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Águas Que Nos Move

Daiana

Daiana Ribeiro de Lima ou Daia como os amigos a chamam, tem 17 anos, e desde criança gosta mais do campo. Criada em fazenda, gosta de montar cavalo e nadar no rio e durante anos foi guardado muitas habilidades, como tocar violão. Seu pai capataz em uma das maiores fazenda na região de Itauna no Mato Grosso.

A família tinha morado em outras cidades, e a quatro anos se estabeleceu na cidade.

Daiana arretada e alegre colecionadora de amigos onde passa, deixando também um pouco de si, com seu jeito animada e sincera.

Empolgada com vida se joga em tudo o que faz. Intensa e notável, mas inocente de mais como sua amiga Elisangela fala, mas guarda para si seus sonhos e desejos.

Sua família é seu porto seguro, tem uma dívida de gratidão com a avó com quem passa mais tempo é cuida depois que adoeceu.

Tenta ser a filha boa e exemplar que seus pais merecem, e admira a mãe por ser uma mulher forte e companheira, e desejava ser como Marina e um dia encontrar alguém como seu pai astuto, inteligente e fiel a família.

Daia tinha dado seu primeiro beijo aos dezesseis anos, e não tinha interesse em ficar com alguns garotos, os tinha como amigos.

Viu amizades se desfazendo por sentimentos não correspondidos, ela mesma tinha receio de perde. Os seus olhos estavam na natureza, suas ações voltadas no que fosse bom, ajudava quem fosse preciso, e fazia o que dava orgulho seus pais.

Ela era a garota que gostava de fazer frente, pronta pra ajudar e deixando de lado a vida pessoal, ria com todos, e nem um garoto a chamava atenção. Até ele aparecer.

– Você não vai acreditar no que aconteceu comigo vindo para escola. Eli falou se jogando na cadeira ao seu lado.

– Você encontrou o David novamente. Daia fala sem animação, Eli não tinha outro assunto.

– O garoto novo do segundo ano, ele veio conversando comigo. Diz animada.

Daia  estava tentando termina o livro jardim secreto que a professora de português passou na aula de literatura, e não tirou os olhos. – E o que tem de mais nisso?

– Você está de brincadeira! Ele é lindinho e muito simpático. Eli diz.

– Que bom. Daia ainda ler.

– O que você acha, podemos convidar para ir na festa da Aline no sábado?

– A Aline deveria convidar, se bem a conheço ela deve ter feito. Daia tenta não pensar sobre a Aline.

– Não ela não fez. Ela acha que o ex dela pode não gostar, mas não se ele for com a gente. Eli sugeri.

– Com gente? Daia pede e tenta se concentrar na leitura e não dando importância sobre a festa.

– Sim, como ele não deve conhecer ninguém na cidade a gente podia fazer a frente, o que você acha?

– Ainda não tenho certeza se vou, mas seria muito gentil da sua parte fazer isso Eli.

Eli faz uma carranca. – Você sabe que se não for também não posso ir.

– Cubro você de novo. Daia fala e Eli e sorrir.

– Você deveria ir junto. Seus pais estão em casa esse final semana? Daia Balança cabeça. –Então sua avó não vai se importar, ela nem vai ver também.

Daia tira a atenção livro. – Não vou deixar ela sozinha, e se meus pais descobrir vão ficar bravos.

– Daia para de se certinha, seus pais são legais, deixam você com sua avó e ninguém vai dedurar. Eli tenta persuadir.

– Não Interessa Eli, não gosto de mentir para eles.

– Não é uma mentira, é omissão, eles não estão aqui para você pedir.

Daia a encara. – Serio isso? Você vai precisar mais que isso para me convencer. Diz e alguns alunos começam a entrar sala.

– Ei nanica, quase não te vi aí. Tim fala e senta atrás delas.

– Ah vamos lá. Eli começa insistir.

– Ir onde, já está fugindo de novo? Tim joga os cabelos loiros da Eli pra frete em seu rosto. Ela odeia quando os bagunçam.

– Da um tempo Tim. Levei horas para desembaraçar. Daia começa a rir, os dois são como gato e rato. Ela acha a amizade deles um pouco verde, mesmo eles se conhecendo desde crianças. Eli fica furiosa. E pega boné de Tim. Ele levanta rápido.

