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A Sombra Dos Três Mundos

Prólogo: O Desconhecido Se Apresenta

"O amor é capaz de mudar um ser que vive de sangue?"

Escondido entre as sombras alguém chorava, uma garota. 

Ela vestia um vestido roxo tomara que caia não muito longo que estava todo sujo de terra e de sangue, não era mais que trapos agora, sua pele antes bronzeada estava pálida e sem vida, mas de forma alguma era efeito do tempo, seus cabelos estavam rebeldes, embaraçados e sujos com pequenos galhos envolta o camuflando quase totalmente de suas cores de fogo, o deixando bem estranho.

Em seu interior ela não queria mais ver a luz do dia, pois os últimos acontecimentos de sua vida tinham exigido muito de sua estrutura psicológica, machucado bastante o seu coração, e eram tristes demais para aguentar sozinha, ela precisava de alguém para se apoiar e desabafar toda aquela mágoa, mas não adiantava de nada querer, sua única companheira agora densa pela noite e pela imensa floresta que a rodeava era sua própria sombra, estava sozinha, longe de tudo e de todos que amava, literalmente só, e ainda tentando absorver o porque aquilo estava acontecendo. 

Seus olhos estavam inchados de tanto chorar, as lembranças ainda nítidas em sua mente se recusavam a sair, tornando seus sonhos verdadeiros pesadelos e o amanhecer um tormento. 

Assim decorreu os primeiros dias de uma nova vida em que a questão era apenas sobreviver.

Não tão distante daquela cena Catarina observava tudo, mas como era possível saber disso? descobriu com horror, era ela a garota que estava escondida com medo do mundo, todo medo era seu, via a si mesma, ela só não sabia o por que a outra estava tão abatida.

Em meio a monotonia, um pequeno ruído quebrou o silêncio de ambas, a garota que antes chorava deu um sobressalto espantada e se curvou para atacar quem quer que estivesse incomodando, ao se virar para ver o que a outra via, seus pensamentos se misturam com o de seu eu que antes ela observava, e se tornaram uma só, enquanto os dois homens já estavam na sua frente.

Por um breve instante pensou ser alguém para a resgatar, mas à medida que a lua clareava, e seus olhos se encaravam, ela viu que não era bem assim, e num piscar de olhos o medo e a insegurança tomaram conta de seu coração novamente. 

"Pode ser alguém que veio para terminar o serviço" Catarina ficou tonta ao pensar nisso, mas esses eram os seus pensamentos? Ela já não sabia mais responder. O desconhecido ao fundo pareceu reparar suas dúvidas. 

— Não tenha medo, não vamos te machucar. 

— Como? — respondeu confusa.

— Não vamos te machucar, somos amigos. 

— E... Eu não tenho amigos — pausa — não mais — respondeu com a voz fraca pela falta de uso.

Com o luar mais claro deu para ver que realmente não mentiam, pois não tinham cara de pessoas ruins, só surpresos, eram dois rapazes, o primeiro era alto, tinha cabelos castanhos emaranhados, a pele impecavelmente branca sem qualquer deformidade, e estava mais próximo a ela, suas roupas não estavam em bom estado e Catarina podia sentir quando ele a olhava, pois apesar de ser olhos tão claros, estava longe de ser um olhar normal, tinha algo de medonho naquele simples gesto, seus olhos não tinham brilho.

O segundo mais afastado era mais baixo, com roupas nos estilo do amigo, mas mais gastas, ele parecia mais velho, sua pele estava repleta de pequenas cicatrizes, os cabelos loiros bagunçados, aparentava fragilidade, estava mais sujo e parecia mais normal, a garota sentiu algo bom emanando dele.

Vendo que a curiosidade dela só aumentava por olhar de um para o outro, o que estava mais próximo a ela ficou levemente vermelho, quase não dava para reparar, mas ela reparava agora, nos mínimos detalhes. 

— Desculpe-nos a indelicadeza não nos apresentamos me chamo. ..

