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Simplesmente Benett

Capítulo 01 Apresentando Benett Jones

14 de julho

residência da família Jones 21:17

Todos os dias naquela casa pareciam dias de festa. Tudo bem que hoje entendo somente por que eh aniversário de nossa princesinha Nancy que completa seus 24 aninhos.

No fundo,tenho sim uma ponta de inveja dela pois sempre foi a queridinha do papai e da mamãe , seguida do Dom apelido carinhoso de Dominic e por fim também tenho que mencionar que tem o Ed , diminutivo do meu irmão Edward. pronto família completa.

Sabe, este meu irmão sim é um que parece não ser da mesma família que o restante.

Digo isso por que diferente de todos nós ele só quer saber de praia e curtição, da muito valor aos pequenos prazeres da vida , para a desgraça do meu pai Robert Jones, fundador da maior agência de publicidade e marketing de Nova York, a JMP Corporation.

Ah esqueci de me apresentar a vocês, meu nome é Benett Jones, isso mesmo devia processar meus pais por isso mas depois de anos aprendi a aceitar a escolha de nome que eles me deram , mesmo não gostando é claro.

Tenho 31 anos e isto faz com que eu pareça ser muito mais velho do que de fato realmente eu sou.

Gosto de me divertir e sair às vezes, mas como estou almejando substituir meu pai na presidência da empresa preciso manter uma postura a altura.

Ao contrário dos meus irmãos sou solteiro, não gosto de ninguém para encher meu saco, e principalmente ficar pedindo satisfações, por conta disso não me envolvo romanticamente com ninguém,

mas em contra partida por eu ser um homem tenho minhas necessidades, então quando isso acontece tenho minha mata carência oficial em forma de mulher , ela é sim uma mulher muito linda, mas quando abre a boca se destrói por completo.

Minha sorte eh que nossos encontros se resumem em silêncio, sexo e de vez em quando alguns gemidos também ..seu nome é Corrine Taylor.

Definitivamente eu não acredito no amor e em suas baboseiras acopladas e é por conta disso que não quero e não pretendo me envolver com ninguém , assim como também não deixo ninguém se envolver por mim também, mas com ela foi diferente..

sabe não acho que me envolvi, mas sim nós envolvemos ...algo nos uniu..uma sintonia, um singelo olhar...

sei que a Srta Moore cruzou meu caminho de uma forma bem atípica e me mostraria que para se ar não precisa de muito, que gostar de alguém não era nenhum bicho de sete cabeças, e também com sua doçura e simplicidade me faria perceber que o amor não eh tal ruim como sempre pensei que pudesse ser

Quando passado e futuro se encontram de uma.maneira inusitada , é por que a história aínda não acabou...

Ela era para ser apenas uma secretária substituta que acabou sendo efetiva como dona de meu coração...

No fim das contas, devo admitir que não é que a Grace tinha mesmo razão?

Todos nós precisamos de alguém que nos dê amor, carinho e nos transforme...

Eu a achei...ou melhor ..nos achamos...agora é só deixar se levar na doce magia do que realmente se chama amor...

capítulo 02 Amargas lembranças

Estamos atualmente em 2010.Minha vida tem se resumido em ir para a empresa todos os dias,passar o dia todo lá,e as vezes viajar a negócios também.

Sou um homem com uma agenda muito cheia porém graças a deus que tenho um anjo salvador em minha rotina de trabalho, seu nome é verônica Baker, ela é minha secretária pessoal, aquela responsável por minha agenda diária de compromissos e tambem alguns favores particulares quando preciso.

são precisamente 16 47, estou agora em pouquíssimos minutos de descanso,e quando posso gosto de ficar olhando a enorme vista panorâmica que minha janela no 18 andar me proporciona de toda Nova York,o que de fato é o que estou fazendo agora, tomando um drink de vodka para relaxar.

Sinto-me cansado ..sabe as vezes queria ser como o Ed, que literalmente só pensa em curtir a vida doa a quem doer ,mas como eu tenho metas e objetivos não posso simplesmente agir feito um louco varrido igual a ele.

Sentado em minha enorme cadeira de couro revestido, dei um gole em meu drink, e me permiti fechar os olhos por mais alguns minutos que antecediam minha reunião, quando minha mente traíra e meus pensamentos dolorosos,me direcionaram para uma data na qual fazia sete anos que tentava todos os dias apagar de minha mente...