– Não, meu boné é novo! Adverte. Eli se esquiva dele quando tenta pegar, e novamente faz e fica encurralada no canto da sala, Vilmar outro aluno entra e ela joga boné pra ele que sai correndo para fora. Tim volta a ela.

– É bom ele me devolver intacto, ou você vai ter que me dar um outro. Tim sai correndo atrás do Vilmar. Eli ri.

– Esses garotos não tem jeito, não é permitido boné na sala. Ela volta para seu lugar ao lado de Daia. – Pensa sobre ir! Ela choraminga Daia concorda.

Presente

Depois da insistência da Eli Daia pensou sobre a possibilidade de ir a festa dos gêmeos.

Ela e Aline não se davam mais bem, e o convite tinha partido do Beto quem tinha despertando sua atenção e carinho à algumas semanas.

Era sábado meio da tarde e estava ponderando, e pensou em dar algo ao amigo, e decidiu ir procurar quando viu seus pais chegando.

Ela iria poder ir a festa sem deixar a avó sozinha.

– Está indo onde? Seu irmão pergunta vendo sair.

– Achar um presente, é aniversário da Aline e do Beto.

– Te dou uma carona, vou até o centro.

Daia concorda com o irmão.

– Vai a onde? Rodrigo pergunta dirigindo.

– Não faço ideia, mas vou encontrar algo. Daia diz.

– Vou num amigo lá perto da Aline se quiser ir, vou pegar umas coisas e te encontro...Rodrigo espera que indique lugar.

– Na praça. Daia fala e Rodrigo concorda.

– Em meia hora.

Daia assenti saindo indo a uma loja de artigos religiosos, e achando muito estranho dar algo assim a um rapaz que gosta. Passou em uma loja de presentes e não achou algo significativo, e optou por uma camisa, como dava ao irmão e o pai.

Entrou na loja vendo Maria, a vendedora que sua mãe gostava, ela estava atendendo alguém no balcão. Daia olhou o relógio e tinha menos de dez minutos.

– Você quer ajuda? Maria perguntou, Daia olhava as camisas nas araras.– Só vou terminar aqui e te atendo.

– Tudo bem Maria só quero uma camisa para presente. Daia olha as camisas passando os cabides.

– Seria, Pai ou irmão? a vendedora pergunta.

– Na verdade um amigo. Daia responde.

– Tenho umas cores bonitas aqui, chegaram essa semana, se quiser olhar. Maria indica uma pilha no balcão.

Daia aproxima vendo e ergue uma vermelha.

– Essa é linda, você gosta de cores fortes né, vermelha e preta? Maria comenta.

– Sim, é linda. Daia gosta, mas não lembra de ver Beto usando cores muito vivas.– Ele não gosta muito de cores fortes, teria algo mas social e claro e não muito antiquado? Daia volta olhar o relógio.

– Tenho. Maria olha para as prateleiras.– Sabe o tamanho, Daiana?

– Acho que é M? Daia olha pro lado notando um rapaz parado olhando as camisas, ela volta a olhar a camisa vermelha de tamanho g, ergueu analisando e parece perfeita ao Rapaz ali ao lado e grande para Beto. – É Medio! Diz a vendedora.

Maria coloca no balcão algumas camisas 3x4 com cores claras.

– Olha essas e se gosta de alguma. Maria fala e passa atenção ao rapaz que está separado algumas camisas. – Se gostou de alguma pode ficar a vontade para provar.

– Vou ver essas. O rapaz diz a maria saindo ao provador, passando perto de Daia que ainda está olhando camisas, mas ela não deixa sentir o perfume, é algo fresco e familiar como o campo depois da chuva, quando as flores estão se abrindo, e o capim é verde depois do verão, Daia sente um nó na garganta, ela não o olha, e tenta encontrar uma camisa e separa duas.

– Acha que é sem graça pra um presente? Pergunta a maria mostrando uma camisa azul clara.

– Depende, o que significa, um amigo que é mesmo amigo, ou um amigo que pode ser algo a mais?

Daia ri.

– Talvez a segunda opção?

– Não é sem graça, se você sabe o gosto, ele vai intender que prestou atenção nele.

Daia olha para duas camisas uma azul e outra branca com detalhes amarelo.

– Gostei da branca, mas esse detalhe amarelo...Daia pensa.

– Essa tem com outras cores nos detalhes. Maria vira procurando. – Aqui Daiana, olha essa com azul e a com vermelho.

