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Virus Zumbi

Capítulo I

O mundo sofria com um novo vírus e a sete anos tentavam achar a cura, mas como ainda não haviam achado algo cem porcento eficaz, o mundo teve de readaptar-se, com o uso de máscaras especiais, álcool em gel e o afastamento crescente das pessoas, para assim voltar a vida quase normal, e a população mundial não morrer de fome, pois era necessário a população trabalhar, para ter mantimentos para se alimentarem, e os seres humanos já egoístas de nascença, ficavam cada vez mais egoístas, e paranoicos e as elites mundiais, não se importavam muito com a população. Eram poucos os que tentavam fazer algo, e o ser humano já havia se conformado com a nova situação.

Luna era biomédica formada e estava fazendo especialização imunogenética, faltava um pouco para terminar a sua especialização; para seu trabalho de conclusão de curso, estava tentando desenvolver uma vacina para o vírus Zeta, pois o mundo estava um caos por conta da pandemia desse vírus. Então estava fazendo alguns estudos particulares, no laboratório que fora de seu pai um dia, desde que o vírus zeta o levou a quatro anos atrás prometeu a si mesma que desenvolveria uma vacina que tornasse o organismo, imune e curasse as pessoas que houvessem pego, o vírus, havia escolhido a 6 anos e meio atrás esta faculdade, pois queria ser igual a seu pai, que um dia foi um geneticista brilhante, seu pai lhe era uma inspiração. Por isso queria desenvolver uma vacina 100% eficaz, as que haviam sido desenvolvidas até o momento, sempre causavam alguma alteração genética que atacava alguma parte dos órgãos, e nunca a pessoa se curava totalmente, sempre ficava alguma sequela do vírus, quando não acontecia de a vacina sequelar outra parte do organismo humano, como rins, fígado, e etc, ou acontecia do vírus sofrer alguma mutação, já havia estudado mais ou menos 130 mutações diferentes, e cada vez que acontecia do vírus sofrer mutação tinha de voltar o estudo das vacinas, a um estágio anterior.

Parece que em dois anos havia desenvolvido algo, que realmente, merecia ser estudado, pois havia estudado o vírus a fundo, assim como suas mutações, não só na intenção de achar um imunizante, mas de curar quem tivesse com o vírus no organismo, e quem sabe curar as sequelas que as outras vacinas deixaram, e também estudou a genética das outras vacinas, e percebeu, que todas tinham quase que os mesmos componentes, mas todas tinham a falta de um componente, que havia percebido que era o fator X, para evitar a mutação do vírus, e era esse fator que estava estudando, e que agora parece que havia conseguido, descobrir.

Quinze dias atrás:

— Amiguinho parece que consegui descobrir a cura para o vírus Zeta, pois você não apresenta nem vestígio que teve o vírus, após examinar seu sangue constatei que não está sequelado de órgão nenhum, e já faz 4 meses que você venceu o vírus, diferente de seu amiguinho, que não apresentou nenhuma evolução, não piorou, mas também não melhorou, o vírus só estacionou, deixarei o Rudolf, na quarentena, para ir verificando seu estado clínico, … Bom amiguinho me deseje sorte, pois hoje irei me contaminar com este vírus, e assim que apresentar os sintomas, aplicarei a vacina, como fiz com você.

Ela se aplica o vírus, e dez dias depois começa a apresentar sintomas:

— Bom amiguinho, agora é a hora da verdade, aplicarei a vacina, espero que funcione, pois senão terei de ir para o hospital para que me estabilizem antes que o vírus piore em meu organismo — diz ofegante, devido à falta de ar, pois o vírus havia prejudicado seu pulmão.

Ela aplica-se a vacina:

— Bom, agora teremos de esperar.

Luna coloca-se, alguns aparelhos para se automonitorar, e conferir os efeitos colaterais, primeiramente, verificando seu sangue, pressão, batimentos cardíacos, temperatura, ela começa a sentir cansaço, então se deita em uma cama, de forma a poder ficar de olho nos equipamentos, só que acaba adormecendo, quando acorda com o barulho de seu celular, ao atendê-lo.

— Luna, está tudo bem? Faz uma semana que retornou as aulas e você não dá nem sinal de vida. — diz Mike do outro lado da linha.

