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Nasci Para Te Amar

flashback

14 anos atrás:

          O Dia está esta nublado e frio demais aqui em Forks, cidade pequena e com poucos habitantes.

          

Acordo  com o despertador tocando,  tento esticar meus braços até ele para desliga-lo, minhas costas doem, passo a mão nos meus cabelos e percebo a ardência em minhas mãos, suspiro fundo, mais um dia pela frente, céus não aguento mais, olho para o teto do meu quarto está úmido por causa das constantes chuvas as paredes estão pintadas em tons pastel, tem uma arara de roupa perto da parede  ao lado a porta do quarto, a arara é pequena pois não tenho muitas roupas já que não tem necessidade quando você  mora em um colégio interno .

          

Me levanto e acento na cama olho para a janela e vejo que está garoando, olho para o relógio e são 5:35 , hora de tomar banho katherine, me levanto pego meus utensílios para a higiene pessoal e um par de roupa e sapatos, abro a porta do quarto e vou ao banheiro feminino que fica no fim do corredor, apenas eu estou acordada, sempre levanto mais cedo para tomar banho, entro no banheiro tiro minhas roupas e ligo o registro do chuveiro, espero a água descer, não adianta esperar a água esquentar isso não vai acontecer, respiro fundo e adentro em baixo da água gelada, me ensabou e lavo os cabelos, aonde o sabão passa em minhas costas me causam arrepios e ardência, minhas mãos estão ásperas e avermelhadas. Tenho cinco minutos para tomar banho antes que outras meninas entrem. O banheiro tem vários chuveiros e cabines com vasos, nas cabines só contem um vaso, e só podem ser usadas pra fazer as necessidades. Os chuveiros ficam de frente para as cabines com apenas divisórias laterais para pendurar as roupas. Eu não  gosto que me veem nua, me sinto constrangida.

       Saio do chuveiro me seco, pego minhas roupas ridículas para vestir, primeiro a calcinha, depois o sutiã, quando vou abotoá-los a dor me faz desistir de usá-los hoje, então descido ficar sem, coloco um vestido branco que vai até os joelhos e uma blusa branca de manga depois um vestido preto que vai ate metade da canela, dobro a gola da blusa por cima do vestido preto, calço os sapatos pretos rústicos, penteio os cabelos e faço uma trança baixa. Saio do banheiro com minha sacolas nas mãos e vou para o quarto guardar minhas coisas, desço para o grande salão ( refeitório) quando o sino toca 06:00, todas as meninas em fileira descemos as escadas a madre Gertrudes   Esperava por nós no final da escada.

-Bom dia meninas - Disse a velha freira com sua carranca, elas nos olha com olhar de nojo e desdém.

- Bom dia madre superiora - Falamos em uníssono.

- Desçam rápido- Assim fizemos uma fila todas lado a lado virado de frente pra ela, antes do café ela avalia, se estamos penteadas com o uniforme adequado e sapatos , ate a escovação dos dentes ela confere, verifica se a algum acessório ou maquiagem em nós, não pode haver nenhum vestígio de vaidade.

       Logo após a avaliação matinal, fomos fazer o dejejum e depois temos aula.

        Ja na sala de aula que fica em um prédio em frente ao dormitório, a professora de literatura, falava, uma das minhas aulas preferidas, ela explicava qual seria o livro que leríamos quando alguém bateu na porta.

-Entre -Disse a professora Soraia, a porta se abriu revelando a  irmã Genevive.

- Licença professora Soraia, a madre superiora está chamando a senhorita ketherine até  sua sala - Ela olha para mim e depois para a professora esperando sua liberação.

- Senhorita ketherine acompanhe a irmã Genevive até a secretaria por favor.

     Assente com a cabeça

- Sim senhora. - Levantei-me e fui em direção a porta , os outros alunos se olharam e cochichavam o que eu teria aprontando dessa vez.

       Confesso que estava um pouco aflita qual seria a implicância ou reclamação desta vez , toda vez que eu ia a coordenação é por que havia alguma reclamação e sempre saia punida, o que me deixava indignada pois nunca fiz nada para merecer os castigos, estou farda deste lugar .

