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Atração Perigosa

Capítulo 1: Você não é nada para Ele.

“Bah"

Esse foi o som que ecoou naquele lugar. O barulho do tiro que havia sido disparado em sua direção. Seu rosto já estava cheio de hematomas. Seu corpo parecia quebrado pelos chutes deferidos em sua costela. A dor dilacerante que queimava na sua carne, a fazia estar anestesiada.

Seu corpo caiu sob o chão frio do concreto daquela construção. Seus lindos olhos verdes estavam opacos e com um último fio de vida que ela tinha que se agarrar.

O sangue sai do seu corpo como uma torneira aberta. Ela olha para o caos e se deixa levar para a escuridão. Os passos e barulhos de um salto se aproximando daquele corpo que praticamente perdia a vida, se faziam latentes nos seus ouvidos.

Seu conflito interno entre o céu e o inferno a deixavam tonta. Ela queria se entregar ao escuro para o tormento acabar. Mas queria lutar para estar diante da luz para retornar e se vingar.

Ela se agacha e sussurra perto do seu ouvido.

- Você achou mesmo que ele te amava. Achou mesmo que ele queria estar com você? Você é mesmo uma tola.

Ela sorria e sua voz soava com escárnio e deboche.

Ela não conseguia se mexer, não conseguia nem virar e olha-la. Era como se tudo nela parasse.

Não se dando por satisfeita, ela ainda despejava seu desdém.

- Ele nunca quis você para te amar. Ele só queria te usar como fez com todas. E no final, o serviço sujo ficou para mim.

Ela se levanta, dando uma última olhada para ela e dá sua ordem de execução final.

- Levem-na daqui. Não quero falhas.

Uma voz masculina soa fazendo seu corpo quase sem vida estremecer. Era ele, seu lacaio. Claro que ele estava envolvido.

- Ela já está sem vida. Irei fazer como a senhora ordenou.

- Ok, já sabe o que fazer. Jogue em qualquer lugar o corpo.

Ele assente.

Virando-se em direção a saída, ela olha para aquele homem de relance sorrindo.

- Agora sim, ninguém poderá me deter e nem estarem em meu caminho. Serei finalmente a Senhora Bernardi.

Ela sai. O lacaio e dois capangas pegam seu corpo praticamente sem vida e a levam em direção ao carro, colocando-a no porta-malas. Seguem a estrada deserta e vazia. Totalmente tomada pelo breu da noite em um silêncio ensurdecedor.

Ao chegarem no meio do nada, eles param o carro e retiram seu corpo o jogando numa parte em que só havia grama, árvores e uma Escuridão totalmente sombria naquele lugar. Eles se foram a deixando ali.

Seu corpo estava ali entregue a sorte. Ela estava tendo seu sangue se esvaindo de seu corpo. Espasmos e tremores começaram a acontecer. Praticamente era o fim. De repente, uma luz forte surgiu em sua direção.

Um carro parou próximo aonde ela estava. Um homem alto de corpo forte, cabelos loiros lisos e barba rala, desce do seu carro para urinar após uma noite de farra e bebedeira.

Ele, ao estar ali aliviando sua bexiga, olhando para seu lado esquerdo, vê algo se mexendo na grama. Na verdade, era ela se debatendo. Ele se aproxima imaginando ser um animal. Não esperava ser uma mulher ferida e praticamente morta.

Se assusta com o que vê. Imediatamente, a pega em seus braços. Aquele corpo leve que pedia em seu conflito interno que a salvassem ou a deixassem seguir a escuridão.

Próximo ali, por alguns poucos quilômetros, chegou ao hospital com ela a levando apressadamente em seu colo.

Logo ela foi atendida. Passou por uma cirurgia de emergência, a bala realmente quase a matou. Atingiu em cheio seu pulmão esquerdo. Deixando-a com uma parte comprometida.

O homem que a ajudara, era Robert Flin, que estava impaciente por notícias. Não havia nada entre eles, mas o mesmo sentia a necessidade em saber sobre ela. Talvez por ter salvo sua vida. Mas isso, era um questionamento que nem ele sabia a real resposta ainda.

Ela se permitiu então respirar aliviada e fechar seus olhos na certeza de que agora estaria nas mãos dos médicos fazerem o seu melhor e então aceitar o seu destino de morrer ou viver.

Após a cirurgia, o médico que saia pelas portas da cirurgia, para frente a Robert para apenas informar o ocorrido a sua paciente.

- Senhor Robert. Vejo que ainda está aqui. – Ele fala o olhando de um modo preocupante retirando sua touca e máscara do rosto.

Robert se levanta com olhar inexpressivo para aquele médico que buscava as palavras certas para lhe informar a atual situação daquela mulher que encontrara numa situação deplorável.

- Por céus doutor, fale logo de uma vez! – Ele está desesperado e o mesmo nem sabe o porquê deste sentimento em seu coração solitário brotando.

- Ela agora depende dela mesmo para sobreviver. Fizemos tudo ao nosso alcance. Agora só depende dela.

- O que quer me dizer além disso doutor?