Antes que ele terminasse de dizer, ou Catarina ter uma reação mediante a tamanha cordialidade, algo desconhecido até então começou a tocar um som totalmente barulhento, e as imagens começaram a perder o foco, foram ficando distantes, o coração se acelerou, as imagens começaram a finalmente sumir e todo o cenário mudou, Catarina estava voltando a si, seus olhos abriram assustados como se nunca tivessem visto a realidade. 

Demorou alguns segundos para sua visão se acostumar com o escuro, e mais ainda para se dar conta que ainda estava em casa e segura, junto com seus pais e que toda aquela tristeza não passava de sonho, outro mero e complicado sonho para guardar em sua coleção que começara a ter durante aquela semana, sonhos que lhe davam tanto medo e insegurança por parecerem tão real e depois simplesmente desapareciam.

Dando graças por tudo não passar de sonho, ela procurou pelo barulho que não cessava que era o seu alarme e o desligou, depois se levantou já se esquecendo de sua noite conturbada e correu para se vestir.

1 - Despedidas parte: 1

Reino de Zircon... Seis de dezembro de 2020 domingo...

Tarde, o sol sumindo ao longe dizia o que muita gente podia discordar, "já era hora de partir."

Catarina, que não pensava diferente, seguiu com os olhos os últimos brilhos daquele gigante, para aproveitar ao máximo os minutos na praia antes de voltar para casa. 

Desde que morava na cidade Anjo, a mais ou menos 12 anos era raro o dia em que faltava, tudo por que os pais Elizabeth e John Santos são advogados conceituados e quase nunca ficam em casa, nem mesmo nos finais de semana ou quando a filha faz aniversário, e ela acabava ficando sozinha em casa cercada de solidão.

Quando nova aprendeu a driblar esse sentimento com passeios e compras, sempre acompanhada de Lavínia e Matteus, seus amigos inseparáveis desde a infância. 

Como eles não viviam perto do litoral, já tinham partido pois tinham que chegar cedo em casa, o que a deixava com uns minutos sozinha para planejar o próximo dia na companhia de turistas e pessoas da casa. Seu apelido era Catty.

Ela é uma garota sonhadora, inteligente e com ótimos amigos que a apoiam sempre, ou assim espera que seja.

Seus cabelos cor de fogo estão soltos tampando a alça do biquíni branco, não são muito grandes, da altura do ombro, os olhos de cor vermelha se escondiam atrás de um belo óculos de sol, e os um metro e sessenta não estava visível a ninguém pois estava sentada.

Quando não dava mais para adiar lentamente se levantou, deu um último suspiro, pegou suas coisas e partiu sabendo que provavelmente seria uma longa noite para ser superada, tudo porque a duas semanas, tinha pesadelos com pessoas e fatos esquisitos contrariando tudo que a lógica dizia, e pelo tempo que ocorria duvidava que hoje fosse diferente.

Há tempos não dormia bem por causa deles, por isso sua conduta de boa aluna ia por água abaixo. 

Desde que vivia na cidade, ela morava numa cobertura, e estava em sua rotina acordar todos os dias mais cedo que o necessário, só para ter um tempo a mais com os pais, pois além de tudo sempre quando chegam do trabalho, ela já estava dormindo. 

Era triste pensar nisso. Como frequentemente acontecia, era fácil pegá-la se perguntando, o que eles faziam tanto tempo que a deixava em segundo plano? Sempre que perguntava aos seus pais, não era novidade dizerem que se tratava de trabalho. 

Já em casa, deitada em sua cama, sob o escuro do quarto, a noite dominava lá fora, mas os pais só chegarão daqui a meia hora, o suficiente para pôr qualquer um com sono na calmaria de uma cobertura, por estar longe de tudo e todos os movimentos de uma cidade que não parava, mas ela não queria dormir, o medo de sonhar era perturbador, principalmente pelo fato de terminar um dia bom com algo ruim e que poderia atrapalhar o próximo. Tinha se divertido tanto que o tempo passou voando. 

" — Vem Catty — Disse Lavínia pouco depois de correr para o mar  — a água está ótima.

— Já vou — respondeu correndo até ela…

O tempo voou para o trio, Catarina só se deu conta que era tarde quando Matteus disse que precisava partir.

