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Entre O Ódio E O Amor

Amigo desconhecido.

Acordo com o barulho de alguns pássaros na minha janela,me levanto e vou para o banheiro fazer minhas necessidades, ao sair vou direto para cozinha.

-Acordou cedo - falo ao ver Sofia comendo um pão.

-Aqueles passarinhos na janela me tiraram o sono - ela fala dando uma mordida no pão.

-Eu gostei foram um ótimo despertador - pego um pão na mesa e dou uma mordida.

-Que horas vamos trabalhar? - ela pergunta mudando de assunto.

-O Carlos disse que era para chegar cinco horas da tarde - dei outra mordida no pão e me sento à mesa.

-Bom acredito que hoje vamos servir apenas drinks - falo esperançosa pois odiava ajudar na limpeza.

-Ainda bem - ela fala se levantando e indo em direção ao banheiro.

-Vai sair? - percebo que ela estava arrumada demais.

-Sim,vou encontrar um amigo.

-Amigo? -Você tem um amigo? - pergunto confusa,pois nunca tivemos amizade do sexo masculino.

-Agora eu tenho,fiz amizade pela internet - ela fala alegre.

-Posso ir junto? 

-Claro que não, nós vamos tomar um café.

-Deixa eu adivinhar ele quer que você vá sozinha? 

-Amiga eu vou ficar bem - ela fala num tom de voz doce.

-Tudo bem - me levanto e volto para o quarto.

Me deito na cama abraçando meu travesseiro e rolando para o lado da janela.

-Amiga - Sofia entra como um foguete no quarto me assustando -Você quer ir comigo? - ela pergunta sentando na cama.

-Do nada? -Alguns minutos atrás você não queria que eu fosse - pergunto desconfiada.

-Ele disse para eu ir com alguém para ser mais seguro.

-Ser mais seguro? -Por acaso ele é um ex presidiário? - falo assustada.

-Acho que não - ela fala calma.

-Você não falou nosso endereço para ele? - reviro os olhos.

-Talvez eu tenha passado - ela fala calmamente.

-Você é louca? -Passar nosso endereço para um desconhecido - grito.

-Desculpa eu não pensei na hora - ela coloca a mão sobre a cabeça desesperada.

Me levanto andando de um lado para o outro até que o telefone dela começa a vibrar.

-Quem é? - pergunto preocupada.

-É ele.

Pego o telefone da mão dela e desligo.

-É mais seguro ficarmos aqui.

-Ele está perguntando por que estou demorando.

-Fala que você não vai se encontrar com ele e que você vai chamar a polícia.

Ela envia a mensagem para ele e recebe outra mensagem.

-Ele disse que tem algo muito sério para falar mas,só pode ser pessoalmente.

-Sabia que tinha alguma coisa estranha.

-O que fazemos?

-Vamos - pego minha bolsa e a puxo pelo braço.

-Onde você quer ir?

-Nós vamos nos encontrar com ele.

-Você é louca? - ela fala se soltando.

-Quero saber o que ele tem de tão importante para falar.

Sofia corre para o banheiro e se tranca,vou atrás dela e começo a bater na porta e gritar.

-Sofia sai daí, você que começou essa história e nós vamos acabar com isso agora.

-Eu estou com medo - ela fala em tom de choro.

-Eu vou levar uma fac@ - vou até a cozinha pegar a faca e enfio dentro da bolsa.

Volto para a porta do banheiro e vejo que Sofia havia aberto a porta.

-Vamos - ela fala tomando coragem.

Lorenzo

Saímos do nosso apartamento indo direto para o elevador.

-Cadê esse elevador, que demora.

O elevador chega ao nosso andar e entramos eu aperto o botão para descer e depois de passar por alguns andares logo chegamos a entrada.

-Bom dia senhoritas - o porteiro fala ao nos ver.

-Bom dia - falamos juntas.

O café que Sofia havia marcado era perto de casa então não andamos muito e logo estávamos na frente dele.

-Você entra primeiro - falo tentando esconder o medo.

Ela entra e eu entro em seguida, Sofia começa a procurar a mesa e logo começa a ir em direção a uma,a sigo e sentamos à mesa.

-Lorenzo?

-Isso - ele fala olhando para os lados.

-Você está sendo perseguido?

-Não - ele fala novamente olhando para os lados.

-O que você quer com a minha amiga? - pergunto já nervosa.

-Eu precisava falar com você Isabelly.

-Comigo? - pergunto assustada -Eu nem conheço você.

-Uma pessoa está atrás de você - olha novamente para os lados -Você está correndo perigo, precisa fugir.

-Ora,vejamos só quem encontramos aqui - um homem com uma roupa toda preta fala enquanto coloca a mão no ombro de Lorenzo.

-O que você está fazendo aqui? - Lorenzo pergunta tirando a mão do homem de seu ombro.

-Me perdoa.

-Te perdoar? -Achei que você fosse meu amigo - ele fala se sentindo traído.

-Eu sou seu amigo.

-Não,amigo não traí o outro.

-Se você for pelos fundos talvez eles não peguem vocês.

