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Desejo Você (em Revisão)

Laranjeira

"Nunca senti alguém com o cheiro igual ao seu... como pode ter o mesmo cheiro desde pequeno sem nem mesmo usar perfume...?

O mesmo sorriso que eu vi durante vários anos, as lágrimas que eu enxuguei e os abraços que eu dou, qualquer interação, mesmo que seja mínima entre nós, eu me sinto ansioso, e meu coração começa a palpitar. O sentimento de culpa me consome. Mas ainda assim eu quero que você seja meu, e quero que você me chame de seu.

Se eu pudesse te tocar mais do que o normal? Se eu fizesse isso... você me odiaria...? o jeito que eu quero te tocar... eu poderia acabar te machucando? Quanto mais os anos passam mais meu desejo por você aumenta! Me sinto podre por isso, sinto como se eu simplesmente não prestasse...

Eu sempre te disse que te amava, e você sempre retribuiu essas minhas palavras, mas eu sei que não é o mesmo que eu sinto. O meu te amo se difere do seu te amo por várias maneiras e sentidos, mas se você soubesse... me rejeitaria. A pessoa que eu amo, é alguém que conheço desde pequeno... mas não posso te desejar da maneira na qual eu o desejo. Porque ele é igual a mim. Porque ele é um homem."

A angústia de Cain era forte e amarga. E o desejo de ter a ele se tornou cada vez mais intenso com o passar do tempo, um desejo na qual ele tem medo que possa o descontrolar.

Levi, era o nome do garoto que ele desejava incessantemente em seu subconsciente. Toda noite Cain sonhava com Levi, cada sonho era mais apaixonante e vulgar do que o outro.

A sensação de tocar desde o exterior de sua pele até o interior de seu corpo e ser começou a ser o que ele mais sonhava, imaginar como seriam os seus gemidos se ele o dominasse, "que expressões ele faria?", será que seu corpo reagiria? ou será que ele apenas sentiria nojo e repugnância? era esse tipo de pensamento que o consumia.

Eles estiveram juntos desde que o pai de Cain morreu, Cain sofre bullying desde então, sendo assim excluído dos demais alunos que o rodeavam, e Levi também sofria com problemas em sua família, mas mesmo que fosse popular entre os outros ele sempre ia atrás de Cain, nunca o deixava sozinho e Cain o consolava. Os dois foram o conforto um do outro, foram o refúgio um do outro.

Por isso que é ainda mais difícil de se engolir esses sentimentos, pelo medo incontrolável de perder o que eles criaram e cultivaram com toda a confiança, amor e carinho.

Como uma queimadura de alto grau, esses cenários que Cain se imaginava com Levi se tornaram persistentes e impagáveis em sua mente. Mas ainda assim essa sensação de desespero e ansiedade o cobria desde os pés à cabeça, martelando em seu inconsciente, perfurando e rasgando seu coração, com o mesmo questionamento torturante: "ele... o Levi também é um homem".

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continua.

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O Casal que não é Casal

Cain:

"Desde os nossos 7 anos... é desde essa época que somos amigos, já fazem 10 anos, e fazem 6 anos que eu comecei a sentir algo a mais por ele.

O Levi é menor do que eu e parece mais delicado, embora eu saiba que isso seja mentira, já que ele luta judô. Ele é muito atencioso e agradável, mesmo que os outros me deixassem de fora das situações, ele faz questão de estar comigo.

A pele dele é bem clara, diferente de mim, seu cabelo é liso(bem sedoso) e preto, os olhos dele são escuros, e ele tem um queixo bonito, as mãos também, e tem a nuca e a boca dele...!

Argh! Para de pensar isso idiota!! Mesmo que eu ame ele eu não queria que esse sentimento fosse muito pra esse lado vulgar, tenho repugnância da minha falta de vergonha!! Não é como se eu não pensasse assim antes, mas ultimamente tem ficado mais intenso e persistente.

E ele me vê como um exemplo perfeito! [choraminga] desculpa paixão, sou uma vergonha de ser humano!

-Cain!

E falando na perfeição.

- Ei Levi! -Ele se aproxima de mim correndo e pula nos meus braços, então o abracei. Ah~ se eu pudesse pausar o tempo, agora seria perfeito. Ele é tão cheiroso!"

Levi olha pra Cain e fala:

-Tava parado ali, não sabe que a gente tá atrasado?

-ah?! sério?!

Os dois saíram correndo e chegaram atrasados na aula, depois de receber uma bronca do porteiro eles foram para a classe. Assim que entraram o professor os olhou e exclamou:

-é a terceira vez essa semana que vocês se atrasam, e nem moram perto um do outro.

-desculpe professor.

-ou eles dormiram juntos professor! - debochou um colega que se sentava no fundo da sala. todos caíram na risada.

-e você tá morrendo de inveja né? (Levi)-a conversa descontraiu e o professor a parou.

