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Dono De Mim

Capítulo 1

...❤️A história está COMPLETA❤️...

Era de manhã e Sebastião chegava da cidade em seu carro. Entrou na casa grande e logo é recebido por Lourdes uma de suas empregadas de confiança.

Lourdes - O almoço já vai sair senhor Sebastião.

Sebastião - E Dorothy e Célia?

Lourdes - Estão almoçando na cozinha.

Ouvem alguém bater na porta...ela corre para abrir era um homem humilde junto com a esposa e uma jovem, morena e de olhos verdes.

Genival - Viemos falar com seu Sebastião. 

Diz o homem com aparência modesta e simples, Lourdes foi imediatamente chamar o patrão.

Lourdes - Um instante, tem um senhor aí fora querendo lhe falar patrão.

Sebastião - Se for para pedir alguma coisa pode mandar dar meia volta que aqui não é casa de beneficência. 

Ele era rude e muito xucro.

Genival - Diga a ele que é sobre uma mocinha nova, tenho certeza que ele vai querer que ela trabalhe para ele...

Falou alto o homem a sua porta.

Isso muito interessava a ele, se levantou e foi até a porta. Era dona Severina e seu Genival...estavam com a filha Nathalie, era a moça mais linda de toda a região e ele queria que ela morasse na fazenda já a um bom tempo.

Sebastião - Finalmente vamos fazer negócio Genival. 

Ele sorria olhando a menina com desejo.

Genival - A minha roça foi devastada por praga e agora nós não temos mais nada por lá. Eu trouxe minha filha por que aqui com o senhor sei que não vai faltar pão...enquanto nós não temos o que oferecer.

Nathalie estava assustada com aquela conversa ela agarrava a mãe com toda a força.

Sebastião - Eu compro, pago o quanto quiser por ela. Tenho certeza de que vai gostar de trabalhar aqui...jamais vai ter do que reclamar vivendo comigo.

 Sebastião pagaria o preço que pedissem, já estava de olho nela a anos. Seu jeito arredio era o que mais o atraia.

Nathalie - Papai não faça isso por favor! 

Ela chorava e implorava.

A mãe chorava desesperada por se desfazer da filha, mas nada poda fazer para evitar. Sebastião entra na casa e volta com um saco de dinheiro.

Sebastião - Peguem...

Joga nas mãos do velho o saco de dinheiro e pelo peso era um valor muito alto, dinheiro que eles jamais tinham visto em toda a vida.

Severina - Filha, por favor obedeça ao seu Sebastião...e trabalhe direitinho.

Pedia a mãe chorando e alisando o rosto da filha.

Nathalie - Mamãe...mamãe por favor não me deixe aqui com esse homem, juro eu posso conseguir trabalho na cidade mas não me abandone aqui...papai por favor. 

Ela chorava e implorava até que o Genival puxa a esposa a separando de Nathalie e Sebastião agarra a menina pela cintura a arrastando para dentro da fazenda.

Severina - Minha filha...minha filha...

Gritava dona Severina sendo levada para longe da filha pelo marido, antes que ambos desistissem daquele negócio.

Sebastião entra na casa grande agarrado a menina que chorava desesperada, não podia acreditar que seus próprios pais a haviam lhe entregue a esse homem. Estava claro que ele não queria e nem precisava de empregada coisa nenhuma!

Sebastião - Lourdes, leve-a para almoçar com as outras. Pela miséria em que o pai e a mãe estavam ela deve estar morrendo de fome. 

 Nathalie olhava assustada o interior daquela casa, iria fugir de qualquer maneira daquela prisão.

Sebastião - Cuide muito bem dela...essa princesa merece ter um trato especial.

 Sebastião nunca quis se casar pois seu "amor" era dividido entre as três jovens que viviam em sua casa, Lourdes era filha de um antigo capataz que havia sido morto em uma confusão armada por ele.

Por esse motivo, se sentia em dívida com ela e a mantinha como empregada tendo alguns privilégios de amante.

Além de claro se deitar com ele quando assim mandava, ela já estava com 26 anos e ele a procurava menos pois eram três ali para servi-lo...fora as que ele buscava na rua.

 Apesar de tudo Lourdes havia se acostumado com ele e até ficava feliz com as poucas vezes em que Sebastião a procurava na cama.

Lourdes - Sim senhor. 

Lourdes respondeu e levou a jovem dali.

