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A Ex-submissa

capítulo 1

Isso mesmo, sou Adela Saldanha tenho 26 anos e sim sou uma ex-submissa.

vou voltar um pouco no tempo para que entendam minha história.

**REMEMBER ON**

...Nasci em uma família brasileira, meu pai me confundia com uma escrava, isso mesmo, ele mandava eu fazer suco natural todos os dias e cortar e lixar suas unhas todas as semanas inclusive as dos pés. Não parece nada né, mais era somente o começo, e sim eu era submissa a meu pai. Minha mãe nunca disse nada sobre o assunto como também não falava nada sobre as traições, lembro muito bem de estar com ela na rua e encontrar com ele acompanhado de outras mulheres, lembro de ver ele parar o carro no portão de casa com as putas dentro e descer pra tomar banho no banheiro que ela lavou e usar as roupas limpas que ela cuidou isso me revoltava, mais nunca fiz nada....

...Na verdade foi aí que eu comecei a não fazer nada....

Quando eu completei 19 anos conheci Miguel, ele era 6 anos mais velho que eu, eu fiquei deslumbrada com aquele homem.

Ele é alto, tem 1.89 de altura um físico perfeito, cabelos pretos olhos cor de mel e gerente de uma loja de móveis famosa na cidade , mas ficava com isso pra mim, pois ele era interessado em minha irmã, ela era apenas um ano e meio mais velha que eu, mais ela nunca deu bola pra ele.

Em um certo dia ele me chamou pra sair, eu nem estava acreditando. Foi aí que começou a briga, meu pai não aceitava o nosso relacionamento, penso que ele queria um genro também submisso a ele ou sei lá. Com Miguel eu comecei a ter minhas opiniões expostas.

Dois anos namorando e resolvemos nos casar meu pai foi totalmente contra, o que não seria nenhuma novidade custou participar da cerimônia. Estava tido perfeito e um ano depois comecei a conhecer quem meu marido realmente era, sim estava começando a ser submissa a ele. Ele não estava parecendo a mesma pessoa com quem havia me casado a um ano atrás. Bater ele não batia, mas fazia pior na minha opinião. Faltava pouca coisa para terminarmos nossa casa, saiamos juntos todos os dias para trabalhar. Eu pagava todas as despesas, tudo, água, energia, internet...

No geral eu sempre chegava mais tarde. Trabalhava de auxiliar de escritório, e auxiliar de escritório era a última coisa que eu era, isso mesmo eu chegava limpava o escritório enquanto preparava o café depois lavava os banheiros, separava o serviço de banco, fazia movimentações manuais de dois caixas e por aí vai. Sim, eu era submissa a meus patrões. E sempre quando chegava tarde em casa, e quando chegava, ainda tinha que arrumar a casa e fazer o jantar e não era tudo, além de filha, auxiliar de escritório, dona de casa, cozinheira eu também era esposa.

ESPOSA, sempre tive essa dúvida, embora meu marido me via mais com cara de puta. E eu tinha dúvida se eu era a esposa ou a vítima, a falta de amor e carinho era tanta que eu me sentia abusada todas as noites, sim passava longe de amor e se fosse apenas sexo eu acho que estava no lucro, mais sempre via como um estupro, aonde um NÃO era mesma coisa que nada. As vezes eu deitava mais cedo pra dormir mais rápido e acordava com ele em cima de mim, as vezes com ele arrancando minha roupa, as vezes como um vira-lata faminto lambendo minha intimidade, isso não me soava como prazer, apenas fazia sentir nojo de mim mesma e quando eu ousava reclamar ou dar sinal que não estava gostando ele colocava seu membro até minha garganta e depois eu sempre vomitava no banho, chorar? Era costume e o pior dia foi quando eu tinha voltado pra casa de ônibus com várias sacolas pesadas, meus ombros eu já não aguentava de dor, cheguei e apenas tomei um banho e apaguei de bruços, foi a posição mais confortável que encontrei naquele momento acordei com ele me penetrando por trás, naquela hora eu juro que desejei minha própria morte, ele ainda teve a cara de pau de perguntar se eu havia gostado e se eu já iria fazer o jantar.

