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Escrava Da Maldição

Como tudo começou - parte 1

Marcos estava com uma dívida gigantes no banco, e estava desesperado sem saber como poderia pagar aquela dinheirama toda. Ele saiu do trabalho preocupado porque sabia que a dívida venceria no dia seguinte.

Dentro do ônibus ele olhava pela janela e tentava se distrair, mas nada fazia ele tirar da mente aquela divida que lhe era um grande problema.

Faltavam alguns pontos para chegar em casa, e o ônibus estava vazio praticamente. Com tantos lugares para sentar, veio em sua direção um senhor de idade que era muito antigo no bairro onde Marcos morava.

As pessoas mais antigas do bairro diziam que ele era bruxo e que tinha acordos com o Diabo.

Aquela figura veio e sentou -se logo no banco atrás de marcos.

Marcos não deu atenção ao velho, mas o velho notou como a aparência de Marcos era de preocupação.

Então, o velho com fama de bruxo resolveu quebrar o silêncio.

Velho Oi! Boa Noite!

Marcos olhou para trás e disse:

Marcos Boa noite!

Velho Me parece que o senhor está se sentindo mal, ou que tem alguma coisa lhe preocupando. Será que eu poderia ajudar?

Marcos O senhor não pode! (Disse desanimado)

Velho Hum... então deve ser um problemão daqueles, não é?

Marcos Pode crer que é!

Velho Olha, se não for falta de saúde de ninguém, talvez não seja tão mal assim, não é?

Marcos Olhando deste angulo, talvez o senhor tenha razão. Só que eu não estou muito a fim de conversar.

O velho ficou calado por algum tempo, e se levantou e sentou -se ao lado de Marcos.

Velho_ Deixe eu lhe dizer uma coisa. Só tem três coisas no mundo que nos deixa realmente preocupados, e são as questões sentimentais e o dinheiro, e saúde. Se você diz não haver ninguém em sua casa com falta de saúde, então você tem um problema sentimental ou falta de dinheiro.

Marcos olhou para o lado, e com um tom de ignorância disse:

Marcos_ O que você pode fazer para me ajudar, e oque você tem com isso?

O velho riu, e disse:

Velho As pessoas não dão nada por um velho mal vestido, com roupas sujas, não é mesmo? Eu sei que tenho fama de bruxo lá onde nós moramos. Mas pouca gente sabe da verdade. Eles apenas ouvem as coisas e saem repetindo por aí. Sabe, eu gosto de  ajudar as pessoas, e eu acho que posso te ajudar.

Marcos A troco de quê?

Velho Preciso da gota de sangue de uma virgem. Só que não posso roubar, ela precisa ser dada espontaneamente pela moça. Eu sou um bruxo, lembra- se? Então, senhor Marcos, tudo que o senhor tem a fazer, é arrumar a gota de sangue de uma virgem, e eu pago o preço que for preciso por ela.

Marcos  Mas, oque o senhor vai fazer com...

Antes que  Marcos terminasse de falar, o velho levantou -se rapidamente, e desceu pela porta traseira do ônibus.

Marcos desceu no ponto seguinte, e entrou em casa.

Mirla, veio logo e abraçou o seu pai.

Mirla Pai, pai, trouxe algo para mim?

Marcos Hoje só trouxe um beijinho, filha. (Beijou a testa da filha)

A primeira coisa que lhe veio a cabeça ao ver Mirla foi a proposta do velho dentro do ônibus.

Indeciso - parte 2

Marcos rolou na cama a noite inteira. Mas uma coisa começou a perturbar ainda mais ele, a virgem que o velho tanto procurava estava ali dentro de sua casa. E para Marcos era fácil conseguir a gota de sangue que o velho havia pedido.

Porém, para que seria a tal gota de sangue? Ora, ele é conhecido como um bruxo, e a muitos anos que conhecem ele aqui no bairro assim. Pensava Marcos consigo mesmo.

Marcos acordou cedo e foi até a banca da esquina comprar um jornal. O dono da banca, seu Alcir, era muito antigo ali no bairro, e logo atendeu Marcos com um sorriso no rosto.

Marcos pegou o jornal, e deu o dinheiro na mão de Alcir que o cumprimentou.

Marcos Seu Alcir, o senhor tem quantos anos mesmo?

Alcir Faço oitenta e seis, se Deus quiser, no próximo mês.

Marcos O senhor é nascido e criado aqui no bairro?

Alcir Ih, rapaz... vi este lugar aqui quando era a maioria do lugar tudo mato. As ruas eram todas de chão batido. Não tinha nem ônibus aqui se você quer saber.

Marcos Então o senhor é um dos moradores mais velhos daqui?

Alcir Um dos mais velhos com certeza, mas quando eu cheguei aqui, o Velho Bruxo, e o pai dele já estava aqui.

Marcos balançou a cabeça concordando e pensando.

Alcir Mas porque a pergunta?

Marcos Ah, não.. nada... é só curiosidade boba mesmo. (Risos sem graça)

Quando  Marcos chegou em casa, a sua esposa estava com os olhos vermelhos, como se tivesse chorado.

Marcos Oque foi, amor? Oque está acontecendo?