Sebastião - E nem pense por um segundo em fugir Nathalie, tenho peões andando por toda essa fazenda. Então trate de obedecer, seu novo patrão e mostrar serviço.

Nathalie suspirou, olhando aquelas paredes, estava cega de ódio daquele homem tão mal. Sebastião era um homem bonito e forte, mas todas as suas atitudes o tornavam o pior dos homens aos olhos dela.

 Ela se sentou à mesa com as outras meninas, pensando em como poderia mudar seu destino e seguir em frente. Lembrou- se de quando corria livre naquelas terras secas onde cresceu em meio a miséria.

As duas muito jovens como ela e cheias de sonhos roubados, aquele homem era um monstro...um animal.

Luíza - Então essa é a nova empregada do patrão? 

 Perguntou uma delas.

Nathalie - Eu não sou empregada dessa fazenda e nunca vou ser! (Gritou) 

Luíza - Então acha que você é diferente de todas nós? Trata de ir se acostumando, por que aqui você é só mais uma desfrutável e terá que fazer cama, mesa e banho como nós duas...aliás 3 com Lourdes.

Nathalie - Não eu não sou....não sou covarde como vocês, que não lutam para sair desse buraco de lugar.

Luíza - Então você acha que é uma "pantera"?

Ela sorriu alto junto com a outra.

Nathalie - Pantera ou não esse homem não toca em mim, mesmo que eu tenha que arrancar "as coisas" dele e fritar naquele fogão ali!

As duas ficaram bem caladas depois daquela ameaça, essa garota definitivamente daria trabalho a Sebastião e não seria fácil dominá-la na cama e muito menos lhe fazer trabalhar ali. 

Ela não quis comer e ficou deitada no quarto o dia inteiro.

Sebastião foi junto com os peões administrar um agrotóxico nas pragas da plantação de milho, passou o resto do dia fora o que deixou Nathalie um pouco menos apavorada em estar ali. 

Lourdes no fim do dia a levou um belo vestido para usar depois do banho, Nathalie não quis obedecer pois não queria agradar aquele homem e ela estava faminta pois passou o dia inteiro sem querer comer nada que fosse daquela casa em sinal de protesto contra aquela situação.

Era noite, as duas jovens dormiam juntas em um quarto bem arrumado e cheio de presentes. Todas bem vigiadas pelos peões que viviam o tempo todo de olho nelas.

Lourdes era a primeira jovem violada por Sebastião e tinha o privilégio de ter um quarto simples até por que ele se sentia culpado pela morte do pai dela e havia se formado o único protetor dela, sempre procurava agradar a ele para nunca se voltasse contra ele e muito menos conspirasse com as outras três (com Nathalie).

Nathalie teve que usar aquele vestido, não tinha outra roupa limpa já que havia sido deixada ali naquela fazenda sem nenhuma outra muda de roupa. 

Lourdes observava enquanto Nathalie penteava seus longos cabelos negros, as duas estavam na sala enquanto Dorothy e Célia jantavam na cozinha.

Lourdes - Seu cabelo é muito bonito, aliás você é muito linda tenho certeza que seu Sebastião vai gostar muito de você e te dará privilégios nessa casa. 

Lourdes sentia pena por que sabia que o trabalho da moça seria muito mais do que servir a mesa e lavar os pratos.

Nathalie - Não quero agradar esse homem, tudo o que quero é ir embora desse lugar. Não posso voltar para os meus pais, mas vou tentar estudar e ser alguém na vida bem longe daqui.

Lourdes - Nathalie por favor menina se conforme e tente aceitar o trabalho. Aqui não vai te faltar comida, boa roupa...

Nathalie - De que adianta isso tudo, se não tenho liberdade? Se mesmo quem deveria me amar mais do que todos nesse mundo me abandonou aqui...não tenho mais sonhos.

Desabafou a jovem.

Sebastião - Boa noite! 

Era Sebastião chegando do trabalho fazenda, ele olhou Nathalie fascinado com aquela beleza e se aproximou dela. 

Ela se afastou e o olhou desafiante.

Lourdes - Já preparei o seu banho e sua roupa patrão! 

Sebastião - Certo...depois que eu terminar quero que Nathalie jante comigo.

Nathalie - Não quero comer nada.

Lourdes - Ela não quis comer nada desde que chegou, seu Sebastião acho que ainda está um pouco tímida. 