      Irmã Genevive se manteve calada todo caminho . Com seu habito preto e um semblante tranquilo, ela caminhava rápido, parou em frente a porta e deu dois toques, esperou a liberação para entrar e logo após entramos na enorme sala, a madre se encontrava sentada atrás da grande mesa, olhava alguns papeis então levantou a cabeça e falou com Genevive para se retirar.

- Sente- se Sra.ketherine - Dei alguns passo e me sentei na cadeira a sua frente, com uma postura rígida é impecável, ela me olhou por alguns instantes, suspirou e falou.

- A Senhorita está dispensada de seus afazeres de hoje, você pode ir ate seu quarto e juntar seus pertences. -Uma longa pausa ela fez, sua expressão era de incredulidade, eu não soube decifrar, eu estava confusa o que eu fizera agora, eu seria expulsa, ou me trocariam de setor de novo ,eu estava preste a questionar quando ela continuou. - Sua mãe ligou e pediu sua dispensa, regressara a sua casa, ainda hoje a 12:00 fique pronta até este horário, e lembre-se de não se atrasar caso contrário terei o prazer de castiga-la pela última vez antes de partir. - Seu tom firme e autoritário me fez tremer e engolir em seco.

     Eu sai da sala assim que ela me autorizou fui para o meu quarto e juntei tudo o que eu tinha e coloquei em uma sacola eram 3 peça de roupas idênticas e 2 sapatos iguais, meus objetos de higiene pessoal e uma foto de meu pai, fiquei trancada no quarto ate o relógio marcar dez para meio dia .

      No pátio fiquei parada por dez minutos esperando o carro que iria me levar ao aeroporto, era o que eu acreditava, parada ali observei a minha volta todas as estruturas e colinas sombrias que aquele lugar tinha, tudo muito apagado e sem vida , enquanto eu esperava, Genivive se mantia ao meu lado como o um cão de guarda.

o começo

Parece tudo tão assustador visto de fora. Meus pais se casaram tão novos por obrigação, sabe casamento arranjado minha mãe me deu a luz aos 18 anos, ficou grávida na primeira noite com meu pai o casamento deles durou até a morte dele eu tinha cinco anos.

Minha mãe não perdeu tempo assim que a poeira abaixou, procurou outro homem para se relacionar, ela nunca amou meu pai, a morte dele foi a sua carta de alforria, eu amava o meu pai ele me tratava como uma princesa, ao contrário de Meury que mau parecia ser minha mãe.

Quando fiz seis anos ela conheceu um homem rico extremamente bonito ela tinha 24 anos na época ele 18, ele tinha acabado de sair do colegial, e acabara de receber uma fortuna após a morte de seus pais, ele era um homem já amargo sistemático e muito inteligente minha mãe por sua vez o conquistou logo de cara se fazendo de frágil e desamparada o que o comoveu de compaixão ele convenceu de que tinha que ajudar a probre moça.

Maury não queria contar a ele que já tinha uma filha, com dinheiro que meu pai deixou de herança e com o dinheiro da hipoteca da casa ela me colocou em um colégio interno, fiquei lá por anos até que ele tomou a decisão de investigar o passado de minha mãe, por sua vez ela escondia um segredo uma filha do seu primeiro casamento, ela disse a ele que não queria perdê-lo por já ter uma filha e como ela estava preocupada com o futuro decidiu me internar em colégio interno.

Aos 12 anos ele pediu que ela me tirasse de lá antes que virasse freira. Fui morar com eles em Miami, a casa dele era incrível, assim que passava pela porta principal dava de cara com uma escada grande, do lado esquerdo tinha a parte da Sala com um sofá enorme e uma TV de Led de 75 polegadas, do lado direito uma copa com uma mesa grande de jantar e lustre, o segundo andar após a grande escada a esquerda era meu quarto, à direita do lado do meu, quarto do casal, nos outros quarto de hóspedes todos com suíte.

Aos 12 anos comecei entrar na fase da puberdade por mais que tivesse morado seis anos em um convento não era tão inocente assim, meus seios já eram bem grandinhos meu corpo já não parecia mais com o de uma criança, Eu tinha acabado de virar mocinha, minha mãe me assustava dizendo para eu nunca fica perto de meninos e nunca ficar de biquíni na piscina era para eu colocar short e blusa, dizia para eu nunca anda só de toalha ou roupas curtas perto do Henry não entendi bem o porque disso tudo mas como uma moça obediente acatei suas ordens.

