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Tráfico De Mulheres

prólogo

Este livro é a sequência de uma série de livros já publicados aqui no app.

Se ainda não leram o primeiro e os outros livros, sugiro que leiam.

Livro 1 - Lorenzo o chefe do tráfico

Livro 2 - Mais que uma garota de programa ( Preciso revisar, farei em breve)

Livro 3 - Mikael o novo chefe do tráfico

Livro 4 - Meu guarda Costas - ( Irrelevante) pois não abordará muitos assuntos dos livros anteriores, más muito bom kkk não deixem de ler.

Lorenzo e katharine protagonistas do livro

" Lorenzo o chefe do tráfico" se conheceram de uma maneira inusitada, Lorenzo era um mulherengo nato, Kate uma doce e meiga garota do campo, uma relação improvável que mudou completamente a vida dos dois, depois de um milhão de problemas, muitas loucuras e diversos contratempos puderam por fim viver o seu amor, e dele nasceu sua primeira filha, Sofia, a protagonista deste novo livro, conhece de uma forma inusitada Henry, e assim como sua mãe, embarcará em uma aventura cheia de romance e paixão.

Tráfico de mulheres.

Prólogo...

Está manhã não seria perfeita como todas ao longo dos meus formidáveis dezoito anos.

Oh não!

Certamente ela não seria a mais comum, do tipo daquelas que se repetem várias vezes,

más na verdade não repeti-la até que não seria má ideia.

Ela aconteceria do jeito que deveria ser, do jeito que eu imaginei, más só até certo ponto.

Teria o beijo carinhoso de bom dia da mamãe?

Sim, eu teria!

Até mesmo o abraço protetor e acolhedor do papai?

Obviamente!

Isso não poderia faltar.

Más e depois?

Bem, era no depois que morava o problema.

E que problema.

Hoje não seria um dia comum como todos, aquele que eu acordaria cedo, seguiria minha rotina plena até encontrar com minha amiga na faculdade, não.

Hoje era o grande dia. O meu grande dia!

A minha grande chance.

Hoje seria o dia mais feliz da minha vida, o dia em que os sonhos de princesa estavam se tornando realidade.

Ouvi alguém falar Miss?

Sim, óbvio e clichê de mais eu sei, más meu grande sonho era ser miss.

Era estar nas passarelas do mundo todo, talvez até vir a ser uma miss universo.

Era pedir de mais?

Foram anos treinado, rotina pesada, alimentação regrada.

E vuala.

Fui selecionada.

Eu queria estar no topo, e estava quase lá. 

Eu queria ser a rainha das rainhas em cima daquelas passarelas, e eu consegui.

Desfilei nos concursos mais requisitados, estive nos palcos mais lindos, os mais desejados por aqueles com os mesmos sonhos que os meus.

Batalhei duro, e cheguei lá.

Turquia, sim, eu iria desfilar na Turquia.

Meu Deus!

Eu mal acreditava.

Fui selecionada por uma agência chiquérrima para um concurso com visão mundial, as melhores estariam naquela passarela e eu também.

É, dizem que quanto mais alto estamos, maior é a nossa queda.

Bom, eu passei a acreditar nisso!

Pois olhem só, não é que foi do topo que eu cai.

Cai de cabeça em centenas de problemas e

no final o maior deles não é que tinha nome, sobrenome, um metro e oitenta de altura, e um lado escuro tão estupidamente gostoso, que facilmente me arrastaria para toda aquela escuridão.

capítulo 2

CONTANDO UM POUCO SOBRE MIM.

Me chamo Sophia, tenho dezoito anos, completo dezenove na semana que vem.

Sou a filha mais velha do casal mais louco que já houve no México.

Lorenzo e Katharine.

" Os chefes do tráfico"

Assim que completei uma certa idade, mamãe e papai tiveram uma conversa séria comigo, eles me contaram absolutamente tudo.

Tudo mesmo!

Desde como se conheceram até como se apaixonaram e também sobre suas vidas, más precisamente sobre suas vidas no crime.

Mamãe e papai sempre foram sinceros comigo, eles me deixaram ciente para que lá na frente a vida que eles levavam não caísse do nada como uma bomba sobre mim.

Tudo mudou quando nasci, papai decidiu abandonar aquela vida na qual chegou a arrastar até a mamãe.

É surpreendente até para mim, uma mulher em tal posição, más sim. Minha mãe era Zika. ( Risos)

Até papai tinha medo, bom, tinha não, ele ainda tem.

Papai abdicou aquela vida, bom, os dois fizeram, más ele, isso já era dele sabe, más ele deixou tudo, deixou de ser o chefe do tráfico para ser o chefe da nossa família, e fez isso por mim e pelo meu irmão.

Então quem somos nós para julga-los, se eles sempre foram os melhores pais do mundo?

A única coisa ruim nisso tudo era as mudanças, sempre estávamos em um lugar diferente, em uma casa nova, um país novo, papai até podia deixar de fazer seus trabalhos, más o trabalho nunca o deixou, seus inimigos, eles sempre nos achavam.

E não só eles, a polícia também.

Isso era um saco, sempre que começava-nos acostumar com um lugar vinha um problema que nos obrigava a mudar.

Isso só mudou cerca de quatro a cinco anos atrás.

Com o passar dos anos felizmente as coisas se acalmaram no méxico, consequentemente nós trazendo de volta ao nosso verdadeiro lar.

Aqui, na nossa cidade natal, foi onde passamos mais tempo e por sorte permanecemos desde então.

Minha vida sempre foi bem monótona, papai sempre esteve de olho em mim sabe, sempre me manteve em rédeas curtas, más eu nem ligava, meus objetivos eram outros.

Eu acho que seu passado o condenava, ele tinha medo, um pavor sinistro de que sua princesinha acabasse encontrando um homem igual ou pior do que ele já foi.

O que ele não sabe é que na verdade esses "homens" são só uns moleques, do tipo inconsequentes, daqueles que acham que porque fumam um baseado e vendem uma droginha são o tal.

Papai não acredita, más esses imbecis não me interessam em nada, e nem se fizesse, sempre que descobrem quem é o meu pai eles saem do meu pé rapidinho.

Essa já até virou minha tática, já que eu podia, porque não usar a lenda do crime ao meu favor não é mesmo?

Não tenho muitas certezas em minha vida, más uma eu tenho.

Para me conquistar tem que ser homem, um homem de verdade, desses que fazem seu coração pulsar antes mesmo de se aproximar, desses que com um beijo te tiram o fôlego, o ar, o chão.

Desses que te deixam louca de emoção, de paixão.

Más aqui, eu não vejo nenhum assim.

Os únicos que salvam nessa cidade são os filhos dos amigos do papai, eles até que são bonitos sabe, cresci junto deles já que sempre nos visitavam, passei mais tempo com os filhos do tio Claus e da tia Beatriz, já que eles moram conosco várias vezes por conta das nossas súbitas mudanças de endereço.

O Loran, o filho mais novo deles até se tornou um homem e tanto, ele é um moreno dono de um olhar intenso, forte e musculoso, tem um corpão mesmo, até de mais para a sua idade.

Porém, por mais que ele já tivesse demonstrado um grande interesse em mim, sei lá, era como se eu me interessasse por meu irmão.

Credo!

Isso é insano, realmente não dá.

E também, eu não estou focada em homens, não que eu não queira um namorado e tal, más quero ter minha independência e só depois pensar em relacionamentos.

Já fiz alguns cursos, idiomas, administração, tudo que meus pais me empurravam para fazer, más meu sonho mesmo é estar nas passarelas.

É foi nele que eu foquei.

Que merda!

Se eu soubesse que minha vida mudaria da água pro vinho por isso, não tinha sonhado tanto.

