Em uma via rodeada por mato, árvores, e montanhas de pedras tem um carro preto dirigindo em direção à cidade. O céu está repleto de estrelas, na escuridão elas guiam os perdidos a se encontrarem. Heitor está em seu carro dirigindo quando de repente ouve um barulho, e dali em diante o carro perde a direção, e sai de sua rota, capotando várias vezes na pista. Heitor acaba batendo a sua cabeça e se encontra desacordado em meio às ferragens no meio da estrada. Alguns minutos depois, um caminhão desgovernado e em alta velocidade desce a montanha batendo e empurrando o carro dele para a beirada do precipício. O caminhão foi embora, mas com a força da batida o fez despertar, com a visão turva, o seu mundo estava de cabeça para baixo e com a morte à sua frente. Ele tenta sair, mas não consegue, e o pouco esforço que fez para sair dali. O fez perder as forças, os seus olhos estavam pesados se fechando, e aos poucos ele desmaia.
Heitor - [pensando] Será que eu vou morrer assim?
Heitor abre os seus olhos, debruçado sobre a mesa, levanta assustado, olhando para todos os lados. Ele está sentado na cadeira e se sentindo confuso, não se lembra o que tinha sonhado, e olha para o relógio e nota que era apenas seis horas e quinze minutos. Ele vai tomar um banho, se arrumar e se alimentar para continuar a sua preparação para a apresentação do seu TCC. Enquanto ele descia as escadas viu a sua madrasta, retornando ele vai para o fim do corredor e desce pela janela para o jardim lateral.
Depois caminha em direção a porta do fundo que dava na cozinha para tomar o seu café da manhã junto com a governanta chefe. Depois de se alimentar, ele vai embora se despedindo carinhosamente da governanta. Enquanto, o Heitor caminha tentando passar despercebido pelos seguranças. Assim, depois de sair da propriedade de sua família, ele corre por dezoito minutos em direção ao ponto de ônibus, ouvindo uma das músicas da sua banda pop internacional favorita.
São sete horas e trinta e três minutos quando o Heitor entra no ônibus a caminho do centro universitário. Mas decide ir para a biblioteca municipal, então quando ele chega no terminal, o Heitor embarca em outro ônibus. Chegando na biblioteca ele permanece concentrado, e as horas vão passando. Uma garota senta na mesa à sua frente, ela folheia as páginas com muita empolgação, Heitor não presta atenção a sua volta, ele está mergulhado nas teorias e hipóteses. Uma pessoa, duas, três e mais de quatros pessoas passam perto da sua mesa, porém ele continua atento apenas em seu mundo.
A pilha de livros cresce com o tempo, um silêncio é quebrado pelo leve folhear das páginas, os raios solares que atravessavam a janela se intensificam e já são quase onze horas, faltando apenas três minutos. Heitor apressa pois está se aproximando a hora de sua apresentação, e por incrível que ele passasse segurança ao discursar, na verdade ele estava abalado pela ansiedade. No susto ele percebeu que já eram onze horas e trinta e dois minutos quando terminou de organizar toda a informação, se levantou e imprimiu o seu TCC que ele declarava como a sua obra prima. Enquanto, ele caminhava em direção a bibliotecária, uma garota com um uniforme escolar passou por ele, entre os seus braços continha um romance de ficção científica. Os olhos do Heitor são atraídos em direção ao livro porque ele ficou surpreso ao ver uma colegial carregar aquele livro. Mas, ele não deu muita atenção e seguiu o seu caminho, fez uma parada para lanchar antes de ir para a universidade.
Após olhar no relógio percebeu que iria se atrasar se perde-se o ônibus, com muita pressa esqueceu a bolsa com o seu notebook e o TCC impresso para trás. A colegial que tinha acabado de entrar notou o seu esquecimento repentino, indo atrás dele. Ela era a Anne em seu último ano do ensino médio que o Heitor se apaixonou quando ela o surpreendeu com a sua ação de devolver os seus pertences.
Para o universitário que passou escondendo a sua origem familiar, poder aquisitivo por que queria fazer somente amigos verdadeiros, Heitor teve todas as suas preocupações afastadas por causa de um sentimento inexplicável que a fada de seus sonhos despertou. O que ele realmente sentiu foi o que? Amor? Paixão? Admiração?
Ele desejou que o tempo parasse enquanto a olhava pela janela do ônibus para poder permanecer ao seu lado nem que fosse apenas um minuto. Ele queria descobrir quem era ela, e o que ele estava sentindo naquele momento. Mergulhado em seus pensamentos, ele apenas despertou de sua realidade quando um de seus colegas de classe o informou que era a sua vez de apresentar o TCC. Assim, o Heitor apresentou com honra e louvor a sua obra prima, e antes mesmo do dia acabar os seus pais o enviou para o exterior para obter uma especialização na melhor universidade de administração internacionalmente.
