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Cinzas Do Passado

Monotonia

**(Mariana Loes)...

Acordei com o canto de um pássaro próximo a minha janela, uma melodia simples, linda, inigualável. Os raios do sol invadiam meu quarto, quando comecei a me espreguiçar, o despertador dispara em alto e bom som, levei um susto, nunca me acostumo com isso, prefiro acordar com o canto dos pássaros.

… Vamos lá Mariana, você nasceu linda, não rica. Digo pra mim mesma tentando expulsar minha preguiça. Entro no banheiro rumo ao chuveiro, e logo aquele jato de água fria me obriga a ficar mais ativa.

...Hoje encerram as aula deste semestre da faculdade, enfim um pouco de sossego, vou aproveitar e colocar algumas idéias em prática, e a primeira é procurar um novo emprego que me valorize, pois vendedora numa lojinha de variedades no momento não dá.

... Até porque a proprietária, dona Cleide, parece me odiar, implica com tudo, por ciúmes do marido, que por ser uma pessoa legal, ela acha que estou tendo um caso com ele...aí, aí..chega... Me arrumo e vou tomar meu café antes de sair.

**Mariana**: — Bom dia vozinha! Dou um beijo na pessoa mais importante da minha vida, meu sonho é dá uma vida melhor a ela, ou seja a eles, porque Vô Lauro e vó Isabel se resumem a única família que tenho.

**Avó**: — Bom dia minha princesa, deixei um lanche pra você levar, que bom que hoje entrará de férias!

**Mariana**: —Obrigada vó. Ei, onde está o vô? Pergunto, olhando à procura do homem mais importante da minha vida, o pai que nunca tive, enfim eles são os pais que nunca tive . Eu ainda não sei o motivo, mas eles nunca me falaram dos meus pais verdadeiros, quando pergunto, sempre arranjam uma desculpa e nada me falam, só sei que minha mãe foi a única filha que tiveram e foi embora sem olhar pra trás e nunca quis saber a meu respeito, guardo mágoas disso até hoje e me pergunto o motivo, mas não obtenho nenhuma resposta. O que me dizem é que um dia me falarão, mas quando?

**Avó**: — Ah filha, ele foi comprar uma madeira, porque teve uma encomenda de uma mesa esses dias, Graças a Deus, porque as encomendas estão fracas né.

(Mariana)...O meu avô é marceneiro, muito bem conceituado por sinal, mas infelizmente, está perdendo encomendas devido à uma loja de móveis que se estabeleceu em nossa pequena cidade.

....Fico triste pois, apenas a aposentadoria que recebem não dá pra viverem com dignidade. Queria muito ajudar, mas o que ganho só dá pra me manter no curso, pois, estudo com bolsa do governo.

**Mariana**: — Que bom vó, tenho muita fé que logo darei um vida digna a vocês. Falo triste.

**Avó**: Quê isso filha, você é nosso maior tesouro,termos muito orgulho da moça honrada que você é. Dou um beijo na minha vó e me despeço, vou apressada para o ponto de ônibus, porque se perder , chego atrasada e levo aquela bronca dos professores.

...Eu estou cursando o quinto período de administração e já tenho minha vida toda programada. A aula passou rápido, foi só pra receber os resultados e verificar quem ficou em recuperação, pra a minha sorte, passei direto. Me despeço dos colegas de turma e marcamos de nos encontramos durante às férias. Logo após a aula, vou para o trabalho a pé, já que estou com um tempinho livre, aproveito e assim, vou logo procurando um novo emprego.

.... Estou andando meio distraída e de repente um senhor de cara carrancuda esbarra em mim.

**Homem**: —Não olha por onde anda moça, é cega? Ele me Pergunta com voz arrogante, que me deixa sem ação, até porque a culpa é mesmo minha.

**Mariana**: —Desculpe senhor! foi sem querer.

**Homem**: — Vê se olha pra frente!

(Mariana)... Aquele arrogante de meia tigela me tirou do sério, mas não deixei de notar o quanto ele era bonito, devia ter por volta de 50 anos e aquele rosto, é como se eu o conhecesse, mas senti uma certa angústia,e não sei a razão?