- Nem deveria falar nada Robert, já que vocês não tem nada um com o outro. Mas...

- Fala logo de uma vez Lucas Flin. – Sua preocupação e desespero é notada em sua voz e semblante.

- Ela teve parte do pulmão esquerdo comprometido. Algumas costelas fraturadas e duas cicatrizes no rosto devido ao corte que acredito ter sido de um canivete suíço que lhe deixará com cicatriz. Se ela sobreviver...

Ele é interrompido por seu irmão Robert, o salvador daquela mulher que lutava para viver ou se entregar totalmente a escuridão.

- Ela vai sobreviver irmão.

Ele suspira profundamente com uma das mãos massageando as têmporas. Olhando em direção ao seu irmão, ele continua a falar após um silêncio rápido que havia entre eles.

- Robert, se ela sobreviver, ela terá uma vida longa porém, com algumas coisas pendentes do tipo de não ter o mesmo ou melhor fôlego que uma pessoa sem a sua atual condição.

Ele assente. Logo seu irmão o olha com um pesar e suas mãos apertam os ombros daquele que estava ali de um jeito jamais visto por ele por uma total desconhecida.

- Vá para casa e descanse. Ela está ainda na UTI. Amanhã provavelmente iremos transferir para o quarto. Não entendo o porquê está assim por uma mulher que nem conhece, mas acho melhor você ir agora.

Eles se abraçam em cumprimento e Robert logo se afasta indo para sua casa tentar o descanso. Lucas, que o via se afastar do hospital se leva em pensamentos.

“Meu irmão, sei que se apaixonou por ela, mas devido às circunstâncias, é preciso cautela".

O dia seguinte, Robert chega ao hospital. Se depara com seu irmão que logo lhe informa que a mulher desconhecida, será transferida para o quarto. Ele o acompanha até lá. Ao entrar, vê a desconhecida respirando com uma máscara de oxigênio envolta em fios por seu corpo e um acesso recebendo soro.

Ele se aproxima do leito em que ela está, segura em sua mão que mostra alguns arranhões. Ele alisa delicadamente e a olha. Seu rosto está inchado pelos golpes sofridos e com curativo nos dois cortes. Um misto de sentimentos aflora no coração deste homem que há muito tempo não sentia por nenhuma mulher.

- Quem é você e mesmo assim, porque me lembra tanto dela? – Ele a olha com ternura e incompreensível ao seus próprios sentimentos.

- Eu voltarei para vê-la sempre. Não sei quem é, mas te ajudarei no que for preciso.

Alisando seus cabelos pretos, ele se vira saindo do quarto.

Ela se encontra em uma luta interna. Ela quer viver, mas também quer morrer. Se sente traída e apunhalada por quem se dizia ama-la. Mandaste quem menos esperava para lhe tirar a vida. Nunca fora capaz de deixá-la libre já que queria somente divertimento.

A escuridão lhe chama. O caos lhe alimenta para não retornar a luz e se vingar. Mas o que ela mais queria era viver. Viver para fazer todos que merecem sofrer. Viver por seu ventre ter alguém que dependerá dela sempre. Será amado, será o elo mais profundo de sua sanidade. Mas ser a que ele ainda está ali em seu ventre? Essa era o X da questão em que ainda não se entregava por completo a escuridão.

As primeiras 24h foram decisivas para ela voltar ao quarto. As próximas 24h seriam o embate para que a sedação fosse tirada aos poucos.

Lucas, informara ao seu irmão que a desconhecida estava grávida de dois meses que por sorte ou destino, não o havia perdido.

Robert se atordoa, porém se vê feliz em quem sabe, poder saber quem é ela e porque o faz tão bem. Desde o dia em que a encontrou na estrada quase morta, ele havia deixado sua vida de esbornia. Sentiu nela a sua salvação para tamanho sofrimento que sentia ao longo dos anos desde a perda da sua noiva Jasmin Donava. Ele retorna para o quarto. Acaricia seus cabelos e em um sussurro próximo ao seu ouvido profere as palavras decisivas para que ela se entregue a escuridão ou se impulsiona para a luz.

- Você por sorte não perdeu o bebê. Você ainda está grávida.

Seu inconsciente processa cada palavra. Ela sente que não pode se enterrar definitivamente a escuridão. Alguém precisa que ela viva. Ela precisa viver não só por seu filho, mas para se vingar daquele que dizia que a amava, da mulher que foi o grande tormento e do lacaio que a ajudou.

Ela tenta acordar, ela tenta sair daquele processo estático. Suas reações são negadas pelo seu próprio corpo, mas não porque a escuridão a chama e sim, pelos efeitos da sedação.

Durante três dias, a sedação foi reduzida aos poucos, Robert continuava ali a acompanhando. Queria saber quem é ela e quem havia feito aquilo com ela.

Ela se recuperou bem nesses dias, mas ainda não havia acordado. Até que em uma noite após retirarem toda a sedação, Robert voltava do banheiro em que tomara um banho e se assustou. Viu o rosto daquela mulher olhando-o em sua direção. Seu olhar era perdido em meio a confusão e receio.