Assim, no avião o seu pensamento ainda estava na garota que havia encontrado mais cedo. Sua curiosidade o fazia querer ficar, mas ele já havia prometido ao seu pai que iria viajar para o exterior depois da graduação, já que o seu pai o permitiu ficar no país depois do colegial.
Em pleno ano de dois mil e quinze, esses dois se encontraram e com o passar dos dias cada um seguia as suas vidas, cada passo foi traçado. E, assim, dois anos se passaram e o Heitor voltou para casa. Porém, por causa de sua madrasta, ele decidiu sair da casa de seus pais. Ela sempre arrumava um jeito de apresentar as filhas de suas conhecidas para ele ou dizer ao seu querido marido que o Heitor precisava encontrar uma esposa. Ele não queria saber desse assunto, devido a uma certa moça.
Os dias passaram, o Heitor recebeu o convite de um de seus professores para ir palestrar na sua antiga universidade para os calouros. Ele aceitou e foi, mas teve uma grande surpresa ao ver uma jovem muito familiar andando pelo campus. Eles se encontraram de novo e o coração do Heitor acelerou quando a viu, ele ficou catatônico diante da presença de Anne. Ela não o reconheceu ao passar por ele, enquanto ele sorria de orelha a orelha, seus olhos acompanhavam cada passo de Anne. Ele ficou muito intrigado porque ela não o reconheceu, mas ele já estava muito feliz só de vê-la de novo.
Depois da palestra, ele curioso começou a perguntar sobre os alunos. Heitor queria encontrar a linda moça, ele queria descobrir mais sobre ela. Então, ele se lembrou que ela estava indo em direção a biblioteca, e isso também o fez lembrar do primeiro encontro deles. Quando ela devolveu a sua bolsa, enquanto Heitor caminhava apressadamente em direção a biblioteca, ele recebeu uma ligação urgente do escritório de seu pai. Assim, ele teve que seguir em direção a empresa, porém, antes de sair Heitor observou Anne de longe.
Anne entretida entre as prateleiras do corredor principal se senta na mesa mais próxima, trazendo consigo algumas obras literárias acadêmicas. Seu smartphone vibra, uma mensagem de texto chegou. O remetente era Vitória.
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
...{Vivi}...
Anne, está na faculdade? | 09:42
^^^Estou no intervalo | 09:42^^^
Onde? | 09:42
^^^Na biblioteca. Porque? Você está aqui? Vai passar aqui? | 09:43^^^
Ok. Estou indo te encontrar | 09:43
^^^👍| 09:44^^^
...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...
Em menos de quinze dias das aulas terem retornado ela percebe que a cada ano há mais desafios para enfrentar, e por pura curiosidade ela ao folhear as páginas se lembra de seus primeiros dias na faculdade. O dia que se apresentou mostrando quem é, e respondendo as perguntas ditas: "Porque escolheu fazer administração? Quantos anos tem? Trabalha ou não?" O tour pela faculdade, conhecendo as principais instalações com a coordenadora do curso, cada momento foi gravado memoravelmente. Anne se levanta e se direciona ao fundo da biblioteca passeando entre os corredores lembrando o quão foi prazeroso e edificante descobrir algo novo.
Aquela descarga de lembranças manteve Anne submersa sendo desperta pela saudação de sua amiga Vitória.
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...Olá, meus queridos leitores....
...É com muita felicidade que anunciou que todos os domingos terá capítulo novo....
...Beijos! E, boa leitura....
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PARA SER NOTIFICADO QUANDO A NOVEL FOR ATUALIZADA, FAVORITE. ❤
Enquanto Anne estava lendo a sinopse de alguns livros Vitória chega a cumprimentando em um tom baixo.
Vitória - Oi
Anne - Oi. Bom dia! Como você está?
Vitória - Cansada! Bom dia.
Anne - Cansada, por que passou a noite estudando? Ou porque festejou a noite toda?
Vitória - Amiga, você me conhece. Kkkkk
Anne - Então é a segunda opção.
Vitória - O pior que você está certa. kkkkk... Eu ainda conheci um gatinho.
Anne - Lá vai você
Vitória - Que foi? Eu não tenho dedo podre, não. Minha noite foi maravilhosa.
Anne - E, eu perguntei alguma coisa.
Vitória - Nossa, está de mau humor hoje, hein. O que aconteceu? Quem foi que deixou a minha bebê, assim?