 Como mágica tudo escureceu, as sombras começaram a invadir suas lembranças com sons incompreensíveis e barulhentos. 

O barulho de algo se quebrando tomou conta de tudo".

Assustada Catarina acorda, sem querer havia dormido se lembrando das horas passadas. Ela se sentou, a mente ainda se recuperando do sonho e os olhos adaptando-se ao novo escuro. 

A mente girava enquanto tentava pôr os pensamentos em ordem, e o celular emitia aos gritos uma música da Kelly Clarkson que amava, mas o nome lhe tinha fugido da memória por causa da sonolência, ela o pegou da mesa de cabeceira do lado direito da cama e o desligou.

" Última semana de aula " estava escrito no lembrete que olhou por alto, e levou um susto quando viu as horas, já tinha se passado dez minutos desde o marcado para se levantar.

— Droga — Catarina correu para se vestir.

Seu quarto era grande, rico em cor roxo escuro com detalhes de estrelas por toda parte e em todo contorno da janela que iam do chão ao teto, parecia que não o arrumava a quase uma semana, pois havia roupas reviradas, acessórios e papéis esparramados junto com sapatos de todas as formas que passou por cima para encontrar algo para se vestir, uma verdadeira zona de batalha, que não lhe causaria tantos transtornos se toda a vez que procurasse algo ele estivesse no lugar que imaginasse estar, ou algo do tipo, mas como o colégio exigia um único estilo, camisa de uniforme, calças e sapato fechado, a bagunça não foi um obstáculo, foi fácil encontrar o que procurava, após foi só pentear os cabelos, fazer uma maquiagem simples, e ver o resultado no enorme espelho que repousava ao lado do closet e pronto.

Por último pegou a mochila preta de lado e alguns trabalhos na escrivaninha e partiu para ver se ainda alcançava os pais. 

Por sorte ainda tomavam café. 

— Bom dia família — falou quando já estava na presença deles, e os cumprimentou com um beijo no rosto antes de se sentar. 

— Bom dia filha — respondeu o pai com um sorriso no rosto, e foi longo acrescentando — porque demorou para se levantar? 

— Acabei dormindo demais. 

— Ainda bem que acordou pois temos novidades para te contar, e seria difícil dizer com você dormindo, e aí teríamos que te contar amanhã.

Catarina que sempre foi uma pessoa muito curiosa já foi logo se animando, novidades seriam sempre bem vindas. 

— Uau acordei com o pé direito hoje, o dia mal começou e vocês me vem com essa o que é ? Conta, conta, vai — ela cruzou os braços e esperou pelo próximo passo deles. 

— Bom ! Todos aqui sabem que o seu aniversário de 16 anos está chegando. 

Catty acenou com a cabeça confirmando em silêncio, e ele continuou. 

— Então a surpresa está exatamente aí— pausa — sua mãe, eu e todos da família, decidimos nos reunir para recompensar o tempo que passamos longe de você — pausa prolongada. 

— Que séria — Disse a garota para entusiasmar ele, enquanto John lutava para encontrar as palavras certas.

" Afinal é para ser um grande momento para todos e uma recompensa aos anos perdidos para minha filha, não dá para dizer da forma errada" pensou ele.

— Que seria uma viagem com a família e amigos — um imenso sorriso se formou nos lábios de Catty, significava muito seus pais finalmente reunidos em seu aniversário — Para um lugar muito legal — ela ouviu essas palavras como se fosse sua música favorita — vamos nos hospedar em um hotel, ficaremos o dia todo comemorando, e para finalizar em grande estilo, faremos um piquenique em uma clareira que tem por lá que dá para se ver com perfeição o pôr do sol, e só depois que o crepúsculo vier, e o dia realmente tiver terminado, e que voltaremos para o hotel descansar. 

— E perfeito pai, mas e o trabalho de vocês?

— Decidimos que era hora de tirar uma folga para ter um dia só para você — falou a mãe. 

— Que bom. 

— Querido? — Elizabeth olhou preocupada para o relógio. 

— Sim? 

— Precisamos ir, já está em cima da hora. 

