Lia se observava no espelho ao vestir o terninho preto para ir ao trabalho. Seu marido encostado no closet a espiava com olhar desejoso.
Jonas seu marido a fitava com olhos escuros e profundos. Admirava a beleza da esposa seu grande amor desde a adolescência.
Os cabelos loiros dela caiam numa cascata de cachos bem cuidados. A pele clara com os olhos amendoados bondosos. Ali estava o amor da sua vida. Mulher inteligente companheira e honesta. Pensava ele admirando o maior bem da sua vida.
O casal se fitava de maneira apaixonada pelo reflexo do grande espelho do closet de roupas. Perdidos um no outro não notaram passos rápidos de criança. Um riso infantil cortou o encanto que o casal sentia um pelo outro.
O riso de Victória no fundo, chamou atenção dos pais a menina correu para mãe abraçando a cintura fina dela.
_ Mamãe linda!
Exclamou a menina de 5 anos. Lia abaixou na altura da filha beijando as bochechas rosadas da criança. Que era uma cópia perfeita dela com os mesmos cabelos claros e olhos amendoados.
Sorrindo observou no espelho sua amada família.
Sua vida era perfeita aos olhos de todos. Tinha um corpo perfeito e um sorriso encantador e um coração bondoso.
Era casada com Jonas seu primeiro amor do colégio. Ambos planejaram suas vidas inteiras no período da faculdade, desde a casa na beira-mar até a velhice, ambos viviam apaixonados um pelo outro.
Eram casados a sete anos e tinham uma filha Victória de 5 anos. A vida de ambos era perfeita.
Lia administrava uma das filiais de uma multinacional no Brasil era bem respeitada em seu meio de trabalho sendo reconhecida por seu gerenciamento eficiente e justa. Começou de baixo sendo auxiliar de escritório subindo por sua dedicação e eficiência.
Tinha vários amigos mais uma em especial, Carla sua amiga desde o ensino fundamental. Uma morena de tirar o fôlego com curvas sinuosas e um apetite sexual insaciável.
A vida de Lia era boa em todos os sentidos. Nada lhe faltava. Era grata pela bondade do criador em sua vida. Pensava ela ao se despedir do marido e filha entrando no carro indo para o trabalho.
No caminho foi bombardeada por mensagens de Carla que a esperava no restaurante da empresa.
Assim que chegou no estacionamento deparou com seu chefe que a cumprimentou a distância. Descendo do carro rumou para o recinto onde encontrou com Carla que estava almoçando em uma mesa perto da janela com vista para o estacionamento, quando viram o supervisor estrangeiro passar indo em direção a porta de entrada do refeitório.
Joshuam era um típico americano. Olhos claros de um azul profundo, cabelos loiros e pele dourada pelo sol. Alto de porte atlético. Era o tipo californiano. Pensou Lia fitando o homem sem malícia ou maldade.
Carla jogou os cabelos negros lisos de forma sensual tentando chamar atenção do recém-chegado, em outras ocasiões fez gestos provocativos sendo ignorada pelo homem que tinha com todos uma atitude profissional.
Carla irritada falou:
_ Ele deve ser ‘homossexual’!
Lia revirou os olhos, pois odiava essa postura de mulher fatal de Carla. Que acreditava que todos os homens eram presas fáceis em seus jogos de sedução.
Sua mãe a havia alertado sobre a amiga dizendo que ela não era confiável que não passava de uma mulher vulgar, invejosa. A velha a aconselhou a filha a manter o marido longe desse categoria de mulher insaciável.
Por isso Lia nunca permitiu a amiga acesso a sua casa e a seu núcleo familiar. Fato que em secreto desgostava Carla, pois a mesma invejava a vida da amiga por casar com um homem fiel e ter uma família de comercial de margarina.
O resto do almoço foi uma tortura para Lia que ouvia as queixas da amiga sobre a postura fria de Joshuam.