Anne - Ninguém. Só não dormi bem.
[pensando] Minha mãe, ela foi a causa. Mim atrasei para aula por causa dela.
Vitória - Para você estar assim, não foi simplesmente nada. Vai me conta?
Anne - Deixa para lá. Se eu acreditar que não foi nada. Foi nada. Ok
[pensando] Cheguei apenas dez minutos atrasada e a professora ainda pegou no pé.
Vitória - Ok. Você que pediu. Ataque de cosquinhas.
Anne - Estamos na biblioteca. Sou doida.
Vitória - kkkkk... Eu sei! Não está se sentindo melhor?
Anne - Ah, não. Vamos
Vitória - ok
Anne - Oi. Vou querer levar esses dois livros.
Vitória - Você não cansa de vim aqui na biblioteca. Aqui não é lugar mais divertido da faculdade. Só tem poeira, e monte palavras. Nenhum gatinho.
Anne - Não liga para ela, não. Ela é assim mesmo. Tem um parafuso a menos. Sabe, eu acho que quando ela era pequena caiu do berço quando estava tentando fugir.
Vitória - Ei! Ratinha de biblioteca, me respeita.
Anne - Obrigada pelo elogio. Mas eu não sou assim.
Vitória - Sei. Você? kkkkk... Ah, tá. Conta outra. Vamos na lanchonete?
Anne - Você tinha que estar trabalhando, não?
Vitória - Você é chata, hein. Eu estou trabalhando. Vim entregar um documento para a coordenação acadêmica.
Anne - Se você receber uma advertência não me culpa depois, não. Ouviu, né?
Vitória - hum...
Anne - Eu detesto quando você faz isso. É, você não está me ouvindo mais.
[pensando] Ela está muito ocupada escolhendo, qual salgado vai comprar.
Vitória - Nossa, é impressão minha ou só tem mulher no horário matutino? Não estou vendo nenhum homem.
Anne - Isso, era uma pergunta? Você está enxergando? Você está bem? Não dormir de noite te afetou, não é?
Vitória - Chataaa! Nem vou falar mais nada. Já vi que acordou com o pé esquerdo. É melhor eu comer esse pastel de queijo.
Anne - Sim.
Vitória - Humm ... Que delícia! Esse queijo esticando, derrete na minha boca.
Anne - Você está fazendo isso para mim atenta, né.
Vitória - O quê? Eu não te ouvi?
Anne - Que infantil. Bom café da manhã para você duas vezes. Eu estou indo para a aula.
Vitória - Nossa que intervalo curto. Depois que me formei, parece que a faculdade ficou mais chata. Ou, era porque? Eu sou muito legal. Não! Eu sou a melhor.
Anne segue a caminho da sala de aula. Entrando na sala, ela vai direto para a cadeira onde estava sentada. No fundo da sala, na fileira do canto, ela senta. O professor da disciplina de Gestão de Pessoas, o Vicente, já estava na sala se prontificando para iniciar a aula.
Vicente - Bom dia, turma.
Turma - Bom dia.
Vicente - Vamos iniciar a aula. Hoje, vamos aprender sobre os diferentes tipos de líderes, e como liderar uma equipe....
Vicente continuou palestrando, todos os acadêmicos estavam prestando atenção em suas palavras. Alguns levantavam a mão e esclareciam as suas dúvidas. Anne anotava os pontos chaves das informações apresentadas, prestando bastante atenção ao que ouvia. Ela olhava fixamente para os slides expostos, e o ar se tornava frio a cada minuto por causa do ar condicionado ligado. Sua temperatura estava normal por se encontrar no ponto cego, onde não esfria. Assim, os minutos vão passando e Vicente encerra as suas falas.
Vicente - A atividade para entregar hoje lá no portal, aqueles que já entregaram eu corrigi. Mas, tem duas atividades que preciso do esclarecimento dos alunos. Então, aqueles que eu chamar venham até aqui.
Turma - ok
Vicente - Aproveitem esse tempo para fazer a atividade e tirar dúvidas se precisar. Ok!
Turma - Ok
Vicente - Vou chamar a duas duplas. Celi e Sena, e Anne e Maíra. Primeiro, Celi e Sena, depois vocês vêm.
