Minha barriga está doendo a dois dias, porém não me atrevi a chegar perto dele mas a fome é tanta que deixo o medo de lado. Então desço as escadas em completo silêncio e já nos primeiros degraus consigo avista-lo, deitado com um braço para fora do sofá cheio de garrafas espalhadas, engoli em seco e me encho de coragem descendo degrau por degrau, a fome cada vez mais forte não me deixa recuar, devagar chego perto daquele homem e o chacoalho algumas vezes até ele abrir os olhos, pude sentir a sua raiva como agulhas em minha pele.
-O que... Você ... Quer?
Meu corpo começou a tremer já antecipando o que viria a seguir.
-Estou com fome.
Ele se senta colocando as mãos sobre os joelhos dos jeans rasgados abaixa a cabeça por alguns estantes, posso sentir o cheiro de álcool comprovando o quanto bebeu hoje e me amaldiçoou pela estúpida ideia de tê-lo acordado, mas agora não posso voltar atrás.
-Por favor, senhor estou com fome.
Ele então se levanta com fúria e me desfere o primeiro soco e logo em seguida vem chutes, sinto tanta dor que desejo morrer ali mesmo, porém nem a morte me aceitaria depois do que fiz.
Quando estou quase inconsciente vejo ele quebrar uma garrafa e chegar bem perto de mim e dizer.
-Não sei porque continua usando esse pijama de pato horrível, não tem nenhum direito de usá-lo, vou arrancar isso de você...
Essa foi a primeira de muitas surras que levei do meu pai achando que iria morrer, só que com o tempo apreendi a me livrar e depender somente de mim mesma, me chamo Nevada Holpe e estou a poucos dias de completar 18 anos e então posso pedir oficialmente para me expulsarem dessa Alcatéia, sim sou uma loba e nem um pouco importante para ninguém neste lugar, aqui parece que todos me odeiam pelo simples fato de existir e isso é culpa do meu pai ele era um homem temido e muito respeitado por todos, mas depois da morte da minha mãe se isolou além de se retirar das suas responsabilidades da alcatéia o que gerou muito prejuízo e descontentamento de todos principalmente do Alfa.
Acordo no meu quarto se é que posso chamar assim um sótão empoeirado que contém uma pequena escrivania que provavelmente está a uns duzentos anos no local, me arrumo e desço as escadas buscando não fazer nenhum tipo de barulho mas estou sem sorte hoje, vejo o homem que deveria ser meu pai abrindo a porta de entrada cambaleando e assim que me vê tenta ficar o mais ereto possível e dos seus olhos posso ver o mais puro ódio.
- A onde pensa que vai a essa hora?
Respiro fundo preciso só aguentar alguns dias e aí estarei livre desse lugar.
-Estou indo trabalhar.
Tento passar por ele mas o mesmo não move um centímetro.
- Klaus vou me atrasar.
Desde de alguns anos deixei de me referir a ele como pai, porque convenhamos alguém que trata a filha do jeito que ele me trata não merece esse título.
- Está ficando muito ousada Nevada tenho que lembrá-la quem manda nesta casa?
- Só quero sair, então mais uma vez estou pedindo com educação ME DE LICENÇA.
Essas últimas semanas ando mais irritada que o normal e a minha força e sentidos também,por isso faço um grande esforço para não perder o controle.
-Ora sua...
Ele levanta a mão para me bater só que dessa vez a seguro com uma força que surpreendeu não só Klaus mas como a mim também.
-Você nunca mais vai encostar um dedo sequer em mim.
- Nevada os seus olhos o que...
Não deixo ele terminar e o empurro saindo de casa a toda velocidade, minha cabeça está doendo muito e me sinto completamente desorientada, me movo para qualquer direção e sigo correndo como se a minha vida dependesse disso e talvez dependa. Quando dou por mim estou no meio da praça da alcatéia, sinto o cheiro de todos aqui, estou enjoada os barulhos estão mais altos que o normal.
- Fiquem quietos, fiquem quietos, fiquem quietos, FIQUEM QUIETOOOS !!!!!