Aos 16 anos tirei minha carteira de habilitação, depois que sair do colégio interno Henry me matriculou em um colégio particular perto de casa, conheci algumas pessoas legais porém decidi não me enturmar, eu era tímida perto do Henry e bem revoltada com minha mãe, Henry e eu mal nos víamos por mais que morássemos na mesma casa, a única hora que nos víamos era na hora do jantar ou almoço que estava sendo bem raro, a dois anos em que vem viajando constantemente a negócios, afinal ele é o O chefe de uma empresa muito bem colocada nos ramos Mobiliários em Miami e pretendia crescer ainda mais.

Assim que tirei minha carteira ele me permitiu dirigir um de seus carros em caso de emergência, apenas com supervisão de um adulto, o que me matava de raiva.

No dia 7 de dezembro minha mãe me pediu para levar ela para pegar o Henry no aeroporto, no caminho ela ditou algumas regras de convivência após sua chegada, o que eu questionei claro pois eram coisas absurdas o que eu não pude acreditar e aceitar, minha mãe me tratava como se eu fosse uma puta acho que o meu medo de eu ter o mesmo caráter dela. No caminho ela falou que não podia confiar em ninguém nem em sua própria filha o que me fez chorar muito e começamos uma discussão que teve fim com carro afundado em uma carreta.

Já se passaram seis meses após sua morte, fiquei muito abalada passei a maior parte do tempo trancada no quarto, com a imagem do carro batendo o corpo dela caído do meu lado isso me assombra todos os dias.

Enfim decidi sair do quarto e descer para o café da manhã ao descer as escadas vi que a mesa do café já está posta Maria esperava do lado da mesa para servir.

- Bom dia senhorita kathy !- disse ela séria.

- Bom dia Maria me sentei na poltrona confortável deslumbrada com banquete na mesa, meu estômago roncou, e acredite se quiser não era de fome, não tenho me alimentado da Maneira certa esses meses e pra minha sorte ou azar, eu não tinha ninguém para me ditar as regras, ou dizer o que devo ou não fazer, estou a tanto tempo selecionando o que comer passo a maior parte do dia só bebendo água, não sei como meu corpo está aguentando. Então meu estômago roncou novamente após eu sentir o cheiro da comida, ele estava me informando para sair correndo dali, peguei um pedaço de melancia e coloquei na boca.

- Sr. Henry mandou avisar que não vai chegar a tempo pro café, que chegará até a janta.

- Era de se esperar né Maria. - Levantei da cadeira peguei outra melancia a mochila e sair apressadamente.

O dia foi bem corrido,no colégio vários trabalhos a ser feitos. Em casa tomei um banho, me vestir razoavelmente bem, com uma blusa preta de manga até cobrir as mãos, uma calça jeans bem apertada e mostrava bem meu bumbum e minha cintura um tênis branco baixo, o cabelo Preto e nada de maquiagem. Quando desce para o jantar Henry já se encontrar a mesa confesso que travei ao vê-lo meu Deus como ele pode estar tão bonito me sentei a sua frente na mesa.

- Olá Kathy - Ele disse olhando pra mim fixamente.

-Oi Henry - Eu respondi com a voz baixa tímida e tristonha.

-Como vai as coisas por aqui ? -Perguntou ele me encarando com seus belos olhos azuis.

-Acho mais agradável comermos primeiro e depois conversarmos respondi friamente sem lhe olhar nos olhos, me servir e observei entre os cabelos, comendo e fiquei admirando tamanha beleza era estupenda. Eu não o vi muito esses meses apenas duas vezes desde o enterro, Henry está viajando a negócios eu não cobro atenção ou que esteja presente, sinto sim a falta dele as vezes, mas confesso que ficar só em casa é um alívio, quando ele volta pra casa, fica no máximo dois dias e vai embora de novo.

- Bom acabei, peço licença para me retirar? - Esperei pela resposta ja me levantando.