🕕 Hora atrás 🕕

Me levantei às sete com o despertador tocando alto.

O primeiro pensamento do meu dia era sempre o mesmo.

- Porque diabos eu coloquei este espelho bem aqui?

Dar de cara com minha imagem nele toda desgrenhada, isso não era bem a melhor visão a se ter todas manhãs.

__ Estou um lixo. - Pensei, me olhando atentamente.

Como se fosse novidade, isso acontece todas as manhãs.

Me levantei, tomei um banho relaxante depois fui arrumar minhas malas.

Com tudo pronto, peguei a roupa que escolhi para viagem e fui me trocar.

Neste momento mamãe apareceu na porta.

__ Querida, você tem certeza que quer ir mesmo para essa viagem? Eu não sei, tô com um aperto no peito aqui. - Ela disse adentrando meu quarto.

__ Não seja boba mamãe, nada de ruim vai me acontecer. Você só está assim porque passaremos mais tempo que o de costume longe uma da outra. Más eu volto em seis meses. Aquieta esse coração vai. - Respondi.

Ela me olhou de cima a baixo, se aproximou e me abençoou.

Lágrimas escorriam dos seus olhos, como que se ela soubesse o que estava por vir.

Más neste momento eu ainda não pensava assim.

Apenas a abracei forte, e disse que ficaria tudo bem.

Que tolice!

Nem eu sabia se isso seria verdade, más disse mesmo assim.

Mamãe saiu e me troquei.

Finalmente pronta me olhei no mesmo espelho que eu me vi um lixo agora pouco, más agora. Há, agora eu estou show.

Pronta para brilhar.

Sai e papai veio ao meu encontro, ele me beijou na bochecha e me abençoou também.

__ Não esqueça, mesmo longo vou estar de olho em você. Não vá me aparecer aqui com nenhum pirralho. - Ele brincou e me abraçou forte.

Aquilo tudo estava sentimental de mais, eu tinha que ir de uma vez, se eu ficasse mais tempo certamente iria borrar a maquiagem que levei quase uma hora para fazer.

Sai sem olhar para trás, entrei naquele táxi e fui em busca do meu sonho, pena que ele se tornaria o meu pior pesadelo jajá.

No aeroporto fiz o check-in, logo depois me sentei em uma das poltronas perto da fila de embarque pois estava muito adiantada.

Estava destruída lendo um livro quando algo me chamou atenção, ou melhor, alguém.

Isso era novidade.

Aquele homem caminhando majestosamente em direção as poltronas me fez perder o foco totalmente, é sério, ele era tipo, Uau, certamente não era daqui, não podia ser.

Ele com certeza não se enquadra aos

"moleques" que eu citei a pouco.

O cara era dono de passadas firmes, tinha a beleza dos deuses, e o rosto do diabo. Tão sério, más, sei lá, aquela seriedade o deixava ainda mais atraente.

Pisquei meus olhos e balancei minha cabeça não acreditando no que a mesma acabará de pensar.

Que diabos foi isso?

Apenas olhei para ele e os pensamentos vieram assim, involuntariamente, não pude controlar.

Desviei meu olhos afim de disfarçar, más um pouco e se o cara não tivesse ao telefone ele perceberia que eu estava olhando para ele descaradamente.

Más se algo está ruim, acredite, pode piorar.

Não é que ele me sentou bem na minha frente.

( Faz de conta que ele tá no aeroporto) kkkk

Peguei meu livro e quase que enfiei na minha cara afim de fugir daquele olhar intenso que pairava sobre mim.

Ele até parou de mexer no celular para me olhar.

Droga!

Será que dei muito na cara?

Será que ele notou que eu olhava para ele?

__ Kate júnior! - ouvi a voz aguçada da minha amiga Fernanda.

Graças a Deus!

Me levantei e sai dali imediatamente, peguei em seu braço a fim de impedi-la de ir para onde eu estava.