Ele se aproxima, ela se retrai. Ele levanta uma das mãos em pedido de súplica para que se acalme. Ela o olha assustada.

- Quem é você e onde estou? – O medo e curiosidade é sentido em sua voz.

- Calma, eu não farei nada com você. Eu sou Robert Flin e você está no hospital desde o dia que te encontrei na estrada. E você quem é?

- E...Eu preciso ir embora. Eles não podem saber que estou viva. E o meu bebê?

- Eu vou chamar o médico que por sinal é meu irmão. Ele falará com você está bem?

Ela assente ainda um tanto retraído. Ele sai. Logo em seguida, ele entra com um outro rapaz que é o médico e irmão do mesmo.

- Olá senhorita. Me chamo Lucca Flin sou o médico que está te atendendo. Como está se sentindo? – Ele fala a examinando.

- Estou bem eu acho e o meu bebê?

- A senhora e seu bebê estão bem. Qual o seu nome e quem fez aquilo com você?

Robert sentado na poltrona próximo a sua cama, não tirava os olhos dela e do atendimento prestado por seu irmão a mesma. Um suspiro de alívio saiu dos lábios daquela mulher.

- Eu me chamo Esmeralda, Esmeralda Donava.

Ao falar o sobrenome Donava, ele tinha certeza de que era a irmã da sua amada Jasmin que havia morrido há quatro anos atrás. Robert a olha em confusão. Se levanta da poltrona caminhando em direção ao seu leito. Segura em sua mão emocionado.

Ela o olha e em seguida para o doutor sem fazer a menor ideia do que estava acontecendo.

- Você não deve se lembrar de mim pois era uma menina quando foi para o exterior estudar, mas eu sou Robert o ex noivo da sua irmã Jasmin.

Ela parecia confusa. Seus olhos se estreitaram e logo as lágrimas desceram por seu rosto. Sentindo uma leve ardência pelas lágrimas em seus cortes.

- Ah claro. Não me lembro muito bem de você, mas pena que minha irmã morreu naquele acidente. A amava muito.

Ele assente emocionado.

- Todos nós. Mas Esmeralda, o que houve na noite em que te achei?

Sua respiração fica pesada por lembrar de tudo aquilo novamente. Ela aperta sua mão em seu peito como se sentisse uma dor. Mas a dor que era sentida, era a dor de um coração partido, a dor da alma. Ela enfim, chora. Um choro que estava reprimido. Um choro que a fazia sentir-se viva.

Os dois homens naquele quarto se olharam e compreenderam que ela precisava daquele alívio. Ficaram ali junto a ela esperando pacientemente até que ela se sentisse bem para contar-lhes o que aconteceu.

Ao saber quem era, o coração de Robert estava em angústia. Ele queria consola-la mas não tinha coragem. Logo ela se acalmou. Seu uma cunhada, respirou fundo e iniciou seu relato.

- Bem. Há um ano atrás eu retornei após me formar em administração de empresas e descobri que minha irmã havia morrido. Até então, não tinha conhecimento disso pois, segundo meu pai o senhor Arnald, eu teria largado tudo para vir aqui. E realmente ele estava certo. Fiquei revoltada, indignada, mas nada mais podia ser feito. Fui ao cemitério levar flores para seu túmulo e vi um homem que acredito ser você saindo de lá. Esperei você sair e fui lá e chorei e conversei muito com ela. Depois de uns dois meses ainda aqui, meu pai fez um jantar de comemoração com minha chegada e também por ter me formado , mas não me recordo de você estar lá.

Ele me olha franzindo o cenho.

- Na verdade não estava. Tive alguns problemas para aceitar a morte da sua irmã e então, me entreguei a uma vida nada boa digamos assim.

Ela entendeu o que ele se referia. Para ela, era algo indiferente essa reação dele, pois cada um reage de uma forma ao suportar a dor e saudade de alguém.

- Entendo. Mais continuando. (Pausa) – Lá eu conheci o pior dos meus pesadelos. Brian Bernardi. – Os irmãos se entreolham e ela os observa sem entender o porquê daqueles olhares furiosos.

Ela pigarreia e eles a olham. Ela continua seu relato já emocionada.

- Bem, para encurtar a história, nos envolvemos nos últimos meses, meu pai até aceitava em partes nosso relacionamento, mas aconteceu isso comigo.

- Como isso aconteceu? – Lucca a indaga.

- A amante dele a mando dele tentou me matar. Para ele não passei de uma aventura como ela mesmo me disse achando que estava morta. Até o lacaio dele John estava no meio na hora do ato praticado. – Ela olha para o vazio ao relatar isso com um sorriso amargo.

- Você fala que a amante dele é a Priscila Burns? – Robert sem acreditar no que ouvia, a pergunta.

- Sim, ela mesmo. Afinal, segundo suas últimas palavras, ela será a senhora Bernardi.

A conversa era surreal, mas Robert e Lucca não podiam crer que Brian e Priscila estão juntos. Brian na verdade não a suporta. Tinha algo errado na história. Mas, como o fiel lacaio dele estava junto no ato da tentativa de assassinato, não havia mais dúvidas.