....Caminho até um banco de uma praça à frente e sinto como se alguém tivesse me observando, esqueço um pouco isso e devoro o lanche feito por minha avó, esse será o meu almoço hoje. Olho a hora e vou correndo, estou meio atrasada.

**D. Cleide**: — Isso são horas mocinha? Você está muito abusada, só não te despedi ainda, porque causa da sua madrinha viu mas isso não será mais um empecilho. Experimente chegar atrasada novamente!

(Mariana)...Aquela voz me irrita, nossa... pensando aqui que logo eu é que vou pedir demissão, affs. Nisso ela volta e me ordena que eu vá organizar o estoque no depósito, chegaram tantas caixas, encomendas para o dia das mães, me dá uma certa nostalgia em saber que não posso comemorar esse dia.

**Mariana**: —Cleide são todas essa caixas?

**D.Cleide**: —Sim e você já sabe que devido ao seu atraso, vai ficar mais uma hora aqui, noutras palavras só vai sair quando terminar. Que ódio dessa bruxa, deveria se engasgar no próprio veneno. O tempo passa e quando me dou conta olho o celular e está descarregado.

**Mariana**: —Droga, a hora passou e eu não avisei aos vizinhos que ia me atrasar, essa hora estão mortos de preocupados.

(Mariana)...Novamente aquela sensação ruim, quanto termino já são praticamente 20:30 horas. Deixei tudo organizado e penso que logo pegarei minha carta de alforria, pois logo receberei meu salário e assim sairei daqui vibrante. Corro até o ponto de ônibus e entro, sento num banco exausta. Se passam mais ou menos meia hora e aquele ônibus não chega ao meu destino, parece uma eternidade. Logo percebo que dois carros do corpo de bombeiros e uma ambulância passam rumo ao meu bairro.

**Mariana**: — Nossa... que triste tomara que não seja nada grave. Falo pra mim mesma. Chegando ao meu ponto de ônibus, desço e caminho um quarteirão, logo sinto a fumaça no ar, quando viro à esquina, me deparo com várias sirenes e pessoas correndo, quando vejo, fiquei um instante sem reação e disparo a correr desesperada.

Moldada pelo fogo

\* (**Mariana**)...

....Corro o mais rápido que posso, quando vejo que é em minha casa entro em desespero. Aquele alvoroço, o semblante de todos, então paro ao me aproximar e ouço um bombeiro passando o rádio.

(Bombeiro)....Atenção, incêndio grave em residência com possíveis duas vítimas presas, necessitando de reforços!

(Mariana)... Aquilo foi um choque, me aproximo mais e em meu desespero corro, de repente um grito de socorro ecoa e eu logo sei que é de vó Isabel, tento entrar desesperada e alguém me segura e então ocorre uma grande explosão, o teto desaba em chamas.

**Mariana**: —Nãooooooo!!!. sinto uma ardência em mim e então, já não sinto mais nada, nem gritos nem sirenes, tudo silêncio.

(Mariana)...Quando começo a abrir os olhos, percebo que estou num lugar calmo, vejo que estou tomando soro e estou com cânula nasal, parte de minhas mãos com algumas ataduras, e só então lembro do que ocorreu.A dor toma conta de mim e meu grito ecoa por toda a sala.

**Mariana**: —Nãooooooo.... vó Isabel, vôzinhooooo, não pode ser!!! Vejo algumas pessoas apressadas entrarem na sala e vejo uma figura familiar.

**Mariana**: —Me diz madrinhaaa!! meus avós, cadê? Por favor, me diz que nãooooo.

Médico: - Preciso urgente de 10 mg de Clonazepam, rápido!

**Mariana**: —Não... me digam, onde estão eles? Nãooooo... rapidamente o meu corpo vai ficando mole, não consigo dominá-lo e só lágrimas surgem dos meus olhos. A minha madrinha se aproxima, e antes de apagar, ainda ouço a sua voz.

**Madrinha**: Você precisa ser forte meu amor, se acalme, eu cuido de tudo, te amo, estou aqui. Ouço minha madrinha falar.

( Mariana)...Novamente apago. Não sei quanto tempo que eu fiquei dormindo.

