Quando Katharina chegou ao aeroporto de Guarulhos, seu celular vibrou imediatamente, era Bruce, seu namorado que estava ligando, assim que atendeu ele falou:
- Olha só gata, terminou, eu estou com outra mina. Ela sabia que seu namorado estava lhe traindo com uma de suas colegas da faculdade, também sabia que seu relacionamento com ele não estava bem, porém, queria que ele fosse ao menos verdadeiro. Naquele momento, diante das palavras de Bruce, Katharina gritou sem pensar:
- O quê?
- Está tudo acabado entre nós.
- Entendi Bruce, só não me procura depois. Irritada ela desligou o telefone e se controlou para não gritar. Saiu do aeroporto e tomou um táxi até seu apartamento.
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Katharina Herman Fox, era filha de um empresário paulistano, sua família morava em Santa Catarina, porém ela residia em São Paulo por causa da faculdade. O maior desejo do seu pai era que estudasse o curso de direito na USP e assim ela fez. Katharina passou dois dias muito chateada, gostava do idiota do Bruce, mesmo ele sendo um grande babaca e decidiu sair para se divertir, a Boate Kiss era o lugar ideal, onde já havia frequentado diversas vezes com suas amigas da faculdade. Depois de conseguir uma identidade falsa com um velho amigo, ela foi procurar algo elegante e sex, vestiu um vestido verde, de gola alta, cavado, com um rasgo na metade da coxa, exibindo totalmente sua perna bem bronzeada. Usava brincos prata num formato de coração, sapato de salto alto que a deixava elegante. Ela entrou na boate bem descolada, não era sua primeira vez ali, mas naquela noite só queria se diverti e esquecer totalmente o babaca que lhe deu um fora. Sentou no banquinho em frente ao bar e disse ao barman:
- Preciso de algo bem forte. Ele a olhou sério.
- Pode mostrar sua identidade por favor?
- Sério isso? Ele sorriu.
- Brincadeira, eu conheço você, Juliana, não é? Ela também sorriu.
- Você lembrou. Naquele momento, olhando ao seu redor, ela não pôde deixar de notar uma figura perfeitamente linda lhe olhando fixamente, era um homem elegante, com aproximadamente 30 anos, cabelos loiros no corte baixo, olhos verdes e uma barba malfeita que o deixava extremamente sexy. Impossível não retribuir, seus olhares se encontraram, ele sorriu sedutoramente e ela não pôde evitar que um leve sorriso escapasse de seus lábios. Como um sinal de aprovação, imediatamente ele se levantou e veio na direção dela andando lentamente, um andar firme e olhar confiante, sentou ao seu lado e disse:
- Vejo que precisa de companhia para esta noite.
- Talvez sim, talvez não. Ela sorriu.
- Seu sorriso é perfeitamente lindo. Ela continuou sorrindo, porque para Katharina aquele homem era a figura mais perfeita de um macho, lindo, sexy e irresistível. No entanto, ele também estava mexido, aquela mulher o hipnotizou no primeiro olhar, só de estar perto dela, sentia uma louca vontade de tocá-la e beijá-la. - Vamos dançar? Atraído com sua beleza e sensualidade ele perguntou e ela respondeu no mesmo instante.
- Com todo prazer. Era uma música romântica e quase todos na pista estavam dançando coladinho, ela não perdeu tempo, deu a volta com os braços em seu pescoço e ele suavemente pegou em sua cintura, ela sentiu um arrepio invadir sua espinha e subir pelo seu corpo como um fogo, quando ele sussurrou em seu ouvido: “Você é linda.” Diante daquele sussurro pôde sentir uma tensão dentro dela. Era impossível está agarradinha àquele homem e não tirar toda sua roupa, seu corpo começou a ficar cada vez mais quente e olhando para ele disse:
- Está quente aqui. Ele balançou a cabeça em afirmação dizendo:
- Também acho, precisamos de ar fresco. Ele parou de dançar, pegou a mão dela e sorriu maldosamente. - Vem comigo. Ambos saíram rapidamente da boate até o estacionamento, eles se encostaram numa BMW azul.
