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Minha Melhor Amiga

O retorno

Hugo >>

Retorno a minha cidade natal depois de dez anos longe, a noite estava fria e estrelada eram quase oito horas da noite, desço do meu carro e paro em frente a minha casa, me vem pensamentos de quando eu vivia ali, tinha 17 anos morava com meu pai Júlio e minha mãe Esmeralda, a minha mãe é o motivo de eu estar voltando aqui depois de tanto tempo, eu sempre fui um filho bondoso e amoroso, fazia de tudo para ajudar minha mãe em casa, eu tentava sempre ser um bom filho.

Passado on >>

Eu estava no ensino médio, era um garoto magro alto tinha muitas espinhas pelo meu rosto e corpo, usava um óculos que era horrível, era tímido de poucas palavras, eu não era muito de me inturmar, quando conversavam comigo eu falava somente o necessário. Por morar no mesmo bairro desde criança eu consegui fazer alguns amigos que estão comigo até hoje, Eduardo o Paulo e a minha amiga Carina, éramos amigos de escola e morávamos na mesma rua. Eduardo e Paulo eu conheço desde criança mas a Carina eu conheci com meus 17 anos, me lembro que era uma tarde de sábado quando vi um caminhão de mudança parar na rua da casa da frente, eu me aproximei da janela e fiquei olhando, logo depois chegou um carro e quando vi aquela menina linda saindo do carro meus olhos brilharam, meu coração bateu tão forte quando olhei para ela, minhas mãos suavam frio. Passei a tarde toda ali naquela janela esperando ela sair novamente, quando era umas quatro horas da tarde ela saiu e se sentou na calçada, eu vejo Eduardo e Paulo se aproximando dela, eles conversam, fico observando tudo pela janela da minha casa que ficava de frente para casa dela, Eduardo então olha para janela me vê e faz sinal com a mão me chamando para ir até lá, eu congelo na janela, logo depois ouço batidas na porta de casa, vou até a porta quando abro vejo Eduardo Paulo e a Carina.

Eduardo — Beleza cara!. —Eduardo fala, e em seguida aperta minha mão.

Paulo — Oi mano. — Paulo também repete o gesto. — Essa é a Carina, ela acabou de se mudar, ela vai estudar na nossa escola. — Paulo fala todo animado.

O silêncio se junta entre nós, eu lanço um olhar rápido na Carina, e sinto um frio na espinha, como ela era linda meu Deus. Ela era baixa magra tinha os cabelos loiros e curtos, olhos verdes tinha um corpo lindo, estava usando um short jeans curto e uma blusa branca que mostrava sua barriga com um piercing no umbigo.

Carina — Como você se chama?.— Ela me pergunta dando fim ao silêncio.

Hugo — Meu..meu nome é...Me chamo Hugo — Falo gaguejando.

Saímos para rua, Paulo Eduardo e Carina conversavam bastante, eu só observava, ficamos ali até umas sete da noite, e quando eu já estava deixando a minha timidez de lado a mãe da Carina chama ela para entrar, Carina se despede dando um beijo no rosto de cada um de nós, quando chega minha vez eu fico totalmente aéreo, meu coração bate forte sinto meu rosto se queimar, com certeza fiquei com o rosto vermelho, para minha sorte já era noite e ninguém viu como meu rosto ficou feito um tomate maduro.

O tempo foi passando e eu fui me apaixonando cada vez mais pela Carina, eu nunca contei nada para ninguém sobre esse sentimento, ainda mais quando percebi que a Carina não dava bola para caras como eu, ela gostava dos caras bonitões e populares. Na escola ela era super popular e disputada pelos garotos, Carina me vê só como amigo ela sempre fala que eu sou o melhor amigo que ela já teve na vida. Mas estamos mais íntimos, conversávamos bastante até saíamos juntos só nos dois, para sorveteira cinema, as vezes ela vem na minha casa deita na minha cama, ficamos até tarde jogando conversa fora.Teve uma certa noite em que eu estava no meu quarto jogando video game, estava chovendo bastante, ouço batidas na minha janela, quando olho vejo a Carina la fora, corri ate a janela e abri, ela entra aos plantos toda encharcada da chuva e logo depois me abraça.

Grávida

Carina — Me abraça forte Hugo?. — Eu apenas obedeço e lhe abraço bem forte.

Hugo — Mas o que aconteceu? —Eu pergunto saindo do seu abraço .

Carina — Eu estou grávida.

Hugo — O que!??. — Falo sem acreditar.

