NovelToon NovelToon

Um Namorado Para Mamãe

Prólogo

Alice 

- ....então a Cinderela e o príncipe se casaram, e viveram felizes para sempre! -mamãe termina de ler minha história favorita com a voz doce e suave, e fecha o livro que está em suas mãos.

-Pode ler mais uma vez, mamãe? -peço manhosa e com uma carinha de gato de botas para tentar convencê-la.

-Nananinanão, senhorita espertinha! Já passou da hora da mocinha estar dormindo a muito tempo. -ela diz séria ao arrumar o cobertor sobre mim com cuidado.

-Mamãe... -eu a chamo sonolenta esfregando os olhos, já sabendo que perdi a luta dessa vez.

Hora de dormir é a hora que se está com sono, como ela sempre diz.

-Sim, querida? -ela responde carinhosamente e me olha com atenção.

-O papai também era um príncipe? -eu pergunto bastante curiosa.

Por um tempo, mamãe me olha sem responder nada, como se estivesse pensando sobre minha pergunta, em seguida balança a cabeça e sorri como um anjo.

-Sim querida, seu pai era um lindo príncipe encantado. -ela diz afagando meus cabelos com a ponta dos dedos em um carinho gostoso.

Fecho os olhos ao sentir o sono aumentar mais.

-Como o da história? -pergunto querendo saber mais sobre ele.

-Um pouco. Na verdade, ele era muito melhor. -ela me conta com uma risadinha secreta, como se fosse um segredo incrível que somente nós duas pudéssemos saber.

Eu sorrio e abro os olhos.

-Então você é uma princesa? Igual a cinderela? -eu seguro sua mão que acaricia meu rosto e a observo.

-Mais ou menos, meu bem. -ela ri. -A mamãe até trabalha igual a cinderela, mas não tem aqueles vestidos chiques que só ela e você têm. -ela gargalha alto.

-E eu? O que eu sou, mamãe?

-Você é a minha princesinha perfeita, querida. -mamãe responde na mesma hora.

-Mas eu não me pareço com você. Como posso ser uma princesa também? -pergunto sem entender muito bem como isso é possível.

Certa vez eu tinha perguntado a mamãe porque eu era tão diferente dela, pois um dia percebi que todas as minhas amigas no colégio se pareciam com suas mães, só eu que não era igual a minha, que era loira e de olhos castanhos, então quis saber o porquê daquilo. Eu tinha chegado em casa chorando aquele dia e perguntei a ela se eu não era sua filha. Com extrema calma, mamãe me pegou no colo e me abraçou por muito tempo. Depois se sentou comigo e disse algumas coisas que eu precisava saber. Explicou que eu não havia nascido de sua barriga, mas sim do coração dela e do papai. Não entendi muito bem na hora, mas ela disse que o que mais importava era o amor que eles sentiam por mim, e agora eu sei disso.

-Meu amorzinho, você não precisa se parecer comigo para ser uma princesa. Você é a coisa mais linda desse mundo, nunca se esqueça disso, está bem? -ela pergunta ao deixar um beijo em minha testa.

-Tá bem. -respondo e desvio o olhar para o teto. -Mamãe, eu me pareço com ele? Com o papai? -volto a olhar para seu rosto com essa dúvida na cabeça.

-Um pouco. -ela diz passando rapidamente um dedo no canto dos próprios olhos.

-Eu não me lembro dele. -comento distraída.

-É porque já faz muito tempo, querida. -ela diz com a voz estranha, meio chorosa.

-Onde ele está agora?

-Em um lugar melhor. Eu ouvi dizer que ele está no céu conversando com Deus sobre uma linda garotinha chamada Alice, e contando como ela foi a melhor filha que ele teve na terra.

-É mesmo, mamãe? -pergunto ficando alegre e interessada.

-É sim. -sua resposta tem um sorriso um pouco triste que eu consigo notar.

-Mas ele não vai voltar mais, né? A tia no colégio disse uma vez que quando alguém vai para o céu, ele não pode voltar mais.

-Não querida, ele vai mais voltar.

-Você sente saudade dele? -eu pergunto de repente.

