Começava anoitecer em Seattle, os flocos de neve rodopiavam no ar deixando tudo branco e luminoso. Dianna Will estava pensativa, olhando o clima pela janela a espera do Kevin Will que estava prestes a chegar. Ela estava casada a quase seis meses e se arrependia profundamente disso, nem mesmo queria ter casado com ele. Perdida em pensamentos profundos, deixou que a tristeza lhe dominasse a ponto de seus olhos lacrimejarem, mas o barulho da porta a despertou, seu cunhado chamava.
- Dianna... Saindo do transe em que estava, aproximou-se devagar e abrindo a porta, atendeu-o sorrindo.
- Junior, não esperava vê-lo esta noite.
- É, eu disse que não sairia, mas tive uma emergência de trabalho, a babá de Lucas está doente e... Naquele momento ela sorriu largamente.
- Tudo bem, eu fico com ele.
- Obrigado Dianna! Junior sorriu para ela e continuou falando. – Eu vou buscá-lo, ele está dormindo.
Junior Will era irmão caçula de Kevin, ele morava a quatro quarteirões dali, tinha um filho de cinco anos e mesmo sendo tão jovem, era viúvo. Um homem lindo e elegante, cabelos negros, pele bronzeada e lindos olhos azuis. Trabalhava em Seattle Memorial Hospital, era um cirurgião de boa reputação, com apenas 32 anos se tornou um dos melhores. Depois de colocar o garotinho na cama, ele a olhou com carinho, seus olhares se encontraram e ela baixou a cabeça, porém ele disse:
- Não se preocupe, ele deve dormi até amanhã, eu tenho uma cirurgia e não sei quanto tempo devo demorar.
- Fique o tempo que precisar, não tenho nada para fazer amanhã. Ele sorriu e saiu, enquanto ela ficou observando-o se distanciar, Junior era um homem extremamente atraente, o oposto do irmão. Para Dianna, sua vida se resumia num casamento forçado de desgosto e tristeza, e tudo começou, depois que seu pai acumulou uma misteriosa dívida com os Will’s, colocando o seu patrimônio e ela como garantia. Richard Will tinha que apresentar seu sucessor ainda aquele ano, mas segundo o estatuto da empresa, ele teria que ser casado. Sendo assim a dívida do seu pai seria quitada se ela aceitasse se casar com Kevin Will, era apenas um contrato de casamento, uma simples assinatura num papel, sem nenhum contato físico.
Kevin era um homem de quase 40 anos, bonito, individualista, rico e sedutor, mas extremamente desagradável. Às vezes, quando Dianna lembrava da última conversa que teve com seu pai, sentia raiva e tristeza ao mesmo tempo. Mas o telefone tocou e seus pensamentos foram interrompidos.
- Dianna. Falou Kevin do outro lado da linha, sua voz parecia tranquila. - Meu voo atrasou e eu só devo chegar pela manhã, mas não me espere.
- Entendi. Não era de costume ele ligar, aquela atitude a deixou confusa, no entanto, ela foi para o quarto e dormiu logo em seguida. Quando amanhecera, Dianna despertou com o barulho insistente na porta. Marta e alguns dos empregados foram dispensados dos serviços naquele fim de semana, mas com a chegada de Kevin, a governanta logo estaria de volta. Porém, depois de cobrir seu corpo com um roupão de seda, ela se dirigiu até a porta.
- Desculpe te acordar tão cedo. Falou Junior entrando na casa.
- Não se desculpe, eu já deveria está de pé, logo seu irmão estará em Seattle e não quero está aqui quando ele chegar. Quer café? Ela falou caminhando para a cozinha.
- Sim, um café cairia bem. E Lucas, ainda não acordou?
- Não, ele dorme feito um anjo. Enquanto conversavam, ele acompanhou os passos dela, no entanto, enquanto Dianna preparava o café, percebeu que Junior a observava maliciosamente, as vezes, ela se sentia como uma presa, sem saída, diante de um predador silencioso, não era a primeira vez que isso acontecia, os olhares dele queimavam sua pele de desejo, isso a perturbava, a deixava envergonhada, afinal, estava casada com o irmão dele, se bem que não era um casamento de verdade, eles nunca tinham se tocado, nem no mesmo quarto dormiam, não era um casamento real.
- Aqui está. Ela colocou o café na mesa. Quer leite?