Mike estudava na mesma faculdade, mas o curso dele era voltado a outra área, ele acreditava no tal buraco de minhoca, e viagem no tempo, e em mundos paralelos, aonde nada era absoluto como dizia Einstein, “tudo é relativo, até o tempo…”, e acreditava que se você fosse ao passado e alterasse algo, alteraria o presente e o futuro. Luna achava tudo isso uma besteira, mas desde criança que ele pensava assim, e esta só o seguia nas aventuras dele:

— Sim estou? Mas que dia é hoje.

— É dia 7 de agosto, por quê?

— Por nada, é que me distraí com uns estudos que estou realizando e esqueci das aulas. — diz ela, vendo que havia dormido por 4 dias.

— Ufa! Pensei Que estava doente, pois você não é de faltar.

— Mas, qual é?  Sei que não me ligou somente para isso, vai desembucha logo o que você quer.

— Você me conhece mesmo, queria saber se você pode ir comigo em um lugar amanhã, pois pretendo, aproveitar o feriado para ir verificar uma teoria que achei.

— Ah! Não essa sua teoria do buraco de minhoca de novo.

— Vamos, se for verdade, precisarei de uma testemunha.

— Está bem, que horas você virá amanhã?

— Vou às 6 horas da manhã, pois teremos quatro horas de viagem pela frente, vê se toma um café reforçado, pois revezaremos no volante.

— Está bem, preciso mesmo sair um pouco de casa, e respirar um ar puro.

Ao desligar, Luna vai imediatamente retirar uma amostra de sangue para verificar, realizando assim os exames necessários com o equipamento que tinha e descobre que havia se curado, e que havia alterado algo em seu código genético, o que parece que a havia tornado imune ao vírus, pois não apresentava nem vestígio do vírus, que havia aplicado em seu organismo, estava abismada:

— Consegui amiguinho, só espero não ter de sacrificar o Rudolf, se ele apresentar piora, vamos, ver como ele está.

Ao ver o ratinho que estava em quarentena, ele estava adormecido, e parecia estar calmo:

— Bom vamos lhe dar mais alguns dias, se quando voltar de viagem tiver apresentado melhoras, não te machucarei, senão terei de sacrificá-lo, e incinerá-lo, pois não posso permitir mais um vírus rodando por aí.

Ela terminou de fazer algumas anotações em seu relatório, pois iria apresentá-las no seu trabalho de conclusão de curso, e futuramente com a ajuda da faculdade, apresentaria aos órgãos responsáveis, para fazerem maiores estudos e liberarem mundialmente a fabricação dessa vacina que poderia, fazer com que o mundo voltasse completamente ao normal, para a época que não existia esse vírus.

Só estava preocupada com a excursão de seu amigo, pois todas envolviam mergulhar, pois dizia ele que o buraco de minhocas surgiria num lago, ou em alguma gruta submersa, também tinha a possibilidade de um buraco negro fabricar um buraco de minhoca, mas esta era uma possibilidade que por enquanto estava longe dele poder tentar, pois para provar essa sua teoria teria de ser um astronauta, e para isso teria de estudar muito, como ainda estava distante essa possibilidade, ele se fixava nos buracos de minhoca que, achava que surgiriam em pontos distintos do planeta terra.

Luna aproveitou o tempo que ainda tinha e preparou as coisas que precisaria, como seu material de mergulho, algumas guloseimas para comerem no caminho, e uma capsula do tempo, seu amigo e ela tinham uma dessas, cada um com o seu nome gravado e um cadeado, que só tinha duas chaves, a que deixava em seu laboratório e a que levava nas excursões para enterrar na mesma época, da capsula do tempo, só que em lugares distintos e toda vez que faziam uma excursão tinham de escolher algo para colocar dentro, juntamente, com um bilhete que escreviam, com a data que foi, realizada a excursão, e já sabia o que colocaria desta vez, mesmo sabendo que provavelmente não daria em nada, colocou uma amostra da vacina que havia desenvolvido, uma cópia de como fazer a vacina, decidiu escrever o seguinte bilhete:

“Atlanta, 8 de agosto de 2027.

O mundo começou a passar por um vírus no ano de 2019, que até a data de hoje sofreu 131 mutações tendo sido registrada somente 130, pois a de número 131 foi causada por uma vacina que criei, mas que já estou neutralizando, aqui está a cura para esse vírus, e as 130 mutações, pois na data de hoje eu e meu amigo Mike tentaremos a nossa excursão de número 187, atrás da viagem do tempo, se você está encontrando esta capsula realmente ela veio da data que está no cabeçalho do texto, decidimos que não alteraríamos nada no tempo, para não prejudicarmos nem o presente, nem o futuro, mas acredito que se essa vacina chegar antes do tempo da pandemia, conseguiremos evitar muitas mortes, e o afastamento da humanidade, um dos outros… Espero que se encontrarem esta vacina repliquem-na e salvem vidas…

Assinado Doutora Luna.”

