Um Sonho
apresentação do cenário
narradora
ATENÇÃO ESSA NOVELA N É MINHA ESTOU COLOCANDO AQUI POR QUE ELA É MARAVILHOSA E EU QUERIA COMPARTILHAR PRA MAIS PESSOAS.OK😉
O Capítulo 1 se passa em Praga e, na história, são mencionados alguns dos lugares mais famosos da cidade.
narradora
O Castelo de Praga – é um conjunto de edifícios que se eleva no morro ao lado do rio Moldava. Considerado pelo Livro Guiness de Recordes a maior construção do tipo, abriga a Catedral de São Vito, o Antigo Palácio Real, a Viela Dourada e diversas outras atrações.
Se você gosta de castelos, seu destino tem que ser a República Tcheca. São centenas deles, em todos os modelos, tamanhos e estados de conservação. Aqui, uma lista com cinco dos mais procurados no país.
narradora
A Casa Municipal – é um edifício art nouveau, multifuncional: abriga um restaurante, um café, uma cervejaria, uma sala de espetáculos e diversos salões de uso variado. A Casa Municipal é o local onde foi declarada a independência da Tchecoslováquia, em 1918.
narradora
A Torre da Pólvora – é uma das antigas entradas da cidade, no tempo em que era murada. Datada do século XIV, marca a entrada do ‘caminho real’, a rota que os reis tchecos faziam no dia de sua coroação.
narradora
A Praça da Cidade Velha – é a principal praça histórica de Praga. Ela é ladeada por edificações em diversos estilos, do gótico ao neoclássico. Em um dos lados da praça está a antiga prefeitura e sua torre.
narradora
Relógio astronômico – é uma das atrações mais conhecidas de Praga, construído na idade média e ainda completamente funcional. A cada hora cheia, das 9 às 21h, ele executa um pequeno espetáculo, no qual as figuras decorativas do relógio se movem.
narradora
A Estação Central – é a principal estação ferroviária da cidade. Construída em 1869, sofreu diversas alterações de estilo, até que o arquiteto Josef Fanta deu a aparência atual, tornando a estação o maior monumento Art Nouveau de Praga.
Capitulo 1
narradora
Pedro deu um suspiro e desafivelou o cinto de segurança. Olhou para o lado e viu o rosto de Iara contra a luz que vinha do lado de fora, através da janelinha do avião. Depois de quase vinte horas de viagem, finalmente tinham chegado, e lá fora estava Praga, a capital da República Tcheca.
narradora
Os amigos acharam estranho quando ele disse que iria para Praga. Alguns olharam torto, como quem diz: “mas vai fazer o que lá?”. Outros simplesmente não tinham ideia de onde ficava. Um conhecido, não muito brilhante, cravou que era nos Estados Unidos, esquina com a Islândia. Sem falar dos muitos que insistiam em chamar de Tchecoslováquia – mesmo que há quase trinta anos Eslováquia e Tchéquia tenham se separado...
narradora
Mas Iara sabia onde era Praga. E sabia da Tchéquia, dos antigos reinos, dos castelos, das pontes... Iara sabia que o país ficava no meio da Europa. E, mais que tudo, queria tanto conhecê-lo. Iara era simplesmente incrível. Com seu cabelo castanho claro e olhos cor de azeitona, tinha uma beleza própria que iluminava o ambiente. Não era o estilo espetacular de mulher, daquelas que param o trânsito. Porém possuía uma graça própria, difícil de explicar, mas deliciosa de compartilhar.
narradora
Sim, Pedro era apaixonado por Iara, desde que a conheceu, no ensino médio. Mas nunca ousou cruzar os limites da amizade, resignando-se à odiosa friend zone, carcereira de todas as paixões.
narradora
Era Iara, levantando-se do assento diminuto da classe econômica, e procurando caminho no corredor entupido do avião.
narradora
Enquanto caminhavam pelo saguão do aeroporto Václav Havel, Lara tagarelava, como costumava fazer. Apesar de cansada, ela se divertia com as palavras que lia nas placas, tentando reproduzir o que ela pensava ser o som das diversas letras esquisitas. Pedro ouvia calado, fascinado por estar em um país estrangeiro pela primeira vez na vida.
iara
Temos que pegar as malas ali – Iara apontou um corredor com portas de abertura automática.
narradora
Ao contrário de Pedro, Iara já havia viajado ao exterior. Conhecia Argentina e Chile, e havia posto o pé no Paraguai quando cruzou a Ponte da Amizade. Com uma tia solteirona, fez uma excursão pela Europa havia uns anos, e conheceu Londres, Paris e Madri. Mas para ela, a República Tcheca também tinha um gosto de novidade, já que pela primeira vez ela estava liderando.
CAPÍTULO 2
narradora
Tudo começou com uma novela. Depois de um longo tempo exibindo reprises, a TV Mundial finalmente lançou uma nova produção. Lara, uma entusiasta do gênero, logo quis começar a ver. Pedro, um entusiasta de Iara, quis acompanhar.
narradora
Os primeiros capítulos se passavam justamente em Praga. Como toda boa novela, fatos dramáticos criavam uma situação que, nos 120 capítulos seguintes, seria resolvida, até o inevitável final feliz. Mas em vez de mergulhar na trama, Lara ficou boquiaberta com o cenário – um sem-fim de casas, torres, palácios, jardins, ruelas.... além de vistas maravilhosas de um rio cortando uma cidade que parecia, a um só tempo, grande e acolhedora - e muito linda. Era Praga.
narradora
Nos dias seguintes, Iara ligava a TV não para ver Luan Calmon, o ator bonitão que encarnava o galã da novela, mas sim para admirar a cidade. Por uma semana, o encantamento foi crescendo até que... a trama voltou para o Brasil.
narradora
Pedro pegou as malas e colocou em um carrinho. Olhou ao redor, procurando a saída, mas Iara estava a sua frente – como quase sempre.
iara
É por ali, Pedro. Onde está escrito ‘východ’.
Pedro
Palavrinha estranha – disse Pedro.
Pedro
Bom, mas é melhor aprender. Essa pode ser útil.
narradora
Depois de uma semana grudada na tela, Iara ficou obcecada, e começou a ler cada vez mais sobre Praga e sobre a República Tcheca. E comentava com Pedro sobre suas descobertas. Aparentemente havia bastante informação disponível, porque Iara não parava de falar. E, de repente, termos como premislitas, Malá Strana, Rudolfinum e Masaryk começaram a povoar as conversas dos dois. Pedro ouvia fascinado. Às vezes, Pedro não entendia do que Iara falava. Mas só para estar com ela, valia a pena.
narradora
Um dia – era um domingo à tarde – Iara parou de enxugar a louça do almoço, virou-se para Pedro e disse:
iara
Por que a gente não vai a Praga?
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