- Não, não precisa. Porém, ele mudou o rumo da conversa. - Você disse que meu irmão está chegando?
- Sim, ele ligou ontem e disse que chegaria hoje pela manhã, achei tão estranho, ele nunca fez isso, mas, você vai participar da reunião?
- Não, claro que não.
- Seu pai também deve chegar hoje.
- Dianna. Ele tomou um gole do café. - Eu, sinceramente não me importo com meu pai, ou com a empresa dele, tenho minha vida, meu filho, meu emprego...
- Desculpa, eu... Ele se levantou devagar e caminhou na direção dela, acariciou seu rosto, e um pequeno sorriso surgiu em seus lábios, ela estremeceu, todo o seu corpo reagiu àquele toque.
- Sinto muito, não quis falar assim, eu me preocupo com você, sei que o que meu pai fez com sua família é imperdoável, mas eu não faço parte dessa família a muito tempo. Junior estava perto demais, ela podia sentir a respiração dele em seu rosto, ele passou a mão pelos cabelos dela e olhou em seus olhos, ela sentiu seu coração explodir dentro do peito e sua respiração parar por um instante, naquele momento seu rosto mudou instantaneamente de cor, mas o trincar da porta os fez despertar. Ele se afastou imediatamente e voltou a sentar, quando Marta entrou sorrindo.
- Bom dia Dianna! Junior!
- Marta! Não esperava vê-la tão cedo.
- Desculpe Sra. Will, mas o patrão me ligou e pediu que eu viesse imediatamente, disse que estava chegando e precisava de mim.
- Entendi, eu preciso ir, com licença. Ela saiu em passos largos, entrou no quarto e foi direto para o banheiro, tomou um banho rápido, colocou um vestido bege de malha espessa e gola alta, pegou um casaco preto e saiu, no entanto, assim que começou a descer as escadas, se deparou com Kevin em pé conversando com Junior, ela parou no mesmo instante e ainda pôde ouvir uma parte da conversa.
- Se eu fosse você participaria, tem muito dinheiro em jogo.
- Como já te falei, eu não preciso desse dinheiro.
- Daqui a algumas horas nosso pai estará aqui, venha jantar conosco Junior.
- Vou ver, não te garanto nada. Ele segurava Lucas no colo e voltando o olhar para Dianna disse:
- Dianna, obrigado por cuidar do Lucas. E sem esperar por nenhuma palavra saiu da casa. Foi nesse momento que Kevin percebeu Dianna no topo da escada, ele a olhou por inteira e sorrindo disse:
- Venha, precisamos conversar. Porém, ela disse secamente.
- Eu estou de saída.
- Não me questione e venha. Ela terminou de descer as escadas irritada, seguiu até a sala de estar, quando ele continuou a falar. - Não fique me olhando, sente-se. Ela sentou e olhou para ele esperando que falasse, mas o que ela não sabia era que as palavras dele a deixaria ainda mais irritada.
- Não vai dizer nada?
- Você vai assinar um novo contrato, atualizamos o último. Ela levantou furiosa e gritou:
- Você não fez isso.
- Hoje à noite meu pai virá para o jantar, quero você ainda mais bonita.
- Eu não estarei nesse jantar.
- Eu não estou pedindo, estou mandando. Ela sentiu tanta raiva que seus olhos encheram de lágrimas, ainda tentou segurá-las, mas não conteve e as lágrimas transbordaram do seu rosto.
- Não pode me tratar desse jeito, eu tenho cumprido com todas as exigências desse contrato. Mas, ele a ignorou completamente.
- Você não disse que ia sair? Ela ficou ali parada, olhando para ele, sem saber o que dizer. Queria gritar e falar tudo que estava preso na garganta, mas preferiu ignorá-lo e virando-se, saiu em passos lentos, quando ele a fez parar dizendo:
- Então, me acompanhe no café, venha, sente-se comigo. Ela respirou fundo algumas vezes para aliviar a raiva que sentia e sendo obrigada o acompanhou, tentando não quebrar nenhuma regra do contrato, sentou ao lado dele e não disse uma palavra, simplesmente ficou olhando-o, quando ele voltou a falar. - Eu trouxe um presente para você, usará esta noite.
- Porque está me tratando assim? Quando assinamos essa droga de contrato seria somente seis meses, porque mudou de ideia? Kevin ficou em silêncio, nem olhou para ela até que terminasse seu café, depois sorrindo perguntou.
