Autora:
Olá leitores, sejam bem-vindos a está aventura.
Gostaria de deixar claro alguns pontos, antes que comece.
Este livro tem conteúdo explícito, +18.
É retratado uma relação de Submissão e Dominação, de uma forma mais leve, penso eu.
Esse livro foca no crescimento dos personagens, algo que perceberão ao decorrer da história e ao fim.
Fotos são apenas para incentivar a imaginação, portanto, se você não gosta, fique a vontade para imaginar do jeito que quiser. No início nem tinha colocado fotos, só coloquei porque pediram.
Dados os avisos, vamos para a história!
Espero que se divirtam!
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Selina.
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Oi, meu nome é Selina. Sou apenas uma garota comum de dezessete anos, nada atraente, como as garotas da minha idade costumam ser.
Sobre minha aparência, eu sou magra, estatura normal, 1,70, meus cabelos são negros ondulados, mas quase sempre estão presos em um rabo de cavalo. O que é muito prático, não sou do tipo vaidosa, só me cuido com o essencial. Meus olhos são castanhos escuros, mas não sei porque estou lhes contando isso, ninguém se importa com a cor dos meus olhos. Até porque sempre estão escondidos por trás das lentes dos meus óculos. Pois é, sou míope e mais conhecida como a nerd "quatro olhos".
Antes de tudo, vou começar dizendo que eu não tenho vergonha de usar palavras de baixo calão ou linguajar chulo, então não se assustem quando eu proferir alguma palavra suja. Não querendo dar spoilers, mas já dando, provavelmente eu vou falar bastante coisas sujas.
Vou começar contando um pouco sobre minhas origens. Nasci em uma família tradicional, filha única. Minha mãe teve bastante dificuldade de engravidar e quando eu nasci ela se tornou superprotetora.
Me lembro que quando criança, o meu pai era quem me dava mais liberdade, porém quando cheguei a adolescência, ele ficou pior que minha mãe. Eu era proibida de sair e de ter amigos, ele sempre dizia que eu era pura e que esses adolescentes de hoje em dia tinham muita maldade. Que iriam me corromper.
Falar sobre sexualidade era tabu dentro de casa e eu era uma adolescente, sabe? Via as minhas colegas da escola com namoradinhos e queria saber como era ter um.
Apesar de ser proibida de ter amigos eu acabei ficando amiga de Paty. Nós éramos completamente diferentes. Ela era dois anos mais velha e estudava na minha sala porque já tinha repetido de ano. Ela me contou que já tinha tido “namoradinhos”, sim no plural, todos mais velhos, e me contou que já não era mais virgem.
Eu gostava da sua companhia, pois ela sempre me contava sobre suas experiências sexuais e eu como não ouvia sobre sexo em casa, ficava fascinada. Ela me contava das posições, do tamanho dos pênis, sexo oral e anal... Não tinha nenhuma vergonha e sempre me contava orgulhosa de como gozava e fazia gozar.
Confesso que sentia um pouco de inveja, queria ser como ela.
Talvez no começo da descrição sobre os meus pais eles poderiam parecer mals, mas não eram de todo. A minha mãe fazia tudo por mim, me acordava pela manhã com café na cama. Nunca me deixou lavar uma louça nem sequer minhas calcinhas, eu era super mimada.
Meu pai me dava tudo que eu pedia. Se eu queria um videogame ele me dava, me dava celulares, livros e computador, claro que tudo muito bem monitorado pelo próprio. Isso me fazia não ter muitas preocupações sobre meu futuro, meus pais sempre estariam ali, sempre me ajudariam e me protegeriam. Bem, era isso o que eu pensava até que aconteceu algo que mudou tudo…
Como eu disse estou com dezessete anos e já estou quase para terminar o ensino médio. Paty e eu tinhamos combinado de estudarmos na mesma faculdade de administração e faltavam uns seis meses para que eu completasse dezoito anos e Paty já tinha vinte.
Eu estava em meu melhor momento, muito feliz pois, acreditava que após me tornar maior de idade poderia me libertar do controle dos meus pais.
