-Não,não e não.
Isso é o que digo para minha mãe, apesar de ter notado que alguma coisa estava errada ultimamente,mas nunca pensei que fosse isso.-
-Filha não há o que fazer já esta tudo arranjado ,o jovem da família Yaning já aceitou,e hoje vai ser o jantar de noivado.
-Como?Não, mãe como você pode fazer isso comigo?Eu não o conheço,nem ele a mim,como posso me casar com quem nem mesmo conheço?
-Você sabe que cabe a nós escolhermos um bom homem para você se casar,casamento não é o fim do mundo minha querida.
-Eu não vou me casar,prefiro que me coloquem em um convento a isso.
-Você pode falar o que quiser,o casamento acontecerá daqui a um mês e meio.
Eu estava de costa não consegui falar olhando para ela,mas isso me faz me virar para olha la
-Um mês e meio?-pela minha voz que mais ficou presa na garganta do que saiu som eu poderia está tendo um ataque agora.-Mãe você está se ouvindo,vai casar sua única filha com um desconhecido em 45 dias?
-Pare de fazer drama Maria,ele é um bom homem de boa família,te dará tudo o que precisa,e não te faltará nada.
Eu estou em ponto das lágrimas cairem de meu rosto,eu nunca gritei com minha mãe, não sou uma filha desobediente,e nem que dá trabalho,porque ela e meu pai estão fazendo isso?
-Vai me faltar amor!!-eu grito.-como quer que não me falte nada se nem sabe do que esse homem pode ser capaz, vocês estão me entregando como um bezerro para o abate.
-Pare com isso Maria.
-Não, não posso e nem vou mais.
Eu me mexo,nem sei o que estou mesmo fazendo,mais seja como for sinto que preciso sair dessa situação e agora,caso contrário não sairei mais.
Pego uma bolsa grande e começo a colocar minhas roupas dentro,preciso sair daqui,nem que seja para fugir desse destino cruel.
-Maria o que pensa que está fazendo?
-Eu não posso obedecer vocês dessas vez,sinto que há algo de errado nesse casamento,eu não vou me casar.
Eu me assusto quando eu vejo minha mãe puxa a bolsa das minhas mãos e tento segurar ficamos nesse pequeno cabo de guerra por alguns segundos.
-Você não vai sair dessa casa....a não ser que seja casada com Eron Yaning.!
-Mãe por favor não faça isso comigo.
-Chega de choramingação,largue essa bolsa e vá se arrumar para seu noivo.
-Eu sinto muito mamãe,mas não.
-Pois bem.
Ela larga a bolsa vira as costas e sai.
Isso me deixa confusa,mas no fundo acho que ela está me dando chance de escapar antes que meu pai chegue do trabalho, então eu corro para preparar a bolsa levando apenas o que mais preciso,o essencial.
Tenho um pouco de dinheiro guardado,pego e coloco na bolsa.E coloco meus sapatos.Vou para a casa da Aishila,minha melhor amiga,nem sei se seus pais irão aceitar,mas terei que inventar algo se nescessário para fugir dessa historia louca de casamento que meus pais inventaram.
Pego a bolsa já arrumada,e ando devagar até a porta, não antes de olhar para trás dando adeus ao conforto,ao meu cantinho,a minha família se necessário.
Abro a porta e saio devagar olhando para os lados no corredor.
Eu começo andar apressadamente,preciso sair o mais rápido possível da casa,mas quando estou descendo as escadas para o segundo andar,meu pai está subindo a escada,seu rosto não está nada agradável.
-O que pensa que está fazendo?
Péssima noticias para mim.
-Pai...eu ...
-Silêncio menina, não quero ouvir sua voz agora,volte ao seu quarto,e desfaça essa bolsa,tire da sua cabeça essa ideia de fugir ou sair dessa casa.
-Pai vocês não podem me forçar a casar,isso é disleal,e injusto.
-Já lhe disse para ficar quieta e voltar ao seu quarto!Seu noivo vai estar aqui dentro de algumas horas.
Mais um motivo para sair daqui o mais rápido possivel.
Eu termino de descer as escadas.
-Pai eu não posso me casar com esse estranho,eu sinto muito mesmo,eu ainda amo você e a mamãe,nada mudou, só não posso obedece los dessa vez, então isso é um adeus.
Seu olhar parecem facas em minha direção,apesar disso,eu preciso enfrenta lo,caso contrário o que esta em jogo é meu futuro,minha vida.
Mas então ele segura meu braço com força,o que me assusta,meu pai nunca me bateu,apesar de ser duro em minha educação,então esse tipo de coisa é verdadeiramnete surpreendente.
-Pai!?
-Porque não pode se casar com o noivo que eu e sua mãe escolhemos?Por acaso você está com pensamento em um homem diferente?
Eu olho para ele confusa,porque ele esta dizendo isso?
-Pai,do que você está falando? Pensamento em outro homem?
-Não se faça de inocente,seja como for você vai se casar com Eron Yaning querendo ou não,pelo menos casada, não vai ser uma mulher desonrada ou mal falada e levar nosso nome a lama.
Eu fico ainda mais confusa do que ele está falando?Eu não tem contato com nenhum homem,como eu ficaria mal falada ou desonrada?
-Pai eu não...
-Chega eu não quero ouvir mais nada....
Ele me puxa com ele escada acima comigo gritando.
-Me solta, não vou me casar com esse estranho,me solta.
Ele continua a me puxar escada acima,eu tento resistir mas ele é mais forte que eu e me arrasta escada acima.