Sinceramente não sei o que é pior, ele fazer o que faz ou se é depois de fazer ele simplesmente tomar banho deitar virado para o outro lado e dormir, como se eu não existisse e eu ali deitada sem reação me sentindo um lixo. E assim foi minha vida, submissa a tudo e a todos.

Um certo dia eu passei no santuário para a missa das sete, eu ia todos os dias, e esse era o dia do santíssimo e eu pedi, não, eu implorei para ele mudar minha vida, pois não aguentava mais.

Capítulo 2

Oi pessoal!

Tudo bem? É meu primeiro livro, espero que gostem. Não tenho experiência, e tbm aceito críticas e sugestões, para aprimorar minha obra. Obrigada!!

Refletindo vi que eu estava naquela situação porque eu permiti. Porque eu não disse primeiro não a meu pai, guando ele me impôs obrigações que não cabiam nem a minha mãe. Por cada não que deixei de falar com medo de perder meus amigos, que no final me vi sem nenhum, por medo de perder meu emprego , por perder meu marido. Quando deixei meus sentimentos expostos ou quando não coloquei limites a situação que estava vivendo.

Naquele dia eu sai da Igreja disposta a cortar o mal pela raíz e fazer valer minha voz.

Trabalhei normalmente eu chegando em casa criei coragem e dei um basta, meu marido ficou transtornado eu simplesmente saí de casa, sim isso mesmo, finalmente criei coragem e saí, fui para um hotel. Só aí eu pude ver como estava vivendo, que não estava como amor e sim como dependência, dependência que eu não precisava.

Ele aproveitou e foi pra p*****a com os amigos, encheu a cara até não conseguir parar em pé, disse estar se divertindo de verdade.

Como eu descobri que estava se divertindo?

Vi no seu status do Zap.

Como fiquei sabendo que bebeu até não conseguir andar?

Vi no noticiário, ele acabou se envolvendo em um acidente e foi para o hospital em estado gravíssimo.

Eu fiquei três meses sem almoçar, gastando cada segundo ficando com ele no CTI.

E quando menos esperava recebi uma ligação na loja.

**ligação on**

📲 Eu: Batista atacado e utilidades boa tarde!

📲 hospital: Senhora Saldanha por favor!

📲 Eu: É ela, quem deseja?

📲 hospital: senhora Saldanha, é do hospital Perpétuo Socorro, estamos entrando em contato para solicitar a presença da senhora.

📲 eu: ...

*** ligação off***

Eu: Senhor Batista.

sr. batista: Adela.

eu: senhor Batista, me ligaram do hospital.

sr Batista: pode ir tranquila minha filha, não precisa voltar hoje.

Eu saí correndo e só lembro de chegar no hospital, apesar de ele estar daquela forma comigo por incrível que pareça eu o amava.

médico: Sra. Saldanha?

eu: sim, sou eu.

médico: Sou dr. Ferreira.

eu: sim, pois não

dr. Ferreira: Entramos em contato com a senhora pra informar que seu marico acaba de sair do coma.

Eu caí em prantos, o meu medo era ter o perdido.

dr. Ferreira: queira me acompanhar- ele diz depois de me recompor.

eu: Sim, vamos

Entramos no CTI e ele estava lá, de olhos fechados e sem os tubos, apenas com alguns aparelhos.

eu: oi meu amor, tudo bem?

Miguel: e.... e... e...

eu: Não precisa falar nada, estou aki com você.

Miguel: p... pe... perd...

eu: Shiiii.

Miguel: me... perd....

eu: eu perdoo, mais se acalma.