Anne acena com a cabeça e um leve sorriso demonstrando que entendeu. Celi e Sena vão até o Vicente, Celi pega uma das cadeiras da primeira fileira e se senta. Enquanto eles conversam, Maíra vai até Anne e conversam, ela volta para onde estava sentada. Anne volta sua atenção para as suas anotações esperando que chegue a sua vez. Alguns minutos se passou, e logo começa a sair alguns acadêmicos. Já outros iam até o Vicente para esclarecer dúvidas. Outros minutos passaram, e finalmente Vicente chama Anne e Maíra. Anne caminha até a frente da sala, porém Maíra tinha saído para ir ao banheiro. Anne fica de pé esperando Maíra voltar, prestando atenção no que o Vicente falava. Para sorte de Maíra, Vicente se levantou para explicar uma das questões da atividade. Anne se afasta da frente da mesa e se aproxima da parede lateral. Quando Maíra volta, sua garrafinha estava cheia de água e molhada. Ela se senta, e quando o Vicente acaba de explicar chama as duas novamente. Anne e Maíra se aproximam da mesa, como nenhuma das duas sentou na cadeira que estava posicionada ao lado do dele. Vicente puxou a cadeira, enquanto dizia a elas a dúvida que repercutia em suas respostas.
Vicente - Anne, se sente. Por favor.
Anne - Ah, sim.
Vicente - Vocês entenderam? Poderiam me explicar porque escolheram essa abordagem?....
Anne explica detalhadamente e rapidamente, e Maíra logo a complementa. Vicente as parabeniza e as aconselha a acrescentar aquilo que faltava na resposta. Elas afirmam que sim, e voltam. Anne senta próximo de Maíra para elas escrever o resto da resposta. Após alguns minutos, elas finalmente entregam a atividade. Maíra pega suas coisas e vai embora com pressa para não perder o ônibus. Anne e outras alunas se organizam também, Vicente ajeita os seus pertences e deseja uma boa tarde as alunas que ainda estavam na sala. Aos poucos todas já tinham saído, Vicente permaneceu na sala conversando com uma das alunas. Anne saiu da sala e foi em direção a lanchonete. Não tinha ninguém naquele horário por enquanto. Mas logo teria pois logo seria meio dia. Colocou a sua mochila em cima da mesa, e descansou a sua cabeça em cima de sua mochila. Seus olhos foram diretamente na pequena floresta que tinha do outro lado do estacionamento da faculdade. Anne fechou os olhos por alguns minutos, e se lembrou que não teria mais aulas. Ela decidiu devolver um dos livros que tinha pegado para levar um dos livros que o Vicente recomendou.
Anne guardou a sua mochila em um dos armários da biblioteca, pegou o livro que só irá precisar na sexta-feira e devolveu. Caminhou com pressa entre as prateleiras empaturradas por livros. Vicente que estava estruturando as próximas aulas, viu de relance Anne passar. À medida que Anne procurava o livro, Vicente se aproximava. Ela estava concentrada que nem percebeu a sua aproximação e logo se assustou quando ouviu a sua voz.
Vicente - Precisa de ajuda?
Anne - anh
Vicente - Precisa de ajuda, Anne? Você parece um pouco perdida.
Anne - [pensando] Inesperadamente, o professor se aproximou. O que eu digo? Como devo reagir? Porque estou assim? Por causa do susto? Com um sorriso envergonhado, digo: "Estou procurando um livro."
Vicente - Um livro? Qual é o título?
Anne - É um dos que o senhor indicou.
Vicente - Senhor? Não é para tanto, pode me chamar apenas de professor, que tal. Bom, se é um dos que eu indiquei para a disciplina de gestão. Estamos no corredor errado.
Anne - Acho que preciso da sua ajuda, professor.
Vicente - Sem problemas. rsrsrs... Sempre que precisar é só me perguntar.
Anne - hmm
Anne acenou com a sua cabeça demonstrando que o havia entendido. Vicente com um semblante alegre deu alguns passos em direção ao corredor a frente, naquele que ficava bem próximo das janelas e recebia toda a luz solar enquanto o sol reinava, e quando a lua se completava, a sua luz destacava aquele corredor em meio a escuridão. Anne apenas seguiu o Vicente, quando ela se aproximou do corredor. Ele estava com o livro em suas mãos.
Vicente - É esse?
Anne - Sim. É exatamente esse. Obrigado, professor.
Vicente - rsrsrs... Fico feliz em ajudar.
Vicente ao entregar o livro a Anne, um toque inesperado acontece. Seus dedos se tocam rapidamente, os quentes e pequenos dedos de Anne deslizam sobre os dedos de Vicente. Aquele instante despertou em Vicente um lado dele que ele não conhecia, um arrepio sentiu.
Anne - Muito obrigado professor. Eu tenho que ir agora.
Vicente - Sim. Tchau
Anne - Tchau. Tenha um bom trabalho.
Vicente - Obrigado....