- Não está com fome? Dianna explodiu.
- Eu vou embora dessa casa. Ela levantou furiosa e saiu em passos largos, enquanto caminhava, só ouviu ele dizer num tom de deboche:
- Deveria comer querida, vou precisar de você esta noite. Ela nem olhou para trás, subiu as escadas correndo e entrou no quarto, jogou-se na cama em lágrimas, odiava aquele homem, odiava seu pai também. Depois de ter chorado por algum tempo, sentou-se na cama, tentava enxergar um futuro longe de tudo aquilo, mas não conseguia ver nada, pensando em desabafar um pouco, pegou o telefone e ligou.
- Desculpe está te ligando a essa hora, sei que passou a noite trabalhando. As lágrimas voltaram a cair de seus olhos, fazendo sua voz mudar imediatamente, mas ela continuou falando. – Mas, por favor me ajude, eu não posso continuar vivendo nesta casa.
- Dianna, não fique assim, não suporto saber que está sofrendo desse jeito, pense pelo lado bom, amanhã termina seu contrato, e você estará livre. Do outro lado da linha ele só ouvia os soluços, seu coração ficou apertado ao ouvi-la chorar, sabia o quanto estava sofrendo, conhecia as atitudes do seu irmão, não suportava vê-la sofrer assim e tentando consolá-la disse com carinho. - Por favor, não chore.
- Seu irmão está cada dia pior. Ela soluçava. Ele me humilha sempre que me vê e agora renovou o contrato.
- O quê! Exclamou Junior irritado. - Aquele desgraçado! Ele não pode fazer isso.
- Eu não vou assinar nenhum contrato idiota, meu pai está morto mesmo, não faz diferença.
- Olha, eu quero que fique calma, tente se acalmar, decidir ir ao jantar essa noite e converso com meu pai, fique tranquila.
- Obrigada Junior, você tem sido um bom amigo.
- Sempre estarei do seu lado e posso ser mais que um amigo, nos vemos a noite. Ela desligou o telefone, estava mais aliviada, sabia que Junior ia tentar ajudá-la da forma que pudesse, só não sabia se ele ia conseguir. Ela permaneceu deitada na cama, olhando para o teto, sentia que não o queria só como amigo, estava se apaixonando por ele, mesmo sem querer aceitar, no entanto, ele não era como os membros da família Will’s, pelo tempo que passou perto dele pôde perceber isso. Às vezes ficava imaginando como seria beijá-lo, tocá-lo ou, como seria sentir o toque dele em seu corpo, Dianna fechou os olhos imaginando como seria e sentiu arrepios pelo corpo, mas seus pensamentos foram interrompidos com a voz do Kevin.
- Dianna. Ele abriu a porta sem bater e se aproximou dela. - Trouxe isso para você. Kevin colocou a caixa que segurava sobre a cama, era uma caixa grande com detalhes dourados e uma fita rosé em volta na forma de um laço.
- Não quero nada de você. Ela sentou na cama e ficou olhando séria para ele.
- De agora em diante não vai ter escolhas. Ela se levantou e ficou de frente para ele, enfrentando-o.
- Não pode me obrigar a assinar essa droga de contrato.
- Eu posso te obrigar a fazer o que eu quiser. Ele segurou o queixo dela com força, trazendo-a para perto de se, como se quisesse beijá-la, mas ela rebateu.
- Não toque em mim. Com as duas mãos, ela o empurrou tentando afastá-lo, mas ele permaneceu no mesmo lugar como se fosse uma rocha.
- Você não imagina do que sou capaz. Ele sorriu com deboche e saiu do quarto, deixando-a assustada.
Era quase noite quando Richard Will chegou, ele era um homem alto, de meia idade, rosto firme, cabelos loiros, olhos cristalinos e profundos. Carregava um ar de felicidade em sua voz e possuía uma beleza devastadora que hipnotizava. Apesar do seu jeito extremamente autoritário ele era gentil com todos. Depois de ter se acomodado no seu sofá preferido, ele pediu vinho e mandou chamar Dianna, ela não demorou a chegar.
- Que bom vê-la novamente, como tem passado? Beba um pouco comigo.
- Eu preciso mesmo conversar com você, é sobre o Kevin.
- Vejo que ele andou aprontando outra vez, ele desrespeitou você ou descumpriu com nosso acordo?
- Ele fez outro acordo, quebrou as regras ditadas pelo senhor.