(Benett narrando)

Era noite do dia 3 de outubro de 2003, pelo que ainda me lembro, passava um pouco da meia noite.

Estávamos eu, Dom,Ed e Cooper um velho amigo nosso de longa data. Tínhamos acabado de deixar uma festa onde foi regada a muita bebida e mulheres bonitas.

Lembro me que não havia bebido muito afinal eu sempre carregava o fardo de ser o mais velho então teria que ser o condutor responsável.

Depois de curtir a balada , saímos de lá quase uma da manhã, e enquanto estávamos voltando permanecia atento ao volante pois apesar de ser madrugada sempre havia riscos, e parei diante um cruzamento. Por um milésimo de segundos assim que a faixa abriu pra mim eu acabei me distraindo..minha distração de segundos foi o suficiente para sentir apenas a colisão que jogou meu carro que na época era um Audi 5, no meio da pista contrária. A colisão foi tão forte que nosso carro capotou por três vezes. A lembrança mais remota que tenho foi de uma forte colisão e depois quando recuperei os sentidos me vi de cabeça para baixo. Havia um corte em meu rosto, um gosto amargo de sangue subiu pela minha garganta

De imediato chamei pelos meus irmãos e Cooper, que apesar de estarem presos a ferragem do carro, pareciam estar bem .

Me rastejei para fora do carro pela janela do condutor , assim como eles na parte traseira fizeram o mesmo também.

Já fora do carro, ou do que sobrou dele, consegui me sentar e olhar a frente da escuridão. Somente aí eu vi a uma certa distância que no meio da pista havia outro carro totalmente destruído.

Um pouco a frente do carro, havia um corpo jogado na pista. O outro corpo estava com parte para fora do carro.

- ..oh meu deus..

Ainda meio confuso pela pancada não tive coragem em me aproximar mas tinha certeza de que ambos estavam mortos.

Dominic saiu do carro com certa dificuldade e veio para próximo de onde eu permanecia sentado.

- que droga foi essa Benett? O que você fez?? gritou ele

- eu não fiz nada..o carro bateu em minha frente...pare de reclamar e chame o resgate.

Ed era o único que diante todos nós estava em melhores condições, sem contar que também era o único que conseguiu se manter em pé. Cooper aproximou se com dificuldade também.

- Benett de onde veio esse carro?

- eu não sei cooper...quando abriu o sinal do cruzamento só senti a colisão.

- você tá bem Ed? perguntou Dom

- comparado a todos vocês juntos acredito que sim..espere. aqui..acionem o resgate.

- Aonde você vai? perguntei

- vou ver o que sobrou do carro que acertou a gente Benett

- você quer dizer do carro que o Benett acertou não eh ? disse Dominic.

- Sem sombra de dúvidas não sobrou nada do carro e menos ainda de quem o conduzia..completou Cooper.

Edward foi andando em direção ao carro destruído quando ao se aproximar do veículo chocou se com a primeira vítima ao solo.

Era uma mulher , estava com muitos ferimentos ,havia uma fratura exposta em sua perna , e também um grande trauma craniano com perda de massa encefálica.

Pálido, Ed levantou se e foi dando a volta de frente ao carro ,onde estava a outra possível vítima fatal.

Para ele sem sombra de dúvidas,está foi a pior imagem pela qual viu em toda sua vida.

A segunda vítima era um homem que estava projetado com metade de seu corpo para fora do carro sendo que a outra parte estava caída dentro do veículo. Ele havia sido cortado ao meio.

- minha nossa .. murmurou Ed com as mãos sobre a cabeça....

Não se contendo, ele acabou vomitando e assim que se refez do baque, virou se para voltar até aonde estavam seus irmãos quando teve a nítida sensação de ouvir uma voz muito fraca susurrar..

- socorro..me ajude por favor...

A voz saiu tão fraca que ele pensou ser de sua cabeça e não deu importância, voltando para onde estavam seus irmãos.

A essa altura a equipe de resgate já estava ao local . Uma levou Ed,Dom e Cooper para o hospital enquanto a outra fazia a verificação das vítimas do outro veículo.

Olhando para meu Rolex com vidro quebrado, notei que faltava pouco para o dia clarear. A uma certa distância eu presenciei quando a outra equipe de resgate retirou uma terceira vítima que estava no banco traseiro do carro e está vítima parecia estar viva. Não deu para ver quem era mas deu pra ver que saiu com vida.

Tudo o que eu mais queria naquele instante era ir para casa, me livrar destas roupas, tomar um banho quente e me esconder em minha cama para apagar tudo o que havia acontecido de minha mente , mas essa noite parecia que nunca iria terminar.

Assim que falei com os políciais tive que ir até o hospital para saber como estavam meus irmãos e nosso amigo.

A essa hora o dia começava a clarear.

Meus pais estavam me enchendo o saco de tanto me ligar e eu não atender, até Nancy me ligou algumas vezes.

Não queria falar com ninguém. Talvez depois que eu dormisse um pouco estivesse melhor para explicar de fato tudo o que aconteceu.

Fomos sair do hospital sete e pouco da manhã.

Edward estava visívelmente bem, apenas com alguns arranhões, Dominic teve uma luxação no braço direito e teve que colocar uma tala e por fim Cooper nada sofreu.

Já eu? Eu nem passei em médico nenhum pois anciava muito em ir embora para casa e não ia perder tempo com isso.

Assim que saímos do hospital, fomos nos sentar em um banco que havia ali. Nosso carro havia dado PT então a iniciativa que tive foi se ligar para Carter e pedir que o mesmo fosse até lá nos pegar.

Carter era um dos seguranças mais confiáveis de meu pai. Tão confiável ao ponto de morar em nossa residência.

Dois toques foram dados para que..

- alô?

- carter sou eu Benett..preciso que venha nos pegar aqui de frente ao hospital.

- ok senhor Benett..está tudo bem?

- depois explico o que houve apenas venha e por favor não diga nada aos meus pais

- ok

- obrigada carter .

Enquanto esperava por Carter, eu acabei me sentando na calçada. Estava cheio e exausto de tudo aquilo.

Dominic estava de pé encostado a um poste e para meu total espanto Edward acabava de tirar do bolso um maço de cigarros todo amassado de onde tirou um e acendeu na nossa frente.

- alguém quer? ofereceu ele.

- desde quando você fuma Ed? questionou Dominic.

- que essa porcaria passe bem longe de mim...disse eu.

- nossa..falou o nojento da família..retrucou Ed.

- cala a boca ..deixa te fazer uma pergunta aquela hora em que você foi até o outro carro você voltou dizendo que tinha apenas duas vítimas fatais.

- e tinha mesmo Benett..era uma mulher e o pobre coitado do homem..não gosto nem de lembrar....

- nossa Ed nem pra isso você serve hein..

- ei cara qual eh? eu disse que só tinha duas pessoas eh por que de fato só tinha duas pessoas mesmo...

- por que quer saber Benett? perguntou Dom.

- assim que foram para o hospital eu fiquei aqui falando com o policial e enquanto ele anotava meu depoimento eu avistei quando um socorrista do resgate retirou uma terceira vítima do carro que estava no banco traseiro e pelo que vi a vítima saiu com vida.

- cara isso é sério?

- sim Ed é sério...

Dominic ia lhes dizer algo quando notaram que carter acabava de chegar.

-chega desse assunto e vamos combinar aqui e agora que se alguém tiver que tomar a frente e contar ao pai e a mãe esse alguém sou eu. vocês me entenderam? não quero que fale com ninguém nem mesmo com Nancy por que ela eh muito boca aberta.

Todos concordaram. Logo que carter estacionou o carro eles entrar em silêncio. Eu me sentei a frente ao lado dele que não se conteve e perguntou:

-senhor está tudo bem ?

- carter nos leve para casa por favor.

- se me permite o senhor não me parece nada bem .

- sem mais perguntas por favor ..só estou exausto e preciso dormir um pouco .

minutos se passaram e eis que eles entraram na enorme mandão aonde residiam. Ed e Dom foram os primeiros a sair do carro e conseguir entrar sem ser visto por ninguém indo cada um para seu respectivo quarto , já eu não tive a mesma sorte. Assim que passei pela sala e ia em direção a escada para subir até meu quarto , ouço a voz de minha mãe me chamar.

- Benett Jones chegando agora às oito da manhã?