Anne caminha pelo corredor principal em direção a entrada e saída da biblioteca. Vicente a acompanhou com seus olhos enquanto voltava para a cabine de estudo privada. Anne se despediu da bibliotecária após ter o seu registro de empréstimo consentido. Ela juntou as suas coisas e foi para casa, quando chegou deixou sua mochila em cima de uma das cadeiras da mesa da sala de jantar.
Lavou as suas mãos e o rosto, abriu a geladeira, pegando a comida. Ela colocou para esquentar no fogão e logo depois estando em seu quarto ela escolhe uma roupa bem fresca. Colocou sobre a sua cama um vestido com alças finas florido com detalhes rosa e vermelho em destaque. Colocando a toalha de banho em seu ombro direito, Anne foi até a cozinha desligou o fogo do fogão e foi para o banheiro depois.
Após utilizar o vaso sanitário, e se deliciar em um banho curto e gelado. Anne sai do banheiro, se veste e vai almoçar depois de colocar em seu prato o mexido que nele tinha a harmonia entre o feijão e o arroz, a colorida macarronada cremosa de domingo, a gelada sala de alface e tomate do jantar da noite passada e um ovo bem frito como se fosse a cereja do bolo.
Quando era sobre comida, Anne não demonstra muita seletividade, o importante para ela era que a comida estivesse deliciosa. Não se estivesse frio ou não, se ela estiver com fome, come sem reclamar. Mas, seus pais sempre a advertiam que se fosse almoçar ou jantar necessitar esquentar o alimento primeiro. Já sua avó materna dizia que tendo o feijão fervido e bem quentinho, qualquer arroz ou angu desce bem acolchoado.
Após fazer uma boa refeição e as louças lavadas, Anne assisti a televisão enquanto está deitada no sofá, trocando o canal. Tirando do jornal e passando de canal em canal algo a chama a atenção. Um filme, uma comédia que tirou gargalhadas exageradas e cativantes. Porém, quando os momentos dramáticos e tensos se destacou, os seus olhos ficaram pesados e em um cochilou ela começou a cair. Quando despertou do sono em seu final o espetáculo já havia chegado e as letras começaram a subir após alguns poucos minutos.
Anne se levantou, bebeu dois copos de água gelada ao chegar na cozinha. Logo se despertou mais, pelo julgar das horas, Anne com pressa estudou e aprontou a casa de seus pais. No crepúsculo da noite a espera da chegada de Heloísa e Francis em casa, Anne assistia alguns episódios da série misteriosa e emblemática que a surpreendia sempre que chegava ao final de um episódio.
Ela olha para o relógio, e já passava das vinte horas e trinta. Seus pais não tinham chegado, assim Anne decide ir para o seu quarto. Desliga o notebook, se alimenta um pouco e antes de ir se deitar, se banha novamente. Em menos de cinco minutos ela adormece, mas é acordar por sua mãe alguns minutos depois.
Heloísa - Anne. Anne. Anne. Acorda filha.
Anne - um... O que foi? O que aconteceu?
Heloísa - Cheguei agora a pouco.
Anne - Mãe! ah, bençã ... mãe.
Heloísa - Deus te abençoe. Você lembrou de alimentar a Valente.
Anne - ummm... anh, sim.
Heloísa - Você tem que ver o que trouxe.
Anne - O quê? Ah, a senhora foi bem? Como foi o seu trabalho?
Heloísa - Trouxe pipoca para você.
Anne - ah, obrigad.....
Heloísa - Anne, minha filha. Acorda!
Anne - Mãe, por favor me deixa dormir. Por favor, mãe. Eu estou cansada.
Heloísa - Eu também estou cansada sabia. Anne. Ela dormiu de novo.
Anne enquanto conversava com a sua mãe acordava e dormia, sempre nesse ciclo. Até que adormeceu profundamente, e apenas se levantou para desligar a luz do seu quarto instintivamente. No dia seguinte pela manhã bem cedo, quando sua mãe a disse que ela até conversou. Anne estava abismada com o que ela tinha feito, e nem se lembrava.
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...Oi! Até domingo. Obrigado pelo apoio....
Liza - Bom dia, Anne.
Anne - Bom dia
Liza - Você chega sempre cedo?
Anne - Hoje foi um caso diferente. O meu pai me trouxe hoje. Meu horário de chegada é dez minutos antes das sete horas no mínimo.
Liza - Ah, bom. A localização da faculdade é afastada do resto da cidade.
Anne - Sim, bem remoto. É preocupante.
Liza - Sim, principalmente para nós. Se você chegasse cedo assim todos os dias, eu ia vim nesse horário também para te acompanhar.