Não suporto tantas sensações ao mesmo tempo e desabo no chão consigo ver uma roda de pessoas se formar ao meu redor.
- Olha a esquisita está tentando chamar a atenção de novo, ora Nesvaraida está atrapalhando o meu dia de compras com essas suas esquisitices.
Consigo reconhecer a voz inconfundivelmente irritante de Emily Luiz, ela nunca perdeu uma oportunidade de me humilhar ou até mesmo me agredir já que por alguma razão era a mais fraca da alcatéia muitos dizem mais fraca que um ômega. A ignoro e sinto meu corpo arder em chamas como se estivessem me queimando viva.
-AAAAA.
A dor é tanta que não consigo evitar o grito e as vozes e os cheiros começam a ficar mais fortes, tento me levantar para sair do meio de todos, odeio que me vejam desse jeito, como se já não bastassem tudo o que falam de mim agora que não teria mais nenhum minuto de paz e provavelmente perderei meu emprego. Me equilíbrio um pouco para me erguer mas minhas pernas estão bambas de mais e tento me agarrar a alguém, escuto um rasgar de pano e caio sobre os meus joelhos.
- SUA CRETINA OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM A MINHA BLUSA.
Os gritos de Emily me irritam cada vez mais e solto um rosnado que a enfurece.
- Sua cadela sem raça como ousa rosnar para mim sua futura Luna.
Ela me levanta pelos cabelos e sinto um tapa e um líquido escorrer do meu rosto, provavelmente sangue, me sinto tão tonta que mal consigo olhar em seu rosto ou ao menos evitar os seus tapas.
- Você é igualzinha a sua mãe Nevada não aguentou parir nem uma cadelinha como você.
Assim que Emilly termina de pronunciar essas palavras uma raiva intensa se apodera de mim, sinto o mesmo calor de antes passar por todo o meu corpo e as minhas garras crescerem junto com os meus dentes e dessa vez seguro em um dos seus braços me soltando dela e pela primeira vez desde que cheguei aqui a olho nos olhos.
- O que...
Não a deixo terminar e já estou encima dela, desferindo não tapas mas socos em seu rosto e em toda parte onde encontro uma abertura, Emily tenta se defender mas é inútil a derrubo no chão e monto encima dela, quanto mais eu bato mais eu quero ver o sangue dela escorrer é algo que não consigo controlar, mesmo ouvindo as pessoas gritarem para que eu pare se não vou mata lá eu continuo até sentir braços me puxar com uma força brutal de cima de Emilly. Me debato arranho os braços daquela pessoa completamente descontrolada até que ousso umas palavras estranhas e tudo se apaga.
Dominic Cooper
Já perdi as contas de quantas vezes fiz esse tipo de visita é uma tradição das alcatéias, quando um Alfa passa sua posição para o seu filho preciso estar presente aprovando a passagem de poder, uma mera formalidade já que nenhum supremo até hoje interferiu nas escolhas dos líderes das demais alcatéias, desde que assumi o lugar do meu pai a mais ou menos dez anos essas coisas vem acontecendo contra a minha vontade, a pior parte é que sou obrigado a pagar simpatia para um bando de velhos que acham que sabem o que é melhor para as minhas Alcatéias.
- Droga.
Passo a mão na mesa fazendo voar longe tudo o que estava encima.
- Você precisa relaxa desse jeito não à escritório que dure já é a décima reforma Dominic.
- Eu tenho dinheiro para reforma essa casa inteira mas nem todo o dinheiro do mundo reforma essa sua cara William.
- Sério você precisa parar com isso.Em que merda te meteram agora?
William Klein é meu beta, braço direito e melhor amigo o único que se atreve a falar na minha cara o que ele diz ser "as merdas que faço". Desde que assumi a liderança como Supremo Alfa, ele subiu comigo e entende como ninguém o quanto aqueles velhos são uns filhos das trevas enviados das profundezas para me pertubar.
- Eles querem que eu vá para o outro país por um mero capricho, tantas coisas acontecendo aqui, esses ômegas que estão surgindo do vento e agora essa ameaça não explícita de arrancarem minha dominância é o que está me deixando puto.