- Mas ele sabia da sua gravidez? – Lucca a pergunta com curiosidade.

Ela nega.

- Não. Ele não sabe e nem saberá. Para todos os efeitos, estou morta e o único além de vocês que sabem de que estou viva será somente meu pai. Quero vingança e a terei.

- Conte comigo. te ajudarei. – Robert se pontifica a ajudá-la e Lucca o fuzila com seu olhar é faz sinal para eles saírem dali.

Ela assente para Robert mas os olha desconfiada pela atitude repentina de Lucca. Ele a olha em seguida com um sorriso de canto de boca pedindo-lhe licença alegando ter pacientes para atender.

Assim que ele sai, Robert a olha com um sorriso sem graça e sai dali indo para o corredor. No corredor, Lucca já o aguardava.

- Você ficou maluco de se meter nessa história? – Ele o olha com raiva e apreensão por seu irmão estar se metendo onde não deve.

- Você viu o estado dela? Vou como ela ficou depois do que aconteceu? Mesmo que ela não seja mais minha cunhada, eu sinto que tenho que protege-la e ajudá-la e por mais que isso não signifique nada para você, desde que a vi na estrada com aqueles olhos verdes quase sem vida, algo em mim mudou.

Ele coloca seu corpo encostado na parede e fica cabisbaixo com as mãos no bolso da calça preta. Seu irmão, percebe o que ele quis dizer com aquilo e o repreende por isso.

- Robert ela não é a Jasmin. Não transfira um sentimento para alguém que ache ser a substituta.

Ele ergue seu rosto de encontro ao seu irmão e olha fixamente de forma fria e sombria.

- Eu sei que não. Talvez não acredite, mas o que eu sentia por Jasmin não chega perto ao que sinto por ela. Nem sabia quem era ela. Claro que tive dúvidas de que ela poderia ser de início a quem achava que amava. Mas nunca lhe disse antes, Esmeralda era quem seria minha noiva e não a Jasmin. Eu havia me apaixonado por ela. E a Jasmin interferiu alegando que o que havia feito naquela noite em que nos pegaram juntos, era porque me amava. Me envolvi com ela até descobrir no dia do acidente que ela havia feito tudo aquilo não por amor, mas por inveja da irmã, e desde o dia em que a resgatei na estrada, vejo que meu coração sempre amou àquela que está ali dentro. E farei de tudo para ajudá-la e tê-la como minha esposa mesmo ela estando grávida do Brian e mesmo não me amando.

Lucca o olhou pasmo. Não sabia o que dizer. Tentou abrir a boca, mas logo fechou pela revelação do irmão. Então, o que o irmão sentia era culpa por Jasmin ter morrido naquele acidente, mas não sabia que seu coração já era apaixonado pela sua irmã. Agora ele entendia tudo. Jasmin armou naquela noite em que estavam se amando no hotel. Realmente Robert estava bêbado e talvez até drogado.

Lucca se aproximou do irmão lhe dando um abraço de consolo. Um abraço fraterno. Robert, retribuiu o abraço e soube que ele entendeu que era culpa por ter caído nas garras de Jasmin e como homem honrado, assumiu a responsabilidade por ela. Chegou a desenvolver um sentimento por ela pela culpa que sentia do que aconteceu na noite em que estava drogado, mas era diferente do que ele sempre sentiu por Esmeralda. E agora, faria de tudo por ela e até ter o seu amor.

- Vou voltar e ficar com ela. Preciso conversar com ela melhor.

Lucca se afasta do irmão acenando a cabeça para ele com um sorriso. Abrindo o espaço para seu irmão, o mesmo caminha de volta para o quarto em que Esmeralda está. Lá, Robert resolve contar algumas coisas que Lucca ainda não havia lhe informado.

- Esmeralda.

Ela o olha e sorri. Ele se aproxima lentamente e se senta na cadeira perto da sua cama.

- Eu preciso lhe falar o que meu irmão não disse.

Ela assente.

- Sim, pode falar Robert.

- Seu pulmão esquerdo teve uma parte comprometida por causa da bala que estava alojada nele e por causa da perda de sangue que não foi pouco. E o seu rosto... – Ele abaixa a cabeça tentando conter as emoções ao falar do seu rosto. Mas ela já sabia do que se tratava. Sua mão vai de encontro aos seus cabelos castanhos recebendo um carinho da mesma.

- Eu sei que tenho dois cortes no rosto e com certeza terá cicatrizes não é isso que quer me dizer?

Ele balança sua cabeça sem ao menos conseguir encara-la. Ela sorri e responde com doçura na voz.

- Não se preocupe. Robert, logo farei uma plástica e retiro as cicatrizes do rosto. Quero mudar um pouco, afinal ninguém pode saber que estou viva exceto vocês e meu pai.

Ele a olha com um sorriso e a mesma o retribui. Ali, ficam conversando até ela adormecer. Saindo do quarto lentamente, Robert liga para Arnald o pai de Esmeralda para informar tudo o que aconteceu com ela.

