Falcon observava com ódio o transporte de Samir para o hospital psiquiátrico na Europa. Para ele Samir deveria pagar com a vida por seus crimes. Graças a ele muitos padeceram nas minas de diamantes.
Por ele havia enfiado a espada no peito do homem e o mandado para o inferno
Irritado subiu no cavalo e começou a percorrer o Vale com Hanzul ao seu lado.
Hanzul sempre foi sua melhor companhia nos momentos de crise
Sabia o poder do silêncio e refrear os impulsos.
_ Não entendo nossos pais!
Exclamou Falcon irritado.
_ Eu consigo compreender.
Falou Hanzul tampando os olhos do sol.
_ Então explica horas. Disse o outro chutando areia.
_ Falcon se eu tiver que explicar você não Será um bom rei.
Pergunte ao nosso pai ele saberá te explicar.
Disse Hanzul irritado com o temperamento do irmão montando no cavalo.
..
Nazir observava Cod levar uma surra de um dos meninos de sua idade no treino de guerra. Observou que o menino não queria lutar ou se preocupava com isso. Ao contrário via nos olhos do filho a dor ao ferir alguém.
Decidido chamou o garoto ao jardim o mesmo veio-lhe com os olhos no chão.
Nazir sentou a frente do garoto e perguntou:
_ O que te aflige meu filho?
_ Pai! Exclamou o garoto angustiado.
_ Não quero aprender matar quero curar! Estou cansado de ver a dor e a morte. Quero ver cura e amor.
Por favor não me obrigue a lutar.
Disse o menino chorando.
_ Meu filho você não é obrigado a fazer nada! Disse Nazir abraçando o menino. Com calma ele explicou a criança que o treino era para autodefesa nada mais.
Cord limpando as lågrimas com as mãos disse ao pai.
_ Papai vou cuidar dos outros. Vou curar seus corações.
Disse ele que observava Angeline que escondida entre as vegetações espiava os dois.
_ Pode vir Angeline. Papai disse que não preciso lutar.
Angeline saiu com a boneca de pano nas mãos seguindo em direção a ambos.
_ Venha minha pequena.
Falou o pai.
A criança com um sorriso no rosto com os olhinhos brilhando veio para os braços do homem sorrindo quando ele lhe fez uma gracinha.
Angeline só aceitava contato físico da família.
Cord pegou a mão da menina e sorrindo falou.
_ Agora posso estudar para ser um bom médico.
Angeline não compreendia nada só sorriu.
....
Nadine estava com muita raiva de Hanzul desde que falará de amor ele se afastou dela. Dizendo que amor é coisa de loucos, causa loucura e febre.
A menina decidiu procurar Naor que fitava o mapa dos reinos.
_ Irmão preciso se um plano para conquistar Hanzul.
Disse a menina a queima-roupa.
Naor observou a irmã com espanto.
_ Você é doida!
Exclamou ele com riso no olhar.
_Sua cobra miserável diga logo o quer para me ajudar.
Naor com um riso diabólico disse:
_ Quero 1000 bonecas de pano aí começamos a negociar.
Fitando a cara da menina complementou;
_ Pague o preço e começamos a negociar.
Falou saindo da sala com um riso no olhar.
Fazia 3 semanas que Nadine não parava de costurar.
Anne preocupada observava a determinação da menina.
Nazir observava a cena divertido e orgulhoso.
_ Qual a graça de ver a menina com as mãos toda machucada de costurar?
_ Disse Anne indignada.
_ Não é vê o que vejo?
_ O que vê marido?
_ Vejo uma jovem disposta a fazer 1000 bonecas de pano para ter um plano para conquistar o amor de sua vida. Ela aprenderá que por mais que faça nada poderá mudar o coração do outro. Aprenderá que tudo tem seu preço. Como eu aprendi com você.
Anne o fitou surpresa.