Miguel: te... eu te... aaammm....

eu: também te amo, muito.

escuto um apito que vinha de um dos aparelhos que estava ligado a ele, o médico chega, os enfermeiros me tiram de dentro do CTI e eu não vejo mais nada. Trinta minutos depois o médico chega com uma cara nada agradável, será que ele entrou em coma dinovo?

eu: o que aconteceu? Como ele está?

dr Ferreira:Desculpa, fizemos tudo o que foi possível.- ele fala e abaixa a cabeça.

eu: Não, não, não- falo aos gritos entre um choro e outro. E caiu no chão sem conseguir controlar eu corpo e meu choro. sentia que alguém tinha adentrado meu peito com uma mão e arrancado meu coração.

A partir daquele dia prometi pra mim mesma que jamais seria submissa a ninguém. E cada homem ou quem quer que seja que ousasse se aproximaram resquícios dessa atitude. Não tiveram dó nenhuma de mim, também não terei.

Comecei por minha sogra, que queria levar o corpo do meu marido pra cidade natal dele e eu me coloquei contra e mostrei pra ela que eu tinha mais direitos e ele ia ficar aqui perto de mim do jeito que ele estava. Decidimos construir nossa história aqui bem ou mal ela estava sendo escrita aqui. Ela não gostou nada, mais teve que se contentar.

Depois partir para meu pai, que queria que eu voltasse pra casa e eu não pensei duas vezes, como ele mesmo disse, se eu saísse era pra não voltar mais e é isso que eu fiz.

O senhor Batista, que não queria me dar férias, mais eu realmente precisava e não estava pedindo nada além do que é de direito meu.

E assim foi com cada um que tentou decidir minha vida por mim.

Não está sendo nada fácil viver sem ele, tudo que fazia era pra ele ou por ele.

sinto falta da sua voz, do seu cheiro, do seu calor, dos meus dedos passando entre seus cabelos quando raramente víamos tv e ele deitava em meu colo. De quando íamos na igreja e depois sempre visitamos minha avó.

sinceramente não sei se vou aguentar por muito tempo, só peço a Deus pra mudar a minha vida, porque hoje já não tenho nada a perder

Capítulo 3

***Remember. OFF***

Um mês depois e eu estou aqui de volta ao serviço, não superei mas é preciso seguir.

Não consegui continuar em nossa casa, tudo lembrava ele e isso me machucava muito.

Geraldo: Adela, seja bem vinda novamente.

eu: Obrigada, Geraldo.

Geraldo: O que você precisar é só falar.

eu: Obrigada! Não dispenso.

Todos me recebem bem atenciosos.

Duas semanas se passaram desde que voltei para a loja e estou saindo do santuário e um morador de rua, jovem bem sujo, mais de traços bonitos, cabelos escuros e olhos claros me aborda

Mendigo: Moça! Me da um trocado pra eu tomar um café?- eu sabia que era pra outra coisa, respirei fundo.

eu: como você se chama?

mendigo: adilson, moça.

eu: olha, Adilson, eu vou te dar esse dinheiro aqui, é o que tenho, aí. você toma seu café e o restante você almoça.

Adilson: Sério- ele fala surpreso pegando a nota em minha mão.

eu: sério, não sei se você realmente vai fazer o que falou, mais estou te dando de coração.

Adilson: Obrigada!

eu: Disponha.

Volto pra loja e sigo meu trabalho como todos os dias.

A semana termina e eu consigo sempre uns bicos pra ajudar nas despesas e pra ocupar a cabeça, principalmente por ser fim de ano, estava bem doloroso, pois sempre passávamos juntos.

Segunda- feira chega e eu começo meus trabalhos como todos os dias, quando escuto uma confusão na porta da loja.

sr. Batista: Você não vai entrar.

Adilson: eu quero falar com a moça.

eu: o que está acontecendo?

Adilson: oi moça!- ele fala se recompondo- preciso falar com a senhora.

eu: Desculpa senhor Batista, ele é meu amigo.

sr Batista: você precisa escolher melhor suas amizades. Vai conversar lá fora.

eu: Licença.