Sebastião - Pois essa noite vai jantar comigo. Preciso dela bem alimentada e forte para o trabalho, é claro. 

Nathalie lhe deu um olhar ameaçador...queria arrancar os olhos dele e faria isso assim que pudesse. 

Lourdes sentiu ciúmes, jamais o patrão se sentava com uma delas a mesa isso nunca havia acontecido ele estava lhe dando um privilégio muito grande. Ele mesmo deixava claro que nunca se sentava com as criadas.

Lourdes - Sim senhor. 

Responde Lourdes muito descontente com tudo aquilo, claro que ela sabia o que iria acontecer entre o patrão e aquela moça...mas era inevitável.

Ele saiu com os olhos brilhando e foi para seu quarto tomar banho, se arrumou e foi até a sala de jantar. Lourdes buscou Nathalie para se sentar com ele a fera não queria de jeito nenhum, mas Lourdes a convenceu de que se não obedecesse o trabalho da semana seria dobrado...ela foi e se sentou assustada em uma cadeira ao lado dele e evitava o olhar.

Sebastião - Não fique tímida morena...essa casa agora é sua também. Desde que seja uma boa menina.

Disse ele a olhando, Lourdes ficou branca...como assim "sua casa?"

Lourdes os serviu e saiu para chorar escondido na cozinha, que ele dividisse a cama com ela tudo bem, pois estava acostumada a ser mais uma, porém os privilégios que ele dava a Nathalie eram demais para ela suportar o ciúme a consumia.

Sebastião - Não vai tocar na comida? Vamos...coma.

Nathalie - Já disse que não quero nada dessa casa. Não quero ser sua empregada!

 Ela respirava pesado de raiva, era uma bomba prestes a explodir.

Sebastião - Então pretende morrer de fome tendo comida farta na mesa? É do tipo preguiçosa, não gosta de batalhar pelo sustento?

Nathalie - Eu só quero ir embora, só quero que me deixe ir, senhor.

Sebastião - E para onde pretende ir? Seus pais te venderam para mim...é minha propriedade agora e trate de baixar o topete, pois aqui eu sou o patrão.

Nathalie - Pode ser o patrão dessas outras "songa monga", mas meu não é. Sou jovem, posso ser alguém nesse mundo!!!!

Nathalie tinha personalidade forte e aquilo era intrigante, por mais raiva que ele ficasse de sua afronta aquilo se tornava excitante.

Ele gargalhou, achou aquele atrevimento dela muito audacioso, aquilo lhe dava ainda mais vontade de dominar essa pantera.

Capítulo 2

Sebastião termina o jantar, limpa a boca com o guardanapo bem calmamente e ela nem sequer toca na comida. 

Sebastião afasta a própria cadeira da mesa e se levanta...

Sebastião - Venha comigo. 

Ele estende a mão para ela, Nathalie fica apenas olhando com enorme desprezo.

Nathalie - Eu não vou a lugar algum com o senhor. 

Responde Nathalie e Lourdes retirava os pratos e observava assustada aquela cena, começando a rezar mentalmente. Sabia que Sebastião não deixaria barato uma afronta como aquelas e temia também porque Nathalie não era nenhuma mocinha indefesa e lutaria para se livrar dele.

Sebastião - Não me faça ter que arrastar você até aquele quarto garota, como você eu já domei muitas outras!

Ele estava vermelho de raiva.

Nathalie - Pois o senhor que se atreva...acha que pode me escravizar? é o que vamos ver!

 Ele não suportou ouvir aquele desaforo e foi para cima dela para pegá-la no colo, Nathalie o mordeu no braço e lhe deu um banho de suco no rosto. 

Esse homem respirava fundo de ódio e a veia em seu pescoço queria pular, sentia que se pegasse aquela menina naquele segundo faria uma grande loucura.

Lourdes colocou a mão na boca assombrada com aquela cena, temia que alguma desgraça acontecesse ali.

Sebastião - Leva agora essa pantera da minha frente ou juro que acabo com ela...leva agora ela Lourdes...

 Ele berrava feito um louco e saiu pisando forte para o quarto, entrou batendo a porta por dentro, xingando e derrubando tudo o que via pela frente.

Depois daquele episódio lamentável alguns dias passaram, as outras duas meninas ficaram sabendo do que havia acontecido e o apelido de pantera pegou de vez.