Estava prestes a sair da mesa quando ele veio em sua direção. Carla jogou o cabelo de forma provocante acreditando ser por sua causa que ele vinha até a mesa. Joshuam ignorou a presença da mulher e com um sorriso cumprimentou Lia pedindo para que ela passasse em sua sala em alguns minutos.
Assim que o homem deixou a mesa o coração de Carla se encheu de inveja da amiga. Pois, sabia da competência de Lia e seu empenho na empresa. Carla a muito lutava por uma promoção. Fato que nunca foi lhe oferecido. Por isso nutria um ódio secreto por Lia que subia a passos largos na carreira.
Lia se despediu dela e seguiu para a sala do chefe.
Chegando lá foi recepcionada por ele com um grande sorriso. O mesmo ofereceu o lugar a sua frente. Lia sentou na frente da mesa de madeira e aguardou.
_ Lia você tem se mostrado uma excelente gestora. Fato que chamou atenção da matriz. Por isso ofereço a você o cargo de supervisora de nossas instalações na Argentina.
Lia com um sorriso no rosto agradeceu a promoção e com passos rápidos foi para sua sala. Tentou ligar para o esposo dando em caixa postal.
Com muita alegria seguiu para o estacionamento pegando seu carro e indo para casa. No meio do caminho foi atender o celular e não viu o carro que vinha descontrolado ultrapassando um caminhão. Seu carro foi atingido e a escuridão a engoliu.
Lia acordou no hospital, meses após seu acidente. Sentia estar longe a anos. Seu corpo parecia não lhe pertencer há muito tempo.
Com movimentos trêmulos tocou a cabeça com as mãos e sentiu uma penugem no lugar de seus cabelos. Aquilo a chocou.
Com medo tentou mover as pernas e não sentiu as mesmas, o desespero tomou conta de seu ser. Fechou os olhos novamente e ouviu a voz infantil de Victória a chamando:
_ Mamãe você acordou!
A voz de sua pequena a trouxe de volta a realidade. Abrindo os olhos deparou com o rostinho da menina banhado pelas lágrimas.
Viu sua pequena filha ao lado de sua mãe em frente a sua cama.
Tentou falar e a sua voz saiu em um sussurro fraco.
_ Sim, minha querida.
A garota fitava a mãe cheia de admiração e saudade.
A criança a abraçou com ternura e a velha senhora que a acompanhava estava com lágrimas nos olhos, gritou pedindo ajuda pela porta avisando que ela havia acordado.
Lia se sentindo esgotada fechou os olhos e os manteve assim até o médico chegar.
O mesmo chegou esbaforido e com voz forte falou:
_ Lia está me ouvindo?
Com voz fraca respondeu:
_ Sim.
_ Sente todas as partes do corpo?
Perguntou o homem ansioso.
_ Não sinto as pernas.
Respondeu ela fitando o homem com os olhos abatidos.
Cansada fechou os olhos novamente.
Assim foi seu primeiro dia após retomar a consciência. O dia todo passou por exames e seu caso foi discutido com toda a equipe médica que buscava meios para lhe devolver os movimentos das pernas.
Lia descobriu que o acidente a deixou em coma por três meses e que havia uma lesão em sua coluna que os danos poderiam ou não ser permanentes. Sua recuperação seria lenta e dolorosa comunicou o médico com pesar.
Ao longo da semana sua filha e mãe a vinham ver diariamente. Somente seu marido não havia visitado até então. Indagou a mãe sobre o paradeiro do marido e a mesma enfurecida tentava dissimular dizendo que não tinha notícias dele. Pois, ele não atendia seus telefonemas ou mensagens. Aquele fato a surpreendeu, pois, tal atitude não era do perfil de Jonas. Algo se passava com ele e Lia temia que o mesmo houvesse se entregado a bebida. Conheci a propensão do marido para o álcool. Sabia do histórico da família dele com essa droga.
Preocupada e cansada da ausência de Jonas pediu ao médico para usar o telefone. O mesmo só permitiu o uso devido a grande insistência dela. Decidida ligou para o celular dele. Três toques e a chamada foi atendida:
_ Aqui quem fala é Jonas.
Respirando fundo Lia falou:
_ Onde você está?
O silêncio foi total na linha.
Jonas emocionado falou:
_ Você acordou!
_ A uma semana.
_ Onde você está?
_ Estou indo para aí.
Disse ele desligando o telefone. Cerca de meia hora depois ele entrou pela porta e viu sua adorada esposa acordada sentada na cama o fitando com os olhos preocupados.
Jonas estava com aparência horrível. Barba por fazer cabelos sem corte e roupas sujas. Cheirando a bebida.
_ O que houve com você!
Exclamou Lia olhando para o marido preocupada.
O homem marchou até a esposa pegando as mãos dela entre as suas. Beijando o topo da cabeça da dela e sorrindo.
_ Estava em casa desesperado sem saber o que fazer!
Aquilo surpreendeu Lia que observou no marido pela primeira vez a fragilidade e medo.
O homem a fitava com os olhos cheios de lágrimas.
_ Tudo vai ficar bem você acordou.
Disse ele beijando as mãos da esposa desesperado.
O médico solicitou a saída de Jonas, pois viu a forma alterada que ele estava agindo.
Jonas aceitou a orientação do médico e prometeu voltar no dia seguinte. E assim ele fez! Voltou com roupas limpas e com a barba feita e cabelos cortados de banho tomado.
Encontrou a sogra e a filha com a esposa. A mulher mais velha o fitou com rancor e não dissimulou o que sentia.
_ O que está acontecendo?
Perguntou Lia ao observar a raiva da mãe por seu marido.
_ Apenas uns desentendimentos que tivemos no passado.
Victória fitou o pai com raiva e disse:
_ Você me deixou sozinha em casa. Se não fosse vovó ter ido me buscar teria morrido de fome.
Disse a criança com mágoa.
Lia fitou o marido horrorizada. O homem passou as mãos pelo cabelo nervoso e fitou a esposa e com voz fraca falou:
_ Quando você sofreu o acidente fiquei desorientado e acabei agindo como um idiota. Contudo, agora você está bem. Tudo vai voltar como era antes.
Disse ele pegando as mãos dela entre as suas.
_Me perdoe se fui um babaca.
Disse ele chorando ao observar a esposa o fitar com horror.
_ Não é só para mim que deve pedir perdão. Mais a nossa filha.
Disse ela com voz séria. O homem soltou as mãos da esposa abaixou na altura da criança e pediu perdão. A mesma perdoou o pai, pois seu coração infantil queria a família de volta.
Já Marcela a mãe de Lia se retirou do quarto marchando com raiva. Aquilo foi um alerta para Lia que sabia que existia algo a mais que justificava a raiva de sua mãe. Seu coração se apertou, pois, sentiu que uma escuridão se aproximava de sua vida. Que algo de muito errado havia acontecido quando estava apagada.
Fitando o marido notou que ele não sustentou seu olhar por muito tempo, fato que indicava que ele havia cometido uma grande falta com ela. Conhecia o caráter dele, sabia que em momentos de pressão seu instinto era fugir do problema. Sabia desta falha de seu caráter.
Fitou sua criança abraçada ao pai feliz por ter sua vida de volta.
Mais Lia sabia que sua vida nunca mais seria a mesma. Algo dizia em seu coração que nuvens pesadas estavam na frente de seu horizonte.
Jonas com o coração apertado temia perder a esposa quando ela tomasse conhecimento de suas falhas.
Com o coração aos saltos pedia aos céus, perdão por suas fraquezas. Pois, não conseguia sustentar o olhar por muito tempo devido ao remorso que corroía sua alma.
