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Meu Primo

Capitulo 01 Apresentação dos personagens

Atenção: Esta obra contém gatilhos que podem sensibilizar alguns leitores, incluindo sexo explícito, alcoolismo, drogas e linguagem imprópria. Recomendamos discernimento ao seguir com a leitura.

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Rede social da autora: @autora_marise

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Luana

Filha única e recém-formada no ensino médio, Luana sonha em ser médica. Mesmo convivendo com o amor e apoio dos pais, ela sente a pressão para atingir grandes feitos, especialmente com a entrada na faculdade se aproximando. Luana é próxima da prima Giulia, e as duas compartilham confidências, aventuras e dramas da juventude.

Telma

Empresária de sucesso, Telma se orgulha da sua loja de roupas e acessórios femininos, que construiu com muito trabalho. Ela se divide entre a ambição profissional e a vida familiar, buscando equilibrar seu tempo e energias. Embora ame seu marido, Miler, e sua filha, Luana. Telma percebe que o trabalho se tornou quase uma fuga para ela, pois teme perder a independência que conquistou.

Miler

Advogado e marido de Telma, Miler é reservado e focado no trabalho. Ele parece distante da vida familiar, o que, para Luana, é uma oportunidade para buscar mais o apoio emocional da mãe. Embora seja pai e marido, Miler sente que tem um papel secundário em casa, o que o incomoda, mas não fala sobre.

Gustavo

Depois de anos longe da família, Gustavo decidiu voltar à sua cidade natal. Ao retornar, ele traz consigo um misto de alívio e ansiedade. Ele espera encontrar nos braços da família o apoio de que tanto precisa. Gustavo e seu pai, Ronaldo, têm um relacionamento complicado, pois Ronaldo sonha que ele assuma o famoso restaurante Lebon Sufistk, enquanto Gustavo quer explorar outros rumos na carreira.

Giulia

Alegre e extrovertida, Giulia se destaca entre os amigos e tem um relacionamento com Ramon. Ela percebe que o irmão mais novo dele, Freldo, tem uma queda por ela, o que às vezes lhe soa engraçado. Ela é muito ligada à prima Luana, e as duas são praticamente inseparáveis.

Fátima

Mãe dedicada e protetora, Fátima optou por se dedicar à casa e aos filhos, Gustavo e Giulia. Ela é a figura maternal em quem todos buscam apoio e conselhos. Fátima é irmã de Telma e está sempre disposta a ajudar a família, mesmo quando sente que poderia ter seguido outro caminho profissional.

Ronaldo

Gerente de um restaurante renomado, Ronaldo tem grandes expectativas para Gustavo e sonha que ele assuma o Lebon Sufistk. É um homem de valores tradicionais, acredita em legado e sente que está próximo de uma mudança importante, já que o dono do restaurante, sem herdeiros, confia nele para dar continuidade ao negócio.

Rique

Filho adotivo de Zadia e Diney, Rique é muito próximo de seus irmãos e amigos. Ele aprecia a família que o acolheu desde bebê e se sente genuinamente aceito. Seu carinho por Giulia e Luana o faz sentir parte do grupo, e ele é uma figura leal e de bom coração.

Freldo

O caçula e mais estudioso entre os irmãos, Freldo vive buscando aceitação. Por ser mais novo e sério, acaba sendo alvo das brincadeiras dos amigos e do irmão mais velho, mas tenta se manter próximo. Freldo nutre uma paixão por Giulia, o que gera conflito interno, pois ela namora seu irmão, Ramon.

Ramon

Namorado de Giulia e amigo de Luana, Ramon é o irmão do meio entre Rique e Freldo. Ele lida com as diferenças entre ele e Freldo com certa impaciência, sem perceber o impacto que suas ações têm no irmão.

Zadia

Mãe afetuosa e protetora, Zadia dedica-se aos três filhos, incluindo Rique, adotado ainda bebê. A amizade com Telma é uma âncora para ela. Zadia considera sua família como o centro de sua vida e sempre se esforça para criar um lar acolhedor, incentivando os filhos a serem eles mesmos.

Diney

Homem ambicioso e empresário, Diney é o marido de Zadia e pai de Rique, Ramon e Freldo. Com sua visão de negócios e sede por poder, ele frequentemente prioriza o trabalho, às vezes deixando a vida familiar de lado. Sua relação com os filhos reflete o desejo de vê-los bem-sucedidos.

Vanessa

Prima de Freldo e Ramon, Vanessa aparece ocasionalmente, mas sua presença gera expectativa e curiosidade.

Ravena

Com uma vida instável, Ravena sente que algo de bom está prestes a acontecer. Ela é alguém que prefere a aventura ao conforto e lida com situações imprevisíveis.