A noite Luna passou ansiosa, de ter descoberto a vacina, e queria acreditar em volta no tempo, pelo menos dessa vez, queria muito que desse certo, pois se fosse possível isto e fosse para ao passado, na época que seu pai estava vivo, conseguiria salvá-lo, e quem sabe muito mais pessoas, pois faria algo que seu amigo havia lhe pedido para não fazer, pois já tinha tudo planejado, escreveria no código que ela e seu amigo desenvolveram quando crianças, mandaria de algum jeito para a Luna do passado, para que essa lesse, aonde, enterraria a capsula, e para que conseguisse salvar seu pai.

Capítulo II

No outro dia pela manhã seu amigo estava a esperando na frente de sua casa as seis horas em ponto, como haviam combinado:

— Nossa Luna, você está com uma cara péssima _ diz Mike.

— A noite passada não dormi nada. _ diz Luna

— Por quê? Andou fazendo dos seus experimentos nas férias, quem foi a vítima agora um porquinho-da-índia ou um coelho. _diz Mike em tom brincalhão.

— Não, dessa vez fui eu mesma.

— Quê?! Você é louca, fazer experimentos em si, mesma, sabe que isso é contra tudo que estudamos, experimentos em humanos só é permitido após anos de estudo com animais, e o pesquisador não pode fazer isso em si, mesmo, sabe que isso é contra a ética científica.

— Não ia te dizer, mas como prometemos nunca guardar segredo um do outro, e como somos praticamente irmãos de famílias diferentes, apliquei o vírus zeta em mim durante as férias, e testei a vacina, que alterou algo em meu DNA, e combateu o vírus, de forma, a não deixar nem vestígio, e não fiquei com nenhuma sequela, pelo menos é o que consegui verificar até agora, com relação a cobaias humanas as empresas farmacêuticas mundiais a muito que usam os seres humanos como cobaias, mas a população nem sempre está ciente, pois nem todas as vacinas são totalmente seguras, você bem sabe, pois tem visto tudo que tem acontecido nos últimos sete anos.

— Faz sete anos que a medicina tenta desenvolver alguma vacina contra este vírus e não acha nada 100% eficiente, e você em dois anos de estudo, acha no porão de casa? _ diz Mike incrédulo

— Acabou o sermão? Vamos ou não conferir o tal buraco de minhoca, ou é só minhoca dá sua cabeça de novo?

— Engraçadinha… Está bem, deixarei o sermão para quando voltarmos, e dessa vez tenho certeza, viajaremos por um portal.

— Só espero ter preparado meu equipamento de mergulho atoa, pois ir em outra gruta submersa não está nos meus planos.

— Felizmente não terá de usar equipamento de mergulho, e você sabe que nem todas nossas excursões envolvem mergulho, a de um ano atrás você que caiu na água, graças a Deus não foi nada, demais, e graças a Deus foi resgatada por um marinheiro, apesar de você ter ficado, 2 meses inconsciente, mas infelizmente, você sabe que envolve água como sempre, já te expliquei…

— Tá bem, não precisa me dar outra das suas aulas sobre a teoria do buraco de minhoca. Só quero saber para onde vamos.

— É no sítio de tia Preciosa, aonde passávamos o verão com nossas famílias, você lembra?

— Lembro, mas só agora você encontrou? _ pergunta Luna debochando da história.

— É que o buraco que encontrei só abre de tempos em tempos, e com os alinhamentos certos.

— Só quero ver… Espero que desta vez esteja certo, pois já estou cansada dessas suas excursões, apesar que desta vez estou precisando sair um pouco.

— Tomou um bom café?

— Sim, como sempre, e trouxe guloseimas, e café para comermos e bebermos, algo no caminho. Além de meus trajes de mergulho, e já estou com uma roupa de banho por baixo, como sempre.

— Ótimo, coloquemos seus trajes no porta-malas, com meu equipamento de gravação, já que os preparou, se precisarmos, estarão no carro.

Eles colocam as coisas de Luna no porta-malas, entram no carro e partem:

— Caramba, que saudades daquele tempo. _ diz Luna lembrando da infância.