Eu continuo a gritar para que ele me solte,eu tenho certeza que ele vai me trancar naquele quarto e só vou sair casada da forma que ele quer.
Eu tento de tudo empurrar suas mãos,tentar soltar,bater ,mas quando chegamos no quarto ele me joga basicamente para quarto adentro de forma rude.
Agora eu não consigo segurar o choro.
-O que vocês pensam que estão fazendo comigo?Eu sou um algum animal ou objeto para ser tratada dessa forma? Vocês estão ficando loucos.
-Olha menina fique calada, antes que eu perca minha paciência.
Eu não acredito não vejo nem mesmo um traço de arrependimento em seus olhos pelo modo como está me tratando.
-O que está acontecendo aqui pai?Como você e a mamãe mudaram do dia para noite comigo?
Ele não diz nada simplesmente parece em furia o motivo não imagino,eu não fiz nada .
-Pai me escuta...
-Já disse para ficar quieta.
Porque ele está sendo tão rude?
-Eu não vou...
E mais uma surpresa quando recebo um tapa em meu rosto do meu pai.
Não viro meu rosto para olha lo.
-Você vai se casar,se prepare para o jantar de noivado,e ponha um sorriso nesse rosto.
Eu fico na mesma posição que o tapa me deixou,eu não sei porquê,mas sinto vergonha como se eu tivesse mesmo feito algo de errado,mas não fiz,porque meus pais estão fazendo isso?Eu não sei,mas agora o choro é inevitável.
Sento na minha cama e deito de lado me enrolando em uma bola, não estou entendo mais nada,se isso é um pesadelo por favor eu quero acordar,se é a realidade eu quero voltar a sonhar.
É assim que estou quando ouço a porta do meu quarto abrir,olho desanimada não pode vir nada de bom mais.
-Ainda está ai minha querida,vamos levantar para se arrumar para o jantar.
Olho para minha mãe sem acreditar,querida depois de tudo o que ela e meu pai fizeram?
-Não vou a lugar nenhum,conhecer ninguém,e também não estou com fome.
-Não adianta fazer pirraça Maria,seja ficando nesse quarto esses um mês e meio ou saindo e conhecendo o seu noivo você vai se casar.
Com isso eu me levanto e olho diretamente para ela.
-Porque você e papai decidiram fazer isso tão repentinamente,sem levar em consideração meus sentimentos?O que estão fazendo vai me tornar infeliz para sempre me casar com um homem desconhecido.
-Não irei discutir mais com você,de uma...
-E da minha vida que estamos falando e vocês não querem discutir sobre isso?Pelo menos me ouçam!
-O jantar será servido as 7,se quiser desça se não fique enclausurada nesse quarto.
Ela e fecha a porta.
Eles nem mesmo parecem se importar comigo, não sei o que houve,mas seja como for eu preciso ao menos descobrir.Ou seja,a melhor de agir agora,e fingir aceitar esse casamento, e buscar saber o que aconteceu com meus pais.Não tenho interesse nesse casamento,mas posso usar de alguma forma isso para descobrir a verdade.
Então me levanto,e vou tomar um banho,que fico bastante tempo lá,por mais que queira tirar de mim o que estou sentindo a água não é capaz de fazer tal coisa.
Eu volto para o quarto, não quero ficar nada de especial,hoje para mim é um dia ruim, não há o que comemorar.
Prendo meu cabelo em um coque solto bem simples,brincos pequenos,um vestido simples azul claro longo até os tornozelos e de mangas,sem decote,com gola até o pescoço.Não me preocupo em usar maquiagem,nem muitos adornos.Respiro fundo,é aqui que a estrada fica cheia de pedras no caminho?
Desço as escadas bem devagar,consigo ouvir uma música leve e um pouco de conversa .Eles devem está na sala de jantar,termino de descer as escadas e ando devagar sem querer fazer alardes,passo pela sala,e quando estou quase chegando na sala de jantar posso ouvir a conversa.
-....sim-alguém rindo-não conheço a voz.
-Eles sempre foram exigentes,mas são excelentes pessoas.
-Meus pais são um exemplo para mim,tudo o que sei e sou e graças a eles-diz a voz desconhecida.
Tudo parece normal.Então decido entrar na sala de jantar,onde no momento em que entro todos param o que estão falando e fazendo para olhar para mim.
-Querida....
No momento seguinte da surpresa,o homem estranho se mexe e se levanta,e meus pais começam a se mexer.
Há apenas meus pais e o homem desconhecido que deve ser o tal noivo.
-Boa noite...
-Filha achei que não fosse descer,avisei ao seu noivo que você não se sentia bem.
-Eu estou um pouco melhor...
-Que bom que se reuniu a nós Maria,mas a vejo um pouco pálida ainda,sente se e coma algo.-diz o estranho.
Olho para ele mais claramente ,seus cabelos pretos,olhos castanho claro,ele deve ser alguns anos mais velhos que eu,não muito mais.Eu fico olhando para ele, será que parte da culpa pela mudança dos meus seria ele?Ele estaria chantageando meus pais.
-Ah sim,me desculpe,que falta de educação a minha...
Sou Eron Yaning.
O dito cujo.
Uso toda a minha força para falar e agir normalmente.
-Eron-o cumprimento-Maria Antonella Hien-me apresento.
-É um prazer te conhecer,por favor.
Ele puxa a cadeira ao seu lado.
Eu queria ficar bem longe dele,mas por enquanto vou aceitar.
Eu me sento e ele empurra minha cadeira.