Paty me dizia que com a maior idade poderíamos sair juntas e me apresentaria garotos bonitos, que eu iria gostar. Eu estava animada para isso, imaginava que provavelmente algum deles seria o cara que eu iria perder a minha virgindade e eu não via a hora de poder fazer as mesmas coisas que Paty me contava.
Em uma noite de sábado, meus pais tiveram que sair. Minha mãe começou a se sentir mal e ela disse que não era nada demais, mas o meu pai, que era superprotetor com ela, resolveu levá-la ao hospital.
Fiquei sozinha em casa, resolvi ligar para Paty e ficamos horas conversando. Queria saber sobre o último encontro com um "boyzinho" que ela estava afim e ela estava me contando que não tinha rolado, pois ele lhe deu um bolo, e para se vingar ligou para um homem mais velho, que era uma especie de "sugar daddy". Ele lhe dava presentinhos e em troca eles tinham relações sexuais.
Ela sempre me dizia que era muito mais vantajoso ficar com alguém, que mesmo que você não sentisse atração, lhe recompensava com dinheiro e presentes.
Ficamos conversando até que ficou tarde e fui dormir.
Acordei com o telefone de casa tocando. Fiquei na cama esperando que meus pais atendessem, mas ninguém atendeu. Acabei me levantando e indo atender:
– Alô?– disse com a voz meio sonolenta.
– Selina! Que bom que atendeu sou eu sua tia Elvira!– disse com a voz desesperada – Estão todos te procurando e você não atende ao telefone.
– Tia, o que aconteceu?! – perguntei preocupada.
– Selina, os seus pais Selina... – disse com a voz chorosa.
– O que aconteceu, Tia? Por favor me diga! – Nesse momento meu coração batia forte, minha mão suava, não conseguia acreditar que poderia ter acontecido alguma coisa grave com os meus pais.
– Ah, minha filha, infelizmente aconteceu o pior... – pausou tentando controlar o choro – Eles estavam passando por um cruzamento quando um motorista bêbado bateu na lateral do carro e… – nesse momento fez uma pausa e começou a chorar copiosamente – Eles não sobreviveram minha filha!
Fiquei paralizada e deixei cair o telefone. Não deveria ser verdade, não deveria! Sentei no chão e abracei meus joelhos. Foi a pior dor que já senti na minha vida. Em minha mente só passavam pensamentos como:
“E agora, o que será de mim? O que eu vou fazer da minha vida? Como vou sobreviver sem meus pais?”
Eu estava sem chão…
A morte de meus pais revirou a minha vida de cabeça para baixo. Perdi o apoio e o amor que eles me davam.
Como ainda era menor de idade, o juiz determinou que minha guarda deveria ficar com algum parente. E a partir daí ficou um jogo de empurra empurra, todos tinham alguma desculpa para não assumir a minha guarda. Isso só piorava tudo, eu estava em um quadro de depressão e me senti rejeitada. Eu não comia direito, não dormia e parei de ir ao colegio. Paty tentava me ligar preocupada, mas eu não atendia, só queria sumir.
O marido da minha tia Elvira era advogado e ele entrou com uma petição para que eu fosse emancipada, já que faltavam seis meses para minha maior idade. Enquanto a questão da minha guarda era decidido os bens dos meus pais ficaram bloqueados. Isto é, além de não ter mais amor, carinho e cuidado eu não tinha mais dinheiro.
Não me levem a mal, mas eu era muito dependente dos meus pais, eles faziam tudo por mim. Nunca tive preocupação com comida, limpeza ou dinheiro, porém nesse momento eu tinha que me virar. Por causa do meu quadro psicológico a vontade era zero de fazer qualquer coisa. Minha casa estava imunda e eu tinha emagrecido muito, pois ficava dias sem comer. Isto é, precisava de ajuda.
A parte boa é que a falta de dinheiro durou pouco, já que para o alívio dos meus “amados parentes” o marido da minha tia conseguiu que eu fosse emancipada. Levando uma porcentagem da minha herança, claro!
...
Em um belo dia, estava eu levando a minha vida de merda quando a campainha tocou. Fui atender estranhando, pois ninguém vinha me visitar. Talvez por eu ter sido tão isolada do mundo a minha vida toda, as pessoas não tinham nem noção da minha existência. Quando atendi, era Paty, com várias malas. Ela já foi entrando e dizendo:
– Oi amigaa! Advinha, vamos morar juntas! Nossa você está péssima! – disse acariciando meu rosto e me olhando de cima a baixo – Não se preocupe, nós vamos mudar isso!