— É faz mesmo tempo que não vamos lá, lembra das vezes que nos embreamos, na mata e deixávamos os funcionários da minha tinha que nem doidos procurando a gente?

— Claro que lembro, mas sua tia ao ver-nos voltando sujos de barro da cabeça aos pés, nos dava um sermão, e depois nos mandava tomar banho, rindo das nossas peripécias.

— Bom, mas vamos parar de conversar, pois preciso prestar atenção no caminho e você precisa dar uma cochilada, pois não descansou a noite pelo que entendi e as duas últimas horas de viagem o volante é seu. _ diz Mike.

— Beleza diz Luna, deitando o banco do carro, para se acomodar melhor. Mike só me diz uma coisa, como planeja provar sua teoria, se ao invés de irmos para o passado, formos para o futuro? E como pretende, voltar? Se você morrer em qualquer um dos tempos, não conseguirá voltar e isso terá sido em vão, além de causar um paradigma, como você mesmo diz, ou se alterar algo que não deveria, causará um efeito dominó, que poder alterar todo o presente, e talvez até piorar as coisas.

— Sei e terei o cuidado de não alterar nada, e seja no passado ou no futuro, o alinhamento sempre acontece em uma mesma data, no triângulo das bermudas a cada ano com final sete, no dia sete, do mês sete, às sete horas e sete minutos. Na Amazônia, a cada dez anos, só não sei dizer a data exata ainda, mas descobrirei o local e a data exata, se falharmos hoje, e neste ponto que estamos indo acontece a cada 30 anos todo dia 8 de agosto, na parte da tarde só não sei o horário exato, pois o alinhamento se inicia às dezessete horas, e não sei quanto tempo o portal fica aberto.

— Ah, então temos tempo suficiente, por que da pressa?

— Porque fica dentro, da gruta da Cuca, e nós nunca entramos lá, pois diziam que era um labirinto e, que a Cuca ia nos pegar, lembra?

— Lembro, e depois voltamos poucas vezes no sítio de sua tia, mas não fomos à gruta por medo da cuca, e quando mais velhos, depois da última confusão que aprontamos ficando dois dias na mata, preferíamos nos divertir no lago, mas como você sabe disso?

— Porque, li o livro de um pesquisador, que disse sobre esse portal, e que ele abre a cada trinta anos, ele abrirá novamente só em 2057, não posso arriscar perder essa oportunidade.

— Jura como sabe que não é nenhuma invenção?

— Porque ele trouxe itens do passado e mostrou fotos daquela época com itens que ele havia levado do futuro.

— Jura que você, vai acreditar em montagem, ele pode ter feito montagem nas fotos, e itens do passado, qualquer colecionador, consegue comprar?

— Bom veremos se foi montagem ou não…

Ela adormece, enquanto seu amigo, continua as explicações sobre como se formava o buraco, sobre os pontos que havia pesquisado, quando de repente, o carro para e Luna acorda:

— Oi, agora é minha vez. _ diz ela meio sonada.

— Não, não senti cansaço, não ia conseguir dormir, estou com a adrenalina a mil, então vim dirigindo o percurso todo, e você estava dormindo tão gostoso que não tive coragem de te acordar.

— Então vamos logo, para voltarmos logo e eu terminar meus estudos.

— Calma, tenho de pegar meus equipamentos. Não acha melhor comermos algo, para termos energia para a longa caminhada?

— É você tem razão, vamos comer algo primeiro.

Os dois comem o bolo, e alguns sanduíches que Luna trouxe, e tomam um copo de café, depois dividem o peso dos equipamentos, e do que havia restado do piquenique. E andam por uma trilha.

Meia hora depois:

— Aqui estamos. Desvendaremos o segredo da Caverna da Cuca_ diz Luna em tom divertido.

— Não só os segredos da Caverna, mas também sobre o buraco de minhoca, você tem noção? _ diz Mike empolgado.

— Vamos logo, antes que eu desista.

— Espera, para o caso de nos perdemos, trouxe algumas daquelas pedrinhas que descobrimos na nossa última excursão, pois, elas brilham no escuro e iram marcar o caminho de volta, pois se lembre que aí dentro é um labirinto.

— Certo.