Assim que ele fica sabendo por ele o que houve com sua filha, sentimentos de fúria pairam naquele homem. Ele na primeira hora da manhã, segue para o hospital. Reencontra sua filha e a mesma relata-lhe tudo e mais um aliado em sua vingança completa o que ela almeja. Destruir quem quis mata-la, mesmo que ela precisa matar o amor que um dia nutriu por Brian Bernardi.

^^^Continua...^^^

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Capítulo 2: A Mudança

...Esmeralda Donava

...

O que fazer quando se está no fundo do precipício tentando se erguer para voltar do atoleiro e assim usar sua sabedoria para atacar quem merece sofrer tudo o que passou? Essa é a pergunta que sempre me faço desde o dia em que descobri da pior forma que o amor não é algo que deva ser brincado, principalmente com o coração de uma mulher.

Meu pai todos os dias vem me ver. Robert sempre está aqui e por ele tenho nutrido um carinho especial. Não quero ter nenhum envolvimento amoroso por enquanto. Não enquanto não me vingar daquele que me dizia amar e foi tão covarde, ao arquitetar me descartar de forma tão covarde quanto ele mesmo que preferiu mandar seu braço direito e sua até então amante que nem sabia que estavam tendo um caso pelas minhas costas.

Por enquanto, vou mudar o que preciso. Realmente é preciso uma mudança. Assim que os cortes do meu rosto estiverem aptos como diz Lucca, irei fazer uma cirurgia plástica. Mas quero algo também significativo em meu rosto para que ninguém me reconheça.

Estamos no centro da Grécia, onde toda a minha vida mudou. Antes tivesse ficado em Londres. Mas, a saudade da minha irmã mesmo sabendo que ela não nutria o mesmo por mim era imensa, queria vê-la e ao meu pai quem tanto amo.

Não foi fácil para ele saber que sua filha caçula foi alvo de algo tão sórdido que fora preciso ter meu corpo desovado na Capital da Grécia Atenas, ao invés da cidade em que nasci e cresci antes de ir para o exterior estudar, em Tessália. Deveriam pelo menos ter feito o serviço bem feito. Como não foi possível, me tornarei Fênix Donava sobrinha do meu próprio pai para me vingar dele principalmente.

Estou imensamente feliz por não ter perdido meu filho, pelo menos tenho motivos de sobra para viver e ser amada por este serzinho que cresce em meu ventre que já é muito amado por mim.

Como já fazem duas semanas que estou no hospital e fazendo reabilitação devido ao problema de uma parte do meu pulmão ter se comprometido, tenho me recuperado muito bem e feito progressos. Tentei olhar-me no espelho no início, mas não conseguia. Hoje, após retirar os pontos, vou até o espelho para me olhar e gravar na memória toda a crueldade que me fizeram, mas é um tanto impossível esquecer, já que as sequelas que fiquei por causa do tiro não sairão da minha alma até completar minha vingança.

Estou tão distraída me olhando no espelho, que nem sinto o homem que tanto tem me ajudado me abraçando pela cintura. Ele sussurra entre os meus cabelos, o que me faz arrepiar. Mas preciso manter meu foco, e agora não está no momento de romantismo.

- O que minha bela dama está a fazer?

Virando-me em sua direção, deposito um beijo em sua bochecha e sorrio para ele de forma travessa. Ele morde seu lábio inferior me olhando com desejo para que nos beijemos de outra forma. Eu ruborizo e ele sorri por estar envergonhada.

- Estou me lembrando de gravar em minha memória estas cicatrizes para deixar marcas bem piores naquele projeto de rapariga.

Ele me dá um beijo na bochecha e em seguida, dá mais dois beijos um em cada cicatriz e dá uma sonora gargalhada.

- Projeto de rapariga? Minha dama, você tem um senso de humor fenomenal. Isso só me faz querer estar sempre com você e cada dia mais apaixonado.

Novamente coro e sinto minhas bochechas esquentarem. Antes que algo fique mais intenso entre nós, me desvencilho do seu abraço e caminho em direção ao quarto saindo do banheiro. Me deito em meu leito e o observo se aproximar, deitando no pequeno sofá e ali conversamos até adormecermos.

No dia seguinte, resolvo ligar para meu pai e avisá-lo da minha decisão por pelo menos os próximos três anos. Ele me atende no segundo toque.

- Filha, como está?

- Estou bem pai, estou ligando para falar da minha decisão e como sabe, preciso da sua ajuda.

- Filha, não precisa de formalidades para pedir minha ajuda. O que você quer me dizer?

- Como sabe, meu nome passará a ser Fênix Donava, sua sobrinha. Ficarei aqui por pelo menos os próximos três anos até estar pronta a executar minha vingança.

Escuto sua respiração pesada. Um silêncio percorre entre nós. Até que ouço ele estalar a língua e me dizer.

- Está bem. Seus documentos estão prontos e foram enviados para Robert lhe entregar. Você trabalhará aí na filial Donava. Temos uma casa bem no centro de Atenas. Robert continuará aí com você? – Sorrio ao sentir uma mão tocando meu rosto e olho para o lato vendo o belo homem sorrindo ao meu lado. Assinto.