- Que merda Dominic, você insiste em bater de frente com os velhos custa seder mais um pouco.
- Tá brincando Willian, eles pensam que mandam aqui e que vou ser um bonequinho nas mãos deles já disse que não vou me aliar a nenhum sangue suga.
Quando nasci meus pais foram obrigados pelo conselho selar parte da minha dominância já que nenhuma criança foi gerada de dois Alfas, eles tinham medo de deixar tanto poder nas mãos de uma única pessoa, mas essa maldição tem um escape para a minha sorte ou não, voltarei a ser completo assim que achar a minha companheira então estarei livre para chutar todos os velhotes para bem longe daqui.
- Esquece essa história por enquanto e vamos focar na viagem que tem que fazer, andei pesquisando sobre essa alcatéia Lua negra e estava entre as três mais forte do país mas nos últimos dezessete anos veio caindo de posição e para mudar isso o Alfa vai nomear seu filho para trazer uma renovação nós ânimos.
- Tanto faz, isso não é problema meu, que façam o que acharem melhor não quebrando nenhuma das regras antigas.
- Credo cara você tá com um humor do cão, vou pedir para trazerem a sua ração.
William sai antes de ser atingido por um abajur que jogo nele, esse imbecil tem sorte de ser meu melhor amigo se não já estava morto. O que preciso fazer o mais rápido possível é encontrar a minha companheira e então vou começar a fazer tudo do meu jeito o porém que tenho certeza que aqueles velhos a escondem em algum lugar com medo de perderem o poder que possuem.
Algumas horas depois estou a caminho da Alcatéia Lua negra e desde que cheguei neste lugar me sinto inquieto, meu lobo já tentou tomar o controle umas três vezes o que me faz pensar o que diabos tem nesse lugar que me desestabiliza desse jeito.
- Dominic cara você tá péssimo.
- Não precisa falar o que já sei, vamos terminar logo com isso e voltar para casa.
Willian sabiamente fica quieto e continua dirigindo já que me conhece tão bem e sabe o quanto posso ser instável nesses momentos, ao entrar na Alcatéia andamos mais ou menos cinco minutos até algo chamar a minha atenção ou melhor um aroma me chamar atenção, sou invadido por um perfume de morango inebriante misturado com sangue. O que me faz rosnar ao perceber que os dois aromas estão vindo de uma mesma pessoa.
- Pare o carro William.
- Ficou maluco, Carlos está esperando por você e pelo que andei pesquisando o cara é doido por pontualidade.
- Quero que ele se dane mandei parar.
Ele faz o que mando e saio do carro seguindo o cheiro de morango que vai ficando mais forte e posso ver uma pequena multidão de pessoas envolta de uma fonte em uma praça, algumas estão nervosas enquanto outras tiram fotos. Empurro todos que estão na frente sentindo aquele perfume ficar cada vez mais forte e meu coração acelerar de tal maneira que penso que vai sair do peito, com uma certa dificuldade chego no motivo de todos estarem desta forma, uma garota de cabelos brancos como os raios da lua, está sentada encima de uma outra garota desfirindo vários socos em seu rosto, ela parece descontrolada e me sinto tão atraído por ela que quando dou por mim estou segurando a fera que me arranha tanto que sinto sangue escorrer pelos meus braços, não sei o que fazer para que ela se acalme mesmo usando a minha força ela ainda continua se debatendo até que uma senhora aparece do nada e diz umas palavras esquisitas e então a garota apaga nos meus braços.
- Você a traga até a minha casa.
A velha aponta pra mim e sai andando deixando todos ali boquiabertos, vejo pessoas indo ajudar o que restou da menina.
- Tá surdo garoto? Anda logo antes que ela acorde minha magia não vai durar muito e se quer um conselho você não vai querer que ela acorde do jeito que está.
Quem essa bruxa pensa que é para falar assim comigo, mesmo indignado a sigo por pura curiosidade sobre essa fera de cabelos brancos.
