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Um Amor De Jaleco

Amor a primeira vista

Mais uma vez acordo atrasada para o trabalho, corro para o chuveiro e já penso nos afazeres do dia. Coloco meu pijama cirúrgico e a roupa da academia dentro da bolsa. Tinha tanta coisa pra resolver hoje, não posso esquecer de nada, após me arrumar, pego as chaves do carro e saio em direção ao hospital.

Meu nome é Camila, tenho 22 anos, sou enfermeira e trabalho em um hospital, mais especificamente no centro cirúrgico. Sempre gostei de trabalhar em setor fechado, tenho uma fascinação sobre qualquer tipo de cirurgia.

Queria ter estudado medicina, ainda fiz duas tentativas mas a nota da minha redação era baixa, não dando para entrar, mas com a minha nota entrei fácil em enfermagem e me encontrei. Ajudar ao próximo me faz sentir realizada, quando vejo as pessoas saindo curadas das suas doenças.

Camila

Estava organizando o mapa de cirurgias daquela manhã, uma equipe nova de cirurgia geral tinha chegado, a direção me pediu para dar boas vindas ao cirurgião, então me apresso e vou me apresentar, aproveito e vejo se está tudo em ordem para início do procedimento.

Camila - Bom dia dr. Carlos, meu nome é Camila, sou a enfermeira responsável pelo horário diurno. Está precisando de mais alguma coisa? Todos os materiais estão ok?

Carlos

- Seja muito bem vindo ao quadro clínico do hospital.

Carlos - Bom dia Camila, não preciso, muito obrigado, já fiz a conferência de tudo, não se preocupe. Estou apenas aguardando meu anestesista para iniciarmos o procedimento.

Camila - Dr Carlos aparentemente é gente boa deve estar na casa dos trinta anos, muito educado e discreto, também não pude deixar de perceber o quanto ele é bonito.

Ok, dr! Precisar é só chamar.

Volto para minha sala e para minhas atribuições quando a campainha toca.

Me levanto e vou abrir, o que vejo na minha frente me dá um impacto no coração junto com um frio na barriga, fico em choque.

Dou de cara com um moreno lindo, na faixa de 1.80m de altura, ombros largos, boca carnuda, olhos azuis com um tom de verde na íris bem incomum e com cara de safado.

Bom dia, falo toda sem graça e nervosa.

Guilherme - Bom dia, meu nome é Guilherme, sou anestesiologista de dr Carlos, ele me aguarda para cirurgia.

Guilherme

Pois não dr, seja muito bem vindo, um prazer conhecer!

Deixo ele entrar, não entendi o porque ter ficado tão abalada por falar com uma pessoa pela primeira vez na vida.

Ele percebeu minha cara de idiota e soltou um sorriso discreto, depois falou: o prazer será nosso.

Me arrepiei da cabeça aos pés com o comentário, mas fiquei a manhã inteira ocupada, entrava na sala quando era necessário, todas as vezes, sentia o olhar dele me observando, parecia que ele enxergava através de mim.

Não acreditava em paixão a primeira vista, mas após aquele encontro, esse homem não saia da minha cabeça. Ficava escrevendo seu nome em algumas folhas de rabisco enquanto trabalhava, parecia mais uma adolescente.

Na hora de ir embora, vi que ele já tinha saído, após um bom banho, me arrumei para academia, esse era o único horário que tinha para fazer algo por mim, sempre priorizei minha saúde e adorava praticar diversas atividades físicas. Ainda bem que a academia era vizinha ao hospital.

Cheguei para minha aula um pouco atrasada, assim que entro e passo pelo vestiário, sinto aquela sensação, como se tivesse alguém me observando, quando viro a cabeça para o lado, dou de cara com meu dr.

Congelei pela surpresa, ele parou na minha frente e me olhou dos pés a cabeça. Ele solta:

Guilherme - Aquela roupa de hospital esconde muita coisa bonequinha. Ele me deu boa noite e passou a língua pelos labios, isso me deixou molhada na mesma hora.

Novamente fiquei arrepiada, me senti completamente exposta, mesmo estando vestida.

Deus foi muito bom comigo, sabia que despertava esse fogo nos homens, era alta, com curvas, uma bunda empinada, pernas definidas, seios fartos, cabelos pretos até a cintura, olhos cor de mel e olhar sedutor e enigmático.

Respondi rapidamente e fui de encontro ao meu personal, sentia que estava sendo observada aonde quer que eu fosse, meu coração acelerava a cada momento.

Quando acabei, estava bastante cansada do dia, procurei ele pela academia inteira, mas acho que não percebi quando ele foi embora. Uma pena, estava gostando desse flerte, mas também estava louca pra chegar em casa, tomar um banho e descansar.