- Sim, ele estará sempre comigo pai. – Vejo ele acenar em minha direção querendo falar com meu pai ao telefone.

- Pai, um momento que ele quer falar com o senhor.

Passo o telefone para ele e os dois conversam amigavelmente. Pelo sorriso encantador daquele homem à minha frente, sinto que é algo muito bom. Ele encerra a ligação e me entrega o celular com um largo sorriso.

- O que foi que está tão sorridente senhor Robert?

- Você como sempre me surpreendendo né bela dama. Eu pedi ao seu pai para nos casarmos.

O olho surpresa piscando meus olhos sem parar, tentando entender o que estava acontecendo, mas ele me interrompe dos meus devaneios.

- Eu sei que você tem algo a cumprir e sei também que não me prometeu nada. Mas há muito tempo que a amo. Há muito tempo que seríamos noivos e você sabe disso pois conversamos a respeito.

Aceno minha cabeça concordando com ele. Mas ele sabe que enquanto não me vingar, não poderei seguir em frente. Nem sei se seguirei um relacionamento amoroso. Ainda amo aquele infeliz. Mas irei matar esse amor que me fez tanto mal. Robert é um ótimo homem, sei que será tudo para mim e meu filho não posso negar.

- Enquanto não cumprir minha vingança, você sabe que não posso casar e nem entregar meu coração.

Ele assente.

- Eu sei, mas sou paciente em esperar. Só quero que seja feliz e que seja feliz ao meu lado.

Seguro suas mãos junto as minhas, nos entreolhamos e então após um suspiro profundo, dou minha resposta definitiva.

- Sinto algo por você que ainda não é amor. O ódio e a dor me corroem enquanto não cumpro isso que tenho em mente, só posso lhe garantir um gostar, um querer bem e também de início até executar minha vingança, podemos nos tornar noivos como seria se mina irmã não tivesse atrapalhado. Pode ser?

Vejo seus olhos brilharem e pela primeira vez, nos beijamos. Senti algo diferente neste beijo que era lento e depois se tornou um beijo intenso. Senti que posso amar novamente. E acho que será com ele.

Após a interrupção do beijo por estarmos com falta de ar, pelo menos eu mais que ele devido a minha condição atual, tenho meu rosto seguro por suas mãos e seu olhar de encontro ao meu é de pura paixão e desejo.

- Estou muito feliz por você estar aqui. Por sermos noivos finalmente.

Sorrio timidamente para ele e o mesmo me olha com um imenso sorriso por ficar assim com ele.

Lucca, entra no quarto interrompendo nosso momento, mas pela sua expressão prevejo ser algo bom.

- Amanhã você terá alta Esmeralda. – Ele me dá uma piscadela para provocar o irmão e o mesmo lhe dá uma cotovelada de leve em um gesto de ciúmes, nós dois rimos do meu ciumento noivo.

- Peço que não esqueça de colocar tudo na ficha como Fênix Donava.

Ele assente.

- Não se preocupe, já fiz isso desde a sua conversa com seu pai. Ah, marquei também seu pré-natal. Você inicia suas consultas com a doutora Camile Jones na segunda pela manhã.

- Ok irmão. Estaremos aqui. E a propósito, estamos noivos finalmente.

Ele sorri e nos cumprimenta. Vejo o quanto Lucca torcia por este momento entre nós. Agora, era só descansar para passar rápido as horas para ter alta desse hospital e começar a investigar tudo primeiro para pôr em prática o que preciso contra Brian, Priscila e John.

^^^Continua...^^^

Capítulo 3: Onde Ela Está?

...Brian Bernardi

...

Quando a vi naquele jantar, tudo mudou. Seus olhos verdes me fascinaram e me envolveram em um feitiço ao primeiro momento. Uma atração fora do comum e um sentimento novo que preenchera meu coração no instante em que a vi.

Era como uma Deusa. Cabelos pretos longos, corpo escultural com curvas sensuais em 1,70m de altura. Olhos verdes como Esmeraldas, não é à toa que seu nome era o mesmo que a preciosa pedra verde como seus olhos intensos e cheios de vida. Seu sorriso encantador em uma boca carnuda, fazendo com que eu queira beijá-la desesperadamente.

Ela percebe minha indiscrição por olhá-la tanto. Ela se afasta. Caminho atrás dela sem que me perceba pois preciso conhece-la. Sei que ela é a filha do Arnald Donava, mas quero saber mais dela. Sempre a vi em meus muitos momentos em que estive a negócios em Londres. Sempre fora linda e cheia de vida. Mas agora, mais do que nunca, sabia que estaríamos mais perto e que assim poderia conquista-la e ficarmos juntos.