__ O que tá acontecendo? - Ele sussurrou.

__ Nada! Depois eu te conto. - Respondi, já nos direcionando a algumas poltronas a frente.

Fernanda é a única amiga que tenho por aqui, as outras garotas tipo que sentiam medo de mim, nem sei por que.

(Risos)

Na verdade eu sei sim, bom, digamos que eu herdei o lado rebelde do meu pai, e a língua afiada da minha mãe, já podem imaginar o que virou com a mistura desses dois.

Más assim, eu não sou do tipo que leva desaforo para casa, tanto que uma das patricinhas metidas do colégio veio toda debochada zombar dos meus pais e sabe, minha mão, as vezes ela tem controle próprio e meio que ela escorregou e quebrou o nariz da garota.

Depois disso, meu status social por lá não ficou lá aquelas coisas.

Más eu nem ligo, ao menos encontrei a melhor, a mais parceira e sincera de todas amigas que eu poderia ter.

Somos unha e cutícula, se é que me entendem.

E sim, compartilhamos não só os mesmos gostos como os mesmos sonhos, e eu não poderia ir para essa viagem sem ela, então nos escrevemos juntas, e cá estamos.

Contei para ela sobre o ocorrido anterior, e a louca da minha amiga não sabe o que é disfarçar, ela encarou tanto o cara que ele até deu um sorriso sem graça.

__ Para de olhar droga! - A repreendo.

__ A Sofí, fala sério. Olha para isso, como não olhar? - Ela debochou.

__ Ele tá olhando para você. - Ela completou sorrindo descaradamente.

__ Não tá não, deve estar olhando para você já que você não tira os olhos dele. - Respondi.

__ Não Sophia. - Ela segurou meu rosto. __ Os olhos dele estão fixos em você mulher. - Droga! Más na cara impossível.

__ Se eu não te amasse tanto eu socava você agora Fer, eu juro. - Respondi puxando meu rosto das suas mãos.

Ela fez biquinho.

Meu Deus, eu deveria ter ficado quieta.

__ Senhoras e Senhores queriam se direcionar para fila de embarque para o voou...

Graças a Deus! Salva pelo gongo.

Levantamos e seguimos para fila de embarque, más realmente o destino estava querendo colar esse homem em mim.

Era estranho, mesmo sem ver, era como se eu pudesse sentir a presença dele atrás de mim, droga, e como eu sentia.

Sentia o calor deste homem, sentia o magnetismo que sua presença causava, ele era um ímã puxando todas minhas emoções, até mesmo as que eu nem sabia que existia, isso era surreal.

Não me atrevi a virar, más o sorriso sacana da Fernanda deixava claro que eu estava coberta de razão.

Foram os dez minutos mais longos da minha vida, que adrenalina.

Era como se o meu corpo estivesse queimando e eu nem sabia a razão, ou sabia?

Quando finalmente a fila andou me apressei para longe dali, adentramos o avião e fui direto para minha poltrona, ao mesmos ali ele não podia me alcançar.

Doce ilusão.

Me sentei, e quando pensei que Fernanda sentaria ao meu lado quem sentou?

Sim, o próprio.

Merda!

Mil vezes merda.

Olhei para o lado e Fernanda estava plana, não do meu lado como deveria ser, más na fileira esquerda.

Neste momento ouvi meu telefone apitar, era ela.

Li sua mensagem antes de desligar o aparelho.

" Foi mal, quando comprei a passagem o lugar já tava ocupado, más na verdade, olha pelo lado bom, você tá muito bem acompanhada 😈"

Não respondi, apenas sorri.

Melhor sorrir do que chorar não é mesmo.

Alguns minutos depois uma voz feminina começou a soar dos alto falantes, era ela quem passava os comandos para os passageiros.

Desliga o celular!

Todos os aparelhos eletrônicos!

Aperto os cintos!

Coisas desse tipo.

Neste momento minhas mãos começaram a suar frio, nunca andei de avião e para falar a verdade, estou morrendo de medo.