– Paty, como assim você vai vir morar aqui… E os seus pais?– perguntei ainda sem entender nada.
– Bem, eu já sou maior de idade, e nunca fui a filha preferida. Sai de casa e eles nem ligaram. E adivinha quem já é, tecnicamente, maior de idade? – fez uma pausa esperando que eu respondesse, o que não aconteceu. Então ela exclamou – Você!
– Paty eu não estou no meu melhor momento. Talvez não seja tão divertido conviver comigo. – abaixei minha cabeça olhando para os meus pés.
– Selina – levantou o meu queixo com a mão – não seríamos amigas se fosse para aproveitar apenas os momentos bons, vamos enfrentar isso tudo juntas. E garota, vai tomar um banho que você está fedendo! – disse me empurrando.
Paty poderia não parecer a melhor companhia, mas no fim era a única pessoa que se preocupou comigo e realmente me ajudou a sair do meu luto.
Os dias começaram a se tornar bem melhores. Me surpreendi com Paty, ela era muito habilidosa com questões de cuidado com a casa e me ensinou a limpar, lavar minhas roupas, fritar um ovo e etc… Ela me ensinou a me virar sozinha!
As noites eram as mais divertidas. Deitávamos juntas na minha cama e assistíamos a séries e conversávamos até bater o sono.
Finalmente chegou a formatura do Ensino Médio e apesar de ter faltado no último trimestre, os professores decidiram me aprovar, pois minhas notas eram excelentes e também relevaram, devido ao acontecido com minha família.
– Nossa, que alívio, finalmente acabou essa merda! – disse Paty comemorando. –
Tenho uma surpresa para você! Se lembra quando eu disse que iria lhe apresentar uns boyzinhos, chegou esse dia!
– Como assim? Que boyzinhos? – perguntei curiosa.
– Lembra do Beto? – olhei para ela sem entender quem era Beto– O Beto, garota, o meu sugar daddy! – levantei uma sobrancelha – Então, eu contei a ele que tinha me formado, e que estava morando com uma amiga, que agora eu era bem independentezinha. Ele ficou todo feliz, disse que teríamos que comemorar, e me chamou pra viajar com ele para Angra dos Reis. Está tendo um campeonato de surfe e a cidade está super agitada. Está tendo várias festas e vários gatinhos também! – terminou dando uns pulinhos!
– Você vai viajar com seu sugar daddy, e azarar os gatinhos? Bem corajosa! – falei rindo.
– Não, nós duas vamos viajar, e os gatinhos serão pra você! elEu irei de namoradinha. – Disse revirando os olhos. – Apesar que o Beto disse que vai levar um amigo, mas você não precisa necessariamente ficar com o amigo dele. Deve ser um velho!
...
Concordei em ir um pouco desconfiada. Não sabia onde estava me metendo, pois Paty não era lá uma pessoa que se considere responsável. Mas eu não tinha nada a perder, seria tudo custeado pelo Beto.
...
Chegamos a cidade e realmente estava super agitada. Fomos sozinhas e eu não tinha visto ainda o Beto e enquanto eu olhava a cidade Paty já agilizou tudo. Ela chamou um Táxi, disse o endereço e o motorista concordou em nos levar.
Chegamos a pousada e era lindo. De frente para a praia e com uma decoração toda praiana. A frente era toda entalhada em madeira e tinha uma varanda com várias redes brancas em macramê.
Na recepção estava bem agitado, tinham pessoas de todo mundo, reconheci vários dialetos diferentes. Nunca tinha passado por isso, fiquei fascinada.
Estávamos na fila esperando para fazer o check in quando ouço um gritinho. Olho para trás e vi Paty abraçando um homem, que logo lhe dá um beijo, que foi quente até demais. Após se soltarem ela vira para mim e diz:
– Selina, esse é o Beto. Beto, essa é Selina!
– Paty, você não tinha me dito que a sua amiga era uma moça tão bonita! – Beto se aproxima e cavalheiramente, pega a minha mão e dá um beijo. Eu coro e ele sorri, achando bonitinho eu estar envergonhada.