- pai, mãe, bom dia...

Minha mãe quando bateu os olhos em mim de cara jogou um daqueles comentários diretos que mostrava claramente que algo havia lhe acontecido.

- meu deus filho, o que houve com você? parece que foi atropelado por um caminhão.

- não houve nada mãe...estou bem.

- seus irmãos estavam com você?

- sim pai mas cada um já foi para seu quarto e se não se importam gostaria de fazer o mesmo.

- você vai comigo para a empresa hoje Benett?

- papai se puder peço se posso ir mais tarde ..realmente estou cansado e tudo o que mais quero eh dormir agora.

- tudo bem Benett mas não se esqueça da reunião com os acionistas hoje às 16 horas.

- pode deixar estarei lá antes das 16. agora se me permitem vou para meu quarto.

Foi observando seu filho mais velho andar que Meg percebeu que alguma coisa havia acontecido na noite passada. Benett saiu mancando muito o que a fez pensar em primeira estância de que ele pudesse ter se envolvido em alguma briga.

- Robert acho que aconteceu alguma coisa.

- o que você acha que houve?

- eu não sei..você viu o estado em que Benett chegou? Ele está muito estranho e além do mais saiu mancando o que me leva a crer que ele se machucou .Oh meu deus Robert espere um pouco aí..ontem eles saíram de carro...

- sim eu vi quando eles saíram meu bem ..

- Se eles pediram para Carter ir buscá-los então aonde está o carro?

- você acha que eles foram roubados?

- não sei..mas se eu fosse você tirava a limpo com carter toda essa história , afinal ele deve saber de alguma coisa. de

Benett entrou em seu quarto e fechou a porta. Logo foi se arrastando para próximo de sua cama aonde sentou-se. Com certa dificuldade eis que tirou sua carteira do bolso e colocou sob a mesa.

Somente aí após tirar seus sapatos eh que ele notou que havia uma grande luxação em seu tornozelo esquerdo, fato este que o fez mancar. Com muita dor, por fim ele consegui tomar um banho rápido e finalmente desabou em sua cama adormecendo em seguida.

Naquela mesma tarde como havia chegado um pouco antes do horário da reunião, ele aproveitou para contar ao seu pai tudo o que lhe havia ocorrido na madrugada passada.

Cerca de quinze minutos depois, seu pai virou se para ele e disse:

- mas você sabe quem é a vítima daquele carro Benett? você a viu?

- não pai, como disse estava de noite e quando percebi só senti a colisão. Ed disse que tinha dois mortos no local,porém enquanto eles foram para o hospital eu tive que ficar para dar depoimento foi quando eu vi que retiraram da parte traseira do carro uma outra vítima que parecia viva.

- meu deus Benett..você e seus irmãos podiam ter morrido..

- não tivemos culpa pai, o carro entrou na nossa frente no meio do cruzamento.

Em anos essa sem dúvida havia sido a primeira vez que ele viu os lindos olhos verdes de seu filho lacrimejar,até o ponto em que não suportou e deixou que as lágrimas caíssem pelo seu rosto.

Robert prontamente levantou se e foi até ele onde o abraçou

- ei filho não se sinta culpado..vamos achar um jeito de reparar tudo isso...

Enquanto conversavam, o telefone da sala de Benett tocou.

- oi.

- Benett os acionistas os aguardam.

- obrigada verônica.

- filho vamos focar agora na nossa reunião e deixe que esse assunto será resolvido está bem?

- está bem papai..vá recepciona-los que eu desço em um minuto...

Meu pai saiu da minha sala e logo massageei minhas têmporas. Mesmo não tendo me ferido com gravidade meu corpo todo estava destruído. Tudo o que mais queria era poder pedir perdão a vítima que só reviveu ao acidente , se é que sobreviveu,e dizer que não tive culpa, para aí sim tirar esse fardo de anos de meu coração e tentar sentir um pouco de paz, mas como iria saber de fato quem era a vítima em questão?

Dias atuais...

- Benett..ei Benett vamos ..seu cliente já chegou e está a espera há mais de 10 minutos..

- ah..ah sim veronica obrigada.

- você não me parece nada bem.

- estou cansado , mas preciso fechar este contrato..vai render bons lucros a empresa.