Carina — Eu fiz o teste ontem. — Carina me afirma com olhar cabisbaixo.

Hugo — E agora Carina?. — Eu pergunto passando as mãos em seus cabelos.

Carina — Eu não sei Hugo.

Hugo — Quem é o pai?.

Carina — O pai é o Samuel.

Hugo — Como? O Samuel marido da Sara?.

Carina — Sim Hugo, o Samuel da Sara, vai me dizer que você nunca ouviu o pessoal da escola comentar que eu estava saindo com ele?

Eu já tinha ouvido Alguns boatos de que a Carina estava saindo com um homem casado no caso o Samuel marido da Sara que morava na rua de trás, mas nunca acreditei que fosse verdade.

Um tempo depois a minha mãe bateu na porta do meu quarto, pedi para a Carina se esconder e abrir a porta.

Esmeralda — Filho tá tudo bem? Eu ouvi vozes vindo seu quarto?

Hugo — Tá tudo bem mãe, é que eu estava jogando vídeo game e acabei perdendo uma partida aí me exaltei.

Ela fica meio desconfiada, dá uma olhada para dentro do meu quarto e em seguida sai. Carina sai de onde estava escondida tremendo de frio, ela usava um vestido branco bem colado, e como o vestido estava molhado o bico dos seus seios estavam amostra, eu fui até o meu guarda-roupas e peguei uma camisa minha para ela, no meu quarto não tinha banheiro então eu me virei de costas para que ela pudesse se trocar. Em seguida ela se deitou na minha cama e falou que ia esperar ficar um pouco mais tarde para ir embora, assim ela poderia entrar na sua casa sem seus pais vê-la vestida com a minha camisa. Eu a deixo ali deitada, eu tomo um banho e logo depois vou jantar.

Assim que retorno ao meu quarto vejo que a Carina está dormindo, deixo a bandeja que trouxe com comida para ela ao lado da cama, ela logo desperta e come um pouco, em seguida ela me pergunta se tem algo pra beber, eu falo que na situação que ela se encontra é melhor não beber.

Carina — Vai Hugo essa vai ser a minha última bebida, por favor?. — Ela implora fazendo uma carinha que é impossível dizer não.

Hugo — Tá, mas só um pouquinho.

Eu desço até a sala onde meu pai guardava algumas bebidas, pego uma garrafa de vinho e duas taças e levo para o meu quarto. Uma hora depois a garrafa de vinho ja estava seca, e ali sentados no chão do meu quarto, Carina me confessa que o Samuel não queria assumir o filho que ela esperava dele, que ele tinha até pedido pra ela fazer um aborto, fiquei triste por ela, mas ela de certa forma procurou por essa situação. Um tempo depois em certo momento enquanto estávamos descontraído dando risada esquecendo a burrada que ela tinha feito, no meio da risada ela pega na minha mão e fica de frente para mim, depois ela me agradece por ser um bom amigo, eu não era de beber e naquela noite já estava bem alegre, e depois que eu ouvi isso dela eu passei a mão em seus cabelos colocando uma das mechas para trás da suas orelha, depois acariciei seu rosto e simplesmente a beijei, sim eu beijei o amor da minha vida, foi um beijo meio desajeitado eu tinha beijado poucas meninas, e ela era tão experiente, eu não sei se ela gostou porque em seguida ela abaixou a cabeça e disse que já estava tarde que ela devia ir embora, eu fiquei sem reação depois do beijo eu não disse uma palavra, simplesmente deixei ela partir.

Passei a noite em claro, me julgando e me perguntando, será que estava com com raiva de mim? Porque eu não falei nada pra ela? Só queria que amanhecesse logo para encontra-la na escola e por um fim nessa minha angústia.

No dia seguinte vejo ela na escola, ela estava acompanhada do Paulo e do Eduardo, eu vou até eles com o coração na boca, cumprimento os meninos e vou até a Carina e dou um beijo no rosto dela, Paulo e Eduardo não desgrudaram da gente, então resolvo deixar a nossa conversa para depois, envio uma mensagem pedindo para Carina passar em casa mais tarde.

Eu não estava me aguentando de tanta ansiedade, planejei tantas coisas na minha cabeça que nem prestei atençãona na aula, queria dizer para ela que eu a amo desde do dia em que a conheci, que eu nunca iria abandona-lá, coloquei na mente também que iria assumir o filho que ela estava esperando se ela aceitasse ficar comigo, mesmo sabendo que ia matar meus pais de desgosto era isso que eu queria, eu quero a Carina na minha vida.