Ele me olhou quando levantei e me constrangi com a forma que meu olhou, não pude conter meu desconforto as borboletas que voavam e meu estômago, ele assentiu eu saí, era bem claro que ele não se importa com a minha presença.

secretaria executiva

         Já são 7h00 da manhã eu estou atrasada "belo jeito de começar o primeiro dia de trabalho Katheriny ." Hoje é o meu primeiro dia na empresa do meu padrasto Henry me formei na faculdade de gestão financeira a pouco tempo, ele me deu a oportunidade de mostrar meu trabalho, estou muito feliz por receber essa chance de mostrar tudo o que absorvi durante esses quatro anos de faculdade.

Vou começar na empresa como secretária de seu amigo Eric, o homem que se mostrou muito simpático e disposto a me ajudar acho que a bajulação toda veio porque fui indicada pelo Henry, afinal indicação do chefe significa que eu sou alguém importante e ninguém quer desapontar o chefe, Henry tem viajado desde meus 16 anos constantemente, está morando em Manhattan a negócios, ele está abrindo outra filial da companhia estar mobile. Fico feliz por ele, pela grande conquista mas fico bem triste às vezes por sua ausência, bem antes da morte da minha mãe ele já não se fazia presente, depois que ela morreu raras vezes apareceu, são sete anos sem o ver , só vi ele em fotos dos jornais.

Cheguei na empresa 10 minutos atrasada, quando cheguei fui direto a minha mesa que já estava cheia de papéis para ser entregues e enviados, o senhor Eric não havia chegado ainda, então pude relaxar e trabalhar tranquila quando relógio bate as 10h00 da manhã vi um homem loiro alto de porte atlético e de olhos azuis vindo até a minha mesa, olhei para o senhor Eric e me levantei para cumprimentá-lo.

-Sr.Eric, Bom dia !

-Bom dia katheriny!

-Oh por favor senhor, me chame de Kathy- disse a ele um pouco sem graça, ninguém me chamava pelo nome completo a não ser que estivesse com raiva, só Mary tinha o costume de me chamar pelo nome.

-Assim claro me perdoe Kathy preciso que me envie os relatórios do Sr.Boss o mais breve possível, preciso analisar tudo para entregar ao Henry para reunião de quarta.

-Sim ,claro entregarei assim que contatá-lo.

Ele me olhou de cima abaixo entrou na sala dele atrás de mim.

        O dia foi bem longo e corrido tive que repassar os relatórios para Eric, atendi vários telefonemas e servi muitos cafezinhos para o Eric durante o dia, nunca conheci alguém que tomasse tanto café. No final da tarde estava exausta com tanto trabalho tive que fazer hora extra devido a reunião de quarta Eric e eu tivemos que revisar a proposta do senhor Boss antes de mandar para a secretária do Henry, só então me dei conta de que eu o veria em breve.

Quando cheguei em casa após Patrick o motorista me buscar eu mal conseguia me segurar em pé, fui para o meu quarto coloquei minha bolsa na beirada da cama, entrei no banheiro e tomei um banho morno para relaxar o corpo, confesso que tudo o que eu queria agora era uma bela massagem, sai do banheiro de toalha e me deitei na cama ainda nua, fechei os olhos e logo estava imersa em um sono profundo.

Terça-feira às 6h00 da manhã eu já estava de pé me arrumando, peguei uma saia preta de fenda nas pernas até altura da coxa uma blusa social branca sem detalhes um escarpã preto, passei um perfume que ganhei no meu aniversário, com o cabelo solto e uma maquiagem mais básica, peguei minha bolsa e fui até a Copa, sobre a mesa o banquete que Maria preparou, hoje peguei um pedaço de queijo e duas uvas e sair, Patrick por algum motivo não estava então chamei um táxi e fui para empresa. Hoje o dia será longo e não posso me atrasar, Cheguei mais cedo na empresa preparei algumas tarefas fui à sala de reunião conferir se já estava tudo organizado para amanhã, 12 cadeiras certinho o Slide estava perfeito funcionando corretamente, agora era só aguardar, eu não participava desse tipo de reunião ainda só os diretores e a secretária do presidente que faziam parte da reunião o que me dava alguns minutinhos de descanso.

Ao sair da sala de reunião ouço passos rápidos e ruídos mais altos no andar superior algumas Secretárias cochichavam.

