Em Busca Da Perdição
Visita Noturna
Mais uma vez, o inferno começou.
Sunki se mantinha de joelhos diante aquela figura que chamava de pai. Desejando do fundo de sua alma que seu castigo acabasse.
Tosei Fubaka
Tive mais reclamações hoje, da escola.
Tosei Fubaka
Me disseram que você mordeu um aluno.
O homem de meia idade falava calmamente, ainda que tenha intenções assassinas.
Tosei Fubaka
Isso é uma vergonha para o clã Tosei. Você é uma vergonha para nosso clã.
Suas palavras duras eram dispersas no ar, observando os joelhos do menino sangrarem depois de muito tempo encima dos grãos de feijão.
Tosei Fubaka
Vá para seu quarto e escreva as gravuras do muro da punição mil vezes, tem apenas três dias para isso.
Tosei Fubaka
Nem pense em sair do seu quarto até lá, e saiba que ninguém irá o servir comida ou bebida.
Lágrimas se foram no canto dos olhos do garoto, vendo a imagem paterna ir embora.
O que restou de forças tentou ir para as pernas trêmulas, mas seu corpo acabou caindo no chão cheio de feijão duro.
Sunki
(Não consigo.... Levantar)
Se apoiando nas próprias mãos foi obrigado a ir se arrastando, recebendo nenhuma ajuda dos criados que cruzaram seu caminho.
Sunki queria muito implorar por ajuda, mas suas cabeças se viravam antes mesmo de ser avistado.
Adentrando no quarto conseguiu finalmente soltar suas lágrimas de ódio e dor, só restando cuidar de si mesmo e daqueles machucados.
A água do banho era reduzida dessa vez, não conseguindo levar tanta consigo.
Os curativos também não foram as melhores coisas, só conseguindo colocar as bandagens depois de vários minutos.
Sabendo que não conseguiria o menino só deitou na cama. Sua parte íntima formigavam ainda, o que o fez segurar um coberto entre as pernas.
Sunki
(Os meninos da escola me intimidaram e tentaram me tocar, se eu não fizesse nada a escola não faria)
Ainda que seja a vítima na história acabou como um animal selvagem, fazendo-o ficar mais irritado.
Sunki
(Quero que todos vão pro inferno!)
Com aquele ódio se afogou nas imensas cobertas para dormir, não querendo viver mais aquele dia.
No decair da noite, mais e mais a beleza da lua se expandia. Tomando novos lugares para se erguer.
Naquele pequeno porém luxuoso cômodo, a escuridão deixou de existir com o tempo. Dando espaço para as belezas do céu.
Respirando pesadamente, o garotinho nesse espaço remexia incomodado.
Sua cabeça era invadida de experiências negativas, criando o forte desejo de ter morrido no dia nevado em qual nasceu.
Nos lugares onde a luz tocava a silhueta de um homem surgiu, transformando aos poucos sua imagem em real.
Seus olhos roxos miraram no menino, irritado ao ver seus joelhos enfaixados.
Torusaki
(Humanos são desprezíveis)
Sentando ao seu lado curou com um passar de mão todo seu corpo, banindo os maus pensamentos que tinha inconscientemente.
O semblante de Sunki se acalmou com aquilo, soltando seu corpo, não conseguiu deixar de acordar.
Seus olhos sonolentos não conseguiram ver quem estava em sua frente, tentando colocar forças no corpo para que limpasse o rosto.
Ao ver aquele belo rosto desenhado a pinceladas ousadas, o mais novo não conseguiu formar uma frase, sentindo que a imagem a sua frente era um deus enviado para si naqueles tempos sombrios.
Torusaki
Oh... Eu pareço um deus para você?!
Observando melhor aquele sorriso em diversão, Sunki repensou sua idéia.
Sunki
É muito bonito para ser um demônio.
Estava ainda lerdo com a sensação de leveza que veio, então só dizia o que estava em sua mente.
O denominado deus pelo menino riu daquilo, achando fofo seu estado.
Torusaki
Meu nome é Torusaki, e de certa forma pode me chamar de deus.
Acreditando ser um sonho tratou de se arrumar na cama, inclinando em reverência.
Sunki
Toru-sama, o que lhe devo o prazer?!
Torusaki
*sorri largamente*
Recebi um sinal divino no último século, e venho a procura dele desde então.
Sua mão direita deslizou até o rosto de Sunki, levantando ao encontro do seu.
Torusaki
Sunki-chan, poderia me ajudar!?