Carla recebeu a notícia enfurecida da recuperação de Lia. Saiu do trabalho e seguiu com seu carro para área pobre da cidade cheia de raiva. Entre ruas e vielas chegou a uma casa insalubre que cheirava ervas e tabaco.
Bateu na porta sendo atendida por uma figura peculiar um homem vestido com cores extravagantes e um chapéu de palha. O mesmo lhe deu passagem a guiando por um corredor estreito que desembocou em uma sala escura onde uma mulher muito velha com um olhar maldoso a fitava.
A velha sorriu de maneira maligna. Pois, sabia que a mulher sensual a sua frente estava furiosa e disposta a tudo para atrapalhar a vida de uma amiga devido à inveja e cobiça.
_ O que voz mise quer aqui?
Perguntou a velha de maneira maldosa.
_ Não finja que não sabe!
Exclamou Carla jogando uma sacola cheia de bebidas para oferenda.
_ Ela acordou e o marido correu para o hospital não foi?
Carla irritada fitou a velha com ódio.
_ Você me disse que seus feitiços não falham! Eu a queria morta!
Exclamou Carla bufando de ódio.
_ O feitiço surtiu o efeito esperado.
_ Como esperado? Eu pedi ela morta!
Risos ecoaram pela sala escura.
_ Pensas que tem poder sobre a vida e morte?
_ Você me prometeu!
Exclamou a mulher apontando o dedo em riste furiosa.
A velha a fitou seria e com um olhar feroz disse:
_ Pela sua descrença a mulher vai voltar para casa e o marido vai te por a correr. E você vai voltar com o rabo entre as pernas pedindo ajuda.
Carla fitou a mulher com ódio e ameaçou:
_ Não me ameace velha desgraçada.
Disse Carla marchando porta a fora.
Assim que a jovem saiu do recinto o comparsa da bruxa a fitou com olhos assustados.
_Essa mulher que saiu daqui é pura maldade!
Exclamou ele se benzendo com os olhos assustados.
_ Ela pensa que pode roubar a vida da moça. Mal sabe que esta cavando a própria cova. Tudo nesta vida volta meu filho tanto o bem quanto o mal. A colheita dela vai ser cheia de espinhos.
_ Você fez o trabalho para ela.
A velha riu de forma debochada e fitou o rapaz. _Meu fio sou ótima em vender ilusões para pessoas de coração ruim. Tu pensas que eu uma mulher simples do povo tenho algum poder?
_ Mais à senhora fala as coisas que vão acontecer rue!
Disse o outro com os olhos arregalados.
_ Menino o único poder que tenho é a experiência de vida de anos. Vivi anos entre as mulheres do bordel lavando roupa e limpando seus quartos. Sei o que se passa no coração dessas mulheres invejosas e egoístas. Por isso quando elas vêm me encontrar, sei de cor e salteado o que vai acontecer. Por isso tiro cada centavo dessas víboras que querem destruir o lar alheio. Essa que saiu daqui vai dar até a última gota de seu sangue para destruir a vida da pobre da amiga.
_ Mais o acidente?
Perguntou o homem não acreditando nas palavras da velha.
_ Foi apenas uma fatalidade menino. Não tenho nada ver com isso. Escute o que vou te falar fio. Daqui a poucas horas a víbora vem com o bolso cheio de dinheiro. Vou subir o preço da ilusão e pegar cada centavo dela.
Falou a velha sorrindo mostrando a boca com poucos dentes. Lamentando em seu coração o ocorrido pensando na sorte de Lia.
Carla irritada rumou como uma bala até a casa de Lia. Chegando lá, tentou abrir o portão maior e o mesmo não respondeu seus comandos. Irritada entrou pelo portão menor e tentou abrir a porta com a chaves que pegara no dia anterior. Para seu desespero a chave não abria a porta.
Irritada começou a gritar chamando atenção dos vizinhos que a fitavam com profunda repulsa. A roupa justa vulgar marcava o corpo voluptuoso de maneira exagerada. A maquiagem pesada lhe dava uma aparência sensual pesada.