Beto não era exatamente o que eu pensava. Achei que seria um velho, gordo e careca, mas ele aparentava ter lá os seus quarenta anos, muito bem conservado, era magro estatura de 1,80m mais ou menos, olhos verdes, cabelos loiros e um pouco ralos. Tinha um pouco de rugas no cantos dos olhos, mas que ornavam muito bem com o seu rosto, tornando-o bem charmoso.
Ele ao lado de Paty era óbvio a diferença de idade. Paty tinha um rostinho angelical, pele morena, cabelos cacheados e um corpo de dar inveja. Estava sempre sorrindo como uma garotinha e aquele homem nitidamente estava louco por ela.
De repente Beto se vira e grita:
– Juan! Juan meu amigo! Venha aqui conhecer essas belas moças que vieram passar as férias conosco!
Eu olho para direção do tal Juan e meu coração dispara. Puxo o ar e paro de respirar. Talvez fosse pela ingenuidade ou a falta de experiência me causou essa impressão, mas estava ali, naquele momento, vindo em nossa direção, o homem mais lindo que já vi na vida…
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Juan
Autora: A pedidos troquei a foto do Juan! rs
E então, gostaram dele?
Paty e Beto
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Continuando de onde paramos estava eu ali com o queixo caído enquanto Juan se aproximava. Ele tinha os cabelos pretos que chegavam na altura da orelha, olhos claros, barba e era mais ou menos da minha altura, 1,70m. Aparentava ter idade em torno de uns trinta e cinco anos, o seu torso estava nu e ele era atlético com os músculos definidos. Tinha sardas nos ombros e estava vestindo uma bermuda de praia. Por cima do nariz e se espalhando para os lados havia uma leve vermelhidão, efeito de queimadura de sol, o que lhe dava um charme especial. Nossa lábio, expressava um sorrisinho sedutor e caminhava despreocupadamente com um ar de segurança. Provavelmente ele tinha plena noção de que era um “gostoso” do c*ralho.
Ele chegou até nós, cumprimentou Paty e olhou para mim:
– Você deve ser a Selina, Beto disse que viria. Prazer em conhecê-la, moça!– disse me oferecendo a mão para cumprimenta-lo.
Eu fiz uma coisa bem boba na hora, me envergonho sempre que lembro. Rapidamente coloquei minhas mãos para trás, escondendo-as, e não disse nada, fiquei paralisada. Não tinha a menor noção de como lidar com alguém que sentia atração.
Ele ficou me olhando por uns segundos, deu de ombros e disse que iria conversar com uns amigos. Nos desejou boa estadia e foi embora. Eu me odiei naquele momento.
Paty e eu ficaríamos no mesmo quarto, em teoria, porém não foi o que aconteceu. Após o check in, ela foi para o quarto do Beto e eu fiquei sozinha.
Aproveitei para tomar um banho relaxante, coloquei um pijama, deitei na cama e liguei a tv, mas não conseguia me concentrar no que estava passando. Só ficava pensando em como eu fui idiota. Provavelmente ele, Juan, deve estar me achando uma boba.
Pela primeira vez vi alguém que realmente me sentia atraída e agi como uma criança, estragando tudo. Ele poderia ser o homem que iria tirar minha virgindade e provavelmente nós iríamos f*der muito, mas agora duvido que ele vá olhar para mim.
Me virei e olhei o relógio e ainda eram seis horas da tarde. Pensei :“Não vou ficar aqui trancada nesse quarto!” Vesti um short jeans desbotado, uma regata branca, soltei os cabelos e calcei um chinelinho. Me olhei no espelho e não estava ruim, mas também não estava bom. Eu realmente não combinava com aquele lugar, todos eram bronzeados e com corpos atraentes e eu era pálida, magra, miope e extremamente tímida.
Estava quase desistindo, porém olhei novamente no espelho e tomei coragem. Tirei meus óculos e saí, minha miopia não era tão grave assim, eu só não iria conseguir ler nada e talvez eu veria algumas coisas embaçadas, mas nada que me atrapalharia. Eu não iria passar o meu mês de férias naquele lugar e não aproveitar nem um pouco.