Quando finalmente acordo, olho tudo ao meu redor, me sento na cama, me sinto fraca e então relembro tudo, e novamente aquele desespero bate, mas não consigo gritar, é como se não tivesse forças pra isso. Uma tristeza invade minha alma, só então, uma técnica em enfermagem adentra o quarto e diz.

**Téc. Enfermagem**: — Graças a Deus menina, você acordou! Vou chamar o médico pra te avaliar.

**Mariana**: —Não, por favor. Chamo ela e peço que me diga quantos dias estava ali.

**Téc. Enfermagem** : —Você já está com sete dias aqui, precisa se acalmar, vou chamar o médico pra te avaliar e chamar sua acompanhante.

(Mariana)...Ela sai e rapidamente, o médico vem até mim.

**Médico**: —Bom dia, como se sente? Ele começa a examinar meu peito, começa a auscultar meus pulmões e olhar meus ferimentos, só então diz.

**Médico**: —Você está fisicamente bem, vou mandar retirar o soro, essa cânula, mas vou receitar um calmante.

**Mariana**: —Calmante doutor? Ele me olha com um olhar paternal e puxa uma cadeira.

**Médico**: —Menina, eu sei o que você está sentindo, sei o quanto é difícil perder alguém que se ama, ainda mais em circunstâncias tão graves. Olhe, sei que é cedo, mas você precisa ser forte por você mesma, não há mais o que fazer, somente procurar aceitar e se acalmar! Agradeça a Deus pela oportunidade de não estar em casa naquele momento.

**Médico**: —Precisa ser forte, tem que se acalmar, eu sei que é difícil, mas precisa pensar em você agora. Tenho certeza que seus avós não iam querer te ver assim.

(Mariana)...Ouço tudo isso com os olhos encharcados de lágrimas em meio a soluços, uma dor invade minha alma, acompanhado de um sentimento de culpa.

**Mariana**: —Porque? Eles não mereciam isso, eu devia estar lá pra cuidar deles e não estava! Parece que vou desabar em lágrimas.

**Médico**: — Ouça menina, você não podia fazer nada, não posso lhe falar com certeza, mas se você estivesse lá, poderia ter sido outra vítima.

**Mariana**: —Eu nem tive tempo de me despedir deles! Não pude dá um adeus final, já se passaram sete dias...

**Médico**:— Eu sei, tudo é muito cruel, mas ouça, precisa se acalmar e depois você pode dá um adeus a eles. Me desculpe por ser direto, minha profissão não permite mentiras, mas mesmo sem querer ser rude, você não ia poder vê-los, acredite é melhor pra você. O melhor é procurar lembrar deles como você os viu a última vez, acredite e perdoe-me. Bom, vou receitar um calmante e recomendo procurar um psicólogo, quanto a sua saúde, seus pulmões estão bem e as suas queimaduras foram leves, vou receitar uma pomada e assinar a sua alta. Tudo vai ficar bem, acredite! Preciso ir, desejo-lhe saúde e vida longa. Fique bem, sua acompanhante está chegando. Até logo!

(Mariana)... O médico sai, e as minhas lágrimas parecem não acabar, como lidar como aquilo tudo? O doutor tem razão, preciso ser forte por eles, preciso descobrir o que ouve, pois, algo que o médico disse, deixou-me um tanto alerta e um sentimento que não sei explicar, tomar conta de mim, é como se algo de ruim estivesse acontecido antes. A porta novamente se abre e então vejo a minha madrinha, que corre ao me abraçar.

**Mariana** :—Madrinha,..eu...eu não pude salva- los, não pude despedir-me, eu sinto tanto, dói tanto, não consigo acreditar que os perdi. Os soluços me impedem de prosseguir.

**Madrinha**: —Eu sei meu amor, você não teve culpa nenhuma, você se despede depois quando se recuperar. Acredite, meus compadres não iam querer te ver assim!