Benett levantou se de sua cadeira foi ao banheiro se ajeitar e seguiu verônica até a enorme sala de reuniões que ficava no 14 andar

Quando as portas se abriram,e ele entrou na sala deparou se com Dominic e seu ilustre cliente, o senhor Mike Collins, dono de uma das maiores se não a maior loja de vestiário e acessórios de toda Nova York, a Collins.

- senhor Collins boa tarde.

- boa tarde senhor Jones.

- Espero que Dominic já tenha lhe passado algumas informações sobre nossa agência.

- claro.

Ambos os homens se sentaram. Dominic sempre que podia disfarçadamente olhava para verônica que lhe retribuía o olhar secretamente.

- então senhor Collins que tipo de campanha publicitária o senhor deseja?

- senhor Jones, quero que meus produtos sejam veiculados em todos os meios publicitários e pretendo fazer uma campanha publicitária também para veicular a todas as mídias.

- temos uma equipe altamente profissional que lhe dará todos os recursos e auxílio em tudo o que o senhor precisar.

- senhor Jones tenho a sua agência como uma ótima referência no setor de publicidade e propaganda e acredito que nossa parceria vai nos render bons lucros e muitas conquistas. Aonde eu assino o contrato?

- aguarde só um momento por favor.

Benett levantou e seguiu verônica em silêncio para fora da sala de reuniões,e quando a porta se fechou ambos vibraram a mais nova aquisição.

- parabéns Benett você simplesmente é demais...

- verônica eu acabei de fechar um contrato milionário com uma das maiores marcas de jóias e roupas do mercado.

Benett vibrava por dentro e sempre que finalizava mais alguma conquista queria sair para comemorar, porém desta vez mesmo não querendo, não foi diferente.

Logo que retornou a sala de reuniões Mike já havia assinado o contrato e agora estava munido de uma cópia prévia de tudo que havia sido dito na sala de reunião.

- senhor Collins me desculpe pela demora.

- senhor Jones, foi bom fazer negócios com você.

Benett estendeu a mão ao homem que parecia empolgado.

- seja bem vindo a JMPCorporation, amanhã minha secretária irá entrar em contato com o senhor para acertar todas as cláusulas do contrato.

- tudo bem .até mais senhor Jones .

- até breve senhor Collins. Verônica, acompanhe o senhor Collins até a saída por favor.

Dominic parecia não acreditar. Mike Collins era referência mundial no segmento de jóias e roupas do mercado. Diversas empresas de peso fizeram de tudo para fechar contrato com ele e passaram muito longe disso.

Quando Benett fechou a porta da sala ouviu seu irmão dizer..

- puta que pariu Benett sortudo do cacete...o cara te adorou..

Ele esboçou um meio sorriso e serviu-se de uma dose de vodka afrouxando sua gravata.

- precisamos comemorar irmãozinho..hoje a noite promete..disse Dominic..

- Dom, para mim promete quarto e minha cama quentinha...

- Benett para de ser velho..você merece...precisamos sim e vamos sair para comemorar...

Quando ele terminou a pronúncia a porta se abriu e dela surgiu Nancy...

- huum..comemorar o que? posso saber?

- essa não..murmurou Benett.

- irmãzinha você não tem ideia do que seu irmão mais velho acabou de fazer.

- Fala Dom...

- Benett acabou de fechar um contrato milionário por um ano com ninguém menos que..

- que??

- Mike Collins...

- ahahhhhhhh Benett não acredito...ele é o rei do diamante, da luxúria, melhores roupas, e jóias maravilhosas...meu deus Benett...

- tá bom gente não podemos perder o foco até por que além do nosso ilustre cliente temos outros também para dar suporte.

- aonde vocês vão? perguntou ela.

- Eu vou para casa daqui a pouco , já o senhor baladeiro aqui...

- ah mas não vai não...hoje vamos comemorar Benett.

Benett terminou sua vodka e deixou o copo sobre a mesa. Logo levantou se e foi o do em direção a porta quando ao sair da sala deu de cara com ninguém menos que Corrine Taylor, a sua mata carência como ele mesmo havia definido.

- oi gatão

- Corrine? o que está fazendo aqui?

- vim te fazer uma surpresinha .está indo embora?

Ela o abraçou e o beijou...ele retribuiu...logo...

- já que você veio até aqui para me ver, acho que tenho alguns minutos para você.

