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O ESCUDO DO IMPERADOR

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— Sua punição é a morte! Disse Raoni, Imperador  da província  Vivás.   Ele estava sentado no trono, olhando fixamente na direção  de Kaolim, que naquele momento  escutou o soar dos sinos balançados  de um lado ao outro pelos eunucos.

Bem à frente, o guerreiro que apontava o arco e flecha na direção da mulher,  tinha suas mãos  trêmulas, era como se estivesse hesitante. Mas naquela altura  não  poderia voltar atrás...

A platéia composta por guardas e alguns conselheiros ,  pareciam radiantes em ver a cena.

Raoni impaciente, empurrou Tauan, seu guerreiro pessoal para o lado ,pegando seu próprio  arco o   posicionando e,  enquanto o armou, enfitou bem no fundo do olhar da pessoa que o encarava . Logo depois, ela fechou os olhos e, engolindo em seco aguardou pelo momento de sua morte.

...—...

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Quatro anos antes...

Raoni, olhava fixamente para um cervo que se encontrava entre as árvores das montanhas, o arremesso de sua flecha pareceu ser certeiro e o animal caiu no chão. O rapaz estava trajado com sua veste de combate, devido ao grande evento do rito de liderança do reino da nação Vivás.

— O Príncipe herdeiro acertou o cervo! Gritou um guerreiro com uma bandeira na mão. Na verdade, o animal não havia sido atingido, apesar de ter sido imobilizado pelo corpo da flecha.

Raoni não se deu ao trabalho de ir observar e logo montou em seu cavalo começando a cavalgar. Os outros jovens que estavam na caçada se irritaram , pois sabiam que o abaquar não havia acertado, porém teriam que fingir estarem satisfeitos pelo motivo, de Raoni ser filho do grande senhor da lança e estar perto de subir a liderança da província do leste.

— Ashh! Por que o príncipe, sempre ganha o torneio sem nunca acertar à flecha. Que raiva desse idiota!!! Xingou-o Moacir, filho de um comandante rico.

— Você nunca escutou sobre nascer em berço privilegiado? Questionou moá.

— Nascer no primeiro Clã realmente é um feito difícil.

— Ei vocês! Sobre o que estão falando? Questionou Tauan, vindo em outro cavalo.

— Nada não, chefe da guarda! Respondeu Moá de imediato. Fazendo sinal com os olhos para o outro permanecer calado.

— Acho bom mesmo! Disse Tauan com um sorriso, sacando sua espada e dando alguns cortes no ar. — Estava pensando e chamar alguém para treinar, mas no caso, seria apenas para dar alguns golpes. Qual dos dois se habilita a me ajudar? Questionou o rapaz , enquanto Moacir e Moá se entreolharam e imediatamente saíram.

— Aaah esses idiotas! Xingou Tauan. Indo ao encontro do Príncipe.

Após alguns minutos, Tauan chegou até onde o amigo estava.

Raoni um homem de um belo rosto, com um metro e oitenta e seis de altura, corpo definido em forma atraente e longilínea.estava parado olhando para o trono onde um dia sentaria como Imperador.

— Pelo visto, você ainda é modesto ao atirar flechas. Disse Tauan, tirando a concentração do rapaz que o encarou e sorriu.

— Você sabe que não posso deixar os conselheiros preocupados. Para conseguir subir ao trono, preciso deixar que eles achem que sou um tolo que pode ser controlado.

— Assshhh! Não suporto ver os conselheiros zombando de você, muito menos seus filhos mimados.

— Deixemos isso para lá Tauan, o que importa é que o plano até agora tem funcionado. Disse Raoni sorrindo, depois continuou: — De onde você está vindo? Percebi que não estava durante a caçada oficial.

— Recebi ordens do segundo conselheiro, para buscar por alianças. Como você sabe, a província do Leste Vivá cresceu muito após a guerra, e a nação do Sul tem se sentido ameaçada.

— Então, quer dizer que os Vivás tem um povo a quem temer?

— Príncipe, não brinque com isso. Advertiu.

— Mas qual o reino que será feita à aliança?

— Os da região Oeste. Parece que um novo rei assumiu, e propôs dar sua sobrinha em casamento em troca de proteção mútua.

— Você está falando dos Apoemas?