Lembrou de como Nazir tentou ganhar seu coração com planos e maquinações. E com o tempo aprendeu que o amor não se compra e não se vende. Que ele brota da admiração e construído com o tempo.
Anne abraçou o marido e ficou pensando.
Naor conseguiu tempo para afastar Nadine de Hanzul que já havia esquecido esse negócio de Amor.
....
Naor estava pensando isso quando Nadine jogou a sua frente um saco cheio de bonecas de pano.
O rosto de Naor ficou branco, pois não imagina que a menina iria cumprir o combinado.
_ conforme o combinado 1000 bonecas de pano. Agora meu plano.
Naor olhou pra ela e disse;
_Você não entendeu nada!
_ Entender o quê?
_ Não da para fazer ninguém se apaixonar!
Exclamou o garoto.
Nadine o fitou com tanta raiva e antes que pudesse esperar ela pulou por cima dele e começou a lhe bater.
Nazir só ouviu os gritos de Naor que apanhava de Nadine.
Mesmo sendo mais forte que ela não se atreveu de tocar em um fio de seu cabelo.
Nazir viu sua pequena Leoa apertando o pescoço do irmão.
Com calma ele marchou até a menina a pegando pela cintura. A mesma batia o pé e gritava que iria fazer Naor comer as mil bonecas.
Todos observavam Nazir levar a menina que xingava Naor dos palavrões que Aurora lhe ensinara.
Nazir a levou até o jardim a pondo sentada em um banco. Frente ao olhar do pai a menina ficou calada.
_Agora me conte tudo.
Nadine narrou o acordo com Naor.
O pai segurava o riso para não aumentar a vergonha de Nadine.
_ Minha filha o amor brota sem ser forçado.
Aprenda quanto mais você tentar mandar no coração de Hanzul mais ele vai se afastar de você.
Aprenda que se atrai moscas com mel não com fel.
_ Afinal o que eu vou fazer com moscas?
Nazir passou a mão no cabelo rindo da cara da menina que não entendia nada.
Nadine chorava de frustração.
Anne observava a filha que irritada dizia.
_ Naor me enganou! Fiz mil bonecas de pano. Depois papai veio com uma conversa de mel e moscas.
Anne compreendeu tudo.
Pegando a menina no colo abraçou e beijou sua testa
_ Querida, amor não, é algo que você força no coração do outro.
_ Como é o amor?
Anne lembrou de tudo que viveu com seu leão.
Com calma começou a explicar a menina a diferença entre amor e luxúria.
A menina finalmente compreendeu e disse a mãe:
_ Sei o que vou fazer.
Anne observou a menina sair obstinada em atormentar Hanzul.
Estava pronta para ir em seu encalço quando viu Angeline escondida.
_ Vem aqui minha pequenina.
Angeline marchou até ela e Anne a pegou no colo alinhando próximo ao coração.
Anne começou a ninar a criança que fitou a mãe nos olhos e falou:
_ Mamãe.
Dizia a pequena como se a palavra fosse um talismã.
Com muito carinho cantava para menina que acariciava o rosto de Anne com os olhos cheios de ternura.
Falcon via a cena com o coração apertado. Aumentando seu ódio por Samir.
Nazir observava a mesma imagem e com voz melodiosa começou a contar a história de um passarinho meigo e medroso.
Que caiu do ninho sendo ferido por pessoas ruins. Acabou sendo picado por uma cobra e salvo por um falcão, que o levou para o seu ninho. E lá foi acolhida por uma família de pássaros que a protegeriam e amariam por toda uma vida.
Angeline ouvia o conto com atenção e no final compreendeu pela primeira vez que não precisava andar escondida. Que ali era sua casa seu lar!
E no colo da mãe aprendeu que ali era seu lugar nos braços da mãe ao lado do pai e dos irmãos.
Nazir começou a cantar uma canção de ninar enquanto Anne oferecia a sua pequena o aconchego do colo de mãe.
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