 Sebastião ainda estava possesso de raiva de Nathalie, mas não tinha mais mexido com ela estava sorrateiro esperando a poeira baixar e ela se conformar melhor com a sua nova situação de empregada e amante dele.

 Lourdes ainda tentava convencer Nathalie que o melhor era se ceder a ele e tentar aceitar seu destino, mas ela era irredutível sempre foi muito astuta e havia pensado em algo para fugir daquele homem planejou tudo com Lourdes e precisavam de muita coragem para colocar em prática.

Nathalie - Não podemos desistir, sei que se ele acreditar que aconteceu vai me deixar em paz.

Lourdes - Tenho medo de que ele descubra e te faça mal.

Nathalie - Eu não tenho medo dele...e sei que vamos conseguir. Agora consegue o que eu te pedi!

Lourdes - Está bem, mas tenha cuidado.

Ela havia observado que o patrão gostava muito de beber e algumas vezes chegava de cara cheia e isso seria perfeito para o plano delas. 

Um dia como o previsto ele chegou caindo de bêbado da cantina de seu Abraão era a hora certa de agir, Lourdes o ajudou a se deitar como sempre fazia esperou ele apagar de vez e tirou toda a sua roupa o cobriu com um lençol e depois chamou Nathalie que trazia um pouco de sangue de galinha para sujar o lençol e enganá-lo, ela se deitou ao lado dele.

"Eu temia que ele acordasse e quisesse me fazer mal, mas no estado em que ele estava nada poderia fazer...mesmo que tentasse."

Sebastião - Deus, que dor de cabeça horrível!

Amanhece e ele acorda se surpreende ao vê-la em sua cama, Nathalie acorda assustada e corre saindo do quarto.

Sebastião - Nathalie espere! 

Gritou ele.

Ela fecha a porta por fora se encostando nela e pensa "ele tem que pensar que dormimos juntos".

Ele coloca a mão na cabeça tentando se lembrar do que se passou na noite passada, nada conseguia recordar mas observou a mancha de sangue em seu lençol.

Sebastião - Maldição, eu queria tanto ser o primeiro, mas não dessa forma nem sequer me lembro de nada. Burro... um burro é isso que eu sou!

Nathalie conta a Lourdes que a primeira parte do plano funcionou.

Nathalie - Eu acho que ele acreditou.

Lourdes - E o que isso garante a você que ele vai se afastar?

Nathalie - Vai pensar que eu já fui dele, não sei de verdade...mas preciso acreditar que depois disso ele vai me deixar viver em paz é tudo o que eu quero. Mesmo que me acabe trabalhando aqui, só não quero que me toque.

 Naquela tarde, Sebastião foi delegar algumas funções aos peões quando sente uma forte dor de cabeça e desmaia.

Os peões o levam para a casa grande e ligam imediatamente para o médico ir até lá, ele pede que Sebastião seja levado a cidade o mais rápido possível para realizar exames na cidade pois seu quadro parecia inspirar cuidados.

 Dias depois...

Ele descobre que está com câncer em estado avançado e que teria pouco tempo de vida, ele fica arrasado e se era um homem amargurado agora ainda mais e descontava todo o seu ódio nas garotas.

Os medicamentos que tomava acabaram com sua virilidade, ele nunca mais tocou em nenhuma delas e sentia que esse era seu castigo. Mas pelo menos o que lhe confortava era ter sido primeiro homem de Nathalie que era sua favorita, pelo menos ele achava que tinha sido.

Porém mesmo que não pudesse tê-las ele as mantinha ali ao seu lado, jamais libertaria nenhuma das suas afilhadas. 

Três anos se passaram e ele estava a cada dia pior, já não caminhava mais e estava definhando na cama, as vezes gritava de dor...ele pediu que chamassem seu advogado com urgência e ele foi levando documentos para que ele assinasse.

Em seu testamento deixou tudo o que era seu para seu irmão bastardo, Frederico Hernandez queria sair deste mundo ao menos tendo conseguido o perdão dele que havia sido expulso pelo pai dos dois antes do velho morrer para morar fora do país com a mãe. 

Pediu ao advogado que não deixasse nenhuma das jovens sair da fazenda por nenhuma razão, que as mulheres da sua vida continuassem vigiadas, até a chegada de Frederico e ele decidiria o futuro de todas...esse seria mais um presente que ele deixava para ele antes de partir.

Se sentia em dívida com o irmão, pois ele foi mandado embora de casa ainda jovem e deserdado pelo pai deles.