- Esse carro é seu? Perguntou ela.
- Vamos entrar? Rapidamente ele abriu a porta e em segundos estavam sentados, ele ligou o ar e sorrindo para ela continuou. - Não consigo resistir a você.
David Brassanini, era um homem alto, de traços finos e perfeitos, olhos cristalinos que dava para se perder neles e lábios tentadores. Ele estava tão perto que ela podia sentir a respiração quente em seu rosto, porém, Katharina decidiu provocá-lo.
- Me mostre o quanto me quer. Ele tomou os lábios dela com intensidade, fazendo sua língua se insinuar em animação numa dança épica, a respiração de Katharina ficou mais pesada quando sentiu uma das mãos de David invadir o meio de suas pernas, difícil de resistir, ela saboreava sua língua com vontade mordendo levemente seu lábio inferior, fazendo David soltar um gemido, seus músculos se apertaram sob a ponta dos dedos exploradores dele que invadia cada vez mais, quase alcançando seu objetivo, ela apertou suas coxas fazendo ele parar, depois sorriu e se posicionou em seu colo ficando totalmente alinhada a ele, movendo lentamente seu quadril pôde sentir seu membro endurecido e puxando sua camisa trouxe seus lábios de volta a sua boca. Seus suores começaram a se misturar fazendo ele ficar com mais tesão, toda aquela sensação, aquele perfume, aquela mulher o faziam sentir coisas inusitadas. Enquanto ele passeava com os dedos pelo corpo dela, a boca dele se agarrou ao seu pescoço raspando sua barba sob sua pele, fazendo ela gemer novamente, enquanto suas mãos continuavam em movimentos torturantes e lentos entre suas pernas, ele finalmente tocou sua calcinha completamente molhada, sua respiração saiu num sussurro quente.
- Está pronta para mim? Ela sorriu e concordou com a cabeça, de repente seu telefone tocou, ela ignorou, mas a chamada insistiu em continuar. Ela parou no mesmo instante e pegou o celular enquanto ele respirou totalmente frustrado.
Katharina imediatamente pegou o celular e visualizando a chamada, reclamou.
- Droga, é meu pai, eu tenho que ir.
- Por favor, fica. Ele a olhou com doçura.
- Meu pai acabou de chegar na cidade, eu realmente preciso ir.
- Quero te ver de novo. Ela sorriu.
- Anota meu número. Falou se recompondo e saindo do carro.
- Posso te levar, se quiser.
- Meu carro está logo ali. Ela acenou com a mão e sorrindo seguiu para seu carro.
Quando chegou ao seu apartamento Pedro estava sentado com as pernas cruzadas.
- Posso saber onde estava, mocinha?
- Pai... ela se aproximou do homem beijou-lhe a testa e sentou ao seu lado.
- Suas aulas começam próxima semana e como esse ano você terá que estagiar, eu falei com alguns contatos e faço questão de te apresentar a eles.
- Eu tenho tudo sob controle, não precisava ter vindo só para isso.
- Você só tem 17 anos e acha que tem controle sobre tudo? Ainda tem muito que aprender minha filha.
- Entendi pai, entendi. Ela estava entediada com aquela conversa. – Eu vou tomar um banho e dormi, boa noite pai. Depois de um longo banho Katharina se deitou na cama pensativa e David logo apareceu em seus pensamentos, ela sorriu e respirou fundo desejando-o novamente, fechou os olhos e começou a imaginar tudo que poderia fazer com ele, mas seu transe foi interrompido com uma chamada no seu celular, era Leila Fontana, sua amiga de longa data. Ela deu uns gritinhos de alegria e disse.
- Menina, eu estava louca de saudades, você está proibida de sumir assim novamente.
- Oh Katy, meus tios tomaram meu celular e não tive como falar com você, mas eu tenho uma novidade maravilhosa.