Enquanto as empregadas colocam os pratos para mim,eu observo o clima entre eles, não parece haver tensão alguma,mas talvez só parece.
-Que bom que veio nós acompanhar,afinal esse é o jantar do seu noivado.-só minha mãe fala,meu pai,apenas observa tudo depois do tapa que ele me deu claramente nem vai querer olhar na minha cara.
O jantar vai sendo servido aos poucos.Eu não apenas belisco a comida,estou sem fome,apesar da comida ser boa.
-...o que acha disse Maria?
Quando ele diz meu nome que eu volto a mim.
-Oi?
Todos olham diretamente para mim.
-Você ainda não está se sentindo muito bem não é.
Olho para os meus pais e eles estao claramenre preocupados,mas porque essa preocupação repentina antes de tudo o que aconteceu hoje eu poderia acreditar na preocupação deles...mas agora tenho motivos para desconfiar deles.
Eu passo a mão nos olhos porque estou a ponto das lágrimas caírem.
-Você está chorando? Está sentindo alguma dor?
Poderia responder que sim,mas não se aplica a pergunta que o estranho me fez.
-Não, só não estou me sentindo bem hoje mesmo.
-Se esse é o caso porque não volta aos seus aposentos e descanse,podemos comemorar um outro dia minha noiva.
-Não....-meus pais dissem com um certo desespero estranho.
-Tenho certeza que se minha filha desceu foi para não fazer tal desfeita a você e ao compromisso de vocês, não é minha querida?
Olho para minha mãe,porque esse desespero todo para me jogar em cima desse homem estranho?O que realmente está acontecendo aqui.
-Claro minha mãe,senhor Yaning não faria essa desfeita em nosso jantar de noivado.
-Claro, agradeço seu esforço e sua atenção.
Fingir algo que não esta sentindo é algo horrível,me sinto uma atriz,a parte ruim é que tudo isso é real.
As empregadas nos servem o jantar,eu não estou com fome,mas tento colocar a comida goela a baixo.
A conversa entre eles é muito tranquila,para que esse homem esteja chantageando meus pais,por qualquer motivo que seja.
-Me desculpe minha noiva,eu não quero te deixar sem jeito,mas reparei que você durante todo o jantar fica me fitando por muitos minutos seguidos, você quer falar algo?
Eu me assusto porque estava tentados ser discreta em meus olhares,queria observa lo durante as conversas,para entender o que está acontecendo entre ele e os meus pais.
-Desculpe me se o incomodei com meus olhares,é só que olhando para você algumas vezes percebi que você não me é estranho,já nos vimos antes?
E claro que isso é uma desculpe,nunca o vi mais gordo,mas é uma boa justificativa para os olhares que lanço para ele.
Ele dá um leve sorriso.
-Eu acho que não,eu me lembraria e também não teria me esquecido se a tivesse visto alguma vez,com todo respeito aos senhores claro,mas sua filha é muito bela.
-Imagina, vocês agora são noivos,pode elogia la o quanto quiser, até porque mulheres gostam de ser elogiada meu genro.
Os dois riem.
Eu não acho graça nenhuma,mas abro um leve sorriso.
Depois do jantar,todos vamos para a sala tomar um café.
-Você está melhor Maria?
-Estou um pouco melhor eu agradeço,pela preocupação.
-Então meus sogros se é que já posso chama los assim...
-Claro que pode meu genro,e uma honra para nós termos você em nossa família.
-... então agora como o proposto neste jantar devo oficializar meu noivado com Maria.
A não.
Ele pega uma caixa em sua mão.
-Não precisa se levantar ele diz.
Ele abre a caixinha que contém um anel dentro,uma fino cor de ouro,com uma pedrinha pequenina transparente em seu centro.
-Eu Eron Yaning peço a mão de sua filha em casamento senhor e senhora Hien.
-Senhor Yaning aceitamos, será uma honra para nós e para nossa familia.
-Maria Antonella Hien, você me aceita?
Eu gostaria de poder disser não,minha pergunta é: até onde ele sabe que estou sendo forçada a casar com ele,e se de alguma forma isso importa para ele.
-Sim.
Ele abre um sorriso,todos estão sorrindo na verdade até meus pais,eu sorrio mais não estou feliz, algumas lágrimas caem do meu rosto.
Ele pega minha mão direita e coloca o anel e beija minha mão.
Isso seria um momento memorável,se eu o tivesse escolhido como o homem que passará o resto da vida ao meu lado.Então as lágrimas que caem é verdadeiramente de tristeza.
-Bom dia...
Desço para o café na manhã no dia seguinte ao jantar de noivado, não dormi bem a noite,minha emoções estão a flor da pele,mas tenho tentado me acalmar,porque nada faz sentindo nessa historia de casamento repentino e as pressas,estou tentando investigar,mas até agora não vi uma razão provável.
-Bom dia minha querida.
Antes quando minha mãe me chamada de querida eu não me importava nem achava nada demais,afinal ela é minha mãe,mas agora não sei porque isso soa tão errado?
-Onde está o Papai?
-Já foi para o trabalho.
Tão cedo meu pai não é de sair tão cedo assim.
-Sabe eu e seu pai estamos aliviados de você colocar a mão na consciência e perceber como esse casamento é a saída para toda essa situação.
Eu abaixo a minha xícara de café para olhar para ela.
-Toda essa situação?O que quer dizer com isso mãe?O que está por detrás desse casamento arranjado?
Ela não parece incomodada com minhas perguntas,nem mesmo sem jeito como alguém que está fazendo as coisas por debaixo dos panos faria,pelo contrário ela parece quase descrente com minhas perguntas.
-Porque pergunta o que já sabe?
-O que eu sei mãe?No fundo não estou entendendo nada,o que você e o papai estão fazendo comigo,porque estão me tratando dessa forma ou porque desse casamento tão inesperadamente.
Ela ri o que me deixa ainda mais desconsertada.
-Mãe acha isso engraçado?
-A situação não,mas contexto sim.
-Eu ainda não entendi o que isso tem haver com essa historia toda?
-Filha se você quer continuar fingindo, faça isso,mas a mim e ao seu pai você não engana,nem ao seu noivo também ele sabe de tudo.
-Ele sabe de tudo o que mãe?
-Continue assim minha querida,agora se me dê licensa devo ver os preparativos para o casamento junto da senhora Yaning.Ah e você terá que escolher o vestido de noiva caso não queira ou fique de pirraça, então eu mesma escolherei.
Ela sai me deixando sozinha.
Eu fico sentada,sem reação e sem acreditar no que está acontecendo.Eu não entendi nada.
Eu preciso descobrir o que está por detrás desse comportamento dos meus pais para comigo,a melhor forma é falar com quem tem olhos e ouvidos em todo lugar dessa casa.
Me levanto e vou até a cozinha.
- Dona Zalia?
-Sim menina,o que deseja?
-Estou precisando de sua ajuda em algo,e é muito importante que você não conte a ninguém que eu vim falar com você sobre isso.
-Menina o que houve? Você parece preocupada.
-Não sei se notou mas meus pais estão diferentes comigo, estão mais duros e secos você não ouviu ou as outras empregadas comentaram com você sobre alguma coisa a respeito,eu não lembro de ter feito nada que os fizessem ficar assim comigo.
Ela olha para os lados.
-Menina quanto a isso não ouvir nada,seja o que for eles tem guardado a sete chaves a respeito,mas ouvir disser que eles falaram apenas aqui na casa...que o casamento é a única salvação para a família?
-Unica salvação para a família?
Isso quer disser que isso ser algo relacionado a questão fianceira talvez?Por isso meu pai saiu mais cedo hoje para o trabalho?
-E ouviu algo mais?
-Apenas isso menina,eles estão mesmo escondendo as coisas não é?
-Sim,e não consigo conversar com eles para saber o que está acontecendo.
-Vai ficar tudo bem menina.
Eu sorrio para ela.
Dona Zalia trabalha para minha familia desde que eu era criança,por isso mesmo eu já tendo 19 anos ela ainda me chama de menina.
Volto para o meu quarto ,o que tudo isso quer dizer?
Minha família tem passado por dificuldades finaceiras e por isso arranjaram um casamento com um homem milionário para mim?
Nunca imaginei que poderia ser isso, não faz sentido se fosse porque eles estão tão bravos comigo?
Se esse é o caso porque não vinheram conversar comigo,seria o mais lógico.Será que eles estavam com medo de eu não aceitar,por isso estão agindo assim comigo,para que eu não retruque tanto?
Não sei o que está acontecendo a cada coisa que acontece fico ainda mais confusa,onde tudo isso vai parar se eu não descobrir o que está acontecendo?
Seria uma boa talvez ir a casa de Aishila para falar tudo o que está me acontecendo,ela é minha melhor amiga,talvez ela que está de fora da situação possa me dar uma luz.
Coloco os sapatos,pego minha bolsa,e desço as escadas,abro a porta da frente e dou de cara com dois homens altos e fortes no quintal.Eu paro onde estou,confusa e com medo.
-Zalia?Zalia!
Zalia vem correndo da cozinha.
-Menina o que houve?
-Quem são esses homens em nosso quintal.
Olho para ela confusa.
-São seguranças menina,desde ontem eles estão ai.
-Quem foi que os contratou?
-Imagino que seja seus pais menina,caso contrário porque eles estariam aqui?
Isso não faz sentido,se eles estão com problemas finaceiros como imaginei como contratariam seguranças?E para o que?
-Eu vou ver o que está acontecendo.
Saio e vou até eles,mas antes mesmo de chegar até eles,eles se movem e fazem uma barreiro entre mim e o portão.
-O que pensam que estão fazendo?Quem são vocês e o que fazem aqui?
-Senhorita Maria, temos ordem para não deixa la sair, sentimos muito mas deve voltar a casa.
-Como assim ordem para não me deixar sair?Ordem de quem?
-Ordem do senhor e da senhora Hien.
-Quem contratou vocês?
-Senhorita como disse deve voltar a casa,e se quiser mais informações deve perguntar ao seus pais.
Como eles acham que tem esse poder?
-Quem acham que são para me privar de sair.
-Estamos apenas obedecendo ordens senhorita, não nos abrigue a usar a força.
Então é assim que eu serei tratada,como uma prisioneira.
-Muito bem então.
Me viro e entro em casa,como pode algo assim,meus pais estão enlouquecendo só pode.
Paro no meio da sala pensando o que vou fazer,porque nada faz sentido,eles estão agindo tão estranho.
Já que não posso sair pelo menos conversar.
Vou a telefone,se meus pais não cortaram o fio.
Pego o gancho,o telefone faz barulho,fico aliviada,disco o número da Ashila.
-Sim.
-Boa tarde a Aishila está?
-Sim,vou chama la.
Fico esperando ansiosa no telefone.
-Alô?
-Oi Aishila,que bom falar com você...
-O que você quer Maria.
Outro baque.Ah não,ela também não.
