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No Calor Dos Teus Braços

Novo colega de trabalho

Lau! Eu preciso que você prepare o café da manhã da Sofia. Giulia gritou do quarto enquanto Lauren ajeitava suas coisas o mais rápido que podia para não se atrasar para o trabalho.

Podia ouvir os resmungos que a irmã fazia da cozinha, enquanto arrumava a garotinha lá no quarto que as duas usavam.

Fazia exatamente quatro anos desde que as duas se mudaram para seu apartamento em Manhattan após seu suposto noivo desaparecer no mundo, deixando Giulia com um bebê recém-nascido nos braços.

Ao longo dos meses que se seguiram ao abandono, Giulia ainda se recuperava do parto difícil e também por ter sido deixada pelo homem que amava.

Sem emprego e sem nenhuma outra opção, ela ligou para Lauren pedindo ajuda.

Quando Lauren se mudou para o pequeno apartamento, não imaginava que sua irmã mais nova acabaria engravidando do namorado e que o canalha a abandonaria tão logo a filha nascesse.

Sem pensar duas vezes, exigiu para que as duas viessem morar com ela.

Só não imaginava que seria sempre tão ...tumultuado pelas manhãs como tinha sido após Giulia conseguir um novo emprego par ajudá-la com as despesas, ainda mais morando em um bairro tão caro.

Como se tivesse opções ...pensou ela enquanto ajeitava a lancheira da sobrinha, deixando sua própria bolsa de lado.

Se as coisas continuassem assim, daqui a pouco teria que arrumar suas coisas à noite antes de dormir, mesmo chegando tão cansada em casa após fazer alguns trabalhos extras para dar conta de pagar o aluguel e manter comida na geladeira para as duas.

_ Ok! _respondeu mais para si mesma, com um suspiro cansado.

Mas estava realmente exausta.

Tinha vontade de gravar como eram suas manhãs em casa, para que assim, quando seu chefe lhe perguntasse o motivo de suas olheiras, pudesse mostrar a ele como sua vida era tumultuada.

Talvez se condoesse com sua existência difícil e então lhe oferecesse um bom aumento de salário, pensou rindo de si mesma antes de terminar de ajeitar suas coisas e subir para se despedir das duas.

Já deixei a lancheira pronta. avisou a Giulia enquanto a outra terminava de colocar os sapatos na menina.

Obrigado, irmã! Giulia disse, parecendo realmente aliviada.

Andava sempre muito pálida e cansada ultimamente, Lauren observou, apiedando-se da irmã enquanto ignorava o próprio cansaço.

Ela ainda não estava preparada para ser mãe.

Quem estava, na verdade?

Lauren não se imaginava passando pelo que Giulia passava, por isso mesmo estava sozinha por todo aquele tempo.

Não havia tempo de sobra para romance quando se trabalhava praticamente dezoito horas por dia, seis dias por semana. E mesmo quando estava de folga aos domingos, precisava tomar conta da sobrinha para que sua irmã pudesse trabalhar aos fins de semana.

Não que estivesse reclamando, claro.

Isso era apenas um fato.

Vestia as roupas de sempre, porque não havia tempo para passear em lojas para comprar peças novas, muito menos dinheiro para isso.

Sabia o que vários de seus colegas de trabalho diziam a seu respeito, mas não se importava. O que importava era que seu chefe a considerava uma assistente indispensável, após dois anos trabalhando na empresa, e lhe pagava o suficiente para arcar com o aluguel e ajudar sua irmã a cuidar de sua sobrinha.

Nada mais importava.

Romance, relacionamentos...sexo!

Nada disso estava em sua lista de afazeres nos últimos anos.

Apenas trabalho, trabalho e mais trabalho.

Não sei o que seria de nós duas sem você... Giulia disse, com lágrimas nos olhos quando olhou para Lauren.

Lauren não gostava de ver sua irmã chorar, o que acontecia com mais frequência nos últimos meses.

Aproximou-se dela e abraçou-a apertado.

_ Sabe que não precisa agradecer. Somos uma família e vamos cuidar umas das outras, certo? _disse afastando-se então enquanto Giulia enxugava as lágrimas, para que a filha não a visse chorando.