Se ligando agora que aquilo não era um sonho o menor ficou com medo, se afastando rapidamente.
Sunki
E-eu.... Como entrou aqui!? Saia!
Torusaki sentiu preguiça em ter que lidar com desesperos alheios, fazendo o outro paralisar com um instalar de dedos.
Não conseguiu falar, sentindo que seus músculos do rosto também estavam estáticos.
Torusaki
Vim aqui porque me disseram que era minha luz.
Torusaki
Eu sei o que isso significa? Não, por isso vim descobrir.
Esperando que o menino entendesse desfez o feitiço, estando certo de seu julgamento quando o mesmo não se afastou.
Torusaki
Quase, me veja como um deus caído sem a parte do demônio. Mas que controla as trevas.
Apesar da confusão o garoto conseguiu entender, se arrumando mais a vontade para aquilo.
Sunki
Então, o que procura!?
Sunki
Se veio atrás de algo deve ter problemas a resolver.
Torusaki
*sorri satisfeito*
Eu quero seu corpo.
Torusaki
Com ele poderei ter um corpo físico novamente.
Torusaki
Mais claro, terei que te comer todas as noites.
Aquelas palavras deixou o garoto envergonhado, segurando suas roupas de baixo.
Sunki
M-meu corpo? Mas você.... Você é um homem, devia ter nojo disso.
Torusaki
E você tem desejos por homens todas as noites quando não fica chorando pela vida miserável que tem.
As verdades ditas impactou o garoto, não querendo escutar aquelas sobre si.
Um ar pesado tomou o ambiente, fazendo o maior ficar descrente.
Torusaki
Ei ei, não fique assim! Se quer se livrar daquelas pessoas eu faço isso.
Torusaki
Mato todos que odeia depois de uma longa tortura.
As declarações de Torusaki chamaram a atenção de Sunki, pulando em sua direção com desespero.
Torusaki
Sim, desde que tenha forças. Posso fazer tudo.
Relembrando as palavras de mais cedo concluiu que se tratava daquilo, interligando todos os pontos da história.
Sunki
Alguém te disse que eu sou a sua luz, e você não tem um corpo agora. Acha que se me comer pode restabelecer seu corpo?!
Torusaki
Ainda bem que entendeu a situação. E então?! O que me diz de uma troca de favores!?
Sunki não era bobo, sabia exatamente do tipo de conversa que estava tendo. Porém visto aos fatores de sua realidade de agora não sentia ter escolha.
Sunki
(Se eles sofrerem, já estarei feliz)
Sunki
Se eles morrem não me sobra nada.
Sunki
Mas se eles sofrem, eu sou feliz.
Sunki
Ainda que os desfavores não sejam atraentes, me sentiria melhor sabendo que não voltarei a vê-los.
A mente cruel para um menino de apenas 14 anos impressionou o mais velho, deixando tudo mais interessante.
Torusaki
(Deve ter várias coisas a mais escondidas)
Sorrindo em diversão tratou de dominar o rosto de Sunki para si, trazendo seus lábios aos seus.
Um selinho rápido foi depositado por um longo tempo, aprofundando só um pouco para que sentisse sua língua.
O contato de segundos acabou antes de Sunki perder o ar, sentindo que não tem forças para aqueles tipos de contato.
Sunki
Espera! Começaremos hoje!?
Torusaki
Esse era o plano.
Os dedos ágeis do deus desfizeram sua parte de cima, deitando seu corpo magro de volta na cama.
Sunki
Espera... E-Eu estou com vergonha....
Assim que disse isso Torusaki parou, deixando suas mãos atrevidas imóveis nesse tempo.
Sunki remexeu nas roupas, olhando o mais velho em dúvida.
Sunki
Podemos... Fazer no escuro!? Meu corpo é muito fino, tenho vergonha dele.
O deus riu com aquilo, ignorando seus pedidos começou a distribuir beijos pelo seu corpo e pescoço.
Sunki
Ou! P-para com isso...!
A boca do rapaz deu uma sensação familiar no mais novo, sentindo que seu corpo tremia em suas mãos.
Seus mamilos foram chupados levemente, explodindo em seu interior uma uma emoção agitada.
Torusaki sentiu graça com a visão do menino de remexendo, selando seus lábios mais uma vez.
Torusaki
Hoje o deixarei descansar, quero apenas conhecer seu corpo.
O azulado concordou consigo, agradecido em não ter que começar suas primeiras relações.
Torusaki
Se vire, quero ver se pode me aguentar.
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