-Aishila porque está me tratando assim?
-Ah você não sabe,ou apenas está se fazendo?
-Como,eu não estou entendendo derrepente todos ao meu redor estão me tratando como um cachorro sarnento de rua!
-Apenas esqueça Maria,eu não sou mais sua amiga, não me ligue e nem venha mais me visitar.
-Aishila não faça isso,me diga o que está havendo?Alô?Alô.
O telefone fica mudo.
Não é possível,já não bastava meus pais,agora minha melhor amiga também?
Tento ligar mais uma vez,mas ninguém atende.
Eu coloco o telefone no gancho.
Como minha vida virou esse pesadelo?
Eu subo de volta ao meu quarto,e me jogo na cama.
Porque todos estão me tratando tão mal?
Como dormi mal,acabo dormindo enquanto pensava em um motivo para estar sendo rexarchada desse jeito,nada veio a minha mente.
-Maria?
Acordo meu tonta...
-Já está quase na hora do jantar,e daqui a pouco seu noivo vai chegar.
Me sento na cama e olho diretamente para minha mãe.
-Noivo? Jantar?Pois muito bem,quero que me explique que diabos está acontecendo antes de qualquer coisa...agora colocaram seguranças para me impedir de sair o que eu sou para vocês uma moeda de troca?Ou uma prisioneira?
-Você só está tornando as coisas mais difíceis para você Maria,pare de fazer de desentendida quando sabe o porquê de tudo isso.
-Mas pelos céus eu estou dizendo que não sei o porquê desse tratamento para comigo, você não pode me contar?Eu juro que não sei mãe,por favor me diga.-pego a mão dela.-Nós sempre fomos ligadas uma a outra,eu sempre te contei tudo, então porque mudou assim tão derrepente mãe,por favor,me diga.
Ela me olha nos olhos,poderia se disser que é uma montanha se desfazendo na minha frente,ela fica a ponto das lágrimas.
-Minha querida Maria,como eu sonhei tantas coisas para você, até cheguei a planejar,mas você jogou tudo isso fora,porquê?Sempre te criei com ótima educação e preceitos, porém tudo foi para o ralo, você não pensou em mim e em seu pai, só em você.
-Mas porque está falando isso,que coisa terrível eu fiz que fizeram vocês tomarem essa atitude?
-Você alega não saber,mas sabemos que sabe o que fez de errado e esse é o resultado, já sabíamos que você negaria,fingiria,se faria de vítima.Eu e sei pai depois que soubemos prometemos levar isso para túmulo conosco,muita mais dizer isso a ninguém,enterrar isso bem fundo,para que não traga desgraça a nossa família.Só depois de seu casamento poderei respirar tranquila.
Eu estou desalentada,porque estou ainda mais confusa,porque ela acha que sei do que eles me acusam,e ainda mais,acham que estou fingindo não saber,isso de alguma forma me leva a um paradoxo.
-Mãe eu não sei do você está falando.
-Chega Maria está bem,chega de se fazer de tola.Vá se arrumar para receber seu noivo,ou fique no seu quarto faça o que bem quiser.
Ela sai fechando a porta com força.
O que está acontecendo com minha vida?
O que eu fiz de tão ruim?Estaria eu com amnesia,e fiz algo de terrível?Seria isso possível?É mais provável não ter feito nada para ser tratada assim por todos,do que ter feito algo e me esquecido,e até a minha melhor amiga me odeia agora.
Eu levanto e vou me arrumar,de alguma forma talvez com esse noivo arranjado eu consiga tirar algo sobre toda essa situação.
Novamente me banho e me visto com roupas bem simples,nada de estravagante,uma saia marrom e uma blusa de gola sem mangas,saia plissada abaixo do joelho,hoje deixo meu cabelo solto.
Desço as escadas e hoje como desci cedo estão todos na sala conversando.
Novamente Eron se levanta quando me vê,mas isso é apenas etiqueta.
-Boa noite.
-Boa noite.-todos me dizem.Minha mãe e meu pai claramente estão com suas caras amarradas para mim.
-Veja que há cor em seu rosto hoje,imagino que esteja melhor.
-Sim,ontem foi apenas um infortúnio estar com mal estar.
-Claro.
Pode ser impressão minha,mas a forma como ele falou me pareceu estranho, será que é possível que ele saiba o que está acontecendo?
-Bom agora que Maria já desceu podemos ir jantar.
-Meu noivo? Será que depois do jantar podemos conversar um pouco,eu queria conhece lo um pouco mais.
-Sim,isso será muito bom.
Meu pai pigarra.
-Jovem Yaning,lembre se ,namoro,conversa,dentro de casa e sobre a nossa supervisão.
-Sim,meu sogro,jamais eu iria manchar a honra de Maria.
Sinto certo nostalgia com isso,lembro me de meus pais falando isso comigo,que quando fosse namorar seria dentro de casa,e sobre a supervisão deles,que não deixaria nenhum sem vergonha se aproveitar de mim.
Como tudo aquilo que eles sonharam para mim virou esse pesadelo?E porque?
No jantar eu fico inquieta,quero conversar com Eron.
Quando o jantar termina eu me levanto com presa e passo meu braço pelo braço dele.
-Bom podemos conversar um pouco agora?
-Sim, você disse que queria saber sobre mim,o que quer saber minha noiva?
Eu preciso escolher bem minhas palavras e minhas perguntas, até porque meus pais não estão distante.
-Queria saber um pouco sobre tudo,sua família,seu trabalho,como meu pai te conheceu.