Jonas ouviu os gritos da mulher na porta da casa. Lamentava não ter dado tempo de ter trocado o miolo da fechadura do portão menor.
Desgostoso abriu a porta e deparou com Carla no gramado transtornada que o fitava cheia de ódio.
_ Porque trocar a fechadura da porta?
Jonas fitou a mulher com desgosto.
A mesma viu suas coisas amontoadas em uma pilha de sacos de lixo e malas.
_ O que você pensa que está fazendo?
Indagou ela pondo as mãos no quadril de forma ameaçadora.
_ Carla odeio cenas e barracos. O que houve entre nós fomos um erro ok! Nunca te prometi nada.
_ Quer dizer que você me usou por três meses e está me descartando como lixo! Quem você pensa que é!
Gritou a mulher apontando o dedo no rosto do homem de forma agressiva.
Jonas apertou os olhos de modo aplacar a dor de cabeça que começava a se instalar.
_ Pare de drama Carla. Você é uma vadia! Se aproveitou que eu estava desestruturado com o acidente de Lia e veio com o papo furado de me oferecer um ombro amigo. Depois foi ficando me enfiando cada vez na bebida, se insinuando para mim quando estava bêbado. Foi ficando em minha casa. Se arrochando pensando que iria conseguir tomar o lugar de Lia. Você jamais tomará o lugar dela entendeu!
_ Engraçado e às vezes que você transou comigo aqui são?
Jonas fitou a mulher com deboche:
_ Sou homem! Queria o que, uma vadia se oferecendo. Tracei.
Exclamou ele de maneira séria para a mulher que o fitava cheia de ódio. Em um ímpeto acertou um tapa no rosto do homem que devolveu o golpe com força a jogando no chão.
Irritado ele a pegou pelo braço a jogando para fora trancando o portão com o cadeado. Rumou para casa e pegou as coisas de Carla as jogando por cima do portão. Jonas propiciou aos vizinhos um espetáculo dantesco.
Carla berrava que se vingaria dele por a ter feito de trouxa. Pegando suas coisas do chão que haviam sido espalhadas pela via de Copacabana. Transeuntes filmavam a cena rindo da sorte da mulher debochando do que se passava.
Os vizinhos observavam a cena com um misto de irritação e pena pela situação que presenciavam. Todos admiravam o casal que demonstrava ter uma vida perfeita. Lamentavam o acidente de Lia e o proceder de Jonas até aquele momento.
Como dito Carla voltou correndo para casa da velha com o carro amontoado com seus pertences.
_ Quanto quer para destruir aquela mulher? Quero o bastardo do marido dela sobre meus pés!
A velha fitou a jovem cheia de si e falou:
_ 150.000 em dinheiro vivo.
_ Está louca sua bruxa.
A velha a fitou com os olhos apertados.
_ Não fui eu que fui humilhada hoje e descartada. Não é!
Aquilo foi um gatilho para Carla que fitou a velha indignada.
_ Eu pago!
Exclamou ela com o rosto transtornado.
_ Traga o dinheiro amanhã que começo o trabalho.
Carla marchou para saída.
O ajudante fitou a velha com os olhos arregalados e falou:
_ Não é que tu tinha razão!
A velha riu.
_ Mais onde ela vai arrumar tanto dinheiro?
_ UE do pé de meia dos programas que ela faz!
Exclamou a velha com o celular na mão.
_ UE como você sabe?
Perguntou ele espantado.
_ Meu fio face e insta.
O homem riu gostoso.
_ Esse povo bobo posta tudo nestas porcarias. A fofoca vem agora por essa porcaria.
Disse a velha mexendo no aparelho.
_ Sei da vida de todos meus clientes por essa desgraça de celular.
Falou a velha rindo navegando nas redes sociais vendo as potenciais vítimas de seus próximos golpes.
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