-Sim, eu sinto muita falta dele, querida. -mamãe diz nervosa mordendo o cantinho do lábio.

-Eu sinto também.

-Tudo bem amor, isso é normal. Mas... já chega de conversa por hoje, mocinha. -ela aperta a ponta do meu nariz de levinho como uma brincadeira.

Mamãe me abraça e deixa um beijinho em minha bochecha antes de se levantar.

-Te amo mais do que tudo nessa vida, minha bonequinha. -ela afofa meu travesseiro para deixá-lo mais confortável para mim.

-Também te amo muito, mamãe. -beijo seu rosto também.

Ela guarda o livro de histórias na cômoda e apaga a luz do abajur para que eu possa dormir logo. Ouço seus passos se afastando e me viro para a porta vendo-a sair de fininho.

-Mamãe. -eu a chamo pela última vez.

-Sim, querida?

-A gente pode amar outra pessoa? O papai ia... gostar que a gente amasse alguém de novo? No meu colégio algumas pessoas tem dois pais ou duas mamães, sabe. Mas mãe eu não preciso não, você é a única que eu quero no mundo inteiro porque eu te amo muito!

-Oh, meu bem, fico feliz por saber disso. E eu tenho certeza que o papai iria querer que nós duas fôssemos felizes, não importa como.

-Então eu posso ter outro papai? -pergunto animada com a ideia.

-Você pode ter o que quiser, princesa. -ela responde como um pequeno sorriso no rosto ao que eu fico satisfeita com a resposta.

-Boa noite, mamãe.

-Boa noite, gatinha.

Ana Júlia 

Saio do quarto de minha pequena em silêncio pois sei que em pouco tempo ela cairá em um sono profundo, e sigo em direção ao banheiro. Me livro da roupa que usei o dia inteiro e entro debaixo do chuveiro deixando a água quente levar embora o cansaço e a frustração de mais um dia desgastante. Penso em como a única coisa que faz tudo valer a pena é chegar em casa com minha filha, passar um tempo ouvindo como foi seu dia no colégio e no final ler alguma de suas histórias favoritas.

Alice é uma viciada em contos de fadas, história de princesas e algumas comédias românticas dessas mais leves que passam na tv. Não julgo os gostos da menina, quando mais nova eu também era uma romântica incurável, isso é, até eu perder Afonso. Afonso e eu nos conhecemos no primeiro ano da faculdade através de alguns amigos em comum, nos tornarmos muito próximos e até o fim daquele ano estávamos namorando. Namoramos por cinco anos, noivamos quando eu tinha vinte e três, e com vinte e cinco nos casamos. Afonso era cinco anos mais velho que eu, entretanto isso nunca fez diferença para nós. Eu o amava tanto, que hoje dói só de lembrar que faz dois anos que ele não está mais em nossas vidas.

Fomos casados por três maravilhosos anos, e no segundo ano de casamento descobrimos que meu marido não poderia ter filhos pois era estéril. Alguns meses depois da notícia que havia nos abalado, nos resolvemos e decidimos que estávamos prontos para dar o próximo passo, iríamos adotar uma criança. E foi durante uma das várias visitas que fizemos ao orfanato da cidade que a conhecemos. Ela era tão pequenina e com os maiores e mais lindos olhos que já tínhamos visto na vida.

Nós apaixonamos de imediato!

Alice havia acabado de completar um ano, era muito novinha e agitada como um furacão. Devido a algumas restrições alimentares Alice teve dificuldade para ser adotada. Muitos casais até se interessavam pela garota, mas quando tinham ciência de sua situação de saúde abriam mão da menina. Mas ainda bem que fizeram isso, pois senão nós não teríamos tido a oportunidade de tê-la em nossas vidas. No ano em que Alice havia completado três anos de idade, Afonso sofreu um terrível acidente de carro. Ele estava voltando de uma viagem de negócios e dirigia quando o tempo virou, formando uma forte tempestade. Com a pista perigosa e escorregadia, Afonso perdeu a direção do veículo em uma curva fechada e foi parar fora da estrada batendo contra uma árvore.

