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Coragem Ana!

Cap 1 A festa no Palácio

Ana fazendo a limpeza do corredor quando é chamada por sua avó Dandara.

— Filha venha pra cozinha, o príncipe Felipe chegou com os soldados de uma caçada e quer comemorar.

— Sim vó, vejo que teremos muito serviço essa noite.

Na cozinha várias mulheres trabalhando rapidamente, e ela segue ajudando Alceu o chefe de cozinha.

— Coloque esses temperos naquela panela.

Ele ia dando as instruções e ela seguia com precisão.

Lina sua amiga chega perto dela após servi os pratos.

— Aqueles soldados são uns nojentos, por favor Ana vai servir eles no meu lugar.

— Eu não sei é que o senhor Alceu precisa de mim na cozinha. — “Por eu ser a melhor ajudando o senhor Alceu livro-me desses infortúnios, mas fico com dó de Lina, ela é muito fofa e meiga.”

— Ei deixe minha neta trabalhar, vamos eles estão pedindo mais vinho, sirva pra eles. — Com voz rígida.

No salão Dalila fleta com o general Herbert, mas ele a ignora pois está de olho na jovem Lina, Ela tem 15 anos olhos verdes e de grande formosura.

— Ei moça quero que você me sirva. — Com postura imponente.

— Tudo bem. — Caminha até ele com a postura toda dura, e evita o contato visual.

— A jovem tem os olhos tão bonitos, quero que olhe pra mim.

— Senhor eeek! Eeek! — Começa a soluçar.

— Vai tomar uma água. — Um pouco desconcertado.

Na cozinha Dalila a intimida.

— Não quero te ver de volta ao salão, fica se insinuando por general Herbert.

Ela fica aliviada, mas um pouco irritada.

Já tarde da noite na hora de dormir, a vó de Ana conversava com ela, seu quarto era escuro e minúsculo.

— Ana você já está com 17 anos e é o meu anjo, porque esta sempre me ajudando, eu só lhe desejo o seu bem...

Ela entende o que a vó queria dizer.

— não pense muito nas coisas vó, estou feliz na condição que estou, sem problemas nem incertezas, pense que não é uma necessidade eu me casar, vamos só viver nossas vidas da melhor forma possível!

No dia seguinte varrendo as folhas na frente do castelo, Lina lhe conta sobre o que aconteceu.

— E olha que é ela a oferecida. — Diz com raiva.

— Quais são seus planos pro futuro Lina?

— Bom, eu queria me apaixonar viver o amor! — Com os olhos brilhando.

— “ A vida da minha mãe não foi fácil, ela se apaixonou e depois viveu a desilusão de ser largada grávida, ela morreu quando eu tinha 7 anos a imagem que eu tenho dela é de uma mulher amargurada e que sempre me olhou com desprezo, por eu ser parecida com o meu pai”.

— A não tem que me ajudar, é o general Herbert vindo pra cá. O que eu faço? — Se encolhe na sua frente.

O general Herbert tinha a fama de ser cruel e de ficar com várias mulheres, mas era ótimo para comandar as tropas.

— Sai correndo que eu já sei o que dizer se ele perguntar sobre você.

Ela obedece, e Herbert acha a situação estranha, Ana continua seu trabalho normalmente.

— Aquela moça é muito grosseira saiu correndo ao me vir chegar. — comenta a si mesmo.

— Me desculpe senhor. — Fala com a cabeça baixa.

— O que foi? ... Fale.

— É que a moça já estava reclamando de dor de barriga comigo, antes de sua chegada.

— Ah entendi... Ela sempre é assim?

— Sim, — Lhe olha com olhar de pena. — Ela sempre passa por momentos constrangedores coitadinha.

— Tudo bem. — Fica sem jeito ao ver sua reação inesperada.

— Com sua licença. — Se retira e volta a varrer.

Ele a olha por uns instantes e segue seu caminho.

— Acho que ela ficará em paz por um tempo.

Ana gostava de observar as pessoas, e aprender com elas, uma vez aos 10 anos numa festa que o rei dava ela viu uma mulher agir como vítima para se desculpa com outra senhora, com expressões bem exagerada.