Assumir

Mais tarde ela foi até minha casa, eu estava sozinho, fiquei tão nervoso.

Hugo — Carina eu quero ficar com você. — Falei sem rodeios.

Carina — Como assim Hugo? — Ela me olhou confusa.

Hugo— Eu te amo Carina. — Falei segurando a sua mão.

Carina — Você já sabe da minha situação. — Ela solta a minha mão e se afasta de mim.

Hugo — E daí?. — Me aproximei dela.

Carina — Hugo você está fazendo isso por pena?. — Perguntou olhando nos meus olhos.

Hugo — Claro que não Carina, eu gostode você. — Me aproximei dela e segurei as suas mãos.

Carina — Você tem certeza Hugo?. — Perguntou seria me encarando.

Hugo — Eu tenho toda certeza do mundo?. — Ela sorri e me abraça.

Carina — Mas eu estou grávida de outro Hugo. — Ela começa a chorar.

Hugo — Eu sei disso, eu quero assumir seu filho. — Falei com firmeza.

Carina — Sério Hugo?. — Perguntou com os olhos marejados.

Hugo — Sim! Quero assumir vocês dois. — Nesse exato momento ela me beija, um beijo calmo e amoroso que foi virando um beijo cheio de desejo, ela começou a beijar o meu pescoço me deixando cada vez mais ofegante, meu corpo se arrepiava inteiro com seu toque, ela tirou minha roupa em seguida a dela, fizemos um amor tão maravilhoso e para mim inesquecível, a Carina era perfeita.

Combinamos de falar pra os nossos pais sobre o nosso futuro relacionamento, e falar também sobre a gravidez da Carina também.

A noite quando meus pais estavam em casa, eu contei pra eles que eu e a Carina estávamos juntos, eles gostaram da novidade, mas depois que contei que ela estava grávida e que o filho não era meu eles ficaram loucos, meu pai não aceitou, até ameaçou me expulsar de casa, ele e minha mãe discutiram muito, ultimamente os dois só brigavam em umas das brigas eu ouvi até falarem em separação, eu decido sair um pouco de casa, vou até a casa do Eduardo, e conto tudo pra ele.

Eduardo — Caraca maluco, como você se meteu nessa?.

Hugo — Cara eu gosto da Carina pra mim não é nenhuma furada.

Eduardo — Toma cuidado amigo.

Hugo — Por que?. — Eu pergunto preocupado.

Eduardo — É que eu estou sabendo que ela gosta muito do tal do Samuel.

Hugo — O cara não quis assumir o filho, ela não quer mais saber dele.

Eduardo — Só fica esperto.

Volto para casa, chegando lá encontro meus pais sentados na sala, e do lado deles está a Carina do outro lado do sofá uma mala grande, já aimaginei o que tinha acontecido, Carina corre para me abraçar, ela chora, eu tento alcama-lá, sentamos no sofá meus pais saem nos deixando a sós.

Carina — Meus pais me mandaram embora, eles falaram tanta coisa horrível.

Hugo — Calma eu estou aqui, eu não vou te abandonar. — Eu fiquei com tanta dó dela, eu prendi ela no meu abraço depois ela deitou a cabeça em meu colo e adormeceu.

No dia seguinte conversei com meus pais que aceitaram nos abrigar ali por um tempo, meu pai aceitou meio contrariado.

Três mêses se passaram, estava tudo indo bem, eu tinha arrumado um emprego em uma lanchonete que eu ia depois que chegava da escola. Mas uma coisa estava me preocupando, a Carina estava estranha, eu sinto que ela não esta tão feliz como eu, ela está distante, cheguei a pensar que fosse pela minha correria, ela não está mais estudando decidiu parar, eu acordo cedo ela está dormindo, eu vou para escola quando volto faço um lanche e sigo para o meu emprego, chego em casa a meia noite geralmente ela já está dormindo, acho que ela deve estar se sentindo sozinha.

Uma noite quando eu cheguei ela estava acordada, achei estranho.

Hugo — Está sem sono meu amor? — Eu pergunto te dando um beijo na testa.

Carina — Eu estou muito enjoada hoje.

Hugo — Então você não vai querer o pedaço de bolo de chocolate que eu trouxe da lanchonete? — Falo mostrando o bolo pra ela.

Carina — Leva esse bolo daqui pelo amor de Deus.

Hugo — Nossa amor agora fiquei preocupado.

Carina — Isso é normal, não se preocupa. — Ela volta a se deitar na cama.

Deito do seu lado, ela apoia sua cabeça em meu peito, caímos no sono.

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