- Conta, conta logo.
- Estarei em São Paulo próxima semana, vou estudar na USP. Katharina pulou de alegria gritando alto.
- Eu não acredito, você vai morar comigo?
- Calma Katy, eu nem terminei de falar.
- Está bem, está bem, fala.
- Então, vou morar com meu pai e não sei como vai ser, não somos próximos, não tenho intimidade com ele e confesso que estou em pânico.
- Você nunca falou sobre ele amiga, mas saiba que estou aqui caso queira falar.
- Sei, mas eu nunca tive nada para falar, faz dez anos quando o vi pela primeira vez e eu nunca soube da verdadeira história entre ele e minha mãe. Depois da morte dela, ele me ligou algumas vezes, e me convidou para ir morar com ele.
- E o que você acha de tudo isso?
- Eu não sei, mas vou estar perto de você e nada mais importa.
- Eu estou tão feliz, vou ficar contando os dias.
- Eu também, tenho que ir, falo com você quando estiver chegando. Leila desligou o telefone sorrindo, seu coração estava saltitante e ela tinha certeza que as coisas em sua vida iam mudar de agora em diante. Morar com seu pai era algo novo e desafiador, mesmo apavorada por dentro, mas ela se sentia pronta para encarar o que fosse preciso, caso sua amiga estivesse ao seu lado.
Já havia se passado dois dias desde a última vez que falou com Leila e Katharina estava totalmente decepcionada porque David ainda não tinha ligado, ela não parava de pensar naquele homem arrebatador, sentiu medo de estar se apaixonando, de estar amando aquele desconhecido. Entrou na faculdade cabisbaixa e foi direto para sala do reitor, bateu na porta levemente e ouviu uma voz dizer:
- Pode entrar. Ela segurou a maçaneta e abriu a porta suavemente.
- Bom dia Dr. Jacques.
- Estava a sua espera, seu pai veio me ver e ele me pediu que preparasse sua grade escolar, seu estágio começa na segunda semana de aula. Depois virou para a secretária e disse: - Jaqueline, me traga os documentos da Katharina.
- Meu pai não precisava fazer isso, eu mesma poderia ter feito, e quanto ao estágio já está tudo resolvido. Ela pegou o envelope e agradecendo saiu da sala, quando atravessou o corredor se deparou com Bruce, seu ex namorado, ele era um garoto de baixa estatura, moreno, de cabelos negros, se vestia num estilo arrojado e estravagante, Greg, o seu melhor amigo era totalmente o oposto dele, entretanto tentou ignorá-los, mas Greg lhe parou.
- Oi Katy, festa sábado à noite, está afim?
- Tenho compromisso Greg, mas obrigada. Ela saiu tentando ignorá-lo, sentiu uma raiva subir pelo seu corpo, quando Bruce sorriu para ela com deboche, mas se conteve, esquecê-lo era a melhor opção. No entanto, estava na rua, quando seu telefone tocou.
- Oi linda! Sentiu minha falta? Ela imediatamente sorriu ao ouvi a voz daquele homem arrebatador.
- Talvez.
- Mas eu sentir a sua, posso te ver hoje à noite? Ele era direto nas palavras, sabia realmente o que queria.
- Não sei. Ela sorriu novamente e continuou falando. - Claro que pode, vamos continuar de onde paramos.
- Pensei que não estivesse tão afim, você saiu correndo.
- Não pude evitar, mas posso te recompensar.
- Eu vou cobrar. Depois que terminou a conversa ela mudou totalmente o semblante, a felicidade irradiava em seu rosto e decidiu ir a uma loja comprar algo sexy para aquela noite.
Eram quase 20 horas quando o interfone tocou, David estava a sua espera, não demorou muito para ela descer. Usava um vestido vermelho e curto de alça fina trançado nas costas com um grande decote que realçava seus seios. Quando chegou, ele elegantemente saiu do carro abrindo a porta para que entrasse, ela sentou-se e disse ainda sorrindo.