Sebastião morre algum tempo depois e o advogado contratado por ele cumpre todas as suas determinações.

Capítulo 3

Na Espanha...

Frederico Hernandez era casado a 17 anos com Lúcia, uma mulher fútil e perua tinham uma filha chamada Luana era uma jovem de 16 anos muito bonita e educada. 

 Naquela manhã Frederico recebeu a ligação do advogado de seu irmão Sebastião comunicando sobre a morte dele e a herança, já havia sido cremado e suas cinzas estavam na fazenda aguardando que ele tomasse posse de tudo.

Na fazenda Esperança as moradoras foram comunicadas sobre o novo dono das terras e novo patrão delas também...

Nathalie - Aposto que deve ser um velho babão, cheio de frescuras e metido a besta como era Sebastião. 

Lourdes - Ele é irmão do finado Sebastião, deve ser um homem bonito e até jovem também...

Lourdes sentia falta de seu antigo dono e apostava que esse também seria agradável.

Nathalie - Que seja a belezura que for, em mim não encosta nem morto! 

Nathalie era bruta e já estava armada de ódio do homem que nem sequer conhecia ainda.

Dorothy - Pois eu vou cair na cama dele e serei a favorita...vocês todas vão ver. 

Responde uma delas fazendo as outras rirem.

"Com muito custo consegui me livrar das garras de Sebastião, como será esse novo dono da fazenda?" Pensava Nathalie.

...

Frederico paralisou com a notícia daquela morte, Sebastião era muito jovem e sequer havia revelado estar doente ou algo parecido e comunicou Lúcia e Luana sobre a viagem, a perua decidiu não acompanhar o marido já que odiava fazendas e esse clima de velório.

 Luana também não iria pois estava em pleno período de aulas, Frederico se prepara para ir e pede a seu fiel funcionário Túlio que o acompanha nessa viagem assim tornaria menos martirizante. A esposa e a filha viviam com muito conforto e sequer estavam se importando tanto com a tal herança, por que dinheiro nunca lhes faltou nessa vida.

Luana - Boa sorte papai, essa vida de roceiro não em nada a ver com o senhor.

Frederico - Ai é que você se engana filha, seu papai aqui ama a vida no campo e quem sabe eu até decida que todos nós possamos viver por lá.

Lúcia - Pode remover essa ideia maluca da cabeça!

Eles partiram e muitas horas de voo depois, chegam aquela cidade pequena e pacata pegam um carro indo em direção a fazenda Esperança. A estrada de terra era empoeirada, mas trazia aquela sensação nostálgica que aos poucos ia tomando conta e deixando de lado o clima de velório pele morte do irmão que mesmo que afastado, era sangue de seu sangue.

Frederico se surpreende ao ver como aquelas terras estavam bem cuidadas e precisava admitir que o irmão a fez prosperar demasiadamente em todos aqueles anos. Ele se recordava pouco daquele lugar, as poucas vezes que sua mãe havia ido com ele para procurar o pai e cobrar pensão.

Eles saem do carro, dão umas batidas na própria roupa para tirar parte da poeira e batem na porta...alguns minutos depois.

A jovem corre com um pano de prato no ombro, pois a alguns segundos atrás estava secando a louça.

Nathalie - Lourdes, pode deixar que eu abro!

Nathalie saiu correndo e abriu a porta revelando aqueles dois homens grandes ali parados. Frederico a olhou dos pés à cabeça, era linda por demais.

Frederico - Boas tardes! 

Disse Frederico sorrindo e Túlio também a cumprimentou muito educado como sempre.

Nathalie - Boa tarde! 

Respondeu ela tímida.

"Aquele homem era bonito, as outras estavam certas...ele era como Sebastião...ou melhor que ele."

Frederico - Me chamo Frederico Hernandez. 

Ele estende a mão para cumprimentá-la e ela assim faz mesmo que um tanto arredia, balançam as mãos olhando um nos olhos do outro.

Nathalie - Por favor entrem, vou pedir a Lourdes para chamar o advogado. 

Ele ficou na fazenda desde a morte de Sebastião para cumprir sua vontade de que as quatro garotas, permanecessem vigiadas até a chegada de Frederico.

Eles olharam a saída de Nathalie encantados, era uma potranquinha da melhor qualidade pensaram. 

O advogado chega e leva os papéis para que Frederico assine, lhe passando em definitivo os bens de Sebastião.