**Madrinha**: —Agora, tente se. acalmar, e vamos nos organizar pra ir pra casa.

**Mariana**: —Casa? mas madrinha eu não tenho mais casa, não tenho mais um lar, pra onde vou?

**Madrinha**:—Pra minha casa, filha.

**Mariana**:—Sinto que estou incompleta, uma parte de mim se foi, é como se eu estivesse a ser moldada pelo fogo!

**Mariana**:—Vamos filha, precisamos resolver algumas questões, preciso que você seja forte!

Recomeçar * Mariana...

Hoje completo meus 22 anos, mas sinto uma tristeza imensa por ter acabado de perder meus avós naquele incêndio há apenas dois meses. Ainda não me recuperei, a dor e a saudade ainda é grande, me sinto tão sozinha no momento, mesmo minha madrinha fazendo o impossível por mim.

(...) Como perdi minha casa e minha única família, alguns vizinhos e amigos nossos, me ajudam no que preciso, mas não quero continuar aqui, porque sei que não vou conseguir tirar da mente aquele grito .

(...) A polícia me informou que desconfiam que tenha sido um incêndio criminoso, mas quem teria coragem pra cometer um ato tão sórdido como esse?

(...) Procuro forças pra lutar e fazer justiça, mas agora, preciso me reerguer, sei que não posso depender dos outros, preciso seguir em frente. Decido então, pedir demissão do trabalho e pedir transferência da faculdade.

(...) Estou decidida a ir embora, sair dali com um destino ainda desconhecido, mas antes passo na casa de minha madrinha, a única pessoa que me restou. Chegando lá, ela vem me encontrar e me abraça.

**Madrinha**: –Feliz aniversário , meu amo! Diz ela, me conduzindo a uma mesa, onde alguns amigos me aguardam e começam a cantar parabéns. Agradeço mas...

**Mariana**: –Obrigada madrinha, obrigada meus amores, não sei o que seria de mim nesse tempo sem a ajuda de vcs.

(...) Começo a chorar e a abraçar cada um. Então vejo todos com presentes, não precisavam, mas sei que todos ali me queriam bem, recebo os presentes e agradeço.

**Mariana**: –Gente, não precisava presente, agradeço a cada um de vocês. Dona Lina, minha vizinha se levanta e fala .

**D.Lina**:– Mariana, só estamos retribuindo a você um pouco do que seus avós fizeram por nós, aqui é só uma recordação, mas decidimos juntar um pequeno valor, pra lhe ajudar na viagem, até você conseguir se reestabelecer!

**Mariana**: –Obrigada gente, do fundo do coração, sei que meus avós estão muito gratos a vocês pelo carinho que estão me dando. Estou muito agradecida a todos, mas me sinto tão triste de não tê-los aqui e agora em saber que alguém queria o mal deles, logo deles, pessoas tão amadas.

**Mariana**: – Nesse momento, não consigo lutar por justiça, mas isso não significa que esquecerei e quem fez isso vai pagar caro, eu juro...

**Madrinha**: –Eu sei Mariana, vou ficar aqui torcendo por você e buscando informações, qualquer coisa lhe comunico. Diz minha madrinha.

**D. Lina**:–E quando você vai viajar querida?

**Mariana**:;–Amanhã cedo.

**Madrinha**: –Mas você já sabe pra onde vai?

**Madrinha**:– Ainda é incerto madrinha, amanhã na rodoviária é que decido, vou pedir a Deus para me guiar e me levar ao meu destino.

**D.Lina**:–Tudo nas mãos de Deus querida!

**Mariana**:–Sim, D. Lina. Eu já tinha minha vida planejada, mas infelizmente, tudo mudou.

**Mariana**:–Agradeço a todos, , me despeço, prometendo voltar, logo todos saem e fico a sós com minha madrinha. Ela me abraça e me entrega seu presente, me dando um beijo na testa.

**Madrinha**:–Filha, promete que não vai se martirizar tanto? É hora de recomeçar, é isso que seus avós iam querer. Você já arrumou suas coisa? Quer ajuda? tô tão preocupada filha, você nunca saiu dessa cidade.

**Mariana**:–Madrinha não fique preocupada assim, você sabe o quanto sou esforçada e quando me estabelecer, você vai me visitar. E sim, já arrumei quase tudo. Se acalme.