Anne - Obrigado! É muito cedo mesmo, né. kkkk... Mas, com uma boa companhia as horas passam rápido. Você não é de chegar cedo assim, também não?
Liza - Eu tive que deixar o meu marido no posto. Ele trabalha como motorista de caminhão.
Anne - Você é casada?
[pensando] Uau! Nunca ia pensar que a Liza era casada, ela é mulher tão cheia de vida e alegre. Kkkk... eu achava que toda mulher casada vivia cansada e exausta. Acho que o meu jeito de pensar era assim por causa da minha mãe e das amigas delas. Elas sempre estão reclamando de tudo.
Liza - Sim. Um casal de filhos. O meu primogênito está quase entrando na faculdade.
Anne - Sério! Eu nunca iria imaginar que você já tem uma família.
[pensando] Que fantástico! A Liza é diferente, ela é animada, simpática, amigável e divertida.
Liza - Sim. Eu casei muito cedo, quando tinha dezessete anos.
Anne e Liza que frequentavam a mesma faculdade juntas e estavam na mesma turma há um tempo, porém se aproximaram depois daquela conversa naquele dia. Anne admirava Liza por ser uma mulher batalhadora, indo atrás de seus sonhos mesmo após de se casar e cuidar de seus filhos.
Anne - Estou impressionada, e deu os meus parabéns. Sabe, a minha avó sempre diz que a gente morre velho e nunca acaba de aprender. Ela está certa.
Liza - Sim, sua avó está correta. Por isso, decidi cursar a faculdade agora. Principalmente agora, porque já cuidei dos meus filhos. Eles estão encaminhados e logo estarão na faculdade também. E, também quero começar a trabalhar para fora, em uma empresa.
Anne - Que bom. Muitas felicidades, e boa sorte.
Elas continuaram conversando sentadas nas cadeiras próximo da lanchonete. Elas riam e se conheciam mais, e os funcionários da limpeza as cumprimentavam assim que passam por ali. Os ponteiros do relógio voaram e aos poucos os acadêmicos, os professores e os demais funcionários da faculdade foram chegando. As sete horas estavam próximas quando elas se levantaram a caminho da sala de aula que seria no anexo, mais duas colegas de classe se juntou a elas. E, a partir daquele dia Anne conversava com mais frequência com suas colegas de turma. Mas, para Anne ainda era difícil se aproximar da Bia e da Berê.
Anne, Liza, Lya e Jana se sentaram bem próximas. Os demais foram chegando um por um, com o professor em sala de aula, as aulas iniciaram. O foco na aula incrementada fez as horas se tornarem acanhada, e o intervalo bateu na porta. Durante o tempo que tiveram elas conversavam, não preferido sair para o pátio. Em meio a isso Berê interrompe com a sua presença sempre curiosa com todos, dialogando livremente.
Liza - Hoje temos aula de tarde, né?
Anne - É, hoje é o dia todo. O dia vai ser cansativo, cálculos a tarde toda.
Berê - Vamos ficar saturadas.
Jana - Nem mim fala, espero conseguir ficar acordada. O meu filho passou a madrugada toda vomitando e tossindo. Ele só conseguiu dormir agora de manhã.
Berê - Jana você tem um filho, também? Quantos anos ele tem?
Jana - Sim, ele tem cinco anos. Meu príncipe!
Liza - Sim, ele é tão fofo. Vocês precisam ver como ele é lindo.
Berê - Liza, você e a Jana se conhecem a muito tempo?
Liza - Sim, moramos no mesmo bairro por muito tempo. Mas, quando ela casou, a Jana mudou para outra cidade.
Jana - Mas, agora me mudei para uma casa perto dos meus pais, depois que me divorciei.
Anne - [pensando] Ao mesmo tempo que ouvia as suas histórias de vida, ficava pensando que elas são pessoas determinadas e valentes.
Berê - Não sabia que você era casada, Jana? Vocês são batalhadoras, admiro vocês que são casadas, e tem os seus filhos para cuidar e que trabalham também, fazendo faculdade. E, você Anne namora também?
Anne - Não.
Berê - E, não pensa em namorar ou casar?
Anne - Penso, mas para daqui uns anos, eu preciso me concentrar nos estudos primeiro.
Sena - Você está certa, Anne. Se eu pensasse assim quando eu tinha a sua idade. Minha vida seria totalmente diferente agora.
Anne - [pensando] Um sentimento angustiante tomou o meu coração, e eu desejei que a minha mãe me apoiasse assim.
Celi - É Anne, não case tão cedo como eu. Se diverta, namore mais. Eu casei com o meu primeiro namorado, sabe não me arrependo. Mas, se pudesse eu teria.....