Daia olha e ambas são lindas.

– A vermelha. Diz e lembra de sempre ver Beto com azul, e vermelho era a cor dela preferida. – A zul é ela.

– Tem certeza? Maria encara rindo.

– É azul mesmo. Daia vê que tem menos de três minutos para encontrar Rod e quer entregar o presente pessoalmente antes da festa. – Maria pode embrulhar para presente?

– Vou fazer, pode pagar no caixa e retirar no balcão. Daia concorda pegando tique, virando rápido esbarrando no rapaz que esta voltando do provador.

– Desculpe! Diz sem olhar ou esperar resposta indo ao caixa, Daia paga e faz a volta no caixa onde uma garota faz o embrulho. Daia olha em volta e ver Maria atendendo novamente o rapaz alto e de camisa preta que está de costas, passando o olhar por ele, pelo corpo, podia imaginar que era muito bonito mesmo não vendo seu rosto, seria tipo que não era pra ela e volta a olhar a garota do embrulho que sorrir.

– Que gato. Diz baixinho. Daia concorda, e percebi que na hora que esbarrou nele o perfume ficou colado nela e voltou a sentir.

– E cheiroso. Daia sussurra sorrindo com a garota que entrega o embrulho voltando a concorda.

Daia pega sacola e sai correndo á praça para encontrar Rod.

Os Novatos

– Que horas você marcou? Daia pergunta.

– As sete e meia. Eli responde.

Daia olha relógio pequeno e dourado  no  pulso.

– Acho que ele não vem, é quase oito.

– Você acha que deveria ligar pra ele? Eli começa digitar um torpedo.

–Você tem número dele, e porque não avisou que estávamos aqui? Daia pergunta incrédula.

– Foi mal, não sabia que iriam demorar tanto! Eli sorrir sem graça, e um bip no telefone faz rosto Eli transborda de felicidade. – Eles estão vindo. Diz dando pulinhos e mostra a tela reluzente com mensagem no nome Diego.

"Estamos indo".

– Achei que seria só ele. Daia nota.

– Era pra ser, o irmão dele foi convidado e disse para vir com a gente.

Daia revira os olhos e fica indignada com amiga. – Não me olha assim Daia, juro que não combinei nada e posso provar, sei que você ia ficar brava se planejasse algo.

Eli mostra o telefone. Daia desfaz a carranca, vendo a conversa casual. Eli rir mostrando seus dentes brilhando com aparelho colorido que combinando com sua pele clara e seus olhos verdes.

– Que seja! Daia sentindo uma rajada de vento frio de março, tinha chovido durante toda tarde, ela observa Eli com top rosa e saia jeans. Eli carrega uma jaqueta na mão.

–Você não esta com frio? Questiona.

– Não. Eli mente.

Daia dúvida. – Serio, você vai pegar um resfriado

–Não, eu não vou. Eli ajeita o top no busto algumas vezes. – Sabe que devia ter usado aquela blusinha preta colada, e não essa blusa, nem todo mundo tem esse privilégio. Ela aponta para os peito de Daia que dá uma risada.

– Não ri Daia, se tivesse peito não ficaria escondendo em uma camisa xadrez vermelha e feia!

–Não estou me escondendo, mas também não preciso ficar mostrando.

Daia no fundo sabia que ela estava certa, evitava roupas justas e decotadas depois que seus seios cresceram. Ela era inteligente, extrovertida, tinha uma voz linda, e daria uma ótima cantora se dedicasse o tempo para música e não achava que precisava mostrar mais que seu talento.

–Ah olha lá são eles! Diz Eli em alguns pulinho novamente.

Daia olho a direção e tudo que pode ver são duas sombras  vindo no começo da rua.

–Aí caramba ele é bem bonito! Eles na verdade. Eli suspira.

Daia não comenta estava acostumada com os deslumbre da amiga em relação algum paquera novo.

Os garotos eram quase na mesma altura e pelo físico não tinha muita diferença além das roupas, um usado camisa bordo que parecia um sueter com as mangas puxadas até os cotovelo e jeans claro, o outro usava uma camisa preta com estampa “House of de Holy 1973” . Sobre a luz do poste podia ver melhor que de fato Eli tinha razão, eles eram bonitos, talvez a descendência sulistas com peles claras e cabelos castanhos, mas Daia não podia ter certeza e nem encarou eles muito tempo, o mas alto tinha uma imagem mas imponente e a observou por uns instantes, prendendo seus olhos, Daia sentiu atingida por algo, foi como se tivesse esquecido até como respirar, e teve que desviar a atenção quando o irmão mais baixo de camisa clara foi o primeiro a falar.