**Madrinha**:–Bom então, vou fazer lanches pra sua viagem e não deixe de me dar notícias, esse dinheirinho que juntamos é pouco, mas dá pra você alugar um pequeno apartamento por um tempo.

**Mariana**: –Oh madrinha, não precisava, mas me ajudaram muito e com a recisão do contrato de trabalho, conseguirei ficar ao menos uns dois ou três meses sossegada até achar um novo trabalho. Eu dou boa noite e um beijo no rosto.

A madrugada foi chuvosa, Mariana ao me levantar percebe que a chuva passou, vai ao banheiro fazer a higiene e pegar o que falta, tudo arrumado, leva a mala pra sala, não tem muita coisa, afinal tudo se perdeu no incêndio.

**Mariana**:– Bom dia madrinha! pensei que ainda estivesse dormindo? Percebo que ela chorou.

**Madrinha**:–Bom dia minha linda, já acordei faz muito tempo e preparei vários lanches pra você levar e está tudo nessa bolsa térmica.

**Mariana**: –Nossa muito obrigada, você sempre cuidando de mim. Vou sentir tanto sua falta madrinha, mas não posso ficar aqui, preciso me encontrar e ver o que a vida me reserva. Ela vem até mim e me entrega uma caixa azul, enrolada num laço de fita.

**Madrinha**:–Não madrinha , você já foi gastar com presentes de novo.

**Madrinha**:–Não filha, esse é de seus avós.

**Mariana**:–Como assim de meus avós. Pergunto incrédula.

**Madrinha**: –Bom, eles me pediram pra que quando eles viesse a falecer, eu te entregasse isso após um tempo. Na época eu perguntei , porquê e eles me fizeram prometer e disseram que aqui tem as respostas pra suas perguntas, então dei minha palavra de honra. Antes, eles pediram pra eu ver, mas nunca contar, pois era algo muito pessoal e está aqui, você pode ver quando chegar ao seu destino. Não entendi na época porque eles disseram isso,mas agora vi o que aconteceu.

**Mariana**:–Vixe, agora fiquei pasma com isso, mas infelizmente não tenho tempo agora e tenho medo de abrir no ônibus.Vou esperar chegar e me acomodar primeiro, visto que parece algo muito importante.

(Mariana)...Ela acena com a cabeça que sim, eu procuro conter minha ansiedade. Abraço forte ela e beijo seu rosto.

**Mariana**:–Tchau madrinha, um dia voltarei.

**Madrinha**:– Deus te abençoe Mariana, quando chegar me avise, se alimente bem e se cuide. Te amo minha menina.

(Mariana)... A madrinha Vitória era mulher de cerca de 65 anos,de baixa estatura, cabelos alvos como nuvem, dona de um sorriso lindo. Ela teve apenas um casal de filhos, ótima mãe e bem vista na comunidade, todos a respeitavam. Pego um táxi e me dirijo a rodoviária, pensando comigo, pra qual cidade vou, chego num guichê e pergunto:

**Mariana**:–Bom dia moço, pra qual cidade tem ônibus agora?

**Atendente**:–Bom dia. Bom, daqui a dez minutos tem um ônibus saindo pra capital, ainda resta uma vaga, se quiser tem que ser logo. Fala o atendente.

**Mariana**: –Tudo bem, me dê uma passagem. Pego minha passagem e me dirijo ao ônibus que já estava esperando. Entro no ônibus e antes que eu me sente , o ônibus saiu e o balanço do ônibus faz eu me desequilibrar, caindo no colo de um rapaz, que aparentemente estava distraído com seus fones no ouvido , ele me olha e diz:

**Rapaz**: –Nossa gatinha, você pretende viajar no meu colo, eu aceito com muito prazer, prazer até demais.

Tenta se levantar, mas o rosto está corado de vergonha, devido a situação e também por causa do seu comentário.

**Mariana**:–Me desculpe moço, me desequilibrei, não fiz por mal, me perdoe.

**Rapaz**: –Nossa princesa, não precisa ficar envergonhada desse jeito, foi só uma brincadeira, tudo bem. Tente levantar com cuidado, mas se quiser ficar no meu colo será bem vinda.

Levantou-se num impulso e sentou em sua poltrona, logo a viagem continua.

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