Depois ela vai ajudar as mulheres a lavar roupas no Rio, o tempo estava agradável.

— Hoje ainda teremos muito serviço, pois ainda haverá festa. — Diz Zélia desanimada com a situação.

— Eu gosto de estar na presença dos soldados, o pior é ter que fazer esse trabalho aqui. — Comenta Dalila que sempre retruca o que as outras dizem.

— Diz isso mas fica sempre de corpo mole. — Fica emburrada.

— Velha insuperável! — Dando de ombros.

— “Nossa vai começar uma briga”! — Carmen fica animada.

— O que disse? — Se levanta exaltada.

— Senhora Zélia não dê importância, seja superior. — Ficando em sua frente.

— Ana você viu que ela me ofendeu.

— Fique calma não vale a pena e eu que fiquei sabendo que o circo está para se apresentar na cidade. — Muda de assunto.

— É mesmo. — Diz Selena animada. — Onde ouviu isso?

— No mercado outro dia, quando estava comprando mantimentos.

As mulheres ficam animadas por ser um evento que qualquer pessoa pode ir ver.

— “ela sempre consegue apaziguar as brigas, Ana é tão chata.” — Pensa Carmen.

Cap 2 O anjo de Lina

Paulina uma jovem de família rica, ao ir à igreja com sua mãe se desprende, e vai na parte de trás onde fica uma fonte.

— Antônio fico feliz que veio! — Vai até ele e põe a mão em seu rosto.

Ele pega a sua mão e dá um beijo.

— Eu lhe trouxe um presente. — Pega de seu bolso um broche com uma pedra azul e lhe entrega.

— É maravilhoso a cor de meus olhos, mas deve ter sido muito caro para você? — Fica receosa.

— O preço não é importante, eu queria te dar algo, para que quando usasse lembra-se de mim.

— Por que isso soa como uma despedida?

— Eu estive pensando no que me disse que gosta de mim e que quer fica comigo, mas... sou apenas um filho de um comerciante, se insistimos nisso posso até arruinar sua vida, você entende? podemos continuar como amigos?

Seus olhos ficam lacrimejando.

— Eu só entendo que você não me ama, é um covarde e não quer enfrentar os problemas para ficar comigo. — Lhe empurra e sai.

— Acho que preciso desabafar com o padre de novo. — Se sentindo triste.

Na igreja ele pede para se confessar com o padre Luiz.

— Me conte o que foi dessa vez, Seguiu o meu conselho meu filho?

— Sim, mas pelo jeito que acabou, eu me sinto péssimo, ela me odeia agora.

— Mas foi o melhor para essa moça, que disse que é de família rica, você não fez nada que a desrespeitasse não é?

— Eu nem si quer lê dei um beijo, — Suspira um pouco arrependido. — eu só conversei com ela, já ficava feliz vendo à falar, o modo dela de agir com graça... eu só não queria ter problemas, e se as coisas continuassem como iam, podia se tornar algo maior, e como o senhor disse, nós poderiamos pagar caro depois.

O padre sempre ficava um pouco confuso com o rapaz, que pra qualquer dúvida ou problema que tinha, vinha falar com ele.

— Jovem com o tempo isso passa, vá e faça seu trabalho bem, seu pai dever estar te esperando.

Ao chega de volta ao mercado, sua família vendia vários cereais e frutas.

Gustavo seu irmão lhe dá um tapa nas costas.

— Por que demorou esse tanto?

— Estava na igreja só isso, vamos trabalhar que temos muito clientes, oi senhora o que vai ser hoje?

— Eu queria um pouco de trigo. — Diz com voz rouca.

— Ótimo! é pra já, e como está de saúde?

— Ah, eu estou um pouco melhor, que amável.

— Eu guardei umas ervas para a senhora. — “Meu pai disse que eu nasci com o dom pra ser comerciante, sempre consegui interagir bem com qualquer tipo de cliente e fazer boas vendas, conheci Paulina a três meses, quando ela estava passando pela rua fazendo compras com a mãe, eu a vi desanimada, e só senti uma vontade grande de lhe fazer se sentir bem, e então lhe chamei atenção com um truque com as frutas, foi aí que começou tudo.”