Ela esboçou um sorriso sacana e o seguiu em silêncio até o elevador privativo. Assim que embarcaram, ele travou a porta do elevador e partiu para cima dela que acabou por fazer o mesmo. Ambos acabaram transando ali dentro do elevador ..talvez por estar empolgado, a cada estocada que dava nela fazia a mesma gemer de tanto prazer. O ápice foi quando nos gozaram juntos.

Segundos após, ele ajeitou suas roupas, assim como ela também. Quando destravou a porta e as portas se abriram, haviam sete pessoas querendo embarcar o que fez com que ambos discretamente em esboçasse um sorriso.

Ao chegar no térreo, ela foi se despedir dele e disse ao pé de seu ouvido...

- me liga...

- pode deixar gatinha..

Em seguida Corrine saiu arrancando olhares de todos os homens e até algumas mulheres que estava. ali no andar térreo.

Poucas pessoas sabiam do envolvimento dela com Benett.

Ele saiu na sequência e já se deparou com Carter que o aguardava.

- boa noite senhor.

- boa noite carter...

- para onde vamos?

- para casa por favor.

Carter arrancou com o carro e Benett encostou a cabeça onde fechou os olhos e foi assim até lá com a sensação de dever cumprido pelo menos em seu trabalho....

capítulo 03 Apresentando Lilly Moore

03 de outubro de 2003.

(Lilly narrando)

Lembro- me como se fosse agora..ali tudo mudou..minha vida mudou...perdi o foco, perdi o rumo, me perdi.

Foi nesta data , ou melhor, nesta noite que perdi tudo o que tinha de mais valioso nesta vida. foi aí que perdi meus pais em um trágico acidente de carro onde somente eu saí com vida nem sei por que.

Já se passava da meia noite e papai dirigia o carro atentamente enquanto mamãe cochilava ao seu lado no banco de passageiro e eu estava no banco traseiro ouvindo músicas em meu celular .

Lembro me a música que tocava na hora em que vi um imenso clarão , que culminou em minha queda ao abismo na sequência. a música era "Slave To Love" de Brian Ferry.

Quando me dei por si estava em uma cama de hospital com meus braços e pernas enfaixados assim como havia alguns curativos em meu rosto também. Haviam alguns enfermeiros no quarto que olhavam atentamente para mim e na sequência para o monitor que estava ao meu lado.

-ola mocinha me chamo Angela e sou sua enfermeira chefe. Como se sente?

Eu buscava palavras para se encaixar em minha cabeça para formar uma frase única.

- meus..pais..

- como se chama mocinha?

- Lilly. o que houve?

- você sobreviveu a um gravíssimo acidente de carro.

Aquelas palavras me assustaram talvez por estar fragilizada ou por que de fato é realmente assustador saber mesmo, mas até agora o que mais estava me deixando apavorada é que já havia perguntado a três enfermeiros sobre meus pais e nenhum deles havia me dito nada.

- por favor..preciso saber dos meus pais...

Com muita calma em sua voz e a experiência de quem já fazia isso há um bom tempo, Angela me disse..

- querida como disse a batida foi muito forte..você sobreviveu por um milagre..

Ali meu subconsciente pareceu compreender o que aquela simpática mulher tentava me dizer . um forte desespero começou a me dominar. senti o ar me faltar..um aperto enorme em meu coração como se alguém o estivesse esmagando....

- eles....eles morreram?

Com uma certa compaixão Angela olhou em meus olhos e disse..

- sim querida...eles se foram..eu sinto muito..

Ao ouvir aquelas palavras queria ter morrido com eles. Lágrimas caiam dos meus olhos. um aperto em meu coração fez eu cair em uma crise de choro interminável.

Chorei..chorei desesperadamente, afinal agora estaria sozinha no mundo pelo resto de toda minha vida..sem as pessoas que eu mais amava, sem as pessoas que mais cuidavam de mim...

Três dias depois estava eu indo para a casa de minha tia Margareth, pela velar os corpos de meu pai e minha mãe e por fim enterra-los.

Quando saímos do cemitério,e estávamos indo de volta para casa de minha tia ela sugeriu que eu ficasse com ela até passar por esse processo de duplo luto, o que não seria nada fácil mas eu não quis.