Fui andando pelo corredor e estava agitado. Realmente tinham muitos garotos bonitos, um mais lindo que o outro. Alguns passavam por mim, me olhando e sorrindo. Resolvi corresponder e sorrir também. Pois é, eu estava “tocando o foda-se” para minha timidez.
Passou por mim um garoto, que aparentava ter mais ou menos a minha idade. Ele tinha os cabelos cacheados, loiros e os olhos azuis, parecia um anjinho, porém só parecia, pois repetiu mais ou menos o padrão de me olhar e sorrir.
Apesar da minha baixa auto-estima, eu entendia que o clima do local era de azaração, todo mundo queria beijar na boca ou algo mais, se é que vocês me entendem. Então entrei no jogo e olhei para trás e ele tinha se virado para me olhar. Nossos olhares se encontraram, ele deu um sorriso fofo e voltei a olhar para frente.
Continuei andando, estava me aproximando da recepção quando sinto uma mão em meu ombro, era esse garoto:
– Oi, tudo bem? Será que poderíamos conversar ou estou te atrapalhando?– disse passando a mão na nuca.
– Não está. O meu nome é Selina e o seu? – estava muito corajosa, talvez pela força da raiva de ter agido como uma idiota anteriormente.
– Eu me chamo Miguel, você está indo para a festa? Se estiver podemos ir juntos?
– Estou apenas caminhando pelo local, cheguei hoje e ainda não conheço nada. – encostei no balaústre de madeira.
– Vamos na festa eu e meu amigo. Você pode ir com a gente se quiser. Pode aproveitar para conhecer o local também. Eu só vou no quarto ver se ele está pronto e já volto. Me esperaria aqui?
– Ok! – falei cheia de confiança, ele sorriu e saiu correndo.
Estava me sentindo, “foda” naquele momento. Eu conseguia lidar com minha timidez e mesmo não sendo a melhor das opções dali, eu estava sendo uma opção válida para alguns gatinhos.
Mas o sentimento de me sentir "fodona" durou pouco, pois quando me virei vem direção a recepção vi Juan, com uma T-shirt laranja, gola V, uma bermuda cargo branca e de chinelos. Ele colocou uma mecha do cabelo por trás da orelha e sorriu. Nossa! Me derreti toda, ele era muito "gato".
Ele não me viu, pois estava conversando com uma garota e a princípio foi um alívio, pois rovavelmente eu estava com cara de boba. Mas depois meu coração saltou, aquela garota era muito bonita. Se ela fosse sua namorada eu iria ter minha primeira desilusão sem nem mesmo ter trocado uma palavra com o homem.
Minha confiança foi por água abaixo. Estava me segurando pra não sair correndo para o quarto e comecei a desistir de sair passeando por aí, provavelmente eu iria acabar pagando outro "mico" perto dele. Mas como o destino gosta de me pregar peças, quando eu estava prestes a voltar para o quarto ele me viu, deu aquele sorriso de matar e fez um gesto como se tivesse batendo continência para mim. Na hora pensei: “E agora, o que eu faço? Se eu correr vou parecer mais estranha ainda."
Então na dúvida, resolvi não fazer nada e fiquei igual uma estatua olhando para ele, que ficou me olhando de volta, fazendo uma expressão que provavelmente estava me achando uma estranha.
Ficamos naquele ritual idiota, por alguns segundos quando uma mão bate nos meus ombros me tirando do transe. Era o Miguel.
– Vamos!? Esse aqui é o Rodrigo!– disse ele apresentando o amigo, ao qual eu apertei a mão e logo fui acompanhando eles para fora daquele lugar. Eu não acredito que agi como uma idiota novamente na frente de Juan. Só queria sumir da frente dele.
De repente a sanidade começou a voltar, comecei a pensar que talvez não seria boa idéia sair para um local desconhecido com dois desconhecidos, mas aquele anjinho do mal que fica no nosso ombro dando más idèias, me disse que eu estava sendo boba. A Paty sempre fazia isso e nada tinha acontecido a ela.