.
NEVADA.
Minha cabeça está doendo tanto que parece que me bateram com um martelo, sinto meus olhos pesados e tenho dificuldades para abri-los e quando faço a claridade me atinge como um soco no estômago me obrigando a fechá-los novamente. Tento me recorda do que aconteceu e pequenos flexes se formam, um Klaus caído com cara de espanto, Emily gritando insultos e depois estou encima dela desferindo vários socos até ser puxada por alguém.
- Como se sente?
Uma voz doce e suave se dirige a mim e faço mais uma tentativa de abrir os olhos, para a minha felicidade não está tão claro como antes, me deparo com uma senhora de sorriso simpático sentada em uma poltrona usando um vestido florido e um óculos redondo bem vovó mesmo, olho ao meu redor mais atentamente e percebo que não estou em minha casa ao invés do lugar frio e sombrio que sou acostumada a ver, dou de cara com uma sala colorida e aconchegante e posso até sentir um leve cheiro de lavanda. Ela me olha atentamente me deixando sem graça por estar reparando tanto no lugar.
- Perguntei como está se sentindo querida.
- Estou bem eu acho, não me lembro muito bem o que aconteceu.
- É normal já que não sabe controlar o que está dentro de você.
A olho confusa não entendo nem um pouco a onde ela quer chegar com essa conversa, sei que não saímos da alcateia por ainda sentir o cheiro de lobos no lugar então essa senhora sabe exatamente o que sou de verdade.
- Bem confesso que ainda não me transformei então as mudanças estão ocorrendo de uma maneira que não esperava. Pode me dizer o que aconteceu?
Ela se levanta sai por alguns instantes e volta com duas xícaras em mãos, sentasse novamente em sua poltrona e me entrega a outra.
- Beba enquanto está quente, aliás me chamo Margarete, me conte o que se lembra.
Bebo um pouco do chá que por sinal está ótimo e começo a contar as poucas coisas que me recordo.
- Olha você deu uma bela surra naquela menina e ouvi dizer que Klaus machucou feio as costas mas como ele é duro na queda vai ficar bem logo, já a garota terá umas duas ou três semanas para se recuperar.
Meu Deus dessa vez eu vou morrer, Luke não vai deixar barato por ter mandando sua companheira para o hospital no dia de sua posse como novo Alfa, sonhei tanto em conquistar minha liberdade para nem chegar a desfrutar dela.
- Eu não entendo sei que ainda não me transformei por inteira mas sempre fui a mais fraca da alcateia todos exames e testes comprovaram isso.
- Ora minha criança as coisas mudam e você está mudando de uma forma extraordinária, confesso que se não tivessem te parado a tempo estaríamos enterrando a pobre garota.
Por mais que Emily fosse o pior tipo de ser que já encontrei na vida, nunca iria me perdoar se tivesse mesmo matado ela.
- Como vim parar aqui?
- Mandei o garoto que te arranco de cima dela te trazer pra cá, já que essa velha aqui não tem forças nem para carregar uma vassoura.
- CADE ELA EU VOU MATAR ESSA CADELA PELO QUE FEZ A MINHA MULHER .
Luke Alencar entra com tudo na casa e dessa vez não posso falar nada já que estou completamente errada.
- Tenha mais respeito ao entra em minha casa seu moleque.
A senhora se levanta e se coloca na frente de Luke não temendo nenhum pouco os seus um metro e oitenta de puro músculo e raiva.
- A SENHORA NÃO SE INTROMETA MEU ASSUNTO É COM AQUELA CADELA.
Me levantou com medo do que ele possa fazer alguma coisa com uma senhora que não sei o motivo mas me ajudou muito.
- Não precisa grita Luke estou aqui e não irei fugir.