Na madrugada em que recebi a ligação da polícia eu perdi completamente o chão, fiquei sem ar, trêmula, caí de joelhos sem conseguir acreditar no que tinha acontecido. Naquele dia pensei que poderia chegar a morrer, que nada mais tinha importância. Mas ao ouvir de longe um chorinho baixo me dei conta da realidade. Agora eu estava viúva, mas ainda era mãe. Sozinha no mundo, eu teria que fazer o impossível para cuidar da minha pequena e era o que faria sem medir esforços.

Volto ao presente e balanço a cabeça para espantar as tristes memórias do passado. Não posso me dar ao luxo de cair na tristeza outra vez, eu tenho uma filha que precisa de mim, por isso tenho que ser forte por ela a todo momento. O que eu acho ou sinto não importam. Somente a doce menininha que dorme no final do corredor é o que importa para mim.

Capítulo 1

Henrique 

Acordo com o barulho de meu celular despertando em cima da mesa de cabeceira. Tateio com a mão até acha-lo e trago o objeto até a altura do rosto. São sete horas da manhã. Em pulo, salto da cama e vou direto para o banheiro tomar um banho fresco. A água está fria, mesmo que o clima peça por uma ducha quente, dou continuidade em meu ritual diário, era necessário, isso me manteria ligado e desperto durante as atividades matutinas.

Saio do box com uma toalha enrolada na cintura e minha pele se arrepia com a corrente de ar frio que corre pelo quarto. Embora não possa ficar irritado com a situação, pois a culpa era minha por escolher morar na cobertura de um dos prédios mais altos e caros de São Paulo, não posso reclamar. Outro fator irritante, é a grande janela de vidro que há em meu quarto, que está de frente para a enorme cama king size, a qual as cortinas cobrem, por onde uma brisa fria entra facilmente, devido minha estupidez ao esquecer de fecha-la durante a noite. Caminho até a janela e a fecho. Fico durante alguns segundos observando a paisagem do lado de fora, o céu cinza como se revelasse seu humor, não demonstra nenhum resquício de que irá permitir a nós, meros mortais, a visão e o calor dos raios solares que se expandem logo acima da nuvem de poluição produzida pela cidade.

Os veículos lá embaixo, tão pequenos quanto baratas a minha visão, se espremem e formam uma confusão na grande avenida que já se encontra movimentada a essa hora do dia. Retiro a toalha e jogo-a sobre a cama enquanto vou até o closet procurar por uma roupa. Visto-me em poucos minutos, calço meus tênis, apanho meu celular sobre a mesa, plugando os fones de ouvido e o coloco no bolso do casaco moletom. Pesco a chave do apartamento em meio as demais e saio trancando a porta. Entro no elevador privativo e espero até que o mesmo abra no andar recepção. Cumprimento José, um dos porteiros do edifício, e coloco os fones nos ouvidos assim que piso do lado de fora na rua.

Sempre corro todas as manhãs, não importa se estou doente ou lotado de compromissos, minha corrida matinal é religiosa, todo dia e no mesmo horário. Depois de quarenta minutos de corrida, paro para tomar um pouco de água quando a música que toca em meu celular é interrompida e entra outra em seu lugar evidenciando uma chamada recebida. Retiro os fones e deslizo o dedo na tela para atender a ligação.

-Hola, Morales? (Alô, Morales?) -diz a voz feminina do outro lado.

-Sí, soy yo. (Sim, sou eu mesmo) -respondo rolando os olhos para o óbvio.

 -Yo sé que eres tú, tonto. Aquí es Elena. (-Eu sei que é você, bobo. Aqui é a Elena.)

-Buenos días, de la Vega. Lo que hace que despierta a esta hora, mujer? (Bom dia, de la Vega. O que faz acordada a essa hora, mulher?) -pergunto sorrindo, já sabendo a resposta petulante que irei receber em seguida.

-Ir a recogerlo, Morales! Alguien de aquí tiene que trabajar. (Vá te catar, Morales! Alguém aqui tem que trabalhar.) -ela responde nervosa fazendo-me rir.

-Mas falando agora sério, precisamos conversar. -Elena continua agora em um tom mais sério.

-O que há, Elena? Algum problema no colégio? -pergunto enquanto sigo o percurso de volta para meu apartamento.