— Claro meu bem, vamos logo, não podemos nos atrasar hoje, vamos ter reunião — ambos se levantaram.

— Até logo — Elizabeth beijou delicadamente o rosto da filha.

— Tchau. — o pai a abraçou e saiu, Elizabeth o esperava na saída da sala de jantar. 

Enquanto andavam os dois juntos, não separados, como se cada um tivesse uma vida para cuidar longe do outro, Catarina se esparramou na cadeira e ficou perdida em pensamentos.

Como morava próximo a escola significava que ainda possuía uns minutos de folga. 

Vendo os pais tão elegantes, Catarina quase esqueceu a solidão, em seu íntimo sentiu algo bom em vê-los juntos, e agora depois da novidade algo crescia, algo que nunca esperava sentir de novo, esperança que um dia momentos com sua família não fossem tão escassos, que toda aquela solidão em casa não voltaria a acontecer. 

Só que esse dia jamais chegaria.

1 - Despedidas parte: 2

E assim passou os minutos de folga, a garota mal se lembrou de comer, quando voltou a realidade já estava em cima da hora, então se organizou como pode e foi para o colégio.

No elevador...

"I wait on you forever..."

— Não — distraída, Catarina escolhia uma música no celular para ouvir, estava feliz o suficiente para ir à escola pulando, mas isso não pegaria bem, então se esforçava para ter controle.

" You beautiful, beautiful..."

Uma batida ecoou entre as quatro paredes, alguém apressado se chocou de frente com Catty, derrubou tudo que carregava e fez seu celular voar longe, Catarina de súbito teve vontade de dizer um palavrão, mas o estranho não deu lhe tempo. 

— Desculpa, não te vi aí, estava vendo as horas, estou atrasado — ele se abaixou para ajudar a pegar a bagunça enquanto irritada, Catarina fazia o mesmo. 

— Aqui desculpe-me mesmo foi sem querer, te juro. 

Ele entregou algumas folhas que havia pego. 

Quando arrumaram toda a bagunça, Catty observou melhor seu desajeitado companheiro de elevador, os cabelos eram de um loiro bem claro, possuíam quase o mesmo tamanho, e os olhos de cor amarela como via em alguns filmes de sobrenatural a deixou com inveja, ao vê-los foi-se o que ainda queria dizer de grosso para ele, estavam tão lindos ao ver da jovem, e também era algo difícil de ler e entender o que se passava por trás deles, uma parte desconhecida dela se perdeu tentando decifrar aquele olhar. 

Não tão longe dos dois, Matteus também se preparava para encarar o novo dia que estava começando.

— Anda logo filho, senão você vai se atrasar para a aula. 

— Já vou, já vou — respondeu se vestindo o mais rápido possível, para tentar não chegar atrasado no C.E.E.M.S, pois quem chega atrasado tem que dar meia volta e voltar para casa, e como bolsista no colégio isso era inaceitável tinha que seguir as regras ou dar adeus a melhor escola da cidade, e a Catarina principalmente. E essa última parte estava fora de cogitação para o jovem.

Estava também fora de cogitação continuar mantendo aquele despertador, já era a terceira vez que ele falhava , mostrando que o tempo é implacável até nas pequenas coisas, também não era por menos já fazia mais de dez anos que eles o possuíam. E também se continuasse assim poderiam expulsá-lo do colégio, isso seria intolerável, o trocaria logo, ou compraria um celular que não desse tanto problema, depende do que o dinheiro desse pra fazer primeiro.

— Anda filho! 

— já estou descendo — disse mais para acalmar a mãe do que para qualquer outra pessoa, pois ainda estava terminando de arrumar os cabelos castanhos, já que queria ficar impecável para todos que se importava.

Após finalmente arrumar-se pegou a mochila e correu, a casa não era tão grande, mas tudo para diminuir o tempo contava.

Maria já o esperava na sala com seu café da manhã muito bem embalado nas mãos e um semblante preocupado, Matteus reparou.

— Tudo bem? 

— Vai ficar, preparei seu café da manhã para você ir comendo no caminho. 

— Obrigado — ele o pegou. 