Ele então me vê e seus olhos passam de um azul cristalino para um vermelho manchado a marca registrada dos Alfas, Luke me agarra pelos braços e sai me arrastando, Margarete tenta pronunciar algumas coisas mas a vejo se encostar na poltrona visivelmente cansada. Assim que Luke me arrasta para fora da casa uma multidão de gente está atenta assistindo tudo. O que me espanta um pouco já que não temos tantas pessoas morando na Alcateia, sou arrastada sem dó ele aperta tanto meus braços que tenho a plena certeza que ficará hematomas horríveis, pelo caminho ele não cansa de dizer palavras horríveis ao meu respeito tornando tudo ainda mais humilhante, quando dou por mim estou sendo empurrada para dentro da casa dos Alencar e jogada como lixo no chão e sei que se não fizer algo dessa vez serei morta, mas não sem lutar, me levanto do chão e encaro os presentes não sei quando fiquei tão ousada algo mudou dentro de mim já chega de viver com medo e sendo humilhada pelos outros eu serei livre nem que eu morra tentando.
-Quero que prendam essa garota e quando Emily se recuperar tenho certeza que ira adorar acabar com a raça dela.
Todos os presente param o que estão fazendo e voltam seus olhares para mim e para Luke, que está em pé com um olhar superior, me levanto e de imediato ele agarra novamente o meu braço mas se ele pensa que vou aceitar tudo calada está muito enganado.
-Você não tem o direito de me prender foi ela que começou tudo.
-Para de ser mentirosa Nevada, todos aqui sabemos o quanto é desequilibrada, mas agora você foi longe de mais agredindo sem motivo algum a sua Luna, isso me da poder para te prender e até mesmo te matar por tamanha traição.
-Mentiroso, vocês que sempre implicaram comigo, vivem me perseguindo eu nunca fiz nada, você e Emily que sempre vinham atrás de mim para rirem as minhas custa nenhum dos dois presta.
Luke se enfurece e me vira para encarar o seu rosto e vejo a raiva exalando de todos os seus poros, ninguém nunca se atreveu a contraria-lo já que todos aqui temem e respeitam Carlos o seu pai por ser o Alfa líder da alcateia.
- Você tem que apreender a se por no seu devido lugar.
Luke levanta a mão para me bater e fecho os olhos esperando a dor que viria logo em seguida, mas para a minha surpresa ela não veio e quando abro meus olhos dou de cara com um homem poucos centímetros mas alto que Luke e ele o está segurando pelo pulso, seus olhos são de um amarelo intenso algo que nunca vi na vida.
-Você tem duas escolhas ou solta ela agora ou arranco o seu braço.
A voz grave desse homem me faz arrepiar não se ouve nenhum bater de asas de mosca todos aqui estão estáticos inclusive eu.
-Quem você pensa que é para se meter em assuntos internos da alcateia vaza daqui antes que as coisas fiquem feias pra você.
O homem não responde só o vejo torcer o braço de Luke para trás e um barulho de ossos se quebrando, com a dor Luke me solta e eu consigo me afastar um pouco, ainda atônita pelo que acabou de acontecer, esse homem realmente quebrou o braço dele, a sorte de Luke é ser um lobo e ter o processo de cura acelerado mas isso não muda o fato de sentir dor.
-SEU DESGRAÇADO EU VOU MATAR VOCÊ.
-Ninguém vai ser morto hoje e para a plateia aqui presente sugiro que vocês deem o fora de pressa, alias sugiro não, estou mandando que vocês deem o fora.
As pessoas não questionam vão saindo depressa sem ao menos olharem uma segunda vez e para ser sincera a minha vontade é de fazer o mesmo se os olhos dele não tivessem fixos em mim.
-Que trabalheira a senhorita me deu em já chegou chegando.
O olho sem entender nada hoje realmente está sendo um dia repleto de loucuras.
-Me conhece de onde?
- Não conheço, mas o pouco tempo que estive aqui andei pesquisando um pouco sobre a encrenqueira da praça.
-Eu não sou nenhuma encrenqueira aquilo foi um acidente.
-KKKKKKKKKK Isso eu vou ter que concorda aquela garota parece que foi atropelada por um caminhão desgovernado, me lembre de não irrita-la daqui pra frente.
-COMO VOCÊ OUSA FALAR ASSIM DA EMILY SEU DESGRAÇADO.