— Isso mesmo!

— Então o imperador vai se casar com uma garota da região Oeste, quando será? Perguntou Raoni, enquanto Tauan o olhou com os olhos arregalados.

— Cof! Cof! Tossiu desconfiado, mas antes que ele pudesse falar alguma palavra ao príncipe, uma serva chegou.

— Com licença meus senhores. Disse a mulher se curvando.

— Diga.

— O imperador pediu para que fossem para o salão principal.

— Comunique-o que estamos indo. Respondeu Raoni despedindo a serva.

— Bem, jovem abaquar como ia dizendo.... o casamento.... Tauan ia começar a falar novamente. Porém Raoni colocou as duas mãos em seus ombros e falou:

— Meu caro amigo, depois falamos mais sobre esse assunto. Agora temos que ir, quanto mais rápido esse evento terminar, mais tempo terei para ver Einapuã.

— Mas príncipe... Tauan queria dizer algo, todavia Raoni já caminhava longe.

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A ordem do imperador

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Algumas horas depois, o príncipe herdeiro estava sentando sobre a parte mais alta do salão principal do palácio , juntamente de Ubirajara, o imperador, e a imperatriz Sênior, Maya esposa de seu pai. As danças ocorriam na parte de baixo, o barulho dos tambores e flautas era estrondoso. O som era calmo e ao mesmo tempo cheio de suspense, tendo a simulação de uma grande luta em forma de dança.

No meio da multidão se encontrava Kaolim, uma jovem de um metro e sessenta e cinco de altura, que olhava admirada as danças realizadas. A garota possuía olhos claros com pálpebra dupla, nariz bem afilado e pele de porcelana em um tom pardo amarelo. Seu tutor, três anos mais velho que ela e irmão de criação, foi a pessoa escolhida para representar o novo chefe da tribo dos apoemas na entrega da oferta aos Vivás. E caminhava junto com a jovem a vigiando de perto, pois poderia fugir se a deixasse sozinha.

Finalmente a dança terminara. A garota sentiu um frio na barriga e olhou na direção das portas para ver se poderia correr ou sair do local, mas todas estavam bloqueada por muitos guardas. Logo, o anunciador da festa, um eunuco. Falou:

— Vida longa ao imperador, o grande Senhor da lança !

— Vida longa ao imperador o grande senhor da lança, que viva mais e mais para o bem da nação! Falaram todos os que estavam presentes em um coro.

— O grande senhor da lança pede para que todos prestem atenção . Continuou a falar o eunuco acenando com a cabeça, fazendo sinal para que os guardiões trouxessem as pessoas ordenadas.

Assim que o espaço estava vazio, Ibacém tutor de Kaolim entrou, trazendo a garota consigo que apresentava resistência em caminhar até o centro do salão, ambos receberam os olhares de curiosidade de todos os presentes. Raoni, olhou a garota e observou que era muito bonita.

" Esse velhote, irá se casar com essa pobre jovem." Zombava o príncipe em sua mente, olhando para o imperador e percebendo que já estava velho o bastante. Enquanto Ibacém e Kaolim se curvaram em respeito a família do grande imperador.

— Grande senhor, transmito as palavras do novo líder dos apoemas, é uma imensa honra para meu povo fazer esta aliança.

— Então o seu líder aceitou a minha proposta de aliança? Questionou Ubirajara o grande Senhor da lança. Enquanto todos ficaram com uma ruga na testa, inclusive Raoni e Maya.

Os murmúrios se estenderam pela plateia curiosa, porém Ibacém continuou a falar.

— Como demonstração de gratidão a benignidade de vossa majestade, aqui está a princesa de nossa nação Kaolim, daremos ela em casamento ao homem que o senhor achar prudente. Disse Ibacém.

— Execelente, eu o grande Senhor da Lança aceito à aliança proposta pelo seu rei. A princesa do seu povo, será preparada para se tornar uma das esposas do príncipe herdeiro.

— O quê? Disseram todos.

— Mas ela é uma mulher do Oeste. Todos nós sabemos que eles passaram anos restindo ao nosso império. Sussurravam as mulheres...

