Aviso: o livro está passando por revisão,
Auravaine é um belo lugar para se viver, arvores verdes, a bela grama plana, lagos tranquilos e montanhas cobertas por neve branquinha. Esse é o lugar onde eu e minha irmã crescemos e vivemos até hoje.
Meu nome é Verônica Albany, sou a filha do Alfa do Clã Tsadê, Jonh Albany, também tenho uma irmã chamada Mary, que é minha irmã gêmea, mas ela é a mais velha por alguns minutos de diferença. E foi por causa disso que ela foi escolhida para o filho do alfa de Dregond. Por quê? É o que deve estar se perguntando.
Bem... Meu pai ficou gravemente ferido na coluna vertebral, após uma disputa por território. Depois disto, ele ficou preso à uma cadeira de rodas, sem poder se transformar em sua forma de lobo. Os médicos disseram existia uma cura, porém era muito cara para nós.
Sem ânimo, e preocupado com a segurança da nossa alcatéia, ele fez um acordo com Clã vizinho, o Clã Dregond. Onde há os melhores e mais poderosos lobos, de todos os EUA. Meu pai, prometeu a mão da minha irmã para o filho do Alfa em troca de proteção contra o clã Reizer.
No passado, Reizer era um clã pacifico, mas depois que Vladmir assumiu, ele passou a criar guerra, tomando e subjugando outros Clãs, um após o outro. Agora eles são uma ameaça gigantesca não só para nosso clã, mas para qualquer outro.
O tempo foi passando, e os Dregonds cumpriram com sua palavra de nos proteger. Enquanto a Mary e seu prometido cresciam.
Mas depois de anos, finalmente os dois tem idade o suficiente para se casarem Hoje é um dia especial, para todos do Clã Tsadê de Auravaine! O dia em que o filho do Alfa do Clã Dregond, vai oficializar o noivado com minha Irmã, garantindo a segurança de todos.
porém Mary não parece animada, seus olhos escuros são gelados e sem alma. Aliás, quanto a esse assunto de casamento, ela sempre foi assim... Fria. Mary odeia a idéia de se casar com alguém que não conhece, e que não ama. No período da Escola, por vezes eu a impedi de cometer loucuras que podiam tirar sua pureza. Algo que o Pai do noivo da minha irmã, exigiu. Ele é um tipo de lobo tradicional.
"Foi o que eu ouvi falar"
Mesmo assim, nunca senti tanto medo quanto agora. É claro que a Mary não está satisfeita, e com o casamento se aproximando é ainda mais perigoso. Já que ela pode fazer alguma loucura e estragar tudo!
Se isso acontecer, sabe-se lá Deus o que terá pela frente. O nosso território pode ser tomado pelo Clã Reizer, como tantos outros, e a nossa Alcatéia subjugada.
Tudo que espero, é que ela coloque isso na balança da sua consciência e que no fim se faça uma pergunta, "vale apena fazer isso?"
Eu sei que ela não ama esse tal Alfa, mas... as coisas podem mudar. Os dois podem se apaixonar perdidamente, nada é impossível!
" Ela não sabe a inