Após correr durante dias por meio da floresta, paro por um momento e me deparo com um estabelecimento a beira de estrada. Eu estava cansada, completamente destruída, meu corpo todo machucado e dolorido, eu precisa de ajuda. Quando me aproximei do local, dois homens vestidos de terno preto gritaram meu nome, congelei, e fui virando bem devagar, torcendo que fosse apenas um engano, mas, para minha infelicidade, não era, dois homens que estavam a minha procura. No momento, entrei em desespero e comecei a correr, desesperada pensei em entrar no estabelecimento, será uma boa ideia? não sei, mas é a única que consegui pensar por agora. Ao entrar no estabelecimento, ainda correndo, esbarro em um homem, com o impacto, caio no chão, ele nem se meche, enquanto estou no chão ele me olha bem no fundo dos meus olhos, me senti segura naquele momento, não sei o porquê de sentir isso, ele estava vestido com um roupa militar de cor marrom, acho que isso ajudou em grande parte a me dar um sentimento de segurança perto dele.
Ele me estendeu a mão, e me perguntou:
-Tudo bem moça? se machucou?
Eu disse que estava tudo bem, mas acho que ele não acreditou muito. Após me ajudar a levantar, ele me disse para não correr desse jeito por aí, como não pudia contar sobre aquele acontecimento, acabei inventando uma história;
-Estou atrasada para um compromisso muito importante, e acabei me perdendo, sinto muito por esbarrar em você com tanta força.
Se deu certo eu no sei, espero que tenha sido aceitável, após eu terminar de falar ele me conduz até uma mesa e pede para o garçom, que passava ali perto, para que me traga um cardápio, eu até rejeito, mas não adianta muito, ele insiste e acaba me convencendo, eu me encontrava fraca e precisava daquilo.
Quando o cardápio chegou, fiquei admirada, era tanta coisa que eu estava em dúvida, as ilustrações davam água na boca, eu parecia uma criança em uma loja de doces, eu queria todos, sem exceção. Acabei escolhendo um bife acompanhando de uma salada, era a melhor escolha? não tenho certeza, mas foi o que eu escolhi, e espero que eu não me arrependa. Meu prato ficou pronto e o garçom o levou para minha mesa, demorou aproximadamente meia hora, eu não aguentava mais esperar, quando fui servida, fiquei aliviada, me senti feliz, segura, e que logo logo estaria bem alimentada. Comecei a comer, na primeira garfada já abriu mais ainda meu apetite, o gosto era tão bom, e aquele homem militar me olhando, não sabia se eu comia ou ficava com vergonha, aproveitei a oportunidade e pedi algo para beber, acabei escolhendo um suco, era uma mistura de caju com tangerina, será que é bom assim mesmo? minha bebida chegou e eu me deliciava com o a prato e ela, e o homem ainda me olhando, estou ficando agoniada com isso, minha felicidade de estar tendo a oportunidade de comer foi rápida, durou bem pouco, pois aqueles homens de terno me encontraram novamente, o que eu faço agora?
Ao me deparar com aqueles dois homens vindo ao meu encontro, abaixei a cabeça esperando que não me conhecem, ao passarem do meu lado, virei a cabeça para o lado oposto, aquele homem que estava comigo, logo percebeu que eu me encontrava inquieta, dava para ver em seu olhar, mas não disse nada. Um dos homens, pede licença e coloca a mão no meu ombro, continuei de cabeça baixa, e uma lágrima caiu sobre o prato que se encontrava na mesa. O moço que me acompanhava, se levantou, e tirou a mão do homem, e pelo impacto, foi com força. Eles começaram a discutir, e derrepente aquele homem disse que eu era sua filha e que havia fugido de casa, por sofrer de uma doença psicológica que me deixava com um sentimento de estar sendo perseguida. Provavelmente a desculpa dada não teve sucesso, o moço levou os dois para fora
Nesse momento, todo o estabelecimento já estava me encarando, e eu,apenas querendo me esconder debaixo daquela mesa. Enquanto os 3 homens conversavam lá fora e todo o restaurante me encarava, decidi terminar de comer o que havia em meu prato, que já estava temperado com lágrimas que escorriam do meu rosto; Eu não sabia se terminava de comer, contiuava chorando, ou se me escondia de tanta vergonha que eu estava com aquela situação.
Faltando bem pouco para acabar o meu prato, escuto barulhos de tiro vindos do lado de fora, logo todos se jogaram no chão, inclusive eu, começou uma gritaria absurda, eu estava ficando surda de tanto barulho, mas consigo entender o desespero de cada um que estava ali. De repente, aquele militar entra pela porta, com uma cara de desconfiado, ele estava arrumando seu cinto, certeza que foi ele que disparou, talvez para assustar aqueles dois homens, ou até mesmo os matar. Será que aqueles indivíduos colocou alguma coisa na cabeça dele e agora ele desconfia de mim? Será que contaram a verdade para ele? Séria uma boa hora para largar tudo e sair correndo?
Após ele acalmar todos que se encontravam jogados no chão e gritando de desespero, ele se dirige até mim, e lá estava eu, jogada no chão novamente, a vida me mostrando novamente que o meu lugar é jogada no chão, como aconteceu da primeira vez, ele estende sua mão e me ajuda a levantar, assim que fiquei de pé, me perguntou se eu estava bem, mas ao em vês de responder sua pergunta, decidi perguntar seu nome, ele disse que era um nome diferente, pois ele era estrangeiro, seu nome era Gustav, achei um belo nome, e aproveitei para agradecer a ele por ele ter me salvado.
Acho que ele ficou curioso para saber meu nome;
-qual o seu nome garota?
Respondi no calor do momento, Miku, até penso que saiu de forma até meio rude. Espero que ele não me odeie por isso.
Logo me perguntou quem eram aqueles dois, e porque estavam atrás de mim, mas apenas respondi que eram dois ladrões e que tinham roubado meus pertences, não tive coragem de contar a verdade, mas acho que isso o deixou com mais ódio para com aqueles dois. Mesmo ele me falando que os dois haviam fugido, eu não me senti segura o bastante para ir embora sozinha, então fiquri observando o lado de fora do restaurante prla grande janela, ele percebendo senaproximou e me ofereceu uma carona até minha casa, dei um sorriso e aceitei, mas... será que eu conto para ele que não tenho uma?
Após sairmos do restaurante, chegamos ao pátio, onde todos os carros dos clientes estavam estacionados. Olhando com calma, sem aquela correria toda de estar fugindo de dois caras, o lugar e bem bonito, árvores para todo o lado,a grama bem verdinha, um lago artificial com alguns peixes, tinha peixe até cor de rosa, e nenhum lixo no chão, um ótimo lugar para se fazer uma refeição, seja acompanhado ou sozinho. Gustav vai andando para uma direção e eu vou atrás, ele vai me levando para o final do estacionamento, meio estranho isso, mas bem no final estava um carro;

Ate hoje não faço ideia de que carro era esse, se era um Fusca ou uma caminhonete, mas achei ele lindo, a cor dele brilhava com o reflexo do sol e a pintura parecia um espelho, refletia várias coisas do ambiente. por dentro ele era todo revestido de couro sintético preto, também gostei disso, achei o carro charmoso. Entramos nele, e ele liga o carro, o barulho dele é muito gostoso, me recordei do meu pai. Saímos do estacionamento do restaurante e pegamos a estrada...
pela janela, se via a paisagem correndo ao contrário e no céu as nuvens formavam formas e desenhos, mas eu andava inquieta, algum sentimento ruim me corroía por dentro, não sei o que era, mas me dizia que algo de ruim iria acontecer. Após andar por um tempo, pelo relógio que ficava acoplado no radio do carro, 2 horas aproximadamente, chegamos a uma cidade, parecia uma cidade portuária turística, havia barcos para todos os lados, sejam de verdade, miniaturas ou apenas pinturas, até um restaurante no formato de barco tinha, mas algo estava errado, assim que passamos o arco da entrada da cidade, um carro preto nos seguia, os vidros eram escuros e não dava para ver o motorista, e isso aumentou ainda mais nossa preocupação. Pedi para que Gustav entrasse em algumas ruas e desse algumas voltas para ver se o carro realmente estava nos seguindo, ele aceitou a ideia e entrou de cabeça na brincadeira, ele fez foi um labirinto, eu nem sabia mais como voltar, e além dessa notícia ruim de estar perdida, o carro preto ainda estava nos seguindo. Gustav dirigiu para a saída mais próxima da cidade e pegou a estrada novamente, e aquele estranho carro ali, ainda nos seguindo. Olhei para traz e vi o carro nos perseguindo e ao me virar para frente novamente, percebi que o velocímetro do nosso carro estava quase a 200 km/h, mas um pouco e o marcador chegava nas minhas pernas no banco do passageiro. Ao perceber a velocidade que carro se encontrava comecei a me desesperar, mas Gustav tentava me acalmar, dizendo que ja era acostumado a dirigir em altas velocidades, pensei bem e decidi acreditar nele, parei e respirei bem fundo, ao mesmo tempo que eu liberei o ar ouvi um disparo...
Estavamos sendo alvos, aquele carro estava disparando em nossa direção, Gustav disse que eram de pistolas inglesas e que não atravessariam a lataria do carro, mas isso para mim era grego, não entendia nada sobre o que ele estava dizendo, e a cada minuto eu ficava mais desesperada. Será que ja posso chorar agora ou espero mais um pouquinho?
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