Capitulo 02 Preparativos para as férias

Luana

Sozinha no meu quarto, separava algumas roupas para doar e outras para a mala. Esse fim de semana, eu, minha família, amigos e os pais dos meus amigos vamos para a praia. Mal consigo conter a ansiedade; faltam dias para a viagem e já estou arrumando tudo. Será que sou ansiosa demais? Meu celular tocou. Era a Giulia.

Ligação on

— Oi, prima! — atendi, com o sorriso meio bobo no rosto.

— Oi, Lu! Você adivinha quem chega hoje de viagem? — a voz dela estava carregada de entusiasmo.

— Quem?

— Meu queridíssimo irmão, Gustavo! — disse com um tom meio provocativo, como se quisesse dar um toque de mistério.

— Nossa, que legal! Faz séculos que não vejo o Gustavo.

— Pois é! Eu e a mamãe vamos buscá-lo no aeroporto às duas. Quer ir junto? Vai ser divertido! — senti que ela estava tramando algo.

— Ah, Giulia, eu queria muito, mas nesse horário eu preciso ajudar minha mãe na loja. Sabes como é...

— Para com isso, Lu! Para de ser chata! — riu com a voz arrastada, como quem queria me convencer com charme.

— “Chata” não, querida. Responsável, isso sim! — ri em resposta.

— Responsável, é? Pois acho que até sua mãe iria querer que você fosse. Te vejo lá, viu? Passo na loja antes das duas. Beijo! — disse antes que eu pudesse responder, desligando rapidamente.

Ligação off

Soltei uma risada e balancei a cabeça.

Após arrumar as roupas, fui até a loja da minha mãe, que ficava logo na esquina. Ao entrar, senti o familiar cheiro de tecidos novos e perfumes suaves que ela sempre usava para perfumar o ambiente.

— Oi, mamãe! — disse animada, aproximando-me para lhe dar um beijo na bochecha.

Ela sorriu, mas não tirou os olhos da blusa que estava organizando na arara, concentrada.

— Oi, filha! — respondeu, ainda ajeitando as roupas com cuidado.

— E o movimento hoje, como está? — perguntei, dando uma olhada nas araras bem organizadas e coloridas que enchiam a loja.

— Por enquanto está tranquilo, mas logo vai encher, como sempre. — ela deu de ombros, com um sorriso animado no rosto.

— E adivinha só quem chega hoje de viagem? — perguntei, mal conseguindo segurar a empolgação, enquanto esperava a reação surpresa dela.

— Quem? — ela perguntou, me olhando curiosa.

— O primo Gustavo! — anunciei com entusiasmo.

Ela parou, me encarando com uma expressão surpresa e divertida.

— Mentira! Sua tia não me disse nada! — exclamou, rindo de leve, com aquele tom de mãe que acha graça das surpresas da vida.

— Giulia acabou de me ligar. Parece que vão buscá-lo no aeroporto às duas da tarde.

Ela me olhou de novo, levantando uma sobrancelha.

— E por que você não vai junto com elas? — perguntou, inclinando a cabeça, curiosa.

Suspirei, meio sem jeito.

— Ah, Giulia me chamou, mas... eu prefiro ficar aqui e ajudar você. Quero dar uma mãozinha na loja.

Ela soltou uma risada suave, colocando a mão na cintura.

— E você não quer ver seu primo? Achei que estivesse animada.

— Não é isso... — respondi, sem jeito. — É que faz tanto tempo que não vejo ele. Nem sei direito como ele está agora. — dei de ombros, meio incerta.

Ela balançou a cabeça, sorrindo com ternura.

— Com certeza ele não é mais aquele menino que aprontava horrores. Lembro bem, quando vocês três se juntavam. — você, ele e Giulia — era uma bagunça. Não sobrava ninguém em paz! — disse, com um brilho divertido no olhar, como quem revive uma memória feliz.

Ri, lembrando das aventuras e das travessuras que fazíamos juntos, principalmente das ideias mirabolantes de Gustavo, que sempre acabavam em risadas e broncas de nossas mães.

Passamos o tempo conversando até que, de repente, vimos o carro da minha tia parando em frente à loja. Ela e Giulia saíram animadas, minha tia acenou, e Giulia correu para nos cumprimentar.

— Tá pronta? — Giulia perguntou tirando os óculos de sol, olhando para mim com um ar desafiador.

— Eu falei que não vou.

— Vai sim, filha! Eu vou ficar bem aqui na loja. Pode ir sem preocupações. — minha mãe disse, afagando o meu rosto.