Vejo que ela entra em uma sala que desconfio ser a biblioteca. Ela fecha a porta e fico ali parado frente a mesma esperando alguns minutos antes de adentrar naquele lugar que pode ser para ela sagrado. Giro a maçaneta levemente tentando fazer o menor barulho possível e consigo. Ela está sentada em uma poltrona próximo a janela com uma mesinha de centro ao lado e um abajur aceso sobre a mesma. De fato, é uma biblioteca. Várias estantes com uma infinidade de livros. Uma grande mesa de madeira de cor marrom com um abajur em cima da mesma com alguns papéis e livros. Ela está mais linda com a luz da lua sob ela, a fazendo ainda mais parecer com uma linda Deusa.

Vou me aproximando lentamente. Não sei se é porque estou caminhando tão sorrateiro, que não sentiu minha presença ali ou porque o livro seja bem envolvente para que ela não sinta nada ao seu redor. Ela só percebe que não está sozinha, quando minha sombra se faz presente sob as letras minuciosas daquele livro. Ela se assusta o deixando cair de suas mãos delicadas e logo se levanta com um certo desespero ao me ver ali parado a olhando intensamente.

Me aproximo e ela se afasta. Acho estranho sua atitude, mas sem fazer movimentos bruscos, abaixo pegando o livro e o fechando. Leio a capa e me espanto com o título: “Vingança Perigosa”, arqueio meu sobrolho franzindo meus lábios e em seguida sorrio e a olho entregando-lhe o livro.

Ela me olha com uma certa desconfiança, mas logo pega o livro de minha mão de uma forma rápida e brusca. Dou uma risada e me sento na outra poltrona perto da que ela estava. Ela me olha incrédula.

- Quem é o senhor e o que quer aqui? – Ela é ríspida ao falar comigo.

- Me chamo Brian Bernardi. Não sou tão velho para ser senhor e nem sou casado para tal tratamento. Quero te conhecer mais. Quero realmente você.

Percebo uma certa indignação em seu semblante. Sua expressão também me mostra um certo deboche. Pelo visto, sinto que pela primeira vez terei problemas para conquistar e ter uma mulher em minha vida e principalmente me amando.

Ela se senta ao meu lado e sinto o doce aroma de seu perfume. Ela cheira a rosas com mel. E isso me inebria ainda mais. A observo atentamente em cada movimento. Seu vestido longo vermelho, realça ainda mais suas curvas e pele a fazendo reluzir como se sua luz fosse o que mais preciso para viver. Ela me olha um tanto irritada com o que falei.

- Como ousa entrar na biblioteca da minha casa e falar tal asneira. Nem nos conhecemos e não tenho a menor vontade de o conhecer.

- Tem mesmo certeza Deli deli? – Falo a provocando. Ela bufa revirando os olhos. Me inclino em sua direção e sinto que a mesma começa a ficar ofegante e ruboriza. Como ela fica ainda mais linda envergonhada. Levo uma das minhas mãos em seu rosto e sinto com as costas da mesma sua pele macia e aveludada. Ela fecha os olhos até que se levanta em um rompante.

- O que pensa que está fazendo. Não sou essa tal Deli deli, me chamo Esmeralda entendeu.

Que mulher além de linda é arisca. O que me faz ter certeza de que farei tudo para tê-la só para mim. Me levanto da poltrona e vou caminhando em sua direção, ela dá passos para trás tentando se afastar. A encurralo em uma das estantes. Ela tenta se desvencilhar, mas é impossível. Eu coloco cada mão espalmada sob a estante de cada lado do seu corpo.

Aproximo meu rosto de seu pescoço como se fosse um cão farejador e aspiro seu perfume fechando meus olhos como se acabasse de me entorpecer por uma droga viciante, e esse vício tinha nome, Esmeralda. A olho intensamente e desvio meu olhar para sua boca que me chama para um beijo. Colocando as mãos sob meu peitoral, seu toque me faz estremecer. Sei que ela quer me afastar, mas será impossível nesta situação. Não penso duas vezes e a beijo. No início, ela tenta se afastar, mas logo se rende ao beijo. A sensação é única quando nossas línguas se entrelaçam em um balé ritmado e cada vez mais, vai ficando intenso, até que interrompemos ofegantes. Abro um imenso sorriso para ela. A mesma me olha intensamente com aquele verde que tanto me enfeitiça. Aproximo meus lábios do seu ouvido e sussurro.

- Você é mina perdição Esmeralda e não quero que isso pare. – Mordo o lóbulo de sua orelha e ao olhar em seu pescoço vejo uma veia alta. Sua respiração está ofegante. Sei o poder que tenho sobre ela. Mas ela também deve imaginar o poder que tem sobre mim.

Respirações ofegantes, nossa consciência quase perdida, pois as minhas mãos percorrem por seu corpo por cima do vestido. Gemidos abafado saem dos nossos lábios.

A porta da biblioteca se abre. Logo, olhamos na direção em que vejo uma figura que não me agrada em pé nos olhando furiosa. Priscila Burns, a mulher que, por eu ter no passado tido uma única noite de bebedeira com ela, sempre achou que por nos conhecermos desde criança, iriamos nos casar.

Ela nos fuzila com seu olhar. A retribuo da mesma forma, pois não gosto dessa perseguição dela comigo e nem tão pouco tenho pretensão alguma de me casar com ela. Vejo a Deusa que se apossou da minha alma há tempos ruborizar em vergonha. Olho para Priscila e logo ordeno.