Lauren se aproximou da sobrinha e lhe deu um beijo rápido nas bochechas rosadas enquanto a garota brincava com a boneca que lhe dera no natal passado.

Até mais tarde, tesouro. disse encaminhando-se para a porta do quarto após certificar-se de que Giulia já se recompunha.

Não chegue muito tarde, titia! Sofia gritou antes que Lauren saísse do quarto.

Pode deixar comigo! gritou de volta enquanto andava rapidamente para fora do apartamento, apanhando a bolsa no caminho.

Precisava chegar no ponto de ônibus antes que este passasse, caso contrário chegaria muito atrasada no trabalho e Pete a repreenderia mais uma vez em menos de duas semanas.

Hoje o dia seria muito atribulado e ele precisava de sua ajuda. Ainda mais porque aquele seria o dia em que seu irmão começaria a trabalhar ao lado dele na empresa da família e precisava passar a maior parte do dia mostrando-lhe tudo.

Ele precisava de Lauren naquele dia mais do que havia precisado em qualquer outro antes.

E não podia ir para o trabalho com o carro que sua tia lhe deixara de herança ao falecer, porque o estava deixando a disposição de Giulia, caso surgisse alguma emergência com Sofia.

Caminhou o mais rápido que pôde até o ponto de ônibus, mas para seu desespero, o ônibus havia acabado de passar.

Olhou para seu velho relógio de pulso, percebendo que o ônibus estava dois minutos adiantado.

Droga! praguejou batendo o pé no chão e passando as mãos no rosto, frustrada.

Estava faminta, cansada e ainda por cima atrasada. E se não quisesse perder o emprego teria de chamar um táxi, despesa que ela não poderia assumir naquele momento.

Mas era necessário, se não quisesse perder o emprego.

Avistou um táxi se aproximando e fez sinal para que parasse, agradecendo quando o motorista encostou na calçada.

Lá se vão meus últimos dólares na carteira, pensou ela com pesar enquanto passava ao motorista o endereço do prédio onde trabalhava.

Dez minutos depois ela pagava pela corrida e entrava correndo pelas portas de vidro, sentindo os olhares de todos por quem passava sobre si.

O que havia de errado? Pensou enquanto se olhava no espelho do elevador.

Droga! xingou novamente ao perceber que colocara os botões da blusa nas casas erradas.

Como se já não bastasse usar roupas velhas e puídas de sua falecida tia, que ficavam largas demais em seu corpo, ainda as vestia de maneira errada! Pensou condenando a si mesma.

Tão logo fosse possível, e se assim sua situação bancária lhe permitisse, ela compraria roupas novas para si mesma! Pensou ajeitando rapidamente a blusa aproveitando que estava sozinha dentro do elevador.

Não por muito tempo! Considerou, desesperada, quando as portas se abriram dois andares acima e Stephan entrava lançando um rápido olhar para ela.

Olhou-a de cima a baixo, arqueando uma sobrancelha antes de cumprimentá-la.

Bom dia, Lauren. disse ele.

Mesmo que sempre se dirigisse a ele de maneira respeitosa por ser irmão do seu chefe, Stephan insistia em chamá-la pelo primeiro nome, diferentemente do irmão que até aquele momento a tratara de maneira completamente profissional e polida.

Lauren pigarreou enquanto terminava de ajeitar a blusa disfarçadamente.

Bom dia, Sr. Mackenzie. ela respondeu polidamente, como sempre fazia.

Ele sorriu em resposta.

Polida como uma governanta. ele provocou, sabendo que a deixaria irritada.

Era incrível como somente ele conseguia tirá-la do sério com seus comentários, e aquele dia não seria diferente.

Lauren mordeu o lábio para não lhe responder à altura, mas podia sentir as maçãs de seu rosto ficando quentes e vermelhas .

Isso se chama educação, Sr. Mackenzie. respondeu após respirar fundo e engolir o que realmente queria dizer.

Olhou para o painel do elevador, torcendo para que chegasse logo em seu andar, imaginando que ele permaneceria e seguiria direto para a sala de seu irmão.

