar? Você vai se arrepender e implorar para voltar à vida!"

Klara ficou surpresa ao ouvir a voz de alguém respondendo às suas palavras, era um jovem e bonito médico chamado Andra Alvarez.

Foi assim que Klara conheceu Andra, um médico muito gentil. Na verdade, Andra sempre lhe dava atenção. Principalmente porque Klara não tinha mais ninguém agora. A presença de Andra a fez forte e a fez se sentir menos sozinha.

Ao contrário de Reyhan, ele estava no fundo do poço atrás das grades, além do tratamento de seus companheiros de cela que não paravam de intimidá-lo. Felizmente, havia alguém para ajudá-lo.

"Ei garoto, seja um homem corajoso! Eu não gosto de ver homens fracos. Vou te ensinar como ser temido por muitas pessoas!" disse o homem que o ajudou, ele era um chefe da máfia que havia sido subjugado por Andreas.

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