- Saia!

Lágrimas escorrem dos olhos dela. A porta se fecha em uma batida forte. O clima se esfria naquele local. Ela me afasta pois sei que depois do que aconteceu agora, não há mais clima.

- É melhor pararmos aqui.

Caminhando até a porta, a seguro puxando seu corpo de encontro ao meu, sussurro em seu ouvido em uma voz rouca e grossa.

- Fique.

Seus olhos se estreitam, seus lábios são apertados. Num ímpeto de querer ou não, ela dispara.

- Melhor não.

- Por que?

- Quero minha primeira vez de forma certa.

Ela se desvencilha de meus braços que a envolvem. Surpreso com tamanha revelação, a deixo partir. Não acredito que uma linda mulher de apenas 25 anos nunca fora de nenhum homem. Fico ali congelado no meio daquela biblioteca.

Saindo sem nem olhar para trás, após jogar essa maravilhosa bomba, me deixa ali anestesiado em meus pensamentos.

Assim que volto em mim, saio em direção a sala principal em que todos estão reunidos e tento avistar aquela linda mulher, mas não a encontro. Sei o que quero, com certeza serei o único na sua vida.

Vou para casa frustrado por não tê-la encontrado novamente. Mas isso não faltaria oportunidades. Eu mesmo as encontraria.

Após esse dia, meus pensamentos sempre foram tomados por aquele belo par de olhos verdes hipnotizantes e por todo o conjunto da obra que é ela, até sua personalidade, doçura e todas as qualidades e defeitos que ela tinha.

Comecei a encontra-la por acaso, mas sei que foi mais obra do destino. Começamos a nos envolver. Seu pai, o senhor Arnald, não gostou muito da nossa aproximação e nem tão pouco do nosso relacionamento, mas isso não interferiu em nada na nossa relação. Cada dia mais nos apaixonávamos e já não via mais a minha vida sem ela.

Após alguns meses em que estávamos juntos, tivemos nossa primeira vez. Foi algo mágico e emocionante para mim saber que era o primeiro e único na vida dela. Depois dessa noite, parecíamos coelhos. Vivíamos fazendo amor em vários lugares e de várias formas.

Um dia, a vi estranha. Ela estava distante e com uma expressão triste. Aquilo mexeu comigo e com certeza não era algo bom. Me mostrou várias fotos recebidas pelo celular em que estava com a Priscila e francamente deve ter sido na única noite que tivemos a muito tempo.

Ela me falou algo com lágrimas nos olhos e voz embargada que fez meu coração despedaçar.

- Vamos terminar.

Não podia aceitar aquilo. Não daquele jeito.

- Não podemos.

Ela me olha com fúria e ao mesmo tempo tristeza.

- Não há necessidade de estarmos juntos Brian. Você já tem alguém em seu coração e não sou eu. Por favor, me deixe ir.

Suspiro profundamente passando a mão por meus cabelos tentando manter a calma e a sanidade.

- Não vou permitir isso e vou te provar que isso está errado.

Ligo imediatamente para John meu lacaio e braço direito e o peço para trazer Priscila aonde estávamos. Eles chegam e logo a mesma sabia o que queria dela. Ela respira fundo e fala que ainda me amava e que Esmeralda não é mulher para mim. Porém, ela fala que tudo não passou de mal entendido vendo meu olhar furioso para ela.

Assim que ela fala isso, Esmeralda me olha e o que acho que vamos nos entender, ela simplesmente pega sua bolsa e sai dali onde estávamos.

Depois desse dia não a vi mais. Tenho procurado por ela por toda Tessália. Até que descubro que ela havia sido vitima de um sequestro e que não estava mais ali e sim em outra cidade da Grécia.

Procurei por informações e até fui a sua casa e o seu pai me dá a pior notícia.

- Vejo que quer falar com minha filha. Mais sinto informar, é tarde demais. – Ele me fala de uma forma indiferente e gélida.

- O que o senhor quer dizer com isso?

Ele suspira e franze o cenho.

- Ela morreu senhor Bernardi. Mesmo pagando o resgate, ela morreu. Eles a mataram.

Ao ouvir essas palavras meu mundo caiu neste momento. Ajoelhei em sua frente e chorei como se fosse um bebê sem o consolo de uma mãe. O olho em soluços e pergunto.

- Onde ela está?

Ele bufa e logo me responde com um certo amargor na voz.

- Ela está enterrada no cemitério do centro. Sua lápide está junto a da mãe e da irmã.

Nem sei como levantei e tive forças para dirigir até o cemitério e lá tive a pior realidade vista por meus olhos. Sua lápide estava lá. Mas antes, fiz meu juramento frente ao seu túmulo.

- Eu te amarei para sempre. E prometo a você que irei atrás de quem fez isso com você te tirando de mim pode ter a certeza disso.

Beijo sua lápide e saio sem rumo até parar frente a praia, onde me permito chorar ainda mais.

^^^Continua...^^^

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...BEIJOS BRUXESCOS PARA VOCÊS!...

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