Mas para seu desespero, o elevador subia devagar como sempre.

Ela evitou olhar para ele quando ouviu sua breve risadinha .

Está insinuando que não sou um homem educado? ele provocou novamente, e ela percebeu isso pelo tom de sua voz.

Mais alguns segundos... ela disse para si mesma.

Então quando as pesadas portas estavam prestes a se abrir, ela olhou para ele altivamente e respondeu:

Não faço insinuações, Sr. Mackenzie. dito isso ela saiu tão logo as portas se abriram, pensando que sairia vitoriosa daquela vez.

Como se seu dia já não estivesse ruim, Pete estava na porta de sua sala com cara de poucos amigos e olhou de Lauren para Stephan, antes de voltar novamente para ela.

Ainda pode piorar...

Está atrasada... ele foi dizendo. _ ...De novo!

Lauren arregalou os olhos e abriu os lábios em surpresa.

Isso era impossível! Pensou ela erguendo o pulso para olhar as horas em seu relógio.

Tinha certeza de que havia chegado na hora certa...

Mas seu relógio havia parado entre o trajeto de seu apartamento até o ponto de ônibus e ela não havia notado, culpando o motorista do ônibus por ter se adiantado.

Alguém parece ter faltado a aula de pontualidade... Stephan provocou, passando por ela.

Ele ainda estava ali? Ela pensou, mordendo a língua para não responder.

Uma coisa era atacá-lo verbalmente quando estavam a sós dentro do elevador. Outra coisa completamente diferente era responder a suas provocações na frente de seu chefe!

Desculpe, senhor. ela pediu a Pete, ignorando Stephan que havia passado por ela e se posicionara ao lado do irmão, cruzando os braços e encarando-a com diversão evidente em seu olhar. Não acontecerá novamente. prometeu.

Pete suspirou, resignado.

Assim espero. respondeu. Naquele dia ele parecia mais mal-humorado do que nos dias anteriores.

Tudo porque ele e sua noiva tiveram uma briga feia e suspenderam os preparativos do casamento até resolverem suas diferenças.

Claro que tinha ouvido isso das outras garotas que trabalhavam naquele andar e não diretamente de Pete.

Dando o assunto por encerrado, Pete se voltou para o irmão, que ainda encarava Lauren com um brilho divertido no olhar.

Sua sala ficará pronta em instantes, assim que a mesa da Srta. Hawking chegar. ele avisou fazendo um sinal para que Stephan entrasse na sala atrás deles.

Lauren franziu o cenho, confusa, enquanto apertava os dedos em volta da alça de sua bolsa.

Mas Sr.Mackenzie... ela chamou a atenção de Pete, que se voltou para ela no mesmo instante, impaciente. Esta é a minha sala... murmurou, ainda sentindo o olhar de Stephan sobre ela.

E agora será a sala de vocês dois, até que a sala de Stephan fique pronta. Pete avisou, cruzando os braços.

Quando fazia aquilo ele ficava muito parecido com o irmão mais novo, Stephan, ela pensou sentindo que seu dia ficava ainda pior.

Alguma objeção quanto a isso? Pete indagou, olhando atentamente para ela com a sobrancelha arqueada.

Sim! Ela queria gritar, mas apenas respirou fundo e abraçou a bolsa de encontro ao peito.

De maneira nenhuma, senhor. respondeu a contra gosto, pois ela sabia que essa era a resposta que ele queria ouvir.

Não estava em posição de fazer qualquer tipo de exigência ou reclamação.

Ela precisava daquele emprego agora mais do que nunca e não poderia se dar ao luxo de perdê-lo.

Pete assentiu, satisfeito antes de descruzar os braços novamente e se encaminhar para o elevador.

Srta. Hawking, tenho uma reunião importante agora cedo, portanto não poderei mostrar as dependências da empresa para meu irmão. ele explicou sem parar de andar.

Quando entrou no elevador, disse a ela antes das portas duplas se fecharem a sua frente:

Conto com você para essa tarefa. ele disse lançando -lhe uma piscadela.

Piscadela? Ela observou, completamente surpresa.

Onde estava todo o mal humor de instantes atrás? Ela pensou lançando um olhar de lado para Stephan.