-Não, quer dizer, o problema não é esse em si. Entretanto não gostaria de conversar sobre o assunto por telefone. Você pode vir até a cidade? Eu realmente prefiro tratar sobre isso pessoalmente com você. -Elena parece insegura ao dizer.

-Hum, eu não sei não, Elena. Isso está me cheirando a armação da dona Josefina. Ela te pediu para fazer isso? -indago um tanto desconfiado de suas reais intenções.

Por mais que isso não seja do feitio de Elena, não duvido nada que minha mãe tenha feito sua cabeça. Não, não... Elena é de longe uma pessoa fácil de se manipular, é o que penso comigo mesmo.

-Henrique, eu falo sério. Por mais que esse seja um grande desejo de sua mãe, eu não o traria até Belo Horizonte por um capricho dela. -ela me repreende um pouco ríspida.

Suspiro um tanto resignado e pondero a respeito do assunto.

-Você sabe que eu não posso, Elena. Tenho muitas coisas para fazer aqui que me impedem de sair de São Paulo. -dou-lhe a desculpa de costume.

-Que droga Henrique, eu não estou te pedindo para mudar para Minas. E você pode muito bem sair por uns dias sim, porque você é a droga do dono dessa merda toda! -ela se irrita de repente e eu posso ouvir pelo telefone o som de seus saltos batendo com força contra o chão do outro lado da linha.

Elena está certa, sou o dono de uma grande rede privada de educação, o Instituto Educacional Antônio Morales. Eu sou meu próprio chefe, não preciso da permissão de um superior para ir e vir de lugar algum, entretanto no momento não estou com muita disposição para sair do meu confortável apartamento, quanto mais da cidade. Contudo isto é trabalho, e eu faço qualquer coisa por meu patrimônio, que carrega o nome do meu pai em homenagem ao homem honrado e amoroso que ele foi.

-Está bien, chica. (Ok, moça.) Eu irei para Belo Horizonte na semana que vem. Só tenho que ajeitar umas coisas por aqui, e estarei aí em poucos dias. -decido-me por fim.

-Gracias, Morales. (Obrigada, Morales) Estarei te aguardando na segunda. Precisa que eu te busque no aeroporto? -ela indaga solicita.

-Não será necessário, Elena. -respondo já no elevador.

-Vai ficar na casa de sua mãe ou irá para um hotel? Posso te dar uma carona. - ela oferece.

-Vou ficar em algum hotel. Não precisa se preocupar, já fui a BH muitas vezes para visitar minha mãe, conheço a cidade como a palma da minha mão, sei me virar.

-Então, tá. Tchau, Henrique.

-Adiós, Helena. (Tchau, Helena)

Desligo o celular e o jogo sobre a mesa de vidro que há na cozinha. Será uma viajem rápida, penso comigo mesmo. Irei para resolver qualquer que seja o problema de Elena, darei um beijo em minha mãe e voltarei para São Paulo o mais rápido possível. Bem, será uma coisa fácil de se fazer, eu pondero mais tranquilo. E com esse pensamento é que eu me convenço de que tinha tomado a decisão certa pelo resto do dia.

Mas se ao menos eu soubesse metade do que aconteceria mais a frente, eu certamente nem teria pensado em sair de casa nos dias que viriam a seguir.

Capítulo 2

Alice 

Mamãe sente falta do papai. Por mais que eu não me lembre dele, também sinto sua falta.

Fico imaginando como ele seria, um homem alto, cabelos escuros e olhos azuis, como o príncipe encantado da história. Ele me levaria para a escola, estaria no dia das profissões no colégio, diria com o que trabalha como todos os outros pais e mães, e no fim diria que é meu pai. Não que eu esteja reclamando da mamãe, ela sempre comparece todos os anos e faz o mesmo discurso de sempre, e eu a amo por isso, mas pelo menos uma vez na vida eu queria ter um pai para poder fazer isso.

Mamãe também sente falta de ter alguém, ela só tem a mim, nunca a vi beijando como as princesas fazem com os príncipes, ou até mesmo conversando por muito tempo com alguma outra pessoa. O seu Rogério não conta, ele é o porteiro do nosso prédio e ainda por cima é casado com a dona Marta que faz o melhor bolo de cenoura com cobertura de chocolate do planeta!