Tinha vontades, desejos,e metas em minha vida e por mais cruel que seja tudo o que me aconteceu,não posso simplesmente esquecer dos meus planos. Tem minha finalização da faculdade de marketing na qual termino daqui duas semanas.

Por até duas semanas tenho aonde ocupar minha mente para não ficar pensando no que de fato me aconteceu mas a única certeza que até o presente momento eu tenho é a de que custe o que custar seja o tempo que for eu vou descobrir quem foi o causador de toda essa desgraça em minha vida.

Até lá preciso de muita luz, e força para conseguir dar os meus primeiros passos. Graças a Deus que não posso dizer que sou literalmente sozinha pois tenho duas amigas que para mim são como irmãs. Brenda e Maya.

Brenda é uma daquelas mulheres que sempre almejou tudo o que a vida tem de melhor . Ela gosta dos holofotes, gosta de chegar chamando a atenção. Eu a conheci na faculdade de marketing e ali nossa sintonia foi tão boa mesmo ela sendo tão diferente de mim , que dividimos o mesmo quarto até o término do curso.

Já Maya, o que posso falar dela é que ela é a tipica garota de praia que ama a natureza e não liga nem um pouco para as futilidades da vida . Ela e Brenda são minhas únicas pessoas com quem posso contar em tudo o que precisar e também elas são as únicas que fariam de tudo para me verem feliz.

Permaneci na cidade até o término do curso. A noite de minha formatura era para ter sido a melhor de toda minha vida se não fizesse apenas duas semanas e meia que perdi meus pais.

deTia Margareth e tio John posso considerar que foram os únicos "familiares" presentes.

Assim que terminou a cerimônia, quando peguei meu diploma nas mãos, já estava certa dentro de mim do que iria de fato fazer.

Se eu estudei o tanto que estudei para conseguir me estabilizar de alguma forma, já tinha tomado a minha grande decisão.

A noite estava quente ..era um calor de rachar..já fazia três dias que havíamos nós formado e eu ainda estava afundada no sofá com um pote de sorvete ben e jerry's no meu colo, pensava em como iria falar com Brenda sobre minha escolha futura quando a mesma acabava de abrir a porta e entrar.

Logo que entrou ela pendurou seu casaco e bolsa no cabideiro e já foi tirando suas botas de salto fino jogando as num canto.

- oi Brenda...

Ela pousou os olhos em mim e disse...

- Lilly..ah não não não...que cara é essa?

- Brenda a verdadeu é que..sabe, estive pensando, tem uma coisa na qual...

- ahhh fala logo Lilly moore..eu a conheço muito bem para saber que tem algo a me dizer.

Com uma das minhas mãos abri uma garrafa de vinho que estava sobre a mesa e enchi uma taça virando a num gole só.

- Lilly, você não está querendo me dizer que achou algum homem gostoso e por isso vai mandar eu embora daqui não eh?

- lógico que não...está maluca eh...a verdade eh que estive pensando ,agora que nos formamos precisamos pensar em nosso futuro amiga..aqui não existe campo de trabalho.

- eh, de fato nisso você tem razão. mas o que pretende fazer?

Lilly a encarou seriamente e disse..

- eu não... nós..

- nos? como assim Lilly, agora você começou a me assustar..o que você fez?

- Brenda você sabe que eu não tenho mais ninguém neste mundo exceto você e a Maya mas com ela não dá para contar neste momento por que ela vive mais na praia do que aqui.

- tá tá tá ...eu sei o que foi Lily?

- enfim, nós vamos nos mudar para nova York este fim de semana. Eu aluguei um apartamento por lá.

Brenda pareceu ficar em estado de choque...seus olhos brilharam..ela ficou sem palavras imediatas..

- preciso beber...

Lilly a serviu com uma taça de vinho Chardonnay, e após Brenda virar a taça de uma vêz disse aos berros..

- Lilly você fez o que? você tá louca???

- Brenda calma tente me entender eu não consigo ficar mais aqui. Tudo lembra meus pais e agora com esse diploma é nossa chance de conseguir um emprego a nossa altura.

- oh..meu..deus...você disse nova York?? ahhhh até que enfim vou para um lugar a minha altura....

Em meio a risos e algumas lágrimas, as duas amigas brindaram rumo a uma nova perspectiva de vida...

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