-Vamos - ele fala e saímos pelos fundos.

Mas assim que saímos percebemos que estava cheio de homens encapuzados.

-Sofia corre - grito para que ela corra mas,ela fica parada assustada.

O homem sai de dentro do café e dá ordens para que os homens coloquem nós três no carro.

-Eu acreditei em você - Lorenzo fala olhando com ódio.

-É eu não posso trair o meu chefe,sinto muito.

-Você sabe que uma hora ou outra ele vai te descartar.

-Entra no carro,Lorenzo - ele fala o empurrando para dentro.

Depois que os três estão no carro, o homem de preto entra.

-Liga para o chefe, fala que já estamos com os três.

-Eu fiz isso para o seu bem,mas tudo certo sei lidar bem com ingratidão.

-Você quer o que? -Que agradeça por você ter me traído? - ele grita.

-Shii eu não quero gritos - o homem fala apontando uma arm@ para Sofia.

-Tira isso de perto dela - ele fala dando um soco no banco.

-Você está doido? - o homem aponta a arm@ para Lorenzo - era perceptível o ódio em seu olhar.

-O que você está esperando? -Que foi,tem medo do Henrique?

-Cala a boca - o homem guarda o revólver no casaco.

"Henrique? Então esse é o nome do chefe dele, bom saber posso dizer para polícia quando escapar - penso"

-Quero ir ao banheiro - falo cruzando as pernas.

-Fica tranquila, logo você vai ao banheiro.

-Eu preciso ir agora - falo brava.

-Então faz no carro.

O telefone do homem começa a tocar e ele atende.

-Oi chefe,já está tudo certo logo estaremos aí.

Ele desliga o telefone e guarda no bolso.

O carro para em um lugar que parecia ser um aeroporto tinha um avião enorme parado,sou puxada para fora do carro e colocam um pano sobre meu nariz tento impedir mas tudo fica preto e não sinto mais nada.

Os mascarados

Eu acordo e tudo está escuro não consigo movimentar meus braços nem minhas pernas,me lembro de tudo que aconteceu e começo a gritar por Sofia.

-Gritar não vai adiantar nada, ninguém vai ouvir.

-Quem está ai?

-Papai Noel quer pedir algum presente?

-Me solta agora.

Começo a me debater tentando me soltar,mas parecia estar bem amarrado as cordas que me prendiam.

-E o chefe vai chegar que horas?

-Ele tem um velório para ir.

Ao ouvir a palavra velório meu corpo começa a tremer e meu coração acelera,será que eles iriam me matar? Era a primeira coisa que vinha em minha mente.

-Por favor não me matem,eu não tenho dinheiro.

-Shii, calada ninguém aqui quer o seu dinheiro.

-Cadê a Sofia?

-Não conheço.

-A garota que estava comigo.

-Do seu lado,está dormindo.

-Calado, não é para dar informações a ela.

Ao ouvir que Sofia estava ao meu lado me senti mais calma afinal não fizeram nada com ela,mas ao mesmo tempo me pergunto o que será que eles querem conosco.

-Acabei de receber uma mensagem o chefe está vindo.

-Ele não estava no velório?

-O corpo já foi enterrado.

-Acredito que em alguns minutos ele estará aqui.

.

Fico ouvindo o que as duas pessoas estão conversando e imagino quem será essa pessoa que está vindo?.

-Eu estou com sede por favor preciso de água.

-Não.

-Eu vou pegar água para você.

-Que?Isso só pode ser uma brincadeira.

-Ela está com sede,apenas vou pegar água.

-Você acha que se fosse ela no seu lugar,ela te daria água?

Um barulho de porta batendo é ouvido acabo me assustando pois o barulho havia sido bem alto.

-Posso saber o que está acontecendo aqui?

-Uma pequena discussão entre colegas.

-Está resolvida?

-Claro.

-Espero não estar atrapalhando a briga de vocês dois.

Ao ouvir que a tal pessoa que eles falavam chegou junto toda minha coragem e pergunto "o que vocês querem de mim?"

Escuto barulhos de passos que chuto ser em minha direção até que finalmente volto a ver a luz.

-Olá Isabelly.

Um homem alto estava parado em minha frente em seu rosto havia uma máscara preta que tampava completamente seu rosto e sua voz era grossa e ao mesmo tempo parecia estar rouca.

-Quem é você?

-Meu nome você não vai saber,mas se quiser me chamar de mascarado.

-Mascarado?

-Sim.

Ele começa a andar pela sala e para em um canto e começa a me encarar,fico me sentindo mal seu olhar me dava medo ele estava parado me encarando isso é algo muito estranho.

-Quem é essa garota desacordada?

-Uma qualquer chefe.

-O nome dela é Sofia.

-Sua amiga?

-Sim.

Olho para os lados e percebo que todos estavam de máscara e todos usavam a mesma,será que são de alguma seita ou algo do tipo são alguns dos pensamentos em minha cabeça.

O mascarado vem em minha direção e se ajoelha em minha frente,arruma meu cabelo atrás da orelha e olha em meu olho e diz.

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