Ele sorriu, dando de ombros.

O que foi? Nada tenho a ver com isso. disse em sua defesa. Ele e Cassandra resolveram seus problemas pessoais e vão retomar os preparativos do casamento. Deve ser esse o motivo de tanta correria. explicou antes de virar-lhe as costas e entrar na sala que agora seria sua temporariamente.

Lauren suspirou mais uma vez, preparando-se para o dia terrível que teria pela frente.

Não havia outra alternativa a não ser respirar fundo e aceitar aquela tarefa que lhe era imposta.

Pensando assim, Lauren deixou a bolsa escorregar por seu ombro ao mesmo tempo em que entrava na sala que outrora fora sua.

Por onde devemos começar, Lauren? ele perguntou, novamente chamando-a pelo primeiro nome apenas para provocá-la, assim como fazia desde o momento em que ela começara a trabalhar para Pete.

Não tinha como o seu dia ficar ainda pior...Tinha?

Uma gentileza inesperada

Lau, eu preciso que fique com Sofia para mim por algumas horas. disse Giulia entrando apressada pela porta de sua sala puxando Sofia pela mão e pegando Lauren de surpresa.

Sua irmã viera algumas vezes com a menina em seu trabalho, mas sempre próximo ao horário de encerramento do expediente, nunca no meio dele!

E Lauren sempre a repreendia porque era um consumo de gasolina desnecessário já que podia tomar o ônibus para voltar para casa.

Olhou em volta, agradecida por Stephan ter saído para um lanche.

Ele chegou até mesmo a perguntar se queria que lhe trouxesse algo, mas não quis revelar-lhe que não possuía um dólar sequer na carteira para bancar um lanche.

Por isso teria que ignorar os roncos constantes na barriga e terminar logo o seu trabalho para poder voltar para casa e jantar.

Sabia que deveria ter almoçado um pouco mais, pensou repreendendo a si mesma em pensamento.

O que faz aqui uma hora dessas? quis saber, levantando-se de sua cadeira e fechando a porta para que os curiosos não ficassem olhando para elas. _Não era para estar no trabalho?

Giulia esfregou o rosto, parecendo realmente nervosa.

Tive um problema no trabalho e me dispensaram. revelou, suspirando profundamente.

O quê! Lauren quase gritou, aturdida.

Não fazia nem mesmo uma semana que sua irmã havia conseguido aquele emprego e já estava sendo demitida.

Faltava muito pouco tempo para completar o dinheiro do aluguel e Lauren havia comprado remédios para Sofia, que ficara doente dias atrás.

Ainda não tinha toda a quantia necessária para pagar pelo apartamento. Estava contando com a ajuda da irmã daquela vez...

Giulia lhe entregou a bolsa da menina.

Eu preciso mesmo sair, Lauren. disse Giulia apressada. _ Tenho um teste para fazer agora e Tina não pôde ficar com Sofia porque estava se sentindo mal. Sinto muito sobrecarregá-la dessa maneira, mas você é a única pessoa com quem posso contar agora...

Giulia não lhe deu tempo para responder, pois, logo saia pela porta em que entrara poucos minutos atras, deixando Lauren ali parada olhando para a menina.

Giulia tinha um teste para fazer, mas ela tinha um emprego que poderia perder caso Peter pegasse a menina em sua sala no meio do expediente! Pensou ela, desesperada.

Tia, onde posso ficar? a garotinha perguntou timidamente, segurando sua boneca enquanto a fitava com aqueles olhos inocentes.

Sem nenhuma opção, Lauren olhou em volta, tentando encontrar um canto onde a garota poderia ficar sem atrapalhar seu trabalho... ou o de Stephan.

Querida, pode se sentar aqui na poltrona e ficar bem quietinha? Senão a titia pode levar uma bronca daquelas... disse a menina, levando-a para a poltrona no canto da sala.

Prometo que serei boazinha. disse Sofia, fazendo Lauren se sentir culpada.

Sofia era uma menina perfeita; educada e quieta.