— Ah, você é a melhor tia do mundo! — Giulia disse, abraçando minha mãe com entusiasmo.

— Nem me arrumei ainda!

— Ah, Luana… tá querendo se arrumar pro meu irmão? — Giulia falou com um sorriso de canto, tentando me provocar.

— Quanta criatividade, hein, Giulia! — revirei os olhos, tentando disfarçar o leve rubor no rosto.

— Vamos, meninas? — minha tia chamou já da porta da loja, olhando o relógio.

No caminho até o aeroporto, conversávamos sobre tudo, e senti meu coração disparar um pouco, sem entender o motivo. Assim que chegamos, o voo de Gustavo estava atrasado, então fomos até uma lanchonete tomar um suco enquanto esperávamos. Depois de alguns minutos, minha tia e Giulia foram ao banheiro, e eu fiquei observando o desembarque.

De repente, avistei Gustavo, mais alto e mais maduro do que me lembrava. Ele parecia olhar em volta, como se procurasse alguém.

— Gu, aqui! — levantei a mão e acenei. Ele olhou na minha direção, confuso por um momento, até que sorriu e veio na minha direção.

— Luana, é você? — ele perguntou com um sorriso meio tímido, como se não acreditasse.

— Nem me reconhece mais, Gustavo? — sorri de volta, tentando disfarçar o nervosismo.

— Você está... diferente. — disse, me examinando de cima a baixo, com um olhar profundo.

— Ah, nem mudei tanto assim! — brinquei. Ele riu e, sem dizer mais nada, me abraçou. Seus braços envolveram meu pescoço, enquanto os meus ficaram ao redor de sua cintura. Foi um abraço forte, acolhedor, que me fez sentir bem, como se estivéssemos retomando algo perdido.

Quando nos afastamos, o sorriso dele se abriu ainda mais. E logo minha tia e Giulia chegaram, fazendo o maior escândalo.

— Meu filho! — minha tia exclamou, abraçando-o com emoção.

— Mãe, já chega! Agora sou eu! — Giulia interrompeu e abraçou o irmão com força, rindo.

— Que saudade de vocês! — Gustavo disse, e o sorriso dele iluminou o ambiente.

Na volta, ele sentou ao meu lado no carro, e notei que seus olhos frequentemente vinham em minha direção, como se estivesse me observando. Eu tentava disfarçar, mas me sentia até meio nervosa, sem entender o motivo.

Capitulo 03 Se instalando

Minha tia me deixou em casa; me despedi de todos, mostrando um sorriso gentil. Assim que entrei, senti um cheirinho gostoso de comida e fui imediatamente até a cozinha.

— Que cheiro bom, mãe! — comentei, indo até lá.

— Torta de frango, sua favorita! — respondeu animada, mexendo na massa com uma expressão de alegria.

— Que delícia! — observei a torta no forno, já imaginando o sabor.

— E como foi? — ela perguntou, me olhando com um sorriso curioso.

— O voo atrasou, mas deu tudo certo — respondi, pegando um copo d'água.

— E o Gustavo? Continua bonito como sempre? — minha mãe brincou, piscando pra mim.

— Ah, ele está... o mesmo, acho. — Dei de ombros, tentando parecer indiferente.

— Hum... quer dizer que continua lindo, né? — ela riu, me dando um leve empurrão no ombro.

Sorri, sentindo meu rosto corar um pouco.

Eu estava prestes a confirmar para a minha mãe que o primo estava realmente muito gato, mas ouvi o meu celular tocando no quarto. Saí correndo para atender.

Ligação on

— Oi, Giulia!

— Vamos sair hoje para comemorar a chegada do meu irmão.

— Não estou com ânimo para sair.

— Eu passo aí às 21 horas. Beijo.

Ligação off

Como a Giulia era insistente e eu, boba, sempre fazia as vontades dela. Retornei para a cozinha.

— Quem era, filha?

— A Giulia, me chamando para sair hoje — eu disse, desanimada.

— Por que esse desânimo todo?

— Não estou a fim de sair.

— Vai se divertir, filha, você é nova, tem que sair mesmo — disse, enquanto me entregava um pedaço de torta.

Gustavo narrando

Assim que desembarquei do avião, fui andando e olhando ao redor, procurando minha mãe, mas não a vi em lugar nenhum. Só avistei uma garota bonita acenando com a mão.

Será que é comigo? Mas eu não me lembro dela...

A garota chamou pelo meu apelido, “Gu”. Me aproximei e quase não acreditei em quem se tratava... Era a minha prima Luana. Nossa! Como ela ficou gata!

— Luana, é você? — perguntei, surpreso.