Daniel - Seu irmão além desta fazenda e uma soma considerável no banco, lhe deixou um outro presente. 

Diz o advogado sorrindo para ele, sabia que não haveria homem neste mundo que ficaria triste ao receber a tal herança.

Frederico - E o que seria esse tal presente? 

Daniel - Lourdes vá la dentro e chame as outras...

Ela foi ao quarto e chamou as outras incluindo Nathalie.

Daniel - Elas são suas empregadas. Seu irmão quis que cuidasse bem delas de agora em diante. 

Disse o advogado olhando para elas e depois para Frederico.

Frederico - Por que tantas empregadas?

Claro que ele percebeu que eram jovens belas e todas seguindo um mesmo padrão.

Daniel - Elas vão lhe servir, assim como serviam seu irmão...na cama e fora dela. 

O advogado fazia uma cara de pervertido e Frederico entendeu bem o recado, eram todas moças jovens e bonitas. Seu irmão tinha um harém particular "que crápula" pensou ele!

Nathalie - Na cama, nem morta...! 

Gritou Nathalie, Lourdes cobriu-lhe a boca com a mão antes que ela falasse mais besteiras.

Lourdes - Nós vamos voltar para cozinha agora, com licença senhores. 

"Como sempre Lourdes tentava me convencer a ceder, aquele homem mal chegou e agora sabia que era dono de todas nós...aliás de nós não, delas!"

 Lourdes saiu puxando Nathalie pela mão e as outras duas foram atrás como sempre, um bons cãezinhos domados e servis ao dono.

Daniel - Me desculpe senhor Frederico, essa empregada é a mais difícil. Nathalie era favorita de Sebastião talvez por esse seu gênio difícil, ele a chamava de pantera. 

Frederico sentiu uma certa decepção e ciúmes ao saber que ela tinha sido uma das amantes de seu irmão.

Daniel - Bom, as cinzas de Sebastião estão sobre a escrivaninha no quarto que pertencia a ele. 

Diz o advogado guardando os papéis assinados e sua missão ali estava cumprida.

Frederico - Obrigado doutor. 

Diz Frederico lhe apertando a mão e o advogado vai embora.

Na cozinha Lourdes ainda dava bronca em Nathalie.

Lourdes - Ficou doida, se esse homem joga todas nós na rua? 

Nathalie - Seria um grande favor... 

Dorothy - Pois eu vou adorar cair na cama dele, que homem elegante, bonito e forte. 

 Dorothy era sempre a mais assanhada e não ficou alheia ao charme e beleza daquele homem.

Nathalie - Pois o único lugar onde eu quero cair e bem rápido, é fora dessa prisão. 

Lourdes - Deixem de conversa fiada e vamos ajeitar a casa, o homem já chegou e é bom mostrar serviço. 

Diz Lourdes batendo palmas para elas se levantarem.

Lourdes - Nathalie leva essa bandeja com café para eles na sala.

Nathalie - E eu por que? joguei pedra na cruz foi?

Lourdes - Jogou sim...deu um fora no "home" antes mesmo dele chegar, vai lá adoçar o bico dele sim! 

Nathalie pegou aquela bandeja e foi sapateando de ódio até a sala.

Nathalie - Licença! 

 Ela pediu e foi chegando até a mesinha de centro ela se abaixou para colocar o café nas xícaras, seu vestido era soltinho e com esse movimento quase revelava seus seios fartos.

 Os olhos dos dois não tinham como não parar ali, Túlio então sorri e dá uma cotovelada em Frederico que também sorri.

Nathalie - Posso saber qual é a graça? 

Pergunta ela e depois olha para baixo vendo que estava quase mostrando os peitos para os dois e leva um susto cobrindo com a mão.

Túlio não segura o riso e abre uma gargalhada Frederico também não aguenta.

Nathalie - Por acaso os dois tontos nunca viram mulher? 

Pergunta ela suspirando de raiva.

Frederico - Nem tão bonita e nem tão brava assim. 

Ela larga a bandeja com tudo na mesa e sai pisando forte e bufando de raiva.

"Eu queria dizer um monte de coisas para esses dois, como podem ser tão estúpidos assim?"

Frederico - Essa garota é mesmo uma pantera feroz, não resta dúvida! 

Túlio - O que tem bonita tem de xucra e selvagem.

Frederico - Assim é que é bom meu amigo.... 

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