Mike tira uma bolsinha da mochila, que continha várias pedrinhas azuis, miúdas que tinha um brilho extraordinário, pega duas lanternas, entregando uma para Luna. Eles, se perdem, no início, voltam uma parte do caminho e pegam outro caminho, até que acham um lago lindíssimo após andarem durante mais umas duas horas e meia. Quando encontram um lago lindíssimo:

— Está escuro aqui, deixe-me arrumar meu equipamento para iluminar tudo, pois somente com nossas lanternas, não ficará boa a gravação, quero que a gravação saia bem clara, para não restar dúvida.

— Vem cá como fará para iluminar tudo, se não temos energia aqui.

— Esqueceu das minhas baterias à energia solar, eu carreguei todas e instalei em meus equipamentos, elas têm a duração de 48 horas, e se precisar, pego mais algumas no carro, já que temos a marcação do caminho.

— Está bem, ainda são quinze horas, enquanto você ajeita as coisas, darei um mergulho, para me refrescar depois dessa caminhada toda. _ diz Luna, ficando só de maio.

Ela Pula na água e dá um mergulho, quando de repente o lago se ilumina e ela sente algo a puxando para baixo, ela havia pulado no lago, no mesmo momento em que ele formou um turbilhão e escuta seu amigo lhe jogando sua caixa de aço, enquanto ela tentava nadar para chegar à superfície, seu amigo fica olhando-a sem fazer mais nada, ele somente lhe diz:

— Desculpa Luna, andei pensando no que disse, se você conseguir chegar no passado deixe uma marca que eu entenda, não posso me arriscar a não conseguir provar minha teoria, e nem morrer sem realizar meu sonho, agora se conseguir que essa caixa venha do passado, para o futuro, conseguirei provar minhas teorias, estou com as chaves do seu laboratório e de sua casa, caso não consiga retornar ao presente.

Luna se cansa e desiste de lutar contra aquele turbilhão de água, e acaba se deixando levar desmaiando em seguida.

Capitulo III

Luna acorda e se vê em uma praia, e a seu lado encontra a caixa de aço que tinha seu nome gravado:

—  Mike! Seu Cretino. — grita, se levantando e pegando a caixa — aparece não estou de brincadeira, onde estamos?

Ela vê alguém andando pela praia:

—  Ei você, onde estamos? — grita Luna.

A pessoa se vira e vêm correndo em sua direção, ao perceber que a pessoa era toda deformada parecia um morto vivo, e não lhe respondia, sai correndo, mas ao subir uma escadaria acaba tropeçando em um dos degraus e cai, e aquele ser acaba alcançando-a e pula sobre sua panturrilha a mordendo de imediato, ela grita de dor e pede para aquele ser parar, mas quando vê que ele não para, e que se não, fizesse algo ia ser comida viva, procura algo para se defender, e consegue por sorte encontrar uma arma próxima, do que sobrou do corpo de um policial, ela pega e dá dois tiros naquele ser que não sabia dizer exatamente o que era, o monstro cai morto:

—  O que era isso? — se pergunta — é melhor eu sair daqui e procurar um lugar seguro, antes que apareça outro monstro desses, e procurar algo para dar um jeito nesse ferimento. — diz olhando para o ferimento que tinha na perna.

Ela pega sua caixa de aço, se levanta e sai mancando atrás de um lugar seguro para se abrigar, até conseguir entender o que estava ocorrendo, não acreditava que havia viajado no tempo, e não recordava nada do que havia acontecido, a última lembrança é algo sobre seu amigo gritando para deixar uma marca no passado, mais nada. Então anda em torno de umas três horas, sem rumo tentando reconhecer o local onde estava, a paisagem era apocalíptica com carros abandonados, batidos, virados por todos os lados, e plantas muitas plantas por todo o canto, e prédios que parecia que tinham anos que não viam uma limpeza, fora uma vitrine quebrada aqui e ali, sem sinal de uma alma viva na rua, já estava ficando cansada, quando de repente vê outro grupo daqueles seres que nem sabia o que eram, ao longe, pareciam cadáveres ambulantes, e vê um homem voando com uma mochila voadora, pelo menos é o que parecia, no segundo que passa por ela na direção daqueles seres estranhos, parece que a havia olhado nos olhos, como se a conhecesse, aquele homem vai em direção ao grupo das criaturas e as mata com um único golpe certeiro nas cabeças, enquanto os corpos das criaturas caiam inertes no chão. Ela escuta alguém gritando:

—  Cuidado, garota, atrás de você…

Tarde demais, não teve nem tempo de se virar e sente algo, pulando em suas costas e a derrubando no chão, e uma mordida bem em seu ombro esquerdo, mas logo em seguida sente algo quente escorrendo de suas costas, então percebe que a criatura havia sido morta, ao se virar para tirar o corpo da criatura de cima dela, vê um jovem com uma espada, nas mãos apontando em sua direção, e ele lhe diz:

—  Desculpe senhorita, mas terei de matá-la, você foi mordida. — então o jovem levanta a espada, para decapitá-la.