-Bem,minha família tem minha mãe,meu pai,meu irmão mais novo e eu.
-Gostaria de conhece los,teremos um jantar para eu conhece los?
Ele parece desconfiado com minha pergunta não sei porquê.
-Bom acho que vai ser um pouco difíceis isso por algumas questões,mas eles estarão no nosso casamento.
-Essas questões tem ...
-Eu gostaria de não falar sobre isso...
-Hm,claro,bom e o seu trabalho,no que você trabalha?
-Nossa família e do ramo de negócios,temos vários imóveis pela cidade.
Por essa eu não esperava.
-Você não tem cara de homem de negócios.
Ele sorri .
-Devo não ter mesmo.Ainda sou jovem,eu cuido mais da contabilidade dos negócios da família.
-Que interessante...e como conheceu meu pai?Ou como ele conheceu sua família?
-Seu pai tem algumas lojas alugadas que são nossas e já faz bastante tempo,meu pai e ele foram amigos de colégio no último ano.
-Eu não sabia disso,na verdade eu não conhecia mesmo a sua família,nem mesmo pelo nome.
-Você não é uma moça de sociedade de classe alta,não tem costume de sair?
-Não muito,acho o máximo que fazia era sair para casa das minhas amigas.
-Não ia a teatro,ao parque?
-Não tenho irmãos,e nem sempre minhas amigas podem sair comigo.
-E seus amigos?
-Amigos?Rapazes?Eu não tenho nenhum.Meus pais sempre foram muito severos e cuidadosos,além de que eles me ensinaram que homem e mulher não podem ser amigos.-olho para ele.
Novamente vejo que ele parece não acreditar em minhas palavras,o motivo eu desconheço.
-Eron?-eu digo baixo,meus pais estão no sofá do outro lado da sala, nós observando.
-Diga Maria?
-Sabe de algo de ruim a meu respeito? Não me leve a mal e que não quero trazer desonra a minha família ou mesmo a você.
Ele pega na minha mão.
-O que teria para descobrir? Não se preocupe com isso, não há como você envergonhar a mim ou mesmo a sua família.
Eu balanço a cabeça,mas não estou completamente tranquila,ainda não sei o porque de todo esse infortúnio na minha vida.
Não imagino como o tempo passou tão rápido,apesar de estar presa em casa,fiz de tudo para descobrir o que aconteceu para meus pais agirem como agiram comigo, porém não consegui descobrir nada,apenas muitos fragmentos de coisas que combinadas não me dizem nada.
Liguei para conhecidos,afinal alguém deveria saber o que fiz.Mas ninguém soube de nada,nem mesmo eu sei ainda.Me sinto em um eterno labirinto que por mais que corra não consigo sair dele,que por mais que ande não chego a lugar nenhum.
Tentei várias vezes ligar para Aishila,mas ela se recusou a me atender todas as vezes,por mais que tenha perguntado para minha mãe,ela não diz,falando que vai levar isso para o túmulo com ela,meu pai nem tento falar com ele depois do tapa que ele me deu.
Os preparativos para o casamento vão sendo tomados,eu sou muito pouco consultada,minha mãe e a mãe de Eron estão resolvendo tudo.
Eron vem me ver algumas noites,mas não me ajuda em nada,as vezes acho que ele no fundo sabe,mas também esconde muito bem.
Quando os dias vão passando,e o dia do casamento vai chegando, não sinto nada,apenas o topor que a incerteza me causa,quase anulando minhas forças.
E o dia chega,dia do casamento com um homem que mal conheço,por mais que aparentemente ele seja um bom homem,mas não posso ter certeza.
Desço para o café da manhã, minha mãe está tomando café junto com meu pai,pelo menos hoje pude vê lo no café.
-Bom dia.
-Bom dia filha,hoje é o dia .
Eu me sento na cadeira a frente deles.
-Hoje é o dia que poderá respirar tranquila.
Digo me lembrando das próprias palavras dela.
Esse último mês eu tenho tentado compreende los,achar o motivo por trás de tudo isso,mas hoje eu estou apenas lançado minhas frustrações sobre todos a minha volta.
-Hoje é o dia do seu casamento, não deveria está feliz ou alegre,ou mesmo aliviada?
-Pelo o quê? Não tenho o porquê está feliz.
-Não viu discutir com você,daqui a pouco chegarão as pessoas para lhe arrumarem,seus cabelos e suas unhas.
-Que boa notícia.-Digo com sarcasmo.
Eu estou um verdadeiro ácido hoje,em meu pensamento hoje é o dia da minha penitência,pagar por algo que nem mesmo sei o motivo.Todos a minha volta estão me tratando como uma criança malcriada de castigo.Mas eu não vou uma criança,e nesse caso se o casamento for um castigo por algo que fiz,o que teria sido isso?Eu não me lembro mesmo de ter feito nada para ser tratada assim.
Depois do café subo ao meu quarto e fecho a porta, não estou querendo fugir do casamento,disso está claro que não poderei fugir,me jogo na cama e começo a chorar...esse dia só começou e já está sendo tão difícil para mim.Tudo se torna pior quando lembro que esse deveria ser um dia feliz para mim.
Meus pais não parecem nem um pouco arrependidos pelo que estão fazendo,no fundo acham que estão certos,e é isso que mais me causa tristeza,hoje era para ser o dia mais feliz da minha vida,com minha família unida,meu pai me levar ao altar e entregar para o bom homem que eles sonharam para mim.
Mas no fundo serei entregue a um homem que conheço a pouco mais de um mês,que aparentemente foi escolhido as pressas,ou sem muita preocupação.