— Não me reconhece mais, Gustavo? — disse, sorrindo.

— Você está diferente — falei, olhando para ela inteira.

— Eu não mudei tanto assim.

E como mudou! A pirralha da minha priminha se tornou um mulherão.

Logo minha mãe e minha irmã chegaram, e elas me abraçaram, fazendo a maior festa com a minha chegada. No caminho para casa, foi impossível não ficar olhando para aquele rostinho lindo e delicado da minha priminha. Aquela boquinha dela me fez ficar até com água na boca. Eu estava com o olhar tão fixo nela que Luana começou a notar e me olhou de volta, mostrando confusão. Disfarcei, fingindo que estava olhando para a vista na janela.

Ao chegar em casa, encontrei meu pai no sofá. Ele me deu um abraço frio; eu e meu pai não nos dávamos bem. Ele queria que eu trabalhasse no restaurante onde ele era gerente, tentando me controlar, como se eu estivesse em dívida com ele por me ajudar em um erro do passado. Mas eu já deixei claro que vou tocar minha vida do jeito que achar melhor.

Depois de trocar poucas palavras com ele, fui para o meu quarto. Ao entrar, vi que estava tudo igual. Deixei a mala no chão e me joguei na cama. Logo minha irmã entrou no quarto.

— Hoje tem baladinha? — disse, animada, se jogando na cama ao meu lado.

— A Luana também vai? — perguntei, me levantando e sentando na beirada da cama.

— Não sei. Por quê? Ficou encantadinho pela prima? — perguntou, me olhando desconfiada.

— Ela tá muito gata — eu disse, me jogando para trás, deitando de costas sobre a cama.

— Sossega a periquita, Gustavo. A prima tem um namorado — Giulia disse, me encarando.

— Tá falando sério, Marrenta? — perguntei, decepcionado.

— Claro que sim! — ela disse, tranquila.

Mas percebi que estava mentindo; quando mentia, ela mexia de um jeito estranho na ponta do nariz.

— Para de mentir. Conheço quando está mentindo, peste! Seu nariz de Pinóquio mexeu demais — eu disse, pegando na ponta do nariz dela.

Giulia deu uma gargalhada.

— Você me pegou. Estou zoando. A prima está solteira.

— Que bom! Também, se tivesse namorando, azar do cara — falei, tranquilo.

— Acha mesmo que a Luana ia te dar bola se estivesse namorando, Gustavo?

— Claro! Eu sou irresistível — eu disse, dando um sorriso de lado.

— Acho que ela não vai te dar brecha, não, maninho. A prima é muito devagar.

— Devagar como?

— Ah, você sabe.

— A prima é do time das santinhas?

— Não exagera! Vou ligar e convidar ela pra balada — disse, mexendo no celular.

— Coloca no viva-voz? — falei, cochichando, pois a Luana já havia atendido a ligação.

No fim, minha irmã meio que "intimou" a prima a sair com a gente.

— Pronto, você tá me devendo uma — Giulia disse, me encarando.

— Começa não, hein, Marrenta. Passa o número da Luana pra mim?

— Preciso perguntar a ela primeiro.

— Por que não poderia? Eu sou o priminho dela — Giulia me encarou por alguns segundos em silêncio.

— Tá bom! — ela disse, me dando o celular. — Deixa eu te falar... tem um carinha que às vezes a Luana dá uns "pega".

— Quem é o Zé Ruela? — perguntei, devolvendo o celular para ela.

— Ele vai estar no rolê de hoje. É esse aqui? — Giulia disse, entrando no perfil do cara no WhatsApp e me mostrando a foto.

— Ai, que gato, amiga!

— Que besta! — disse, rindo.

— Não é assim que vocês falam quando acham o cara bonito? — perguntei, rindo.

— Lógico que não, seu palhaço! — ela disse, me dando um tapa de leve. — Você não vai conversar com o papai?

— Eu não. Você viu como ele me recebeu? — falei, emburrado.

— Por que você não faz...

— Pode parar, Marrenta. Não vou deixar o pai mandar na minha vida. Já falei que não quero trabalhar em restaurante nenhum — falei seriamente.

— Tá bom, mas tenta conversar com ele. Não custa nada.

— Já conversei mil vezes, Giulia, mas não adianta. O pai é cabeça dura.

— Acho que o papai só quer ter você por perto.

— Você sabe se a mãe falou com ele a respeito da minha estadia aqui?

— Não sei, Gu.

— Fodeu — eu disse, passando uma das mãos pelo cabelo.

O celular da Giulia tocou; ela o pegou e sorriu.

— Vou atender no meu quarto. É o meu bebê — falou, animada, saindo do quarto.

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