Enquanto isso Cain só pensava: "se tivesse sido isso eu nem teria acordado hoje, teria morrido de felicidade". Na segunda aula, uma das colegas de classe deles entregou um papel pra Levi e disse pra eles se encontrarem depois.

*Cain

"o que será que está escrito lá? uma declaração?... bom ele já teve namoradas, mais até que eu... Será que ele se interessou por ela? Argh! que raiva*."

Depois que a aula terminou Levi foi até o lugar na escola que era conhecido como o 'cantinho' e era lá onde as pessoa iam pra namorar. Assim que chegou lá a menina realmente se declarou pra ele, enquanto Cain o esperava do lado de fora da escola.

Levi saiu da escola depois de um tempo e viu Cain sentado na calçada, abaixado, ele chegou perto dele, se abaixou na frente dele e perguntou:

-tudo bem? o que tá fazendo aqui até agora?

-eu tava te esperando.

-o que é isso?! podia ter ido pra casa! eu não ia ficar magoado -dizia ele com um sorriso no rosto. Cain agarrou sua cintura e o abraçou. -Cain?

- você vai me abandonar algum dia?

-... por que eu faria isso idiota?...

-tenho medo de te perder...

-que dramático! é por causa daquela menina?

Cain desviou o olhar.

-e se fosse?

-não se preocupe, eu a rejeitei.

-ah? por que?

-ela é bonita e tals, mas eu não gosto dela. Ela parece meio falsa hihihi!

-haah! que alívio!

-calma, não vou de deixar nem mesmo quando eu me casar!

"não era isso que eu queria ouvir!!ಥ_ಥ

(┛◉Д◉)┛彡┻━┻"

Eles se agarram de novo.

-vamos pra casa agora?

-vamos.

-Cain.

-uhm

-vamos ver um filme hoje.

-na sua casa? Seu pai não tá em casa hoje? (ele não gosta de mim).

Levi acenou e disse- não. Hoje ele vai fazer hora extra, só vai tá meu irmão.

-entendi, vamos então.

"eu gosto de passar tempo sozinho com ele, mas ultimamente prefiro que tenha mais alguém no lugar, tenho medo de acabar fazendo alguma coisa com ele".

continua.

Quero

Cain:

Assim que chegamos a casa dele, pegamos algumas coisas na geladeira e ele mandou sairmos correndo para o quarto dele, entrei e fechei a porta. Normalmente ele não faz isso. Ele então trancou a porta, a porta do quarto dele sempre foi cheia de trancas.

-por que essa pressa toda?

-ele tá aqui com a namorada.

-seu irmão? e daí?

-quando ela vêm eles ficam transando o dia todo, dá pra ouvir ela gemendo até do lado de fora, mas parece que ela grita mais alto quando sabe que tem alguém em casa.

-ha? fala sério! mulher sem noção.

"Será que ele reage quando escuta ela gemer?"

-bom, vamos ver o filme. Pega o pendrive aí na gaveta do lado da cama.

-ta bom.

Mas que porr-?!? Por que ele tem camisinhas no quarto dele?!? Será que ele tem usado com alguém?!? ou... [imaginando] ele usa sozinho..? ahh... quero ver isso. Preciso provocar ele...

-ei Levi.

-oi? O que você-?!

-pode me mostrar como você usa isso? -disse enquanto segurava a camisinha perto da minha boca.

-ei! devolve aqui idiota!

Comecei a abrir e ele veio pra cima de mim e me derrubou na cama... e ficou sentado em mim... Merda! não fique duro agora desgraça!!

-me devolve agora essa merda.

-porque você tem essa "merda" com você? seu pervertido.

Quero provocar mais ele... Puxei o rosto dele na direção do meu, quando nossos rostos ficaram muito pertos...

-você não pode me mostrar como você usa?

A expressão dele ficou séria agora. "Quero beijar ele"... Quando pensei em me aproximar os gemidos da namorada do irmão dele começaram, tava mais pra gritos.

-droga -ele puxou a camisinha da minha mão- te falei pra não fazer barulho!

-foi mal, (mas foi você que gritou) argh! que escandalosa!!

"ESSA VACA ATRAPALHOU TUDO!! uhm? na minha barriga agora...? Ah sabia, ele está com ereção.... [suspira] Peguei na cintura dele e o deitei na cama, dessa vez ficando por cima dele. Toquei o zíper da calça dele e perguntei:

-é sério que e você ficou duro só por escutar a voz horrível dessa piranha engasgada?

A expressão dele não foi normal, e ele não me xingou de primeira, como sempre faz, aquela reação fez eu me "animar" entre as pernas também. "Por que diabos você corou?! Me chute! Me xingue!"

-E-eu preciso ir no banheiro. -disse ele enquanto saia de fininho.

-ei, agora dá pra usar a camisinha. -ele fez uma cara de bravo e foi no banheiro.