Eu gostaria de ficar o dia todo dentro de casa me lamentando,mas então as pessoas para me arrumarem chegam a casa,e então começa o dia da noiva,dia mais triste que esse para uma noiva como eu acho difícil achar.
Tento usar a sessão de beleza para relaxar,por alguns momentos até consigo,mas na maior parte do tempo meus pensamentos não me deixam descansar de forma nenhuma.
O banho em óleos aromáticos é bom,mas também não faz muito para sossegar meu coração.
Enquanto as moças fazem o meu cabelo,que aliás está ficando lindo,repartido do lado,com duas tranças que se ligam uma na outra no centro do cabelo,e na parte de baixo solto.
Depois que as moças fazem a maquiagem,tudo em tom rosa bem clarinho,lembro que não posso chorar mais caso contrário a maquiagem vai borrar,e não preciso de mais nada para piorar esse dia.
-Pronto senhorita, está pronta,falta apenas colocar o vestido.
-Obrigada pelo seu empenho,eu...eu estou linda.
-Só não vai chorar senhorita caso contrário nossa abra de artes irá se desfazer,hoje é um dia feliz então sorria senhorita.
Elas acham que é a emoção que está quase me levando as lágrimas, não de forma nenhuma e a tristeza que borbulha em meu peito.
-Bom ainda não está na hora de colocar o vestido,se quiserem descer e tomar um café.
-A senhorita é muito gentil,obrigada.
Elas saem,e eu fico sozinha de novo.
Esse é o pior dia da minha vida, só de pensar que esse deveria ser um dia feliz mas não está sendo.
A casa deveria estar cheia dos nossos parentes,mas eles não vinheram,amaria ter meus tios aqui.Talvez todos da família saibam o que me causou tal desgraça,o mais engraçado é que todos sabem,menos eu.
Ouço duas batidas na porta.
-Sim?
-Senhorita,seu pai está na biblioteca,e lhe chama.
O que será agora?
Pego um lenço e passo de leve nos olhos, não posso borrar a maquiagem.
Eu estou com um robe,mas dentro de casa não há problema me movimentar com ele.
A casa está muito,muito silenciosa,e esse silêncio está me matando.
Desço as escadas e vou até o escritório.
Bato duas vezes na porta.
-Pai sou eu.
-Entre.
Abro a porta,me lembro de que quando eu era criança vivia brincando aqui,apesar de sempre levar bronca do meu pai por isso.
-Diga pai o que deseja.
-O que eu vou fazer é muito difícil,mas é para o bem de toda família Hien...
Não gostei nada desse começo.
-Você se casa hoje,e peço que não faça nada de imprudente,como algum escândalo,ou algum vexame Maria.
-Porque acha que faria algo assim?Por acaso quando basicamente me jogaram nos braços desse estranho eu fiz algo para envergonha los? Não eu aceitei e o recebi mesmo contrariada todas as vezes que veio me ver?...Mesmo que você e a mamãe tenham me tratado como uma bastarda esse tempo todo.
-Sim isso é verdade, você foi obediente como nos lembravamos que era, então como o seu pai que quer o melhor para você eu te peço isso, não faça nada de imprudente hoje,case se e busque sua felicidade.
-E segundo você isso é o melhor para mim e para toda a família Hien? Há alguma coisa em comum entre essas duas coisas?Porque eu não vejo,eu pareço uma estante velha que o senhor quer se livrar.
Ele ri,e eu me enfurecido porque não há nenhuma graça nisso.
-A partir de hoje você pertencerá a outra família,a família Yaning.
-Sim estarei casada com Eron,mas ainda assim serei a única filha da família Hien.
-Não será mais.
Eu penso um pouco .
-Minha... mãe está grávida?
Eu sou filha única,o único modo de não ser mais filha única seria se minha mãe tivesse outro filho.
-Não,mas você não fará mais parte dessa família,depois do casamento romperei meus laços com você, você não fará mais parte dessa família Maria.
Eu fico parada olhando para ele.
-Você não está falando sério pai, não, não é possível diga que está brincando.
-Porque brincaria com uma coisa dessas.Eu queria que tudo pelo que eu e sua mãe temos passado fosse um pesadelo,mas não é, então é isso você vai ser deserdada no minuto em que se casar com Eron.
Eu balanço a cabeça sem acreditar, não é possível isso.
-Pai,se estão fazendo isso por causa do que dizem que eu fiz eu juro eu não fiz nada...
-Não há como voltar atrás, já está feito, então agora esse casamento é sua única salvação,se não quiser se casar,prepare se porque vai virar mendiga andarilha,ou ser moça da vida.
Ele não pode estar falando sério,estou tão chocada que lágrimas me vem aos olhos.
-E você não importaria se isso acontecesse comigo?Eu não levaria a honra da família para a lama?
-Como disse aparti de hoje se casando ou não você não fará mais parte dessa família,eu quero o melhor para você,por isso eu e sua mãe arrumamos um ótimo casamento para você,porque queremos que fique bem,mas se não quiser e por sua conta e risco.
Balanço a cabeça afirmativamente.
-Eu sempre fui uma filha obediente, não será agora que vou desobedece los.Então aparti de hoje quando o ponteiro do relógio virar,deixarei de ser sua filha,por hoje aproveitarei meu último dia como filha de vocês dois.
Me viro e saio da biblioteca,as lágrimas ameaçam começar a caírem,acho que precisarei de um retoque.
Como pode eles me tratarem assim,me sinto um lixo, não talvez pior que isso.