Quando Luna fecha os olhos e pensa estar tudo perdido, que morreria sem saber onde foi parar, alguém segura o braço do jovem e diz em uma voz grave:

—  Espere, soldado.

—   Mas Capitão Levi… — responde o jovem.

Era o homem que passara por ela e a olhara nos olhos:

—  Veja esta garota, tem outra mordida no tornozelo e o sangue já está seco.

—  O que você quer dizer com isso capitão?

—  Que talvez tenhamos encontrado uma pessoa imune aos zumbis.

—  Ele tem razão, pela coagulação já faz em torno de duas a três horas que ela foi mordida— diz uma garota ruiva, com um olhar curioso, usando um par de óculos, esta garota tira uma lanterna do bolso e se aproxima de Luna para ver a pupila dos olhos— pelo que tudo indica ela não irá se transformar, pois pelo tempo da mordida, já era para apresentar algum sinal de transformação.

Luna estava cada vez mais confusa e se perguntava:

“ Quem eram aquelas pessoas? Onde estava? E que história era aquela? Zumbis só havia visto em livros, filmes, séries… Nunca imaginou existirem de verdade.”

Quando é tirada de seus pensamentos:

— Venha, levante-se. — diz Capitão Levi sério, estendendo-lhe a mão.

Ela olha confusa para aquele homem, mas pega a mão de Levi, e este a ajuda a levantar-se, enquanto lhe pergunta:

—  Qual seu nome?

—  Luna. — diz ela confusa.

—  Bom meu nome é Levi, sou o capitão deste esquadrão, e este dois são meus companheiros de esquadrão Judy e Ale, é um prazer conhecê-la. — Diz Capitão Levi friamente.

—  Capitão, o que faremos com ela? — pergunta Judy.

—  Nenhum dos dois dirá nada do que vimos aqui, nem colocaremos nos relatórios, isto é uma ordem. — diz Capitão Levi friamente, mas em tom firme.

—  Sim, capitão — respondem os dois em coro.

—  Judy, ao chegarmos no arranha-céu, você esperará umas duas horas e virá até meu apartamento e colherá algumas amostras de sangue dela para que, possa analisar, e tente descobrir, o porquê de ter sido mordida e não ter se transformado, e se realmente é imune, como podemos usar disso para criar uma vacina, para nos imunizarmos, e se é possível criar uma cura. Ale você se encarregará da segurança dela no arranha-céu.

—  Sim, senhor, mas senhor, por que não podemos passar isto a nossos superiores? — diz Ale.

—  Porque se descobrirem que é imune, tem pessoas que podem querer drená-la até a morte, e não quero que matem a única esperança que talvez a humanidade tenha. — diz Capitão Levi, friamente.

—  Mas senhor o que faço caso se transforme em zumbi? — diz Ale preocupado.

—  Você a mata de forma que não sinta dor, mas não se preocupe, cuidará dela somente quando chegarmos, pois me encarregarei dela pessoalmente, agora chamem o resto do esquadrão e me encontrem no local de sempre em 10 minutos.

—  Sim, senhor. — dizem os dois e depois saem voando com seus aero itens.

—  Senhorita Luna, venha comigo. — diz ele olhando-a friamente a pegando pelo pulso, dá as costas e sai andando.

Luna o segue, eles caminham até chegar em uma farmácia, eles vão para o beco que existia na lateral da farmácia:

—  Fique aqui, não se mova e nem faça barulho, pois os zumbis são sensíveis ao mínimo barulho, e aqui é uma área infestada deles e não queremos ficar cercados, se não fizer barulho estará segura. — sussurra ele.

Luna fica imóvel, ainda estava confusa com tudo aquilo, mas pensou:

“ Enquanto não sei, o que está ocorrendo, é melhor obedecer.”

Capitão Levi volta alguns minutos depois, coberto de sangue, Luna faz menção de gritar, mas ele cobre a boca dela imediatamente com uma das mãos, e lhe sussurra, friamente:

—  Shhhhh... o que disse? Silêncio, este sangue não é meu, vamos a um lugar seguro, se segure em mim.