- Ele chegou? - Perguntou uma moça morena a loira encostada a uma mesa.

-Sim está na sala dele .

-E como ele está ? há tanto tempo que não o vejo, só nos jornais .-Disse a morena novamente.

- Ele está ainda mais gato do que da última vez que eu o vi. -Pude perceber animação na voz da loira.

Andei pelo corredor Passando por elas sem ser notada apertei o botão do elevador e desce para o meu andar.

Eric já havia chegado pelo visto todo mundo decidiu chegar na hora certa hoje o meu telefone tocou.

-Sra.Kathy pode vir na minha sala por favor? -chamou Eric numa voz doce.

-Sim, senhor já estou indo.

Ao entrar na sala Eric olhava alguns papéis que estavam sobre sua mesa quando percebeu minha presença me olhou e disse para me sentar agradeci e permanece de pé.

-Preciso que você vá até a sala de Henry e entregue esses relatores pessoalmente para ele revisar, estou lhe pedindo para ir pois estou bem ocupado agora, e isso vai tomar um pouco de tempo, preciso que se ele tiver alguma dúvida referente a qualquer coisa você anote e me passe e o explique cada detalhe do que projetamos ontem OK ? - Ele olhou para mim sério esperando minha resposta.

-Sim Senhor. - Só pude responder isso e pegar a pasta e sair da sala .

Pensei comigo mesmo se ele me conheceria depois de tanto tempo, fiquei muito ansiosa com a ideia de revê-lo confesso que meu estômago apertou com a ideia, antes de subir fui até o banheiro retoquei a maquiagem o perfume me ajeitei para me certificar de que não teria nada fora do lugar, após uma longa olhada no espelho sair em direção ao elevador ao entrar apertei o botão para o último andar, quando cheguei no andar superior tinha duas mesas uma virada para a outra, uma do lado esquerdo estava vazia, a outra do lado direito tinha uma mulher loira na frente do computador, assim Que sentiu minha presença levantou a cabeça se pôs de pé e perguntou se poderia me ajudar.

-Não obrigada, preciso falar com o doutor Henry ele está?

-Sim mas do que se trata? - Ela perguntou se pondo a minha frente me encarando de cima abaixo.

-Somente o Dr.Henry -Indaguei.

-Sinto muito pois qualquer tipo de informações tem que ser passadas a mim primeiro.

-Sinto muito querida, mas o que tenho que falar é somente com ele. Com licença.- Dei a volta nela e caminhei até a porta dele bate duas vezes.

-Entre Ivy.

Abre a porta e entrei sem hesitar a garota loira, passou por mim como um foguete tão rápido que quase não pude notar.

-Me desculpe senhor ela entrou sem permissão.

Ele não estava prestando atenção nela, eu estava parada em frente à porta com os olhos fixos no monumento à minha frente, ele está de terno preto camisa social branca e um relógio de ouro, está com a cabeça baixa olhando alguns papéis, quando ele ouve a voz de Ivy ele levanta a cabeça, olha pra ela e depois pra mim, nossos olhos se cruzam por alguns estantes e numa fração de segundos meu coração para.

-Pode deixar Ivy que irei atendê-la agora.- Ele diz e olha pra mim - Sente-se -A loira me lança um olhar furioso e sai da sala fechando a porta.

-Como posso ajudar a senhorita ? -Ele me olha e aponta para a cadeira para que eu me sente.

Olho pra ele incrédula sério isso ?Ele vai mesmo fingir que não me conhece? ou será que realmente não se lembra de mim ? Minha cabeça estava cheia de dúvidas porém decidi entrar no seu jogo.

-Prazer Dr. Henry meu nome é Katheriny sou a nova secretária do Sr.Eric.- Digo estendo a mão para cumprimentá-lo, ele segura minha mão em um aperto firme e de confiança suas mãos estavam geladas e me fez tremer, separamos nossas mãos e me sentei a sua frente coloquei os papéis na mesa.

-O Dr. Eric pediu que eu trouxesse essas pautas da reunião de amanhã para que o Senhor possa revisar e se houver alguma dúvida estou aqui para esclarecer.