Bianca Ligou um cara ai. Falou ser do banco, e disse que se você não pagar oque deve lá no banco, vai tirar a nossa casa. Marcos, oque você andou arrumando? Você está com dívidas no banco? (Começa a chorar)

Marcos Calma, calma... está tudo sobre controle amor. Eu vou pagar tudo?

Bianca Mas com quem você gastou este dinheiro todo seu desgraçado? (Grita)

Marcos Eu vou ser sincero. Eu fiz uma aposta em corrida de cavalo, e perdi.

Bianca Marcos, como você faz uma coisa destas com a gente? A vida já é tão difícil...

Marcos Por favor, amor, tente se controlar.  Vai ficar tudo bem! Eu já tenho de onde arrumar o dinheiro.

Bianca Vê lá, heim! Vê o que você vai fazer com nossas vidas.

Na parte da tarde, marcos foi até  a praça e ficou sentado lá. Justamente do outro lado da rua o velho passou e avistou Marcos.

Marcos viu o velho de longe, e fez um sinal com a mão chamando o velho.

O velho atravessou a rua, e foi ao encontro de marcos e sentou -se ao seu lado no banco.

Marcos Talvez eu possa arrumar o sangue para você.

Velho Que bom!

Marcos Mas eu quero saber para que é?

Velho Infelizmente, não posso falar.

Marcos É para bruxaria?

Velho O que você acha? Olha, o que você precisa fazer é arrumar o sangue. Poderia ser de qualquer pessoa, mas para mim é mais difícil. Eu teria que pegar uma criança por ai na saída da escola ou invadir uma casa... eu sou um bruxo, e não um criminoso. Eu poderia ser confundido com um estuprador, e como ficaria pra mim? Eu não posso falar a finalidade, a utilidade que vai me ter, mas você sabe para oque é. Ponto final! Posso te garantir que não é para matar ninguém!

Marcos Eu vou pensar.

Velho Pense de presa. Senão o senhor vai ficar sem casa.

Marcos Como você sabe disso? (Espantado)

Velho Coloco a bacia de prata com água no chão da minha casa e vejo oque eu quero.

Marcos O quê?

Velho tenho que ir! Até outra hora!

O sangue da Virgem - Parte 3

Marcos estava cada vez mais pensativo, e precisava urgentemente tomar uma decisão.  Ele começou a pensar que talvez não fosse tão ruim assim como ele estava imaginando. Ele pensou: Ora, é a penas uma gotinha de sangue. Basta eu esperar minha filha dormir, e pego a mãozinha dela, dou uma picadinha com uma seringa e pronto! Não tem mistério!

Com este pensamento, ele decidiu que aquela noite, seria o momento certo.

Logo que ele chegou em casa, a filha veio logo ao encontro dele e o abraçou.

Bianca estava na cozinha, e quando Marcos foi pegar um copo de água, ela se virou para ele e se apoiou na pia da cozinha e disse:

Bianca Como você vai arrumar este dinheiro?

Marcos Um amigo meu que me deve um favor a muitos anos disse que vai me emprestar, e disse que posso pagar em pequenas parcelas. Ele tem muito dinheiro e não se preocupa com isso.

Bianca É serio isso?

Marcos É! Fique tranquila!

A noite, quando Mirla estava dormindo, Marcos entrou no quarto com a seringa no bolso, e puxou o braço de sua filha para fora do cobertor. Cuidadosamente ele tirou a seringa do bolso e introduziu a agulha no braço de sua filha e puxou o sangue da menina.

Depois colocou um algodão no local para que o sangue não ficasse saindo.

Pela manhã, Marcos foi até a casa do velho, que era em um sítio bem grande, e um pouco isolado da rua principal.

O velho saiu do meio de algumas árvores quando Marcos estava entrando no sítio.

Marcos Ué… Você está aí? Eu trouxe oque você pediu.

Velho Eu sei!

O velho colocou a mão para trás e puxou um saco.

Velho_ Aqui tem um dinheiro bom para você pagar a sua dívida, e ainda sobra um pouquinho. O que sobrar você poderia até dar pra sua filhinha, mas oque você vai fazer não me interessa. Obrigado!

O velho pegou o sangue e seus olhos brilharam enquanto ele suspendeu o vidrinho com o sangue dentro. Havia uma quantidade bem maior que uma gota.

Velho Aqui tem sangue o suficiente para eternidade. (Riso)

Marcos oque disse?

Velho_ Ah! Nada... nada, só estou pensando alto. Tchau!

Três anos depois ...

Mirla já estava com 15 anos, e toda manhã pegava o ônibus no ponto com sua amiga, Paula.

Paula Preciso muito te contar uma coisa. Algo que escondo de todo mundo e só tenho coragem de contar pra você.

Mirla  Ih! Fiquei curiosa. O que será tão importante que ninguém pode saber, e só eu posso saber?

Paula Antes você precisa me jurar que nunca vai contar pra ninguém.

Mirla Ok! Eu juro!

Paula É o seguinte...

Quando Paula iria revelar seu segredo, o ônibus apareceu.

Paula O ônibus! No recreio eu te falo. Vamos!

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