Adilson: cara mal humorado, preconceituoso.-ele fala saindo da loja.

eu: 😂😂😂 esqueceu rabugento 😂😂😂- rimos juntos.

Adilson: qual o seu nome? Você sabe o meu, mais eu não sei o seu.

eu: Adela.

Adilson: Que nome lindo.

eu: obrigada!

sr. Batista: Adela! telefone- ele fala gritando de dentro do escritório.

eu: desculpa, tenho que entrar.

Adilson: preciso falar com. você, você aceita almoçar comigo?

eu: Almoçar?

sr Batista: Adela- ele grita mais uma vez..

eu: já vou- grito também- eu saio onze horas- falo com o Adilson e entrando correndo.

Geraldo: o que ele queria?!

eu: eu acho que é comida, ele perguntou se podia almoçar comigo.

Geraldo: cuidado Adela.

eu: eu sei.

deu onze horas e o adilson ja estava na porta me esperando, na verdade eu penso que ele nem saiu de lá.

eu: vamos?

Adilson: eu preciso da sua ajuda.

eu: se estiver em meu alcance.

Adilson: preciso de comprar umas roupas, tomar um banho pra ver se me tratam melhor

eu: isso é fácil- fomos a uma pensão que tinha perto da loja. -Enquanto você toma seu banho eu compro um terno de roupa pra você.

Adilson: tudo bem.

Foi as compras mais difíceis da minha vida, sempre comprei pro meu marido e isso tava sendo uma tortura, mais acho que era Deus me colocando a prova, comprei uma camisa polo branca, uma calça jeans preta e um sapatênis preto, adorava comprar esse tipo de calçado pro Miguel.

Rapidamente levei para a pensão e pedi para o moço da recepção para entregar pra ele, quando ele saiu do quarto eu só o reconheci porque foi eu quem comprou a roupa, e os traços não estavam errados.

ele é realmente muito bonito.

Logo após passamos em uma barbearia e era só o q faltava pra completar a produção.

Fomos a um restaurante ali perto mesmo, pois perdemos um tempo na produção e faltava só uma hora pra minha hora do almoço acabar.

Aonde passava-mos as mulheres olhavam e alguns homens também kkk.

confesso que eu também fiquei abobada com a diferença.

chegamos ao restaurante e nos servimos, sentamos em uma sacada, com uma vista muito boa.

eu: então Adilson, a que devemos essa produção?

você tem alguma entrevista para emprego? ou só pra almoçar comigo mesmo kkkkk.

Adilson:KKK não é entrevista não. Eu queria falar com você, preciso te agradecer muito.

minha vida mudou muito depois que encontrei com você na porta daquela igreja

eu: sério?

Adilson: sim, quando eu te pedi um trocado era porque não tinha um centavo no bolso. E realmente não era pra tomar café, era pra droga

Eu:eu sabia.

Adilson: sabia e me deu mesmo assim?

eu: eu te dei pra tomar café, te dei com isso no meu coração agora o que você ia fazer, já era com sua consciência .

Adilson: eu entrei na igreja pra tomar água e escutei uma pessoa lendo o evangelho ai eu guardei o numero, Lc 6 31 46 e anotei também 20 30 50 e prometi pra Deus que se eu não gastasse aquele dinheiro com droga eu iria jogar um pouco dele.

eu: nossa.

Adilson: desde aquele dia eu não usei, joguei na mega da virada, ganhei sozinho os 350 milhões.

Eu: to de cara, e os outros três números?

de onde você tirou?

Adilson: então, 20 é 20% que eu vou doar pra ajudar as pessoas, 30 é 30% que vou ficar pra mim e 50 é 50% que vou entregar a pessoa que me tirou daquela vida.

eu: nossa que legal!

Adilson: essa pessoa é você.

eu: oi?- falo sem acreditar

Adilson: isso mesmo, eu te chamei para agradecer por ter me ajudado e pra pedir seus dado para te passar o dinheiro

R $:175.000.000,00 (cento e setenta e cinco minhões são seus.

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