Desde que soube do acidente que quase tirou a vida do meu pai tenho esse pânico por aviões.

Quando ele começou a se movimentar então, meu deus.

Eu tremia tanto que achei que teria um troço, más felizmente um anjo me salvou.

Bem, ele tentou.

__ Ei, fica calma, não tenha medo, aviões são o meio de transporte mais seguro do mundo. - Ouvi pela primeira vez a voz dele. E que voz.

Sei lá, ela era grossa, forte, más curiosamente tinha um efeito calmante, tanto que relaxei um pouco. Más só um pouquinho menos.

No primeiro balanço meu nervosismo voltou com tudo.

Fechei meus olhos apertando o olhar.

Neste momento uma tensão maior que o pânico por aviões passou em meu corpo, ele segurou minha mão.

__ Está tudo bem! Acalme-se. - Sua voz estupidamente sexi falou bem próximo de mim.

Estávamos tão perto que aquele calor sabe, é eu podia sentir.

Contei até dez, até vinte, até mil, más não por causa do medo de avião, e sim pelo misto que sensações que esse toque causava em mim, em meu corpo.

Ele não me aclamou, na verdade, me incendiou.

capítulo 3

A energia que ele transmite se forma e cresce até que se torna tão palpável, tão tangível, que é como se eu conseguisse de fato vê-la emanando do seu corpo em direção ao meu.

Uma onda de desejo, espessa e pulsante que se expande, tudo que posso dizer é que a atração é tao incontrolável, tão ampla e arrebatadora, que se torna impossível de conter.

Eu juro que tentei, fiz de tudo para afastar esse sentimento, para frear o incêndio que está ascendente dentro de mim, más, as suas palavras, seus atos, tudo nele até o simples gesto de tocar a minha mão é enlouquecedor.

Aqueles olhos cinzentos estavam fixos nos meus, más eu não conseguia prestar atenção neles, estava hipnotizada por aqueles lábios carnudos que se movimentavam tão próximo a mim, __ A turbulência passou então tudo será mais fácil, agora você só precisa se controlar, respire devagar, encha seus pulmões de ar e solte-o lentamente, uma vez após a outra, rapidamente você irá relaxar. - Mal pude ouvir o que ele disse, estava mais preocupada em conter o desejo de quebrar aquela distância e juntar seus lábios aos meus.

Eu não sei quando foi que eu me tornei a sósia da Fernanda, más, agora consigo entende-la, tanto que me sinto uma tola por cada crítica que já fiz sobre romances e primeiros encontros. Eu nem sei o nome dele e olhem só, tenho tantas vontades, que se tivesse que seja uma pequena porcentagem da coragem da minha amiga faria tudo acontecer.

É loucura, eu sei. Eu me sinto louca, maluca, pirada, até perplexa comigo mesma, tamanha era aquela esquisitice que eu precisava desesperadamente sair dali, eu não conseguia processar tudo que sinto estando ao seu lado, meus pulmões tinham absoluta necessidade de respirar sem este ar tempestuoso, então com a minha mão livre soltei o sinto de segurança e me levantei, consequentemente sua mão soltou a minha, neste momento era como se eu tivesse quebrado aquela corrente invisível que ligava meu corpo ao seu e me prendia ali.

Passei por ele rapidamente e sem dizer uma palavra, caminhei entre as poltronas cinzentas da primeira classe que estavam quase que todas vazias imaginando porque o destino tinha que coloca-lo justo ao meu lado quando ali haviam tantos lugares vagos.

Respirei fundo, e mesmo com dificuldade consegui pedir informações para a aeromoça que me levou até o banheiro do avião.

Tudo que eu queria era entrar ali e permanecer neste cômodo até o avião pousar, era a coisa certa e mais segura a fazer, más já de cara tive que esperar cerca de cinco minutos ja que a mesma estava ocupada.