- Vai me deixar mal acostumada.
- Você ainda não viu nada. Ele também sorriu.
- Para onde vamos? Ela perguntou, mas ele respondeu também com uma pergunta.
- Está com fome?
- Com certeza, mas não de comida. Ele riu. Quando chegaram ao lugar, subiram de elevador até a cobertura, assim que entraram, ficaram em uma área de jantar, Katharina ficou impressionada com a vista magnífica da cidade, ela viu uma mesa a luz de velas para dois, David lhe ofereceu uma taça de champanhe.
- Eu já disse que você é de tirar o fôlego? Ela tomou um gole da bebida e se aqueceu na atenção dele que sorriu maliciosamente para ela. - Por favor, junte-se a mim à mesa. Ele puxou a cadeira para ela, deixando-a confortável antes de sentar-se à sua frente.
- Isso é lindo, David! Falou ela olhando para a paisagem iluminada da cidade.
- Você que é linda.
- Aposto que diz isso a todas as mulheres que conhece.
- Você acha que falo isso para todas as mulheres que conheço?
- Não fala?
- Está enganada, todas as mulheres que conheço não seria um desafio, prefiro a que realmente desejo. Naquele momento ela quis que aquela noite nunca terminasse. A conversa fluiu de tal maneira que ela se viu sorrindo mais do que riu nos últimos anos, quando, para sua surpresa, ele perguntou. - Gostaria de se juntar a mim para ver mais de perto a vista? David tinha um cobertor nas mãos e gesticulou para a borda do edifício, onde um banco foi instalado para que eles pudessem apreciar a vista.
- É claro! Inesperadamente ele a pegou pelo braço e a levou até o banco, ela se aconchegou recostando sua cabeça no peito dele, sentindo no mesmo instante seu perfume amadeirado. Quando estavam sentados e aconchegados um no outro, ele colocou o cobertor sobre os dois, enquanto os olhos dela se perdiam na paisagem da cidade, David ficou de frente para ela e pegou uma mecha do seu cabelo, enroscou em seu dedo e ficou admirando a beleza irresistível daquela mulher, depois acariciou gentilmente seu rosto com as costas da mão, dizendo.
- Você está me deixando louco, sabia? Ela voltou o olhar para ele e perguntou inocentemente.
- Eu? Ele voltou a tocá-la no rosto, agora com a ponta do dedo, acariciando sua pele e fazendo uma trilha até seu lábio inferior, ela sentiu um arrepio subir pela sua espinha, seus olhos quase o devorou antes da boca dele beijar a sua, até parecia que ele tinha lido seus pensamentos, o beijo era quente, apaixonante e rápido, no entanto, quando ele se afastou, disse:
- Você é uma mulher maravilhosa e precisa ser amada completamente. Naquele momento ele começou a percorrer pelo corpo dela com a ponta dos dedos, enviando choques elétricos pelo seu corpo, seus músculos se contraíram quando ela sentiu a mão dele chegar em sua calcinha e sussurrar em seu ouvido. - Eu quero te dar prazer. Enquanto os dedos dele brincavam com os pontos mais sensíveis do seu corpo, ela gemia baixinho e se rendeu a sensualidade crua que disparava através de todas as veias do seu ser, alcançando as profundezas do seu desejo, porém ele continuava provocando, falando em seu ouvido. - Quero ouvir você gritar meu nome. Naquele momento, ondas de prazer correram pelo corpo dela fazendo-a estremecer e atingir o pico do prazer e sem que esperasse sua boca falou num gemido rouco.
- Oh... David... oh. O encontro daquela noite foi muito melhor do que ela esperava, foi cheio de paixão e emoção, foi mágico. Depois que ele a deixou em casa, ela ainda pensou em convidá-lo para subir, mas não quis estragar tudo, talvez estivesse indo rápido demais, tentando se conter, se despediu dele com um beijo.
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