Ele pega os papéis e passa os olhos, logo em seguida começa a ler, enquanto ele ler eu observo mais de perto, é as secretarias que Conversavam hoje mais cedo tinha razão ele está ainda mais bonito. São sete anos sem nos ver e quanto mais velho mais bonito ele fica, o cabelo dele preto com uma mecha caída na testa o rosto quadrado seus lábios finos o queixo marcante sua expressão séria e profissional tudo nele é chamativo pra mim, me faz perder o bom senso de não observar, ele olha pra mim e diz.

-Diga ao Eric que por hora está tudo correto, vou revisar mais uma vez e caso eu tem alguma dúvida entrarei em contato direto com ele, obrigado.- Ele termina de falar e eu entendo que ele está me dispensando.

Me levanto abro a porta e saio da sala, do lado de fora está a secretária loira e a assistente morena de hoje mais cedo, às duas se olham quando saio da sala, mas não disseram nada, ficaram me encarando enquanto eu passava para ir até o elevador.

Fico me perguntando o que foi que aconteceu com ele porque agiu como se não me conhecesse, por que foi tão ríspido comigo, deixou tão claro que não queria ter acesso a mim, confesso que me senti impotente, como se tivesse sido desclassificada. Fui até a sala de Eric e bate na porta.

-Entre.-Abre a porta e entrei na sala.

-Senhor, Dr.Henry pediu para Lhe informa que irá revisar novamente as pautas e caso tem alguma dúvida Esclarecerá diretamente contigo.

-Ele disse isso ? -Assenti e com a cabeça.

-É ele deve estar estressado hoje. kathy por favor me traz um café?

-Sim senhor. -Sai da sala e vou para a sala de convivência peguei um copo de café e encho, Eric bebe 5 copos de 700 ml por dia de café, não sei como aguenta, voltei até a sala dele entreguei o seu café e fui para minha mesa terminar de imprimir os contratos e pautas da reunião de quarta.

Fiquei o dia todo tão atarefada que não tive tempo de respirar, imprimir vários papéis revisei os relatórios e propostas que chegaram, fiz o trabalho de Eric o dia todo pois ele praticamente não faz nada só manda, ser diretor assim é fácil estou exausta e louca pra ir embora,o relógio marca 18h00 e graças ao bom pai já posso ir pra casa, junto as minhas coisas pego minha bolsa e sigo para o elevador lá dentro tento ligar para Patrick que não me atende, já vi que vou ter que embora de táxi, quando saio do elevador passo pela portaria me despeço da recepcionista, paro na porta do prédio esperando um táxi.

Um carro preto para na minha frente e a janela do carona se abre, ouço alguém me chamar é Patrick graças a Deus vou para porta de traz entro no carro, pra minha surpresa Henry esta lá olhando pela janela intacto como se minha presença fosse nada fecho a porta do carro e faço o mesmo que ele encostei minha cabeça na janela e fechei os olhos pelos 20 minutos da empresa até a minha casa durmo como se estivesse em minha cama, quando acordo já estamos no jardim da mansão quando olho da janela vejo ele entrando em casa "apressado "penso logo pego minha bolsa e saio do carro meio cambaleando, agradeço a Patrick e entro em casa observando em volta ou melhor o procurando porém não há nem sinal de vida dentro da casa, subo as escadas e vou para o meu quarto, coloco a bolsa no Closet e vou para o banheiro.

Me olho por longos minutos no espelho tiro minhas roupas e me encaro nua, percebo vários arranhões nas costas pernas e braços não faço ideia da onde veio a metade dos machucados e os outros sim me lembro porém quero afastar esses pensamentos, entro debaixo do chuveiro e deixo a água morna relaxar meus músculos molho a cabeça e fecho os olhos.

-PARA DE FALAR ASSIM -Grito com ela aos prantos- Você não me ama não é? Você nunca me amou? - E de repente luzes invadem o painel do carro...

Quando olho pro lado.

-Maury ? Mãe ? -Grito desesperado ao vela sangrar do meu lado . E logo após tudo fica escuro.

Abro os meus olhos e desligo o chuveiro, saio do banheiro enrolada na toalha vou até o Closet e me pergunto o que vestir, até que eu encontrei uma blusa de manga longa rosa e uma calça moleton preta, coloco uma sapatilha preta, arrumo cabelo e desço para o jantar.

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