— Uma apoema se casará com o príncipe herdeiro? — Se questionaram os conselheiros tribais, e todas as outras pessoas que estavam de olhos arregalados e assustados com o comunicado. Mas não ousavam dizer uma única palavra em tom alto,.

Raoni que nesse exato momento tomava vinho de arroz, cuspiu o liquido fora com o susto. Ficou aparentemente enraivecido ao tentar falar com o pai.

— Gran....Grande Senhor da lança, Sabes que amo outra mulher. Susurrou Raoni ao seu pai que não respondeu de volta. Apenas se levantou e saiu do local, enquanto todos o reverenciavam. Raoni apenas engoliu em seco e semicerrou os punhos, enquanto encarava com determinado desprezo Kaolim e seu tutor.

Salvando você

Meia hora depois, Ibacém e Kaolim estavam em frente ao portão do tribunal interno, que ficava no palácio da alvorada, local que abrigaria as futuras mulheres do Príncipe herdeiro. A garota possuía os olhos firmes e não estava feliz de ser deixada para trás pelo seu tutor provisório.

— Por que logo você, foi quem me escolheu para entregar como oferta de aliança ao império Vivá. Falou Kaolim com certa decepção em sua voz ao rapaz que falou.

— Era isso, ou sua morte. Você acha mesmo que o rei Aiberê sendo um traidor de seu pai, manteria um inimigo por perto. Disse Ibacém olhando para o lado, evitando olhar os olhos de Kaolim.

— Quando você se tornou dessa forma Ibacém? Eu poderia ter lutado contra o meu tio. Poderíamos ter vencido!

— Você está errada! A única forma da sua sobrevivência era ser entregue como oferta para salvar nosso povo da fome. Retrucou Ibacém a garota que fechou os olhos e com determinado desdém disse.

— Claro, para isso, estou aqui. Terei que ser concubina do futuro líder de uma nação sem escrúpulos. disse ela, mas logo Ibacém a segurou com as duas mãos, apertando seus braços dizendo:

— Kaolim eu sou a pessoa que mais os despreza! Vê meu rosto, como é abominável de se olhar. Começou Ibacém a falar, tendo à atenção da garota voltada para sua face. Depois prosseguiu.

— Porém, eu não me deixo dominar por sentimentos tolos de precipitação, orgulho ou vingança, entenda que eu não suportaria perder você. Explicou Ibacém, com firmeza em sua voz, tentando não transparecer qualquer sentimento de tristeza perante Kaolim. — Por isso, não vacile com sua língua nesse lugar, ou perderá a cabeça antes mesmo de alcançar o nosso objetivo, não morra até eu poder te resgatar. Disse o homem, a encarando estando determinado e com medo ao mesmo tempo, seu olhar era confuso.

— Eu os odeio! Odeio os líderes que matam sem piedade e desprezam seu próprio povo apenas para se manterem forte no poder. Susurrou a garota.

— Você está falando do nosso povo, ou dos Vivás.

— E importa a ordem?

— Seja como for, jamais expresse seus verdadeiros sentimentos. Agora preciso partir, tenho que voltar a nossa tribo com os mantimentos conseguido pelo seu dote. Peço que seja forte e tente não se deixar enganar. Se for seu destino morrer , lute contra isso e sobreviva. Prometo que não te deixarei sozinha por muito tempo. Finalizou o homem dando-lhe um beijo na testa e logo em seguida, se retirou do local, enquanto os servos à acompanharam para dentro do pavilhão.

— Não pretendo morrer Ibacém, pretendo sobreviver para que possamos nos encontrar novamente. Disse a garota com o coração apertado, enquanto via seu tutor partir. Ela sentia como se fosse a última vez que poderiam conversar de uma forma tão próxima e amigável.

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Ao anoitecer, Raoni se encontrava nos seu Palácio de príncipe herdeiro. O jovem rapaz, bebia vinho de arroz, e já estava aturdido. Tauan, seu guerreiro pessoal, tentava tirar o copo de porcelana de suas mãos, mas o jovem abaquar insistia em continuar a beber.

— Vê isso Tauan? Disse mostrando o copo. — Significa que tenho que me anestesiar por não ter controle da minha própria vida. Dizia o rapaz entornando o copo, e logo em seguida passou as mãos na mesa baixa, jogando todas as louças no chão.