Acho que ela se sente sozinha, eu até tento consolá-la quando isso acontece, mas sei que isso só diminui a dor em seu coração. Uma vez acordei durante a noite e me levantei para ir ao banheiro fazer xixi, quando estava voltando para a cama ouvi um choro vindo de seu quarto. Fui até a porta que estava meio aberta e a vi deitada na cama de olhos fechados e o rosto molhado de lágrimas. Naquela noite eu entrei em seu quarto, subi em sua cama e a abracei. Disse para ela não chorar, que tudo ia ficar bem e que eu amava muito. Depois desse dia nunca mais a vi derramar uma lágrima ou parecer triste. Mas eu sabia que ela estava triste com alguma coisa, mesmo que tentasse fingir.

Mas isso está prestes a mudar! Eu já tenho uma ideia na cabeça, só falta pôr o plano em prática: Eu vou arrumar um namorado para mamãe!

Como arrumar um namorado para mamãe.

Primeiro passo:

1-Encontrar um homem bonito, charmoso, engraçado, bondoso, simpático e amoroso.

Mas como eu vou fazer isso? Onde eu acho uma pessoa assim? Será que no nosso prédio tem alguém disponível? E se não tiver, onde mais eu posso procurar?

Anoto o primeiro passo na folha rosa da minha agenda da Barbie e mordo a tampinha da caneta enquanto penso em mais alguma ideia. Me viro de barriga para cima na cama levantando a agenda no alto com as mãos.

Ouço uma batidinha que me assusta e a cabeça de mamãe aparecer entre a porta. Abaixo a agenda rapidamente e a escondo debaixo do travesseiro com medo de que ela tenha adivinhado  que estou fazendo.

-O que está aprontando hein, princesa? -ela pergunta meio desconfiada me olhando com os olhos estreitos.

-Nada, mamãe. -eu sorrio de forma inocente.

-Hum, você não me engana com essa carinha de santa, Alice! -ela diz com um meio sorriso desconfiada.

-Mas eu estou falando a verdade, mamãe. Você não disse que mentir é feio? Então, eu não faço mais isso. -pisco os olhinhos como o gato de botas em sua direção.

Por fim ela suspira deixando as suspeitas de lado e vem em minha direção.

-Amo você, bonequinha. -ela beija minha testa.

-Também te amo, mamãe. Um tantão assim ó! -digo abrindo os braços o quanto consigo.

-Vou terminar o jantar dentro de alguns minutos, lave as mãos e vá para a cozinha depois, ok? -mamãe pede com uma piscadela.

-Tá bom. -respondo balançando a cabeça para cima e para baixo.

Assim que ela sai do quarto, puxo minha agenda de debaixo do travesseiro novamente e anoto mais um item.

Segundo passo:

2-Tem que ser segredo.

Tem que ser uma surpresa. Mamãe é uma mulher nova e muito bonita para ficar enfiada dentro de casa o tempo todo. Ela tem que conhecer alguém encantador, que a surpreenda com flores e a leve para jantar fora.

Penso por mais algum tempo, está faltando muita coisa nessa lista que nem tem dez passos para realizar o plano. Bufo desanimada com minha falta de criatividade. Então uma ideia brilha em minha mente. Isso! Isso realmente será bom e me ajudará bastante a encontrar o homem perfeito, penso ao escrever mais um item na lista.

Terceiro passo:

3-Escrever um anúncio.

É isso, vou escrever em uma folha, com desenhos e várias cores para chamar a atenção, um anúncio dizendo coisas boas sobre a mamãe, como suas qualidades e talentos. Por enquanto é isso. Se eu lembrar de alguma coisa a mais, vou acrescentando aos poucos. Agora é mãos a obra! Amanhã mesmo começo a fazer os anúncios que irei colocar em todos os lugares. Desse ano não passa! Mamãe vai encontrar um namorado, um príncipe encantado dos sonhos e todos serão felizes para sempre. Sorrio enquanto desço da cama e sigo em direção a cozinha. Eu serei a melhor fada madrinha que existe no mundo! Ela vai ver só!

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!