Às vezes até quieta demais, em sua opinião. Isso era resultado da falta de contato com outras crianças de sua idade já que Lauren e Giulia não podiam arcar com as despesas de uma creche. O máximo que podia fazer era pagar alguns trocados para uma jovem que morava a algumas quadras para cuidar da menina enquanto estivessem fora.

Talvez Stephan nem percebesse que ela estava ali se permanecesse bem quietinha, pensou ela ajudando a menina a se sentar.

Eu acredito em você, querida. disse ela, abrandando o tom de voz. _Agora a titia tem que voltar ao trabalho e logo mais poderemos ir para casa, tudo bem?

A menina assentiu, pegando sua boneca e abraçando-a contra o peito.

Não sabia dizer ao certo se ela se apegara a boneca por ser um presente seu, ou por ser o primeiro brinquedo novo que recebia. Mas a menina ficava com a boneca nas mãos do momento em que acordava até a hora de dormir, deixando-a apenas para tomar banho pois tinha medo de danificá-la.

Lauren deixou a menina ali na poltrona e voltou a sentar-se em sua cadeira no instante em que Stephan voltava de seu intervalo.

Se ele reparou na garotinha ali na poltrona de canto, ele nada comentou.

Estou de volta, querida. disse ele trazendo um pacote consigo.

Estendeu-o em sua direção, fazendo com que Lauren olhasse dele para o pacote, confusa.

Isso é para você. ele disse tranquilamente.

O que é isso? ela perguntou, por mais que o cheiro maravilhoso do pacote denunciasse seu conteúdo e fizesse seu estômago roncar ainda mais alto.

Uma bomba caseira que eu fiz... ele comentou, revirando os olhos e sentando-se novamente em sua mesa logo em seguida.

Lauren não gostou da brincadeira, mas abriu o pacote assim mesmo, revelando um belo e enorme sanduíche de peru.

Seu preferido!

Mas não havia como ele saber... Haveria? Pensou ela largando o pacote sobre a mesa.

_ Sr. Mackenzie, não precisa me comprar o lanche...

Apenas coma, Lauren! ele ordenou, impaciente, mas sem olhar para ela. _ Os ruídos que seu estomago faz quando está com fome acabam por tirar minha concentração.

Lauren podia sentir suas bochechas queimando.

Ele só poderia estar mentindo...!

Pegou o sanduíche novamente, enquanto agradecia educadamente.

Obrigado, Sr. Mackenzie. disse ela. Estava tão faminta que era possível sentir o gosto do sanduíche antes mesmo de colocá-lo na boca.

Então lançou um olhar e direção a sua sobrinha, que os observava em silêncio.

Quando teria sido a última vez em que ela comera algo?

Lançou um olhar encabulado para Stephan, antes de dividir o sanduíche no meio.

Isso pareceu chamar a atenção dele, que ergueu os olhos do computador a sua frente.

Não está com fome? questionou, confuso.

Lauren suspirou.

Por mais que fosse distraído, ele perceberia a presença de Sofia mais cedo ou mais tarde naquela sala.

Preparando-se para uma bronca, ela resolveu dizer a verdade.

_ Minha irmã teve que deixar minha sobrinha comigo por um tempo. Ela deve estar com fome… _explicou, caminhando até Sophia com a outra metade do sanduíche nas mãos.

Stephan ficou em silêncio por alguns segundos enquanto ela oferecia o sanduíche para a garotinha, que o aceitou prontamente. Parecia realmente faminta enquanto abocanhava o pão com peito de peru.

_ Você sabe o que meu irmão pensa disso. — disse ele, e não precisava entrar em detalhes para saber que falava de Sofia.

Lauren suspirou.

_ Peço perdão, isso não acontecerá novamente... — ela prometeu, percebendo ser a segunda promessa que fazia aquele dia.

Stephan deu de ombros, enquanto sorria e observava a garotinha com atenção.

Tem sorte que não penso da mesma forma que meu irmão. disse ele, voltando a ignorá-la e se concentrando no trabalho.

Entendendo aquilo como fim da conversa, Lauren pediu para que Sofia permanecesse quietinha e comeu rapidamente sua metade do sanduíche, agradecendo mais uma vez a Stephan em pensamento pela gentileza inesperada.

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