Fomos andando pela orla e conversando, eles até que eram legais. Rodrigo aparentava ser um pouco mais velho que Miguel, tinha o corpo um pouco musculoso, cabelo curtinho e era bem brincalhão. Estava sempre rindo e contando piadinhas. O clima até que estava descontraído e eu comecei a ficar mais à vontade e rindo com eles.
O local da festa era próximo da pousada, não andamos muito e chegamos.
A festa era um Lual e tinha um Dj tocando música eletrônica. Apesar de ter acabado de começar, a galera estava bem animada. Eu nunca fui a uma festa então fiquei empolgada.
Sentamos na areia e começamos a conversar. Eles me disseram que também tinham acabado de se formar e apesar de aparentar idades diferentes, os dois tinham dezoito. Eu disse que tinha dezessete, mas era emancipada e já morava sozinha, ocultando o porquê disso. Eles acharam muito legal esse fato e eu me senti muito bem com a atenção que estava recebendo.
Rodrigo se levantou e disse que iria descolar umas bebidas para gente. Eu nunca bebi, mas não disse nada, apenas concordei, eles estavam me achando uma garota legal e não iria estragar isso.
Ele voltou com três copos me ofereceu um e outro a Miguel. Dei gole e engasguei. “Nossa, que horrível!” Aquele liquido desceu queimando a minha garganta e eu não queria beber aquilo nunca mais. Eles me olharam e começaram a rir e eu me senti um pouco chateada por rirem de mim, porém percebendo o meu descontentamento, Rodrigo começou a me tranquilizar, dizendo que era vodca com suco de fruta e eu iria me acostumar com o sabor se eu tomasse mais. Olhei para o copo e tinha bastante vodca, era um copo 500mls, mas eu queria ser legal, então tomei.
Mal cheguei a metade do copo e comecei a me sentir muito animada e tonta ao mesmo tempo. Me levantei e fui para o meio das pessoas e comecei a dançar, pelo menos eu acho que estava dançando.
Os meninos me acompanharam e começaram a dançar também. Várias vezes quase cai e Rodrigo sempre me segurava, rindo da minha situação. Estávamos os três bêbados e em uma dessas vezes, que quase caí, Rodrigo me segurou e me beijou. Pois é, meu primeiro beijo foi com um cara bêbado e eu mais bêbada ainda. Um desastre!
Miguel veio e nos separou, brigando com o Rodrigo, lhe dizendo que sabia que ele queria ficar comigo e que não deveria ter feito isso. Dai Rodrigo virou para Miguel e disse que ele poderia ficar comigo também. Eu olhei para os dois tentando assimilar o que estava acontecendo, mas eu estava muito bêbada, para entender.
Miguel veio e me beijou e eu deixei, não estava com discernimento naquele momento. A partir daí ficou nessa, pulamos, gritamos, rimos e nos beijamos. Ficamos assim até que Rodrigo me puxou pela mão e foi andando e Miguel veio atrás.
Chegamos em um local entre dois quiosques, não tinha ninguém ali e estava escuro. Rodrigo me puxou para perto levantou a minha blusa e começou a chupar meus s*ios. Miguel veio por trás e começou a beijar meu pescoço, segurando a minha cintura contra a dele me fazendo sentir sua ereção. De repente ele desabotoou meu short e enfiou a mão por dentro da minha calcinha alcançando a minha b*ceta. Nesse momento eu tive um estalo, e mesmo bêbada me veio a sanidade. Sabia que eu não queria o que iria acabar acontecendo.
Tirei a mão de Miguel de dentro do meu short, empurrei Rodrigo e disse que não queria. Ele veio na minha direção dizendo que iria ser bom, que era para deixar de ser boba e eu comecei a me tremer de medo.
Aquela situação estava muito ruim e eu não conseguia parar de pé. Precisava de um milagre para me salvar e foi aí que o milagre aconteceu. Ouvimos uma voz saindo da escuridão:
– A moça disse que não quer, acho melhor vocês irem embora!
Olhei para rosto mal iluminado e eu tinha certeza que era ele. Juan estava lá com um olhar ameaçador.
Os meninos se entreolharam e foram embora e nessa hora eu estava tão feliz que corri na direção de Juan e o abracei. Ele fez um carinho nos meus cabelos e eu senti algo subindo pela minha garganta… Vomitei nele…
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