Ela se segura ao corpo forte de Levi firmemente, Capitão Levi a segura pela cintura e eles voam com seu aero item, para o telhado da farmácia. Ao estarem em segurança:

—  Aqui trouxe algumas coisas, para lhe fazer curativos, mas antes teremos de descaracteriza essas mordidas, para não percebam no arranha-céu— diz Levi, tirando uma faca de seu cinto.

—  Me dê esta faca, eu mesmo farei os cortes. — diz Luna, corajosamente.

—  Você não conseguirá, não que, não seja capaz, a admiro, por sua coragem de querer se cortar, mas neste caso será difícil, pois uma da mordida, é próximo a um local que se não tomar cuidado pode lhe causar a morte. Os cortes têm de ser feitos de forma, precisa.

—  Você já fez isso antes?

—  Acredite ou não já, mas isso não vem ao caso.

—  Está bem, confiarei em você.

Ele pega um caixote que encontrou:

—  Sente-se aqui, para que eu possa descaracterizar as mordidas. — diz Levi friamente.

Luna se senta, e Levi pega a faca, para começar, este se ajoelha de frente de Luna, pega a perna dela para fazer, os cortes, Luna repara que a mão de Levi estava gelada, e sente o primeiro corte:

—  Ssssssss. — geme Luna.

—  Sei que dói, mas preciso que você não grite, sei que pode, se não fosse necessário esconder isto de meus superiores, juro que nem pensaria em lhe machucar. — diz Levi em um tom cálido, tentando consolar a Luna.

—  Continua, então, eu prometo que aguentarei…

Levi continua fazendo precisamente os cortes, para descaracterizar a mordida, de um jeito que não necessitasse machucar muito aquela garota, ao terminar a perna ele lava com soro fisiológico e enfaixa, depois vai até as costas dela e verifica o ombro:

—  Aqui doerá um pouco, pois envolve dois ossos, a clavícula e a omoplata, mas prometo que serei cuidadoso.

—  Tem certeza que você consegue, pois vi que está com a mão fria, e tremendo. — pergunta Luna receosa.

—  Consigo, não precisa se preocupar. — diz Friamente Levi.

Levi faz os cortes precisamente novamente, e descaracteriza as mordidas com sucesso, novamente lava os ferimentos com soro, e faz um curativo agora com gaze e esparadrapo, ambos os cortes davam a impressão dela ter sido tirada de alguma ferragem, ou desmoronamento, Levi guarda sua faca calmamente:

—  Pronto, você foi muito corajosa. — diz Levi, ainda frio.

—  Agora para onde vamos? — diz Luna se levantando.

—  Espere. — diz Levi calmamente.

Ele tira calmamente seu aero item, colocando-o no chão, depois seu sobretudo:

—  Pegue, coloque isto, não quero meu esquadrão distraído com a suas vestimentas. — diz Capitão Levi friamente, com sua voz grave, mas corando, após olhá-la, ele desvia o olhar.

Luna havia se esquecido com toda aquela confusão que estava apenas usando um maio:

—  Ah! Obrigado Capitão. — diz Luna, sem graça, e veste o sobretudo que ele havia lhe entregue, enquanto este recolocava de volta, seu aero item.

Ele a pega no colo, e eles vão voando até o local de encontro do esquadrão, ao chegarem, ele a desce de seu colo:

—  Esquadrão Levi estão todos aqui?

—  Sim, senhor

—  Esquadrão Lambert estão todos aqui.

—  Sim, senhor

—  Formação Alfa, para retornarmos

—  Senhor, permissão para falar — diz Ivan levantando a mão.

—  Permissão concedida, fale Ivan. — diz friamente Capitão Levi.

— Senhor, a formação Alfa, seria usada se o senhor fosse ferido, mas como não é o caso, não seria bom usarmos, pois se o senhor for ao meio, estaremos em desvantagem, pois o senhor é o mais ágil entre nós.

—  Tudo bem, Ivan, o que sugere? Pois preciso levar esta sobrevivente sã e salvo para o arranha-céu, e ela está ferida.

—  Bom senhor, poderíamos usar a formação Alfa, mas deveríamos colocar outra pessoa em seu lugar carregando-a, pois é melhor que fique na linha de frente, pois o senhor pode atacar, e defender simultaneamente, e evitar que qualquer inimigo chegue ao meio onde está a nossa amiga sobrevivente.