— Aaaaaaaaahhhhhhh! Raoni gritou, enquanto um eunuco entrou dizendo:

— Meu senhor, por acaso está machucado? Questionou o súdito, enquanto ele simplesmente o encarou.

— Ousas tentar me parar servo? Questionou, para o eunuco que imediatamente se corrigiu.

— Longe de mim, meu senhor, apenas estou preocupado com vossa alteza.

— Vê isso Tauan, eles me chamam de alteza, mas são todos espiões da rainha sênior. Acho que preciso pegar um ar. Falou o jovem , tentando se colocar de pé, porém mal conseguia se apoiar.

— Jovem abaquar. Disse o eunuco tentando segurá-lo, mas ele saiu titubeando, enquanto Tauan acenou com a cabeça pedindo para que os servos permanecem, pois o acompanharia.

Do lado de fora, em cima da ponte que cortava um pequeno lago, Raoni observava que a noite estava bonita. De longe, ele avistou Einapuã a filha do primeiro ministro que caminhava com suas servas e vinha em sua direção.

— Jovem abaquar. Cumprimentou a garota, de belos traços de forma educada. Enquanto o rapaz a observou.

— Está me tratando com tanta formalidade, devido ao casamento arranjado? Questionou Raoni a garota que manteve a postura serena. — Espero que não tenhas preocupações desnecessárias, mesmo se esse casamento acontecer, só pode haver uma mãe da nação e com certeza será a que eu mais prezo. Avisou o esbelto jovem , enquanto a garota levantou sua cabeça.

— vossa alteza andou bebendo novamente? Questionou a garota em um tom delicado para o rapaz que sorriu. — Em seguida ele segurou nas mãos dela e falou:

— Só você pode me entender. Disse, levando as mãos da garota próximo de seu lábios dando alguns beijos.

— Meu senhor, por favor, desta forma eu fico tímida. Disse Einapuã retirando suas mãos. — Agora preciso ir para meus aposentos, amanhã tem preparação para a seleção das mulheres e preciso estar pronta. Informou, em seguida, ela se despediu e saiu em direção ao Palácio da alvorada.

Assim que a garota se afastou, Tauan se aproximou e colocou uma das mãos no ombro do amigo.

— Sei, o quanto Einapuã é importante para que você possa obter poder, mas não esqueça que ela é filha do primeiro conselheiro. Se ela realmente te amar, não vai se importar com a ordem em que você se casa. Aconselhou Tauan.

— Você está querendo insinuar algo sobre a mulher que gosto?

— Claro que não meu senhor, apenas externei alguns pensamentos que possuo . Disse Tauan, enquanto Raoni ficou olhando para Einapuã até desaparecer.

— Tauan, solicite uma reunião com o segundo conselheiro, preciso ver os meios para entender o motivo do casamento com à Apoema. Disse o garoto, convicto, enquanto Tauan imediatamente obedeceu e ao se afastar alguns passos do jovem abaquar preparando-se para fazer o que seu mestre pediu, percebeu alguns movimentos nas telhas das casas.

“ Ratos ou gatos?” Se questionou vendo um vulto nas sombras, o guerreiro segurou o cabo de sua espada e a desembainhou, quando apenas sentiu uma flecha passar de raspão por suas costas e em seguida um barulho na água.

— Jovem abaquar! Gritou o guerreiro correndo na direção do lago, pois o príncipe havia sido atingido por uma flecha. Todavia, os assassinos que estavam em cima do telhado lançaram outras flechas em sua direção, o homem rebateu todas e lançou um punhal em direção a um deles. E outro jogou na direção do sino que avisava sobre invasões no Palácio, imediatamente os homens encapuzados de preto saíram do local, pois notaram que os guardas do Palácio se aproximavam. Tauan então correu para o lago, mas outra pessoa foi mais rápida que ele, e como um peixe dentro d’água mergulhou.

Kaolim, nadou em direção ao jovem abaquar que estava desacordado devido ao álcool e com um ferimento em seu braço esquerdo. Apesar de não ter o reconhecido como príncipe herdeiro, apenas segurou forte em seu corpo e o puxou para cima, naquele momento ela quebrou a promessa que havia feito para si mesma na infância. Ela estava salvando um homem Vivá, um ser indigno de sua confiança.

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