— Seu pai já está te esperando no carro. 

— Ok.

— Há filho, cuidado — acrescentou de modo inesperado, quase passou despercebido pelo garoto.

No carro, um pouco aliviado mas ainda bem apreensivo, retirou do bolso do jeans um pequeno colar prateado com uma pedra vermelha, para ver se ainda estava lá, no fundo torcia para que a pessoa a quem ia presentear gostasse já que levou um bom tempo para conseguir o comprar, mas antes precisava de uma opinião e esta parte ele ia fazer hoje. Iria mostrar a Lavínia amiga dela para ver se tinha acertado, pois o gosto de Catty não tinha bem um padrão.

— Colar bonito filho, vai dar para quem? — perguntou o pai tirando seus pensamentos de ordem num susto, foi preciso um tempo para pensar numa resposta.

— Para uma amiga que vai fazer aniversário daqui algumas semanas. 

— Você gosta dela? 

— Gosto.

— Bonita? 

— Muito linda — Um sorriso se formou no rosto do pai, e apesar de sincero, era visível o cansaço em seus olhos e em seu rosto um pouco pálido, deixando o sorriso por si cansado também é isso preocupou o garoto, pois por mais que se parecessem no cabelo e em algumas expressões faciais, o pai já não era tão jovem nem tão saudável como ele. 

— E ela ?

— Não sei.

— Como não? 

— Somos amigos, não sei se ela vai querer mais que isso de mim, e não quero por isso em risco — "Até eu ter força o suficiente para não ser um covarde perto dela " completou em silêncio — por enquanto não.

— Entendo.

Marcos olhou rapidamente o filho a tempo de vê-lo guardar com carinho o colar no bolso do jeans, Matteus não viu esse ato, nem a cara de contente do pai olhando para ele lembrando do dia que conheceu a mãe, e como custou-lhe muito, paciência e tempo para o finalmente, entendia bem o temor do filho e que não poderia ajudá-lo agora, mas estava bem por saber da vida dele.

O garoto olhou meio sem foco para fora da janela do carro, o silêncio estava um tanto perturbador, mesmo fora do carro mal havia movimento, ou barulho pra um dia de semana, nada, Matteus se virou para frente, a pouca luz de um poste mais a frete deles iluminava um vulto negro no meio da pista, nas costas dele três objetos que reluziam tampando quase toda a sua face, mas era bem visível o sorriso perverso nós lábios do estranho.

Ele se virou para o pai, e de relance viu que o homem ao seu lado estava mais branco que o normal antes dele pisar no freio e dar meia volta em um movimento brusco, o garoto acabou batendo a cabeça no vidro e começou a ficar desorientado.

— Merda! — exclamou o pai.

Com algum esforço, Matteus conseguiu formular algo.

— O que... — algo se chocou contra o carro e uma fumaça escura tomou todos os focos de luz, Marcos tentou manter o curso, mas o que quer que estivesse sobre eles não deixava isso acontecer, pois o carro deslizava feio.

— O que está acontecendo pai?— Marcos olhou triste para o filho.

— Me desculpa — a fumaça negra passou por eles e logo o homem de sorriso perverso estava a frente deles e um jato de luz branca veio ao encontro do carro e depois o homem sumiu no ar.

A princípio o garoto tentou relaxar, a adrenalina que mal percebeu estar ali o deixou suficiente para perceber o medo e dor emanado da cabeça, no entanto, em direção oposta a que iam, uma luz forte estava cada vez mais perto, ele se virou para tentar avisar o pai.

— Pai cuidado o... — Matteus viu uma mancha de sangue na camisa branca do pai, mas não estava se espalhando, voltava a seu lugar em uma forma grossa e meio brilhante, ainda assim horrenda, como se a luz que o estranho tinha lhe jogado estivesse entrando dentro dele, porque aquilo era tudo menos sangue.

Matteus quase não ouviu suas últimas palavras, seus olhos estavam travados naquela cena.

— Taylor ... Mc'Arthur...— não dava mais para desviar, no meio tempo de qualquer outra reação, um barulho de batida ecoou na rua seguido de um silêncio mortal. 

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