- Vou conversar com ele, fique tranquila. Ela sabia que aquela conversa tinha encerrado, mas continuou sorrindo. - Eu trouxe isso para você. Ele pegou a caixa vermelha que estava sob a mesinha e abriu exibindo uma joia para ela. - Da cor dos seus olhos, posso colocar?
- Claro, mas não precisava se preocupar.
- É sempre um prazer te presentear, gosto de te ver sorrindo. Dianna não estava feliz, mas talvez a presença de Richard naquela noite não fosse tão ruim como ela imaginava. Eram quase 20 horas e ela relutava a descer, não podia imaginar o que aguardava e nem queria pensar que as coisas ficariam piores, por fim, depois de 15 minutos de relutância ela decidiu descer para o jantar, vestia o presente de Kevin, um lindo vestido dourado com detalhes rosê que desenhava perfeitamente seu corpo bem torneado, o colar que Richard lhe dera cobria lindamente seu pescoço. Mas antes que terminasse de descer, percebeu que havia várias pessoas e muitas olhavam para ela. Richard chamou atenção de todos e disse alegremente:
- Essa é Dianna Will, para quem ainda não a conhece, minha nora, a esposa do Kevin. No mesmo instante Kevin apareceu para acompanhá-la, pegou-lhe suavemente na mão e disse:
- Vejo que seguiu meu conselho. Ela ignorou as palavras dele e olhou em volta a procura de Junior, mas ele não estava, seu semblante decaiu e ela se preocupou em ele não aparecer. O jantar começou sem a presença de Junior, quase quinze pessoas, os acionistas e suas esposas, mas nem todos ficaram até o fim, foi um jantar aparentemente divertido, mas Dianna se manteve em silêncio durante todo o tempo. Horas mais tarde ela já havia tomado mais drinks que o normal, seguiu para o terraço, e ficou olhando o jardim, o lugar estava pouco iluminado, mas era extremamente aconchegante, estava triste demais para acompanhar aquele clima chato quando ouviu uma voz.
- Estive a sua procura. Ela imediatamente olhou para traz, a presença de Junior naquele momento a fez sorri. - Eu sabia que ia encontrá-la aqui.
- Cheguei a pensar que não viria.
- Não te deixaria sozinha no meio dos tubarões. Ele sorriu acariciando o rosto dela. Você está bem? Ela não disse nada, as palavras desapareceram, simplesmente o abraçou forte e ficou ali nos braços dele. Mas quando sentiu o toque das suas mãos sobre o seu vestido, o tempo pareceu parar, não se ouvia nada além das suas respirações impacientes, seus rostos estavam a centímetros um do outro, difícil demais para resistir, ele olhou em seus olhos e suavemente colou seus lábios nos dela. Quando ele finalmente a beijou, uma corrente de prazer começou a irradiar por todo o seu corpo, como se a coisa que ela pedia a muito tempo fosse lhe dado. Um beijo quente e suave, depois com intensidade, como se ele fosse devorá-la.
Ela não tinha nenhuma vontade de lutar contra, apenas saboreou com prazer aquele momento. Enquanto sua língua se insinuava em volta da dele, ela sentia uma sensação de volúpia e prazer, sua respiração estava ofegante, ela parou para respirar e ouviu ele dizer em delírio:
- Não podemos fazer isso.
- Quer parar? Ela se afastou dele a espera de resposta, mas ele não disse nada por um momento, afastando-se dela voltou a falar.
- Sinto muito, não devia ter feito isso. Ela se afastou ainda mais ficando de costas para ele, sentiu que precisava se recompor, mas ele voltou a se aproximar pegando-a pela cintura, a mistura de seu perfume masculino e discreto invadiu suas narinas fazendo-a perder sua sobriedade, beijos quentes ele distribuiu pelo seu pescoço, provocando uma corrente de choque pelo seu corpo, como conseguiria resistir. Mas ela estremeceu quando ouviu a voz de Kevin.
- Dianna, você está aí? Ela respirou fundo e ajeitou os cabelos, estava escuro, com certeza ele não viu nada. Pensou. Indo em direção a ele, respondeu:
- O que quer comigo?
- Precisamos conversar, o meu pai estar nos esperando. Ele segurou suavemente em seu braço, mas ela imediatamente gritou:
- Não toque em mim. Quando chegaram a sala os convidados já tinham ido embora.
- Venha, ele estar no escritório.
- Vou no banheiro, encontro vocês lá. Ela entrou no banheiro ainda trêmula e sorriu de alegria com o que acabara de fazer.
Dianna retocou a maquiagem e se dirigiu ao escritório, quando entrou todos estava a sua espera, Richard sorriu para ela pedindo que sentasse e assim fez, em seguida ele começou a falar:
- Bom, antes de começar quero muito agradecer ao Junior por estar presente, afinal você faz parte dessa família, mesmo que não queira, e Dianna quero te pedir que tenha um pouco de paciência, nossa empresa está com um novo projeto que vale bilhões, trará muitos benefícios para o nosso país, além de oportunidades de novos empregos, vamos fechar esse negócio daqui a uns trinta dias com os japoneses e eles priorizam muito o casamento, tanto que as esposas também participam das reuniões, mesmo que não digam nada, eu não vou pedir que você assine nenhum contrato, confio na sua integridade e sei que depois desse projeto faremos outra reunião para que você possa estar livre dessas obrigações. Em seguida, voltando-se para Junior continuou a falar. - E você meu filho, peço que se faça presente nesta reunião, sei que tem suas obrigações no hospital, mas é importante, agora vamos beber. Todos ficaram em silêncio, ninguém ousou dizer nada contra, pois Richard não tinha pedido, tinha ordenado e todos sabiam disso. Dianna sorriu para ele e aceitou a taça de vinho que foi lhe dada, Junior estava ao lado do pai também sorrindo e Kevin ainda muito sério olhava pela janela quando seu pai interrompeu seus pensamentos:
- Algum problema Kevin? Ele virou, ficando de frente para o pai e disse:
- Não, não há problema algum, eu só peço permissão para fazer uma ligação. Quando ele saiu, Dianna se aproximou de Richard e disse:
- Eu agradeço muito Sr. Will a sua generosidade. Ele sorriu e perguntou a Junior:
- Ela não é linda meu filho?
- Com certeza pai.
- Bom. Richard olhou para o relógio que carregava no pulso. - Eu tenho que ir, nos vemos no próximo mês, e Dianna a casa que foi da sua família será sua agora, aqui as chaves. Ela pulou em seus braços e o abraçou forte, ele beijou-lhe a testa e saiu. Depois que Richard saiu da sala, Junior olhou para Dianna sorrindo, ela também sorriu e seus olhos brilhavam, imediatamente ele se aproximou dela tomou seus lábios com intensidade, com uma mão em volta do seu pescoço e a outra passeando pelo seu copo, Dianna estremeceu, no entanto o interrompeu:
- Não podemos fazer isso aqui. Ele passou as mãos pelos cabelos sorrindo.
- Desculpe, acho que foi o vinho. E em seguida saiu da sala, ela também sorriu, sem acreditar que as coisas iam de vento em popa, Richard cumpriu o que havia prometido e isso a deixava extremamente feliz, saiu da sala ainda sorrindo e se deparou com Kevin, ignorando-o continuou seu caminho, mas ele agarrou violentamente seu braço fazendo-a parar, porém ela imediatamente gritou:
- O que há com você, solte-me. Mas ele apertava ainda mais, olhando para ela com fúria. - Está me machucando.
- Ainda não acabou, entendeu? Você me deve muito. Ele a soltou e saiu em passos largos, enquanto ela olhava assustada para ele, depois se dirigiu para a cozinha a procura da governanta.
- Marta, por favor traga gelo.
- O que houve senhora, se machucou?
- Foi Kevin, aquele bruto. Seu braço estava vermelho e as marcas refletiam em sua pele, no entanto, ela continuou falando: - Eu vou me deitar, você pode preparar um chá?
- Sim, minha querida. Ela se dirigiu para o quarto, tirou as jóias, os sapatos e a roupa quando percebeu que tinha alguém no quarto, virou-se imediatamente e Kevin estava somente de toalha ali na sua frente, tinha acabado de sair do banho, ela congelou no mesmo instante, aquele comportamento era estranho, pois nunca havia acontecido, durante o tempo que estavam casados mal se falavam, às vezes, ele nem lhe dirigia a palavra, agora estava se comportando desse jeito, assustada e confusa ela perguntou.
- O que está fazendo aqui?
- Isso é pergunta que se faça ao seu marido?
- Saia do meu quarto! Ele deu umas gargalhadas.
- Você é minha e serei um marido de verdade. Ela ficou apavorada, no entanto, o enfrentou dizendo:
- Não ouse tocar em mim. Ele caminhou perigosamente na direção dela, Dianna, porém deu uns passos para traz até bater na parede, não havia escapatória, sentiu-se encurralada.
- O que vai fazer agora? Ela sentiu seu coração disparar e sua respiração ficou mais forte quando ele continuou. - Quero ouvi você gritar.
- Eu não tenho medo de você. Sua voz saiu trêmula.
- Eu posso ver o pavor em seus olhos e isso me excita.
- Está rompendo o contrato. Ele gritou batendo forte na parede.
- Porra de contrato, meu pai me envergonhou na frente de vocês e com certeza você pagará por isso. Ele a segurou pelo braço e jogou-a violentamente sobre a cama enquanto ela gritava.
- Para, por favor Kevin, não toque em mim. Do lado de fora Marta subia as escadas devagar, carregava uma bandeja com o chá, mas, parou imediatamente quando ouviu os gritos de Dianna, ela aproximou-se da porta e bateu suavemente, mas ninguém parecia ouvi, no entanto, a voz de Dianna era de desespero. - Por favor, me solta. Marta bateu na porta mais forte.
- Senhora? Dianna ouviu aquela voz salvadora e gritou ainda mais alto.
- Marta me ajuda, socorro! Por favor, Marta! Kevin deu um tapa no rosto dela fazendo-a calar e gritou:
- Saia daqui sua velha, ela é minha mulher. Marta deu um pulo de susto, a bandeja caiu no chão e ela desceu as escadas correndo a procura do telefone, suas mãos tremiam, mesmo assim ela conseguiu digitar repetindo várias vezes.
- Sr. Richard, Sr. Richard. O telefone só chamava, mas ninguém atendia. - Ai meu Deus! Porque não me atende? Ela olhava para os lados ainda tremendo, em seguida gritou com veemência, como se lembrasse de algo. - Junior! Isso, Sr. Junior. E no segundo toque ele atendeu. - Sr. Junior, Sr. Junior...
- Fala Marta, o que está acontecendo, porque está falando assim, está chorando?
- Ah, eu não sei, é seu irmão... a Senhora Dianna, por favor, precisa vim aqui agora.
- Droga. Ele nem terminou de falar e saiu correndo. Marta se dirigiu até a porta para esperá-lo, ela estava tremendo que mal conseguia ficar de pé. Aquela espera parecia uma eternidade e ele não chegava. De repente ele apareceu, parou bruscamente o carro e saiu largando a porta aberta.
- Onde eles estão?
- Lá em cima. Ele subiu correndo as escadas, sua mente fervilhava em pensamentos, conhecia muito bem seu irmão, sabia que ele não aceitava ser humilhado e foi isso que seu pai fez com ele no jantar. A raiva dele poderia se transformar em vingança e com certeza Dianna era o alvo. Ele bateu na porta ferozmente gritando.
- Dianna! Abra essa porta Kevin ou vou derrubá-la. Ele nem esperou que o irmão respondesse e chutou a porta violentamente, abrindo-a no primeiro golpe. Ao entrar no quarto, olhou para todos os lados a procura de Dianna, mas Kevin o segurou pela camisa e socou seu estômago, pegando-o desprevenido, fazendo ele gemer de dor.
- Não se meta irmãozinho, ela é minha mulher. No entanto Junior recuperou o fôlego em segundos e partiu-lhe o nariz com um só golpe. Enquanto eles brigavam, Marta encontrou Dianna caída no chão, seu rosto sangrava, com um pequeno corte em sua testa e ela tinha hematomas pelo corpo.
- Senhora, senhora, acorde.
Dianna abriu os olhos devagarinho e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios quando ela desmaiou novamente. No mesmo instante em que ela dava socorro para Dianna dois seguranças entraram no quarto separando a briga entre eles, Kevin estava sem roupa e totalmente transtornado, mas foi levado a força por um dos seguranças para outro cômodo da casa.
- Precisa ficar calmo Sr. Will. Disse um dos seguranças, mas Kevin estava extremamente irritado.
- Saia e feche a porta. O segurança obedeceu e ficou do lado de fora por alguns segundo. Kevin se vestiu de qualquer jeito e saiu, desceu as escadas em passos largos e entrando no jipe seguiu para o centro.
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