Tempos depois um casal deixou o local, pelo olhar dos dois, e pelo som que ouvi saindo de lá, certamente estavam realizando algum fetiche ali dentro.

Até ontem acharia isso o cúmulo, até desrespeitoso, más não conseguia deixar de imaginar isso acontecendo comigo, eu e ele, trancados neste cômodo pequeno....

__ Fala sério Sofia você só pode estar de brincadeira. - Lutei contra meus pensamentos já adentrando a cabine, apenas encostei a porta, não a tranquei, o medo de ficar presa ali não me deixou fazer, em seguida caminhei em direção a pequena cuba, me curvei frente ela, liguei a torneira e comecei a molhar meu rosto e pescoço com abundância, porém nem mesmo aquela água estupidamente fria fazia aquele calor ir embora.

Desistindo, peguei a toalha de papel, voltei a posição inicial, fiz a bancada de apoio e comecei a secar meu rosto.

Fui deslizando o papel desde a minha testa, até passar pelos meus olhos fechados, más ja abrindo os mesmos que imediatamente me trouxeram a visão completa do cômodo, e para minha surpresa ele estava aqui. Aqui dentro, isso mesmo, chocada dei na cara meu nervosismo enxugando meu rosto mais rápido que o normal más não antes de ter parado o papel próximo a minha boca pasma.

__ Desculpa entrar sem bater, más como você demorou eu vim ver se estava tudo bem.

- Aquele voz paralisante adentraram os meus ouvidos e me deixaram imóvel.

Como ele consegue? Como pode usar a voz como arma? Este homem, ele não é um ser terreno, não pode ser.

Ele me olha de uma forma que faz com que eu me sinta exposta, vulnerável, como se ele pudesse me despir com os olhos, como se soubesse dos meus sentimentos e sentisse prazer em me enlouquecer.

__ É, sim, estou, eu estou bem. - Tentei soar convincente, más não funcionou muito.

__ Tem certeza, você realmente não parece nada bem - Ele se aproximou __ Está tão branca, tão pálida, - Disse e tocou meu ombro.

Um choque elétrico passou por ele, por meu corpo todo, era como se este homem portasçe um magnetismo estranho nas mãos.

__ Sim, eu tenho! - Respondi com firmeza.

Ao menos uma vez não soando tão ridícula.

__ Ótimo! - Ele respondeu com um sorriso no canto dos lábios, sua voz sempre firme exercia cem por cento de controle, quando ao mesmo tempo tirava todo o meu.

Como ele consegue?

Como pode ter tanto controle, e tirar ele de alguém ao mesmo tempo?

O meu neste momento é zero.

E ele, ele está calmo, sereno e tão.

" Tão nada! - Respondi aos meus pensamentos"

Palhaçada Sophia, quando foi que você se tornou essa mulherzinha fraca?

Incrédula comigo mesma endireitei-me, corrigi minha postura, meu tom de voz, e me coloquei firme a sua frente.

__ Bom, isso acontece neh, primeiro voou, sabe como é. - Disse recobrando o controle.

__ Exatamente! Tudo que acontecesse pela primeira vez é mais intenso, é normal, essa, excitação. - Disse, jogando pro espaço em um segundo todo o controle que levei uma eternidade para exercer.

Qual sinônimo ele está atribuindo para a palavra "Excitação" ?

O que quer dizer que eu estou agitada?

Ou ele finalmente se deu conta dos meus sentimentos?

Ele pode tantas coisas que com certeza pode ler mentes também.

Merda! Mil vezes merda.

Eu sei, eu sinto, eu vejo em seus olhos que ele percebeu.

Sim, eu tenho certeza absoluta que sim.

- Respira Sofia, respira.

A crise nervosa que sempre tenho desde o sequestro voltou com tudo.

Na época, no cativeiro e ao lado daquelas pessoas maldosas, era como se me faltasse o ar.

E agora esse voou, a maldita turbulência que voltará, as lembranças do acidente do papai e esse homem para completar o pacote, me faz faltar.

