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A Ferro E Fogo: O Amor Continua

Capítulo 01

Narração: Leandra

É meus caros, pedi meu namorado em casamento, e ele aceitou. Depois de ele ter aceitado o meu pedido de casamento, e eu e a Polaca termos convidado uma a outra pra ser madrinha de casamento, eu e o Preto nos beijamos de língua. Depois do beijo ficamos de rostos colados e ele falou.

— Tu és a mulher mais incrível desse mundo.

— Achei que tu ias dizer que eu sou a mulher mais louca desse mundo.

Ele sorriu e voltou a me beijar, depois do beijo ele se ajoelhou e fazendo carinho na minha barriga falou.

— Oi filhotes, tudo bem meus amores? Vim dizer que vocês tem a mamãe mais linda, forte e decidida que alguém poderia ter, eu tenho muito orgulho dela sabia?

Eu sorri e ele deu um beijo demorado na minha barriga. Ele se levantou e os nossos amigos vieram nos cumprimentar, a Polaca me deu um abraço apertado e falou.

— É amor de verdade mesmo, hein Preta?

— Viu só, eu vou casar e eu que fiz o pedido, para deixar a coisa mais doida ainda.

A Polaca riu e falou

— Que você seja feliz ao lado dele.

— E eu vou ser, pois ele já me faz muito feliz.

Ela deu um sorriso e me abraçou mais uma vez. Colocamos mais uma rodada de carne na churrasqueira e mais bebida no freezer, apenas eu e o Preto não estávamos bebendo, pois eu não podia beber e ele fazia questão de me acompanhar. Seguimos na vibe de diversão até alta madrugada, não sei que horas eram quando eu e o Preto entramos e ele me levou no colo até o quarto.

 Com cuidado ele me deitou na cama e se ajeitou sobre mim, me beijando.

— Eu amo tanto uma mulher.

— Ainda bem que é só uma. – Brinquei.

Ele sorriu e mordeu o meu lábio inferior. Eu e ele nos despimos, ele me entregou a camiseta dele e eu vesti sorrindo.

— As minhas camisetas ficam melhor em ti do que em mim. – Brincou ele

— Sabe que eu penso o contrário?

Nós rimos.  Ele se deitou na cama e eu me ajeitei sobre o peito dele, fazendo carinho no meu rosto ele falou.

— O amor da minha vida.

Eu sorri

— A gente tem que escolher o nome dos nossos filhos. — Falei olhando para ele.

— Huum. — Disse ele se fazendo de desentendido

E estiquei e dei um beijo nele.

— Guilherme Júnior. — Disse ele sério.

— Não, eu tenho pavor de Júnior no nome.

— Tá bem então, diz um nome aí.

— Pensei em Fernando, em homenagem à Polaca, afinal ela salvou a minha vida, tá sempre do nosso lado.

— Beleza, um deles vai se chamar Fernando, e o outro pode ser Victor, em relação a tua vitória contra o câncer, em relação a essa gravidez ser uma vitória.

— Legal, Victor e Fernando, parece nome de dupla sertaneja.

— Ué, mas quem diz que eles não vão ser realmente uma dupla sertaneja?

— Ah para.

Demos risadas e ele fez carinho no meu cabelo falando.

— Agora tá na hora da mamãe descansar.

— Ah não, pelo menos me deixa curtir mais esse papai lindo?

Estiquei-me e voltei a beijá-lo.

— Descansa, por favor.  — Disse ele tirando uma mecha de cabelo do meu rosto

— Ah não.

— Preta, por favor, pelos nossos filhos.

— Tá bom então.

— E qualquer coisa me chama, mesmo que seja um enjoo ou uma dor de cabeça fraca, ok?

Capítulo 02

— Ok.

— Vai me chamar né?

— Claro que eu vou.

— Chama mesmo, agora boa noite. - Disse ele me dando um selinho demorado.

Narração: Guilherme

Comecei a fazer um cafuné e ela logo adormeceu.

— Te amo minha Preta. – Falei dando um beijo no topo da cabeça dela.

Demorei a pegar no sono, fiquei pensando em tudo principalmente no que eu havia passado há alguns dias atrás, num momento eu estava prestes a perder a mulher que eu amo, no outro me jogaram num lugar imundo no qual havia apenas eu e um rato, logo depois fui enterrado vivo e por fim para fechar tudo com chave de ouro (no bom sentido) recebi a notícia que seria pai, e pai de gêmeos! Dois guris para eu amar como se não houvesse amanhã.  Assim que o dia amanheceu dei um jeito de sair da cama sem acordar ela, assim que eu saí segui direto para uma floricultura, onde comprei um buquê de rosas amarelas e brancas, o maior que eu pude, essas flores são as preferidas dela, então, porque não compra-las? Após comprar o buquê segui para uma loja de chocolates e comprei uma caixa de bombons.

Quando cheguei em casa ela me procurava como uma criança assustada.

— Onde tu... — Eu a interrompi

 Entreguei os presentes e comecei a falar.

— Não te procuro só pelo sexo, vou atrás de aconchego, de um ombro amigo, de risadas sinceras, te curto a beça, tua companhia me aproxima da felicidade, não é só tesão da minha parte, é carência de ti, escolho a ti para partilhar as minhas fraquezas, os meus segredos, os abraços e as declarações de amor, não quero foder contigo, quero fazer amor, dormir de conchinha, quero te amar, e receber amor.

Ela sorriu com os olhos cheios d’água, como eu amo essa mulher.