"Será que eu exagerei? E ESSA PUT* NÃO PARA DE GRITAR!! Argh! acabei ficando duro também.... não esperava aquela reação... droga..."

Um tempo depois ele voltou do banheiro, tão quieto do que na hora que ele saiu, já parecia mais "calmo". Ele pegou o pendrive e começou a arrumar o filme

-Levi

-uhm?

-desculpe.

-ah? por que? -disse ele se virando rápido e confuso.

-eu acho que te irritei por te te provocado...

Ele chegou perto de mim, mexeu no meu cabelo e disse:

-não fiquei bravo, só fiquei envergonhado... -"aí meu coração...!"

-posso te abraçar?

Levi sorriu e se aconchegou de frente pra mim, colocou suas pernas em cima das minhas e me agarrou forte com os braços, me aproveitei porque não sou idiota e abracei ele também. Ele disse:

-assim?

-ta perfeito. -"ah~ felicidade... seria melhor se essa mulher parasse de gritar!"

De repente os gemidos pararam e foi seguido de um estrondo na porta do quarto dele, nos assustamos e quando olhamos pra porta, a mesma estava aberta e o pai de Levi estava na porta, o seu irmão estava mais pra trás, e sua namorada nos olhou fixamente.

-pai...!

Levantei antes que ele pudesse dizer alguma coisa (já pensei em evitar qualquer conflito já que o pai dele não gosta de mim).

-desculpe atrapalhar, não sabia que o senhor estava em casa.

-cheguei agora, e subi porque vi um sapato diferente na porta. A propósito... por que estavam agarrados daquele jeito?

-o senhor nunca abraçou seus amigos?

-não desse jeito. -ele olhou pro meu quadril, eu ainda estava "daquele jeito"- e também nunca fiquei animadinho por abraçar um.

Todos começaram a me encarar, Levi levantou. Eu disse:

-que homem não reagiria a uma mulher engasgada gemendo?

- o que? -indagou o irmão dele.

-uma mulher gemendo descontroladamente no quarto do namorado, qualquer idiota sabe perfeitamente o que está acontecendo lá dentro.

Ele parecia ter se contentado com a resposta, até olhar na cama e ver o pacote da camisinha.

-e aquilo ali? Qualquer idiota que vê uma camisinha aberta num quarto com duas pessoas trancadas sabe perfeitamente o que aconteceu lá dentro.

-Pai isso é que- -ele foi interrompido por um tapa no rosto do pai dele.

-Ei! -peguei na camisa dele enfurecido- MAS QUE PORR* VOCÊ ACHA QUE TÁ FAZENDO?!

Levi puxou o meu braço.

-tá tudo bem! ei! Cain!

-Pelo visto você achou um cliente fiel a você. É realmente igual a sua mãe.

-DEEGRAÇADO!

-Cain!!

Levi me puxou com força pra longe do pai dele. Um clima estranho ficou no ar. Ele segurou a minha mão.

-calma, tá tudo bem.

-eu acho melhor eu ir embora.

-eu vou com você.

Peguei as minhas coisas e quando estávamos saindo do quarto, o pai dele segurou o ombro dele e disse:

-volte sozinho com uma explicação.

-entendido.

Saímos da casa dele, Levi na verdade me arrastou pra fora da casa dele, andamos dois quarteirões depois da casa dele, ele ainda na frente, me segurando pela mão, de cabeça baixa. "Ele está chorando..?" Acelerei o passo pra ficar do lado dele e ele apertou o passo. "Vou dar um tempo pra ele... ele está chorando".

Andamos por mais um tempo e ele enchugou o rosto e parou de andar.

-me desculpa por mais cedo. -eu o abracei.

-por que está se desculpando idiota? fui eu que abri a camisinha e eu que pedi o abraço, além de ter te feito gritar. Desculpe, odeio te ver assim...

-ta tudo bem...

"Essa que é a maior mentira né? o rosto dele ficou vermelho e inchado... o tapa daquele desgraçado foi forte..." Acariciei o machucado no seu rosto.

-eu não devia ter provocado ele... está doendo?

-não.

-está mentindo?

Ele desviou o olhar.

-não...

-idiota, diga quando doer. -apoiei a minha cabeça no ombro dele. -eu te amo.

-também.

"Não diga 'também', parece que está concordando e não respondendo" olhei pro rosto dele e falei pra irmos pra minha casa, pra fazermos o curativo da bochecha dele. Fomos para casa, e assim fiz o curativo.

-preciso ir embora agora.

-eh? porquê?

-tá tarde -estudávamos de tarde, então desde que tudo aconteceu, já eram oito horas da noite.

-e é por isso mesmo que você vai dormir aqui. Tudo bem?

-tá, vou avisar o meu pai.

-okay.

Ele saiu do meu quarto pra ligar pro pai dele e foi pra sala. Depois de um tempo ele voltou e disse que o pai dele tinha deixado desde que ele voltasse antes da aula no dia seguinte.

continua.

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