Naquele momento, Anne começou a lembrar do sábado à noite quando a sua mãe a convidou para sair.
...********FLASBACK********...
Heloísa - Anne, levanta dessa cama. Sai desse quarto, só fica estudando. Por que você sai um pouco comigo?
Anne - Sair? Para onde?
Heloísa - Eu vou visitar uma amiga. Não quer vim comigo?
Anne - Mãe. Mas eu tenho que estudar.
Heloísa - Você vai ficar em sozinha? De noite? Estudando? Não! O seu pai não vai chegar cedo mesmo. Eu acho ele que vai passar na casa da mãe dele hoje, já que ele não chegou até agora.
Anne - Um...
Heloísa - Vamos, Anne. Se arrume, vista essa roupa. Se vestido longo azul, veste você muito bem. Disfarça um pouco da sua cintura.
Anne - Se eu não for, ela vai atÉ... não poder mais.
[pensando] Ah que chato. Esse seria o momento perfeito para maratonar uma série depois de horas de estudo.
Anne se levanta com uma feição de desanimada, vai ao banheiro faz suas higiene e volta para quarto, colocando o vestido. Quando ela está quase pronta, passando uma loção hidratante sua mãe a chama.
Heloísa - Está pronta? Anne! Eu estou pronta, estou te esperando lá na varanda.
Anne - ok.
[pensando] Valente vem me encontrar, me circulando e cheirando. De repente passa na minha frente. Digo: "Ei! Valente. Quase caí, para de correr." Quando chego na varanda minha mãe ainda estava arrumando o seu cabelo.
Heloísa - Arrumou o seu cabelo? Passou um creme pelo menos?
Anne - Mãe! Estou pronta. A senhora está ajeitando o seu cabelo ainda.
Heloísa - Estou. E o seu está penteado? Porque o seu cabelo está amarrado, de coque? Solta esse cabelo, ou pelo menos faz um rabo de cavalo.
Anne - [pensando] E lá vamos nós. Que vontade de desistir, não quero sair. Mas fazer o que. Digo: "Rabo de cavalo. Satisfeita?"
Heloísa - Deixa eu ver... hum... Agora, sim. Vamos!
Anne - Valente toma conta de casa direitinho.
Anne tenta caminha lado a lado da sua mãe, mas ela não anda com tanta pressa como antigamente. Também, tem os conhecidos que para a Heloísa sempre a ver. O curto trajeto até a casa da amiga de sua mãe se tornou longo. Anne não aguentava mais ficar sorrindo e acompanhando o diálogo de sua mãe com as conhecidas. Para Anne, a cada um metro de caminhada sua mãe parava e colocava a conversa em dia. Anne via em sua mãe o orgulho de dizer que a filha dela estava frequentando uma boa faculdade para todos. Mas, o cansaço de ficar ali esperando ela dar os próximos passos a fazia perceber que as horas estavam passando. Após entrarem na estrada principal do bairro, Heloísa apenas cumprimentava de longe os seus conhecidos. Assim, quando elas estavam próximas da casa de sua amiga, em uma rua pouco movimentada, Heloísa avisa a Anne.
Heloísa - Minha filha, a Selina quer muito de conhecer. Eu falei de você para ela, ela tem muito apresso por você.
Anne - Ah, está tudo bem.
Heloísa - Também falei de você para o filho solteiro dela. Ele é um bom rapaz e parece que ficou interessado em você. Seja bem educada, não trate ele mal. Você não sabe de nada da vida. Talvez, vocês podem dar certo.
Anne - Mãe...
Heloísa - Sei, o que você vai falar. Mas, você já tem dezoito anos, e logo fará dezenove. Dá uma chance para o rapaz, sabe pelo menos deixe ele conversar com você. Conheça ele! Se Deus abençoar você, depois que você terminar a faculdade. Posso estar preparando o seu casamento.
Anne entendeu o convite repentino de sua mãe para sair. Não era apenas para conhecer uma simples amiga, e sim uma provável sogra. Isso se Anne aceitasse namorar com o filho de Selina. Anne pensativa começou a caminhar vagarosamente, momentaneamente Heloísa vai assumindo a frente e guiando a sua filha.
O coração de Anne se encontrava fechado, sucedendo um ar frio a sua volta, ela não sabia como se comportar diante daquela situação. Então, decidiu apenas colocar um sorriso no rosto, ser educada com todos que conhecesse, desejando que os planos de sua mãe não fosse bem sucedido. Ela não se sentia pronta para namorar, ou casar. Estavam elas finalmente na porta da casa de Selina, Heloísa a chamava e ela toda feliz veio as recepcionar. Anne e Heloísa cumprimenta calorasamente Selina. Quando a família de Selina descobrem que Heloísa havia chegado eles logo chegam atrás. Para sorte de Anne, o filho solteiro de Selina não estava em casa naquele momento.