Luke parte para cima dele tentando em vão lhe acerta um soco, mas o homem desvia de todos como se estivesse brincando com uma criança, ate que se cansa e acerta um na boca do estomago de Luke que o faz se curva de dor, com isso o rapaz se joga em um dos sofás como se tudo isso fosse algo comum.
-Vou me apresentar para vocês assim evitamos toda essa palhaçada novamente, me chamo William Klein e to aqui a serviço do Supremo, então facilitem a minha vida e não tentem se matar.
Continuo parada sem entender nada, o que eu tenho a ver com o que está acontecendo entre Luke e esse cara, quero agora é ir para o mais longe de tudo e de todos, tento andar para a saída mais próxima já que ambos estão distraídos mas falho miseravelmente ao esbarrar em uma mesa de canto.
-Se eu fosse você me sentava também Nevada já que não ira conseguir ir muito longe.
Ele tem razão todos aqui me conhecem e sabem o que fiz, basta uma ordem para ter uma alcateia inteira atras de mim, então caminho para o centro da sala e me sento em um dos sofás de frente para Willian enquanto Luke fica em pé com um olhar assassino.
-Quem você pensa que é para achar que pode mandar aqui? Fique sabendo que sou o Alfa desta alcateia e você me deve respeito.
-Olha cara nada contra você, mas você ainda não tem poder nenhum pelos registros Carlos Alencar é o Alfa da alcateia Lua negra juntamente com a sua Luna Amanda Alencar tendo como sucessor Luke Matheus Alencar. Então fica de boa ai e deixa os adultos conversarem.
-Isso são meras formalidades em poucas horas meu pai me passara o seu posto e então essa Cadelinha ali terá o que merece.
Luke me lança um sorriso diabólico e só consigo pensar em uma maneira de me livrar de tudo o que esta acontecendo, quando acordei só pensava em ter um dia tranquilo de trabalho voltar para casa aguentar Klaus como sempre até chegar o momento de me desligar de todos e ir embora para sempre.
-Cara se eu fosse você tomava cuidado com o que você fala dela porque as coisas podem ficar bem feias para você.
Luke que etá deitado todo esparramado se senta, posso jurar que seu ombros ficaram tensos de uma hora para outra.
-Você nem a conhece se aconhecesse como eu, não estaria dando valor para um lixo desses que nem para ser reciclado presta, não deveria ter nascido só está viva porque somos muito bondosos com os miseráveis.
Assim que Luke termina de falar vejo um vulto passar rapidamente e um estrondo logo em seguida, Luke foi arremessado para parede onde abriu um grande buraco.
-COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE FALAR ASSIM DA MINHA COMPANHEIRA SEU PEDAÇO DE MERDA!!!
Não acredito no que meus olhos estão vendo, Luke está esparramado dentro do buraco da parede enquanto um homem alto moreno e cheio de músculo está gritando para ele que sou sua companheira, em que parte eu dormi e esqueci de acorda porque isso não pode esta acontecendo.
- DOMINIC VOCÊ NÃO PODE AGREDIR O MEU FILHO DENTRO DA MINHA CASA.
-EU VOU DIZER O QUE NÃO PODE, O QUE NÃO PODE É ESSE PEDAÇO DE LIXO HUMANO TER A CORAGEM DE FALAR ASSIM DA PORRA DA MINHA MULHER.
Quando o tal de Dominic se vira para falar com Carlos posso ver melhor o seu rosto e pelo amor das pessoas bonitas, que homem é esse de um rosto perfeito, com uma barba por fazer alem de lábios carnudos e rosados, mas o que chama a atenção são seus olhos verdes esmeraldas misturados com vermelho. Aquele olhar que parece que lê a minha alma e desperta algo dentro de mim, ele me olha com tanta intensidade que desvio o olhar e mesmo trêmula reúno coragem para confirma se ouvi bem o que ele disse.
- Pode repetir o que você falou?
Me recuso a ficar olhando para o chão não vou ser mais a Nevada que deixava a vida me levar agora sou eu que decido a onde quero e vou chegar.
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