—  Você tem razão, Ivan, você vai ao meio carregando a senhorita, e eu irei, na linha de frente, proteja-a com sua vida. — diz Capitão Levi sério, mas sem demonstrar emoção alguma.

—  Sim, senhor. — diz Ivan.

—  Vamos partir, esquadrão Levi. — diz o Capitão

Levi parte com a primeira parte de seu esquadrão, que sempre ia, na linha de frente para fazer o ataque, e logo depois Ivan:

—  Com licença senhorita. — diz Ivan pegando Luna no colo.

E parte com a segunda parte do esquadrão com seis soldados de cada lado, e logo em seguida o esquadrão Lamberd que faria a parte de defensiva e que protegeria a retaguarda, pois os zumbis podiam vir de qualquer lado, podiam pular de alguma, janela, ou de outro lugar que não esperavam, Levi ia à frente exterminando todos os zumbis que apareciam. Ao chegarem no arranha-céu:

—  Passe seu relatório Capitão Levi. — diz o General, um senhor por volta de seus 78 anos.

—  Não tivemos perdas, trouxemos medicamentos e mantimentos, e mais alguns itens que Ivan irá conferir e entregará a lista, em seguida, levando-os para o estoque. E encontramos uma sobrevivente, no meio de umas ferragens na zona K.

—  Ela tem alguma marca de mordida?

—  Não, senhor, conferi pessoalmente.

—  Traga a sobrevivente aqui.

Ivan a desce de seu colo e Luna se apresenta:

—  Olá, meu nome é...

—  Calada, você só pode se dirigir a mim, quando falar com você.

—  Perdoe-a senhor, não conhece as regras daqui ainda. — diz Capitão Levi, friamente.

—  Acho bom ensiná-la, e afinal de contas o que ela está fazendo com seu sobretudo, Capitão.

—  Ela não estava com roupas apropriadas, fiquei receoso de o esquadrão se distrair em vôo.

—  Certo, e quem se encarregará dela? Já encarregou alguém disso

—  Eu, cuidarei dela pessoalmente, senhor.

—  Você?!

—  Sim, senhor.

—  Capitão Levi, por um acaso está interessado nesta sobrevivente?

—  Lógico que não, senhor, é apenas uma sobrevivente, nada mais. — diz Levi friamente.

—  Você nunca se ofereceu para cuidar de nenhum sobrevivente, você só cuida se é ordenado, e geralmente com muita relutância, pois você diz que só acha os sobreviventes, mas não se envolve…

—  Só um momento, senhor — diz Levi cortando a conversa, e se vira para seus homens. — Soldados dispensados. Ale você leva a senhorita, até a enfermaria e fique lá, me espere antes de deixá-la.

—  Sim, senhor.

Então os soldados, e Ale juntamente, com Luna entram para o arranha-céu:

—  O que é isso, Capitão Levi? Você está realmente interessado nesta sobrevivente? Logo você que é tão frio e calculista, sempre dizendo que jamais se envolveria com ninguém para não se distrair.

—  Não, senhor, só que ela me faz lembrar alguém importante para mim.

—  Quem seria essa pessoa?

—  Senhor, prefiro não falar sobre isto, só lhe peço permissão para cuidar dela, pois que vejo que todos sempre se ocupam de cuidar dos sobreviventes e treiná-los, decidi que tenho de começar a fazer o mesmo, quando vi esta garota, afinal de contas tenho de ser um exemplo.

—  Entendo, autorização concedida, mas lembre-se, ela agora é sua responsabilidade, terá de treiná-la para ser um soldado, ou achar algo útil para que essa garota faça aqui, não quero pessoas inúteis, e se for mordida, e se transformar em zumbi, será sua responsabilidade matá-la, terá sangue-frio para fazer isto?

—  Sim, senhor, e obrigado senhor.

—  Ela te faz lembrar a moça daquela foto, que você perdeu em batalha, não é?

—  Sim.

—  Você nunca me disse nada sobre a senhorita daquela foto, e nem de como essa moça morreu.

—  Nem eu, sei ao certo como morreu, só sei que quando voltei de uma missão recebi a notícia da morte dela, infelizmente não estava por perto para evitar.

—  Está bem soldado, dispensado, mas não se esqueça que esta não é a moça da foto.

—  Sei, senhor. — diz Levi dando as costas e entrando para o arranha-céu.

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