–Desculpe a demora Eli, tive que esperar meu irmão se arrumar. Ele fala e o sotaque animado é puxado.

–Não se engane ele leva mais tempo arrumando cabelo que escolhendo roupas. o irmão rebate.

Daia ri pro um instante, voltado sentir ar em seus pulmões, e para lembrando que não tem intimidades com os garotos.

Eli sorrir de orelha a orelha. Daia observar que o garoto realmente tinha trabalhado no cabelo e usado um gel e não achou que precisava, arriscando uma olhada para outro garoto de vermelho que tinha cabelos caídos em mecha bem distribuídos que poderia estar despenteados e ainda assim pareceria bem, mas ela não comentou, permaneceu calada e engolindo o nó que formou novamente na garganta no momento que se atreveu a olhar para rapaz alto.

Eli os apresenta, e diferente das outras vezes que tinha costume de beijar os rostos, Daia diz “oi” quando o garoto com camisa de Led Zeppelim tenta a cumprimentar afastando, o mesmo com seu irmão, ela sentiu que se fizesse poderia perder o próprio equilíbrio e isso era algo estranho que nunca sentiu de tão desconfortável perto de um garoto antes.

– Então vamos. Eli chama e fazem caminho para festa. Não demora a Eli engajar uma conversa animada com o Diego com camisa preta. Daia caminhando ao lado de Eli, tentando não fazer parte conversa, percebendo a amiga deslumbrante com atenção, o rapaz que se chama Lucas de camisa vermelha, também ficou calado, a conversa ficou restrita aos dois, e algo que Daia não era, é calada.

– Vocês estudam juntas? Daia presta atenção quando Diego pergunta na sua direção.

– Eu estudo a Eli faz companhia na sala. Daia sorrir pra amiga. Que faz uma careta. Daia senti que deixou escapar as palavras se ressentindo internamente.

–Uai, não a culpo também tenho problemas em me concentrar. Diego diz e Lucas bufa, Daia percebi.

– E o que achou da nossa escola, vocês são de onde mesmo? Daia ouvi o sotaque familiar arrastando no R.

– Somos de Ituiutaba, Minas, nosso sotaque entrega né? Diego pede.

– Capaz mineiro. Daia diz com voz arrastando.  Ele ri junto com Eli. Mas Lucas não faz, isso deixa Daia  desconfortável, as pessoas não costumavam ficar tão sérias perto dela, e ela tinha facilidade de manter uma conversa casual, e não está certa do que deve falar perto dos rapazes.

–Gostei da escola, não é tão grande como a que frequentava, mas as pessoas são bem legais aqui. Diego fala.

Daia concorda. –A cidade é pequena, e tem alguns lugares legais pra ir, apesar de não haver muitos eventos por ano.

– Soube que o Carnaval foi animado. Diego comenta.

Eli olha com um largo sorriso para Daia que geme.

– Foi sim, a gente costuma fazer uma festa a fantasia na praça e tem o concurso, esse ano a Daia ficou em segundo lugar, mas se tivesse ido com a fantasia que escolhi teria ficado em primeiro.

Diego olha para Daia. – E de que você se fantasiou?

– De bruxa. Diz Daia.

–Se tivesse ido de havaiana, alerquina ou até mesmo enfermeira tinha ganhado. Eli com sorrisinho fala e Daia sente alívio de não ter feito, as Fantasias eram muito abertas e sensual pra ela.

–Quem ficou primeiro? Diego pede curioso.

–Esta conversando com ela. Fui uma anjinha.

Daia da uma gargalhada do que Eli fala, chamando atenção das companhias de Lucas em questão, que a olha e ela percebe, engolindo riso, também com a cara feia que Eli faz.

— O que? fui uma menina comportada em comparação com Aline que foi de girassol. Eli lembra.

– Não estou dizendo nada. Daia comenta com sorriso disfarçado.

–Queria ter visto isso. Diego diz.

Daia fica até satisfeita que não, imaginar que eles pudesse a achar estranha e esquisita logo na primeira impressão toda de preto, mas ela não entendeu porque importava a opinião deles, ela nem os conhecia.

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