Me sento nós primeiros degraus da escada e ali fico,sem crer no que acabei de ouvir.
E como se derrepente eu tivesse perdido meu chão.
-Senhorita?
Levanto meus olhos, são as maquiadores.
-Sim.
Me levanto e passo minha mão no rosto secando as poucas lágrimas.
-Está chorando borrou um pouco a maquiagem.
-Desculpe meninas.
-Imagina senhorita, nós daremos o retoque, vamos está quase na hora do vestido.
Eu subo com elas se antes não estava animada imagina agora.
Elas retocam a parte que borrou e me ajudam a colocar o vestido.
-Senhorita que vestido mais lindo.
Não fui eu que escolhi,mas minha mãe ou a senhora Yaning tem bom gosto.
Estamos na primavera então o tempo está bem fresco.
O vestido é de alças grossas com um pouco de decote e parte das costas de fora, há um sobre vestido sobre ele que é de mangas curtas e transparente,dando para ver o vestido de baixo em sua totalidade.
-Sim é lindo.
Elas me ajudam a me vestir, agradeço aos céus por não ser um vestido com nagua.Ele é mais rente ao corpo.
- A senhorita está a noiva mais linda que já vi.
-Obrigada.
Imagino que elas falam isso para todas as noivas.
O casamento será no final da tarde ao anoitecer.
-Já está na hora senhorita.
Coloco a sandália que tem um salto bem mais alto do que estou acostumada a usar normalmente.
Antes de sair dou uma última olhada para o meu quarto e saio.
Elas seguram a minha mão ao descer a escada.
Meu pai está esperando na entrada da casa.
-Você está maravilhosa Maria.
Eu balanço a cabeça,se ele quer fingir que tudo está bem para as pessoas ao nosso redor,tudo bem.
-Podemos ir?
Balanço a cabeça.
No carro não digo uma única palavra,novamente sinto um certo topor.Topor da impotência de não poder fazer nada.Dentro de alguns minutos estarei casada com um estranho.
O casamento será na igreja e depois a festa em uma das propriedades da família Yaning.
Quando chegamos a igreja há algumas pessoas esperando por nós para me ajudar com o vel.
-Todos estão esperando pela senhorita,atrasou 10 minutos,mas já é de praxe .
Meu pai envolve meu braço no dele.
E começamos a subir as escadas da igreja,5 segundos depois de tocarmos o alto da escada da igreja a marcha nupcial começa a tocar.
-Não esqueça de sorrir minha filha.
Claro para manter a farsa da família feliz insistente.
Eu sorrio,mas algo singelo.
Passamos pelas portas da igreja que é de médio porte não é muito grande,mas a igreja está lotada,muitas pessoas,consigo ver algumas das minhas amigas,um parente aqui e lá quando passo,isso me faz ficar um pouco mais tranquila,então o sorriso aos poucos vai se tornando verdadeiro.
Só quando chegamos perto e que olho para o altar,onde está o padre,e meu noivo,ele também está sorrindo singelamente.
Ele está diferente cortou o cabelo,com um penteado novo,mais curto,terno preto gravata preta,um noivo bem clássico.
Mais alguns passos e chegamos ao altar.
Quando chegamos o meu pai pega minha mão e passa para a mão de Eron.
Ele me olha com um olhar meio cálido talvez tentando me acalmar,ou talvez outra coisa não sei.
Nos ajoelhamos para que comece a cerimônia.
O padre começa o sermão sobre casamento.
Depois que ele termina o sermão nós levantamos para fazer os votos.
-Mas antes tem alguém aqui que seja contra esta união e tenha algo a dizer?
Eu e Eron olhamos para as pessoas...
Existem muitas coisas contra esse casamento eu mesmo tenho,mas nesse caso agora eu concordo com meu pai esse casamento é minha salvação.
-Então vamos continuar com a cerimônia.
Ele pede para repetir o que ele disser,primeiro Eron.
Ele pega a aliança.
-Eu Eron Felipe Yaning lhe recebo Maria Antonella Hien como minha legítima esposa para amar,respeitar e proteger,na saúde ou na doença na riqueza ou na pobreza, por toda minha vida até que a morte nos separe.
Ele pega minha mão esquerda e coloca no meu dedo anelar da mão esquerda.
-Agora você Maria.
Eu pego a aliança sobre o altar.
-Eu Maria Antonella Hien,recebo você Eron Felipe Yaning como meu esposo,para amar, respeitar e cuidar na saúde ou na doença,na riqueza ou na pobreza,por toda a minha vida até que a morte nos separe.
-Com o poder a mim investido eu vos declaro marido e mulher,pode beijar a noiva.
Uma das partes difíceis disso ter contato físico com ele.
Durante suas visitas eu sempre consegui fugi,mas não acho que será uma boa coisa rejeita lo ou inventar uma desculpa para fugir do meu recém marido agora.
Não tenho muita coragem de olha lo nos olhos,principalmente da forma como ele está olhando,ele meio que me envolve com seus braços e me beija,ele com certeza não tem vergonha como eu tenho,ainda mais diante de tantas pessoas conhecidas.
Seu beijo apesar de suave me mostrou certa força,algo a respeito de sua personalidade.
Quando enfim acabou não posso dizer que foi ruim, ouço todos batendo palmas, não olho nos olhos dele novamente ,não sei como está meu rosto,mais por dentro estou morrendo de vergonha.
Enfim acabou...ou eu deveria dizer que começou?
Para mais, baixe o APP de MangaToon!