Selina tratava carinhosa Anne, e ela correspondia com educação. Heloísa sempre interrompia a primeira nora de Selina quando esta dirigia questionamentos a Anne, e a conversa continuava. Minutos depois o pretendente de Anne escolhido por Heloísa chegou ao recinto, e com muita alegria saudou Heloísa e Anne. A tímida Anne de repente se viu em uma armadilha quando lentamente todos que estavam na sala de estar se levantaram em direção a cozinha. Somente ela e o filho de Selina ficaram na sala, ele sentado no sofá e ela na cadeira. Ele se apresentou e curiosamente a cortejou acanhado. Porém, automaticamente Anne construiu uma parede de gelo entre eles, o respondia educamente. Mas, não demonstrou nenhum interesse amoroso.
Nando - Oi, meu nome é Nando. A senhora Heloísa me disse que você está fazendo faculdade. Qual curso?
Anne - Administração
Nando - Ah, que legal. E, você está gostando?
Anne - Sim. Muito.
Nando - Você parece ser inteligente. Eu quase mal terminei o ensino médio.
Anne - Ah, ata. Mas você deve trabalhar?
Nando - Ah, sim. {diz bem baixinho} Eu estou desempregado.... Eh, eu sou motorista. Trabalho entregando encomendas.
Anne - Entendi. Você deve gostar?
Nando - Um pouco. Eu queria poder trabalhar com mecânica.
Anne - Uma boa área para investir. Mecânico automotivo? Ou, mecânico industrial? Parando para pensar todas as áreas tem as suas especificações.
Nando - Você está terminando a faculdade?
Anne - Não, ainda não. Estou quase na metade da graduação.
Nando - Você aceita um suco ou café?
Anne - Um copo de suco, por favor.
[pensando] Respirei aliviada depois que ele saiu, logo ouvi a Selina falando para ele me trazer um xícara de café. Mas, minha mãe anuncia que eu não bebo café.
...****************...
Anne voltou a sua atenção para a aula que logo começou, tentando esquecer aquele momento. O sol iluminava intensamente, e as horas passavam rapidamente. Um sinal ecoou avisando que as aulas tinham chegado ao fim e já era meio dia.
Anne - [pensando] Espero que a comida não vazou. Ufa! Que bom. Mas eu vou entregar esse livro primeiro, no próximo final de semana não terei tempo para estudar com tanto afinco. Enquanto saía da sala ouço alguém me chamar.
Liza - Anne. Você vai se juntar com a gente. Certo?
Anne - Sim. Daqui a pouco.
Liza - Está bom
Depois de entregar o livro, Anne antes de sair da biblioteca ao olhar da recepção para o corredor onde encontrou o Vicente. Em piscar de olhos ela lembra o que aconteceu e de repente se sente diferente em relação ao professor. Porém ela considerou apenas como um sentimento de admiração. Uma atração? Ou será que o amor finalmente floresceu para ela?
Anne na volta se ajuntou com o resto da turma, almoçaram e conversaram. Ela ainda permanecia tímida e observando, somente falava se alguém demonstra-se interessado. E assim foi até iniciar a próxima aula, e a tarde foi extensamente longa e exausta. O dia ainda não ia deixar de pregar uma peça. Então, ao badalar dos ponteiros do relógio, às dezessete horas e cinco minutos, Anne é surpreendida pelo Heitor enquanto se afastava da unidade de ensino.
Heitor - Oi
Anne - Oi
Heitor - Será que posso conversar com você?
Anne - Sim. Do que se trata?
Heitor - Oi, eu sou o Heitor. Talvez você não se lembre de mim. Mas nós conhecemos há um tempo. Você me ajudou e eu gostaria de te agradecer. Posso te levar para comer em um restaurante?
Anne - E-eu te ajudei? N-nós nos conhecemos? Você está brincando comigo?
Heitor - Não. Não, não estou brincando. É sério! Como um gesto de agradecimento me deixe te levar para comer.
Anne - [pensando] Será que é verdade? Porque não me lembro dele? Talvez se eu perguntar como nós conhecemos, eu lembre. Digo: "Como nós conhecemos? Peço desculpas, mas eu acho que está me confundindo com outra pessoa."
Heitor - Impossível! Nunca seria capaz de te esquecer.
Continua...
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...❤...
...Oi! Espero vocês no próximo domingo....
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