Comecei a respirar com dificuldade, minhas mãos tremiam e eu parecia sufocar.

Inferno!

Bem agora, tinha que parecer tão frágil, e assim, perante ele.

Mamãe sempre me disse que temos que ser fortes, exercer o controle, Más perante ele, droga... Não dá! Eu não consigo mamãe, me desculpa.

O avião balançava muito, tanto que acabou me lançando para frente, o medo e o nervosismo se tornou incontrolável, minha respiração dificultava cada vez mais e a crise de ansiedade vinha com tudo.

Ele veio em minha direção tentando me segurar, aquilo só me deixava cada vez mais nervosa, quando seus braços me conterão então, o ar parecia não chegar aos meus pulmões.

Merda!

Respira Sophia, respira. - Eu dizia, e ele me pedia o mesmo.

Segurando meus ombros com aquelas mãos imensas, ele foi me afastando, depois cravou suas garras irresistíveis em mim, me obrigando a sentar no vaso.

__ Respira, respira. Fica calma, isso vai passar. - Ele disse. Senti familiaridade naqueles palavras.

Fui teletransportada a décadas atrás.

Naquele dia, a primeira crise, ainda no cativeiro, estava tão nervosa que tudo ocorreu como aqui.

O cara mal, como eu o chegava naquela época, só gritava:

" Menina idiota. Inferno, você não vai morrer agora né sua vadiazinha. Isso estragaria meus planos."

Ele gritava tanto que eu ficava cada vez mais nervosa, más tinha um garoto, ele deveria ter no máximo uns quatorze anos.

Ele me pegou pelo braço, me sentou em uma cadeira qualquer e falou exatamente a mesma coisa.

Olhei fundo em seus olhos, e aquele olhar parecia ser familiar também. É muita coincidência. Ou não é? Será ele?

Não, não pode ser!

Minha cabeça está tão atrapalhada hoje que estou vendo coisas também.

Minha respiração não normalizava, eu não conseguia focar, e se eu não fizesse não iria passar.

__ Ei! Olha para mim, está tudo bem, Jajá iremos pousar, está tudo bem, nada de ruim vai te acontecer. - Ele continuou.

Aos poucos fui relaxando, meu semblante foi suavizando até que o ar voltou.

Eu respirei, respirei fundo e tudo passou.

Graças a Deus!

__ Me desculpa pelo trabalho, e obrigado! - Digo quando consigo falar.

Ele me olhou rapidamente, depois desviou o olhar se levantando.

__ Não tem de quê linda. Deu um sorriso e saiu.

Me levantei e fiz o mesmo.

Um rapaz que estava do lado de fora nos olhou com um sorriso maldoso.

Fiquei vermelha, ainda mais quando o monumento a minha frente se virou e sorriu para mim, ele também tinha entendido o porquê do sorriso do homem.

Caminhei atrás dele até nossos lugares,

Fernanda me olhava com ar de aprovação, imaginando as coisas que fazíamos lá, trancados e sozinhos, coisas essas que não aconteceram é claro, o duro será explicar isso a ela.

A viagem se pendurou por mais algumas horas, horas estas um tanto mais tranquilas, então por fim desembarcamos na Turquia.

Assim que passamos pelos portões do desembarque e pegamos nossas malas vimos um rapaz de cabelos castanhos, alto e forte, segurando uma plaquinha com nossos nomes.

Certamente era um dos assistente da agência que esperava por nós.

Estávamos caminhando até ele quando aquela fonte elétrica me parou abruptamente.

Obviamente eu já sabia quem era.

__ Depois de te ajudar tanto não mereço nem saber seu nome? - Ele foi me encarando e me fazendo perder o rumo mais uma vez.

__ Prazer, Sophia, . - Digo, desviando meus olhos.

__ Sophia! Belo nome para um bela mulher, pode me chamar de Henry, e Sophia, o prazer é todo meu!

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