Narração: Leandra

— Pois é ao teu lado que eu quero viver até o fim dos meus dias, minha Preta. – Disse ele

Eu sorri e colei o rosto no dele.

— Te amo tanto meu Preto.

Ele fez carinho no meu rosto.

— Tu és tudo pra mim, minha Preta.

Dei um beijo nele e de mãos dadas seguimos para a cozinha onde ele preparou o nosso

café.

— Tô pensando em me mudar daqui. — falei olhando ele de canto de olho.

— Como assim?  — perguntou ele girando nos

calcanhares e me encarando com uma sobrancelha erguida.

— Quero morar em Londrina.

— Só não digo que é ruim porque sei que tu não vai me deixar aqui.

— Quem diz que não vou?

Ele riu e apontou pra aliança no dedo dele.

— Ah é, eu tinha me esquecido que a gente tá noivo.

Ele me encarou sério e então foi a minha vez de rir.

— Eu tava pensando da gente morar no haras e colocar isso aqui a venda, sei lá.

— Falando no haras a gente podia ir para lá né? — Disse ele sorrindo

— E tu ainda perguntas? — Falei acariciando o rosto dele.

Era uma sexta à noite quando eu e o Preto pegamos a estrada e seguimos para o haras, ele quase que implorou para eu não dirigir.

— Mas Preta.

— Eu tô grávida e não doente ok? Eu quero dirigir e eu vou dirigir.

— Meu Deus!..—  eu o interrompi

— Se tu falares “onde eu fui amarrar o meu cavalo” eu te jogo na estrada.

Ele riu e falou

— Não vou dizer isso, não te preocupa.

— Acho bom.

Capítulo 03

Narração: Leandra

— Acho bom.

Fiquei olhando para ele com o canto do olho como se estivesse brava e ele caiu na gargalhada.

— Já disse que tu ficas linda quando tá com essa cara?

Eu não contive o riso e falei

— Não, tu não disseste isso ainda.

— Pois é tu ficas linda com cara de brava.

— E eu digo o mesmo de ti.

Ele olhou pela janela do passageiro e eu pude ver pela penumbra, que o rosto dele havia ficado levemente rosado. Sorrindo balancei a cabeça e liguei o rádio, logo a música Country Boy tomou os auto falantes. Ele deu um pulo e ficou me olhando.

— Que foi? — perguntei

— Country?

— Porque não?

— Sei lá, tu tá sempre pilchada, imaginei que iria sair uma gauchesca.

— Tem de tudo, menos funk, funk só rola quando eu tô bêbada.

Ele riu.

— Que foi? Não tem porra nenhuma naquela merda de música, se é que podemos chamar aquilo de música.

Ele me encarou com a sobrancelha erguida, paramos numa lanchonete e eu peguei água quente e erva mate.

— Lanchonete de beira de estrada me lembra o nosso primeiro encontro. — Disse ele

— Encontro em que eu fiquei furiosa contigo por acabar com o meu almoço.

Ele riu alto. Após descansarmos um pouco seguimos de volta para a estrada, ele ia cevando o mate, enquanto íamos conversando e rindo, e claro trocando algumas carícias, é praticamente impossível, para não dizer impossível, de não ficar acariciando a perna dele e a sua nuca enquanto eu ia dirigindo. Pelo canto do olho pude ver ele sorrir enquanto cevava mais um chimarrão, dei uma apertadinha na coxa dele antes de trocar a marcha.

Narração: Guilherme

Entre uma entrega de mate e outra nós íamos rindo, eu olhei para ela e ela olhava pelo pára-brisa, e sorrindo, preciso dizer que me apaixonei de novo?  A Preta é do tipo de mulher que não leva absolutamente nenhum desaforo para casa, nem ao menos me deixa dirigir a desgraça do carro dela! Sabe aquela mulher autossuficiente? Essa é a Leandra, mas é justamente isso que nos faz gostar dela, ou como no meu caso, se apaixonar por ela e querer casar.  Chegamos ao haras e o Ventania veio troteando, até nós, a Preta desceu  do carro e começou a conversar com ele, ela abriu a porteira e entrou, ele se aproximou dela, e lhe deu uma espécie de abraço, ele envolveu a cintura dela com a pata dianteira e ela abraçou o pescoço dele.  Eles ficaram assim por alguns minutos até que ela voltou para o carro e sentando no banco do carona pôs o braço para fora, com o carro em movimento o Ventania ia nos acompanhando ao lado do carro,  ela chegou a andar com o carro em velocidade reduzida para ele poder acompanhar o carro com tranquilidade.  Esse cavalo parecia um cachorro, mas, na verdade, eu seria até capaz de dizer que por pouco ele não nasceu humano.

Narração: Leandra

Estacionei o carro na frente da casa e desci, com o Ventania ao meu lado.

— Tem algo diferente no ar — Relinchou ele

— Tem muita coisa diferente meu guri.

Ele mexeu as orelhas tentando captar algo.

— Eu estou grávida.

Ele soltou um relincho de desconfiança e se aproximou lentamente de mim.

— Tá vindo mais dois guris para eu amar igual a ti.

Ele encostou o focinho na minha barriga e fez carinho. Eu dei um sorriso, e falei.

— Tá vendo aquele cara ali?

— O que tem ele? — Relinchou ele intrigado

— Eu e ele vamos casar.

— Casar? — Relinchou ele incrédulo

— Aham, por quê? — Falei colocando as mãos na cintura

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