Me dirigi ao estacionamento, estava meio escuro, tinha estacionado um pouco distante da entrada pois aquele horário a academia estava super lotada. De repente sou puxada e encostada na parede, gritei de susto e ele tapou minha boca imediatamente.

- Cristo! Que susto você me deu, pensei que fossem me assaltar!

Guilherme - Aonde você pensa que vai bonequinha?

Acha que tem o direito de me deixar maluco assim e ir embora? Você me deixou de pau duro fazendo aqueles agachamentos, tive que correr ao banheiro e bater umazinha pensando em você.

- Agora quero matar minha vontade de sentir seu gosto.

E avançou na minha direção, me pegando pelos cabelos, o beijo foi de surpresa e violento, fiquei com as pernas bambas, toda molinha. Ele sugou minha língua e nos conectamos de uma forma incrível. Nossas línguas dançavam em perfeita sintonia.

Suas mãos passeavam pelo meu corpo, me deixando completamente sem ação e a mercê dele. Ele abaixou o meu top e abocanhou meu mamilo, enquanto apertava o outro, eu sinceramente estava a beira da loucura, ele poderia me possuir ali mesmo, na frente de todos.

Eu só gemia na sua boca, e ele esfregava seu membro gigante entre as minhas pernas, de repente colocou a mão dentro da minha calça brincando com meu pontinho de prazer.

Quando estava prestes a introduzir seu dedo dentro de mim, eu já estava encharcada. Digo que não era assim que pretendia perder minha virgindade.

Ele fica estático, como assim você é virgem?

Tá de brincadeira comigo?

- Sou, isso é crime?

Ele simplesmente solta um puta que merda e me deixa lá, toda assanhada, com os peitos de fora, a boca marcada e inchada pela intensidade, me deu as costas e saiu.

Escandalizada

Passei uns dez minutos para me recompor e a alma voltar para o corpo, um misto de sensações misturadas: desejo, raiva e decepção... A criatura me deixou completamente exposta e o pior, com a minha autorização.

Eu nunca fui santa, longe disso, já tive um namorado na adolescência, um tremendo babaca que após uns três meses, descobri que ele tinha feito uma aposta de que ia conseguir tirar minha virgindade, por isso me pediu em namoro. Um completo idiota!

Quando o conheci, andava com uma turma que amava festas e bebidas, posso ter passado a impressão errada, não sei. Mas ninguém acreditava quando eu falava que era virgem ainda.

Como se eu fosse a diferentona da turma, eles riam sempre na minha frente e pelas minhas costas. Mas tive uma base familiar ótima, minha mãe tinha me criado para ter opinião própria, então isso nunca me atingiu. Sei que a grande maioria ali fingiam ser meus amigos, mas alguns tenho certeza que tinham inveja.

Fora ele tive vários paquerinhas, uns que eu gostava mais outros menos, mas nunca mais quis namorar sério com ninguém, fiquei meio bloqueada emocionalmente, amadureci quando frequentei terapia. Ali reafirmei minhas convicções, me tornei mais forte e decidida.

Depois disso, fiquei meio blindada no quesito relacionamentos. Conhecia alguém legal, estava tudo ótimo, mas eu quem acabava sendo a escrota, então as pessoas se distanciavam e eu não estava nem aí.

Hugo me ensinou a ser assim, a ter um coração gelado, desde essa época não me apaixono por ninguém.

Meus pais são maravilhosos, minha educação impecável, me ensinaram desde sempre os princípios mais valorosos, nunca fui materialista, era frequente me envolver em campanhas para os mais necessitados. Sempre soube o que realmente era importante para uma vida feliz.

Hoje em dia também minhas amizades são selecionadas, muitos dos meus antigos "amigos", sabiam da sacanagem da aposta do Hugo, inclusive participaram dela.

Agora sou de poucos. Mas os poucos que tenho são os melhores.

Entrei no carro meio desnorteada ainda, o que foi isso? Como posso ter permitido um estranho que conheci hoje me deixar dessa forma, e o pior de tudo: porque ele não continuou?

Será que eu estava fedendo? Liguei para minha melhor amiga, Valentina.

-Alô! Tyna, você não acredita no que aconteceu agora, contei por cima o que tinha rolado, mas precisa conversar e falar detalhadamente. Ela sempre foi muito pé no chão, sigo muito seus conselhos e suas intuições.

Marcamos as 20h para irmos a um barzinho, tomar uma cerveja e conversar. Fui pra casa, tomei um banho, escolhi um vestidinho confortável mas que valorizava minhas curvas, um coque alto, uma maquiagem leve e uma sandália alta. Não sei o por que, mas estava me sentindo especial nessa noite.