Alceu Ana e Lina com outros ajudantes iam andando no mercado fazendo compras.

— Ana vamos comprar ali uns temperos recém chegados de outras terras. — Diz ele apontando e indo rapidamente, pois era fascinado com eles.

— Sim senhor. — O acompanha mudando a macha.

Lina ia carregando um saco de sal, quando tromba em alguém e a faz derrubar.

— Aí não, o senhor Alceu vai me matar, o que vou fazer?

— senhorita, eu vi o que aconteceu, posso te ajudar? — já ajudando a recolher o que podia.

— Obrigada, mas só sou uma serva e é claro que serei punida por isso. — Já quase chorando.

— Eu vou lhe dar o tanto que perdeu e aí não haverá problemas.

— Não por favor é muita bondade. — Se posta.

— Pra mim não vai fazer falta sou comerciante, e vamos rápido se não vai se perder do seu senhor.

Ela fica calma e olha para o jovem que estava sendo tão bom com ela.

— “Ele é um anjo!” — Põe a mão no coração.

— Aqui, acho que isso vai dar. — Lhe dar outro saquinho.

— Muito obrigado! — Faz referência.

Ana olha a cena e à chama.

— Vamos já estar na hora de irmos.

O que Lina ganhava como serva, ela ajudava seus pais e irmãos, não sobrava.

A noite na casa de Paulina sua família jantava.

— Filha estava conversando com seu pai nós irremos fazer uma festa para que você seja apresentada na sociedade. — Diz Katie sua mãe a duquesa de Elba.

Ela estava tão triste que só consentiu com a cabeça.

— Vai ser a oportunidade de arranjar um bom partido para você já está na idade. — Diz seu pai, o Duque Bill de Escobar.

— Por favor me deem licença, eu não estou me sentindo bem, gostaria de ir deitar mais cedo.

Eles consentem com a cabeça.

Paulina era filha única, e seus pais não se importavam com os seus sentimentos, o momento que Antônio deu atenção à ela foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida, ter alguém que realmente a escuta-se e fosse gentil, acabou se apaixonando.

Cap 3 A trama de Carmen

Carmen e Dalila arrumando os quartos.

— Como eu te disse no verão passado o General Herbert estava louco de amores por mim agora nem quer saber de mim está de olho na oferecida da Lina. — Comenta Dalila.

— “Ela não se toca que é só uma diversão nas mãos dele, ou faz de conta”.

Ela tem uma ideia, para fazer inferno na vida de Lina.

— Que tal você colocar seus sentimentos em uma carta!

— Como assim? Eu não sei escrever, e não vejo o que isso pode ajudar. — Diz intrigada.

— Podemos pedir que alguém escreva, uma carta de amor expressando seus sentimentos o general vai ficar comovido.

Ela aceita a ideia e vão procurar Ana que estava na cozinha.

— vocês querem que eu escreva uma carta! — fica surpresa.

As pessoas que tinham condições de pagar os estudos, ou treinavam para o exército recebia uma instrução, quando criança o padre Luiz viu o interesse de Ana por querer aprender, quando viu ela com um livro na mão curiosa.

— “Quando o padre me viu com o livro que ele ensinava, perguntou o que eu queria, eu disse que queria saber qual era o sentimento de colocar o que se falar em um papel, ele disse que estava admirado comigo e que ia me ensinar a ler e escrever.” — O que querem que eu escreva?

— Os sentimentos da Dalila para o general Herbert! — Diz animada.

Ela pedi um papel e lápis a Alceu, que os usava para fazer lista, e as três se sentam em volta da mesa.

— Bom, me diga como se sente?

Dalila começa a falar sobre os seus desejos, de como ele era um homem viril e de como foi feliz em seus braços, Ana acha aquilo tudo muito vulgar e ameniza as coisas.