As 20h em ponto buzinei em frente a casa dela, quando ela entrou no carro, comecei a falar e ela escutar calada. Falei tudo que aconteceu durante o dia desde a hora que abri a porta e o vi pela primeira vez, até a hora que ia perder minha virgindade em pé, no estacionamento da academia e com 2 dedos.

Já estava ficando nervosa porque ela não falava nada.

Então criatura, me fala, o que você acha disso tudo?

Tyna - Eu acho que você está completamente fodida, se em um dia foi esse turbilhão, imagine depois.

Conselho de amiga, se você não quiser sofrer, evite.

Camila - Acho que você está certa Tyna, não sei de nada a respeito dele, melhor ir com calma, também não sei quando vou encontrá-lo novamente e se eu encontrar, vou dar uma de doida, vou fingir que nada nunca aconteceu.

E o assunto foi encerrado, nosso melhor amigo Pedro chegou mas preferi não tocar mais no assunto, estava bem esgotada, ficamos conversando e bebendo até tarde da noite, mas preferi parar, além de ser fraca para bebida, tenho plantão amanhã cedo.

Deixei a Tyna em casa, estava meio tonta, amanhã estaria com uma baita ressaca, sabia que tinha sido imprudência ter voltado dirigindo, não faço mais isso, fiz uma promessa a mim mesma.

Troquei de roupa, tomei bastante água e fui dormir, virava de um lado para o outro, relembrando cada detalhe do dia, e que dia!

Comecei a me tocar, passei as mãos nos meus seios apertando cada um deles, peguei meu vibrador com formato de golfinho, e que eu chamava de "Ricardão", ele já me levou as nuvens centenas de vezes, hoje só em lembrar daquele moreno lindo e gostoso, imaginando ele beijando e lambendo cada parte do meu corpo, já estava molhadinha. Como eu queria que ele tivesse terminado o que começou.

Eu era só desejo, o golfinho trabalhando na melhor parte do meu corpo e eu louca pensando no Guilherme, naquela boca e na curiosidade daquele pau maravilhoso. Tive um dos melhores orgamos da minha vida, ainda bem que tenho meu apartamento e moro sozinha.

O fato de ser ainda virgem, não significava que não tinha tido um orgasmo, Hugo me ensinou várias formas de chegar ao clímax sem penetração, acho que por isso ainda consegui me manter intacta, não que eu queira casar dessa forma ou estou a espera de um príncipe encantado, mas porque não conheci um cara que vale a pena essa entrega.

Após o primeiro, pensando nele novamente veio o segundo e o terceiro orgasmo. O que danado é isso? Nunca fui assim insaciável, foram três orgamos potencialmente explosivos, cada parte de mim vibrava.

Estava ensopada, me levantei e fui tomar um banho para aquietar esse fogo que não baixava, assim vou morrer, e pior, não conseguirei dormir, como irei trabalhar feito um zumbi amanhã?

Após o banho e saciada, tomei um chá de camomila e fui dormir, mas sonhei com aquele homem, em cima de mim me penetrando de forma violenta e fantástica me levando a loucura.

Acordei assustada e molhada de novo, como ele conseguiu em sonho me dar um orgasmo? Pensei que realmente deveria ter cautela com ele, ou será que já estava caidinha?

Antes de dormir, rezei para ter um sono tranquilo, amanhã será um novo dia...

Um novo dia

Acordei novamente atrasada, já está ficando chato, tenho que colocar esse despertador uma hora mais cedo. Me levanto com uma baita dor de cabeça, para piorar, qual foi a primeira coisa que me veio na mente? Sim, o Guilherme.

Estou completamente fodida mesmo, mas vai passar, tenho um paquerinha que nunca dei bola, o nome dele é André, alto, loiro, advogado, rico, meio bad boy, acho que isso que não me atraiu de cara, o jeito dele esnobe, nao tenho paciência para esse tipo de conversa, de saber os bens que a pessoa possui, mas vou tentar, lindo é.

Quem sabe? Hoje mando uma mensagem pra ele, ele treina na mesma academia que eu, vou combinar de irmos juntos, mais tarde penso nisso.

Tomo um banho rápido, café, analgésico, pego minha bolsa e saio. Chego em cinco minutos no hospital, moro razoavelmente próximo, entro no vestiário, troco de roupa e peço desculpas a minha colega da noite pelo atraso, enfim recebo meu plantão.

Quando pego o mapa cirúrgico, meu coração dispara, dr Carlos com quatro cirurgias no dia, isso significava que ia passar o dia vendo Guilherme, mas teria que me acostumar. Não tinha acontecido nada demais e estava ali para fazer meu trabalho da melhor forma possível.

Troquei com a colega para dar assistência às cirurgias de grande porte, assim ficaria ocupada o dia inteiro e evitaria contato com meu dr, já estava chamando ele assim.

Estava auxiliando dr Renato quando Cristina a técnica de enfermagem entra na sala e me chama:

- Camila, dr Carlos está te chamando. Revirei os olhos e disse que Marta a outra enfermeira estava lá para ajudar, mas ela foi bem incisiva: - Ele quer falar com você, está tomando café na copa, pediu para você ir lá antes de começar a cirurgia.

Antes de ir dei uma passada no vestiário, retoquei a maquiagem ou melhor os olhos, não tenho muita opção de ficar bonita com esta roupa que parece mais um saco, de touca, máscara e óculos. Fiz o meu melhor e fui.

Assim que entrei na copa dei de cara com Guilherme que já me esperava, dei bom dia e perguntei por dr Carlos, ele passa por mim e fecha a porta.

Me viro e ele está quase colado a minha boca, peço licença pois estou trabalhando e sei bem diferenciar local de trabalho e curtição. Ele não me dá a mínima, disse que pediu para Cristina me chamar e mentir que era dr Carlos quem estava chamando.

Camila - Guilherme, estou trabalhando, pare com isso pois pode me prejudicar. Ele dá um passo para trás, respira fundo e fala:

Guilherme - Desculpe bonequinha, não tenho essa intenção. Só te chamei porque não parei de pensar em você depois de ontem a noite, queria te convidar mais tarde para jantar comigo, o que acha?

Camila - Guilherme me desculpe, tenho um compromisso hoje a noite, infelizmente não terei como ir, mas obrigada. Se me der licença...

Quando ia saindo ele me segurou pelo braço e disse ao meu ouvido: se eu fosse você, mudaria de ideia, qualquer coisa que você vá fazer, tenho certeza de que não vai parar de pensar em mim, se poupe do trabalho e de uma noite frustrante.

Puxei meu braço com força e falei: é muita audácia da sua parte, quem você pensa que é, me conhece não tem 48 horas e acha que já sabe tudo ao meu respeito? Com licença dr.

E saí da copa, com tanta raiva, por ele saber o jeito que me afeta só de estar próximo, esse pedante insuportável. Na mesma hora peguei o telefone e liguei para o André.

Camila - Alô, oi André, bom dia!

André - Não acredito minha princesa, a que devo a honra de uma ligação sua?

Camila - Então, pensei que poderíamos treinar juntos quando acabar meu turno no hospital, o que você acha?

André - Mas é claro, as 19:30h da certo pra você?

Camila - Da sim, combinado. Até mais tarde!

Desliguei o telefone já meio triste, o André é um cara legal, mas é muito chato, só fala sobre as coisas que possui e as que quer comprar. Um saco! Mas darei a oportunidade, pelo menos sei aonde estou pisando, conheço ele a vários anos ele era do mesmo ciclo de amizades.

Sinto meu celular vibrando, fui olhar a mensagem, não acreditei no que vi!

Passei a noite sonhando em como vou penetrar você lentamente, vou te levar ao espaço orgasmico minha bonequinha. Gelei na mesma hora, como ele conseguiu meu telefone? Isso não merece resposta, o dia foi passando e não o vi mais, melhor assim.

Quando acabou meu turno, tomei um banho e troquei de roupa, André já deveria estar lá fora me aguardando. Saio apressada e levo um susto, quando vejo que Guilherme me aguardava na recepção.

Tentei correr mas ele entrou na minha frente,

Camila - Com licença Guilherme, estou atrasada.

Guilherme - Não acredito que você vai trocar-me por um treino, queria levar-te para jantar.

Olhei bem feio para ele, já lhe disse que tenho um compromisso, não posso desmarcar. Passo rápido por ele e entro no carro do André.

Camila - Boa noite André, vamos?

André sai com o carro e entra no estacionamento da academia que é ao lado.

André - Fiquei muito feliz que você me ligou, fazia tanto tempo que tentava te chamar pra sair.

Camila - Pois é, falta de tempo mesmo, mas vamos treinar, já é um começo. Ele pede que eu aguarde, sai do carro e abre a porta pra mim, vamos minha princesa?

Desço do carro meio que com cara de azeda, vamos!

Quando entramos na academia, para meu desespero, damos de cara com Guilherme, está virando perseguição.

André todo alegre fala com ele, após se cumprimentarem André me apresenta, Camila, esse é Guilherme, meu amigo de infância.

Fiquei sem acreditar, digo que já nos conhecemos e passo por ele, André pede desculpas por mim e vem atrás.

André - Nossa, o que deu em você?

Camila - Ele trabalha no mesmo hospital que eu, passou o dia por lá me enchendo, não precisa de mais cortesia. Digo isso e vou de encontro ao meu personal e agora tenho duas pessoas me observando, inacreditável isso.

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