“General Herbert sinto em meu peito o calor do amor, fico ansiando pela sua presença e sofro ao pensar que possa rejeitar o carinho que lhe dedico, espero que os meus sentimentos sejam compreendidos por essa carta e venha sentir a felicidade que só uma mulher apaixonada pode lhe ofertar.”

Ela ler a carta e elas ficam admiradas.

— Que ótimo trabalho estou emocionada! — Os olhos de Dalila ficam cheios de lágrimas.

— Fico feliz em ajudar. — Com um sorriso no rosto.

— Agora a melhor oportunidade de entregar essa carta vai ser no espetáculo do circo, todos costumam ir. — Diz Carmen.

A noite nas ruas se ouvia a música alegre, as luzes coloridas e alguns artistas se apresentando chamando a atenção para o espetáculo que estava pra começar.

Dandara, Zélia e Selena iam caminhando juntas, Ana e Lina logo atrás, elas compram as entradas e entram.

— O que me impressiona mais é o espetáculo do mágico, como ele consegue? Parece até ser magia de verdade. — Diz Lina com os olhos brilhando.

— É só um truque, eu gosto daqueles que ficam saltando e se segurando no ar. — Argumenta Selena.

— Eu gosto mesmo é dos palhaços. — Diz Dandara.

Depois Ana compra duas maçãs e da uma a Lina.

— Obrigado, que bom que você tem dinheiro sobrando. — Diz agradecida.

Ela avista o general Herbert junto com outros soldados mas a frente, e se encolem atrás dela.

— Que medo todo é esse? Ele não parou de te incomodar?

— Depois do que você disse sim, mas por via das dúvidas.

— Entendo... Mas acho que isso vai mudar. — Diz ao ver Carmen e Dalila se aproximar

— Boa noite. — Ela cumprimenta.

Lina se recompõe e as outras olham feio.

— O general está logo ali, você vai entregar a carta Carmen? — Pergunta Dalila ansiosa.

— Sim. — Já indo.

— Agora as coisas serão diferentes! — Comenta Dalila ao ver Herbert lendo a carta.

Os soldados ao redor ficam em empolgação.

— General posso ler a carta depois? — Um deles pergunta.

— Não isso é assunto meu. — “Que caligrafia bonita, e são lindas palavras.” — Quem escreveu essa carta?

Ela aponta para Lina, e seus olhos se iluminam.

— Ana o que está acontecendo? — Pergunta Lina confusa.

— É que o general Herbert está lendo a carta que escrevi para ajudar Dalila.

— E parece que funcionou! Ele esta vindo até aqui. — Diz Dalila ajeitando o cabelo.

Oi meu amor! — Ela diz a ele, que a ignora e pega nas mãos de Lina.

— Lina sou todo seu para receber o seu carinho.

— O que? Eu não estou entendendo. — Balança a cabeça.

Dalila a empurra e Lina acaba fugindo com ela indo, atrás.

Carmen ri da situação e Herbert se sente com raiva ao se sentir envergonhado.

— O que foi isso tudo que acabou de acontecer? — pergunta entre os dentes.

— “Meu Deus ele estar furioso.” — Ana fica assustada e tenta sair de fininho.

Ele percebe e a chama.

— Eu me lembro de você, a serva que me respondeu outro dia...

Ela se ajoelha.

— Meu senhor peso perdão pela atitude de minhas companheiras, Dalila está com ciúmes de sua afeição por Lina pois morre de amores em seu coração, e não consegue agir com a razão, e Lina é só uma menina assustada e muito inocente que não sabe ter uma conduta certa frente a sua excelência, por favor não fique com raiva de minhas colegas.

Os outros soldados se aproximam.

— Senhor essa serva o ofendeu, podemos lhe dar um castigo?

Essas palavras lhe fazem sentir um aperto no peito.

— Não... Ela não tem nada haver com isso. Saia logo daqui. — Dando as costas.

Ela se levanta.

— obrigada. — Já se retirando e indo atrás de sua vó.

— “Será que a Dalila conseguiu pegar Lina? — E a chata da Ana que quase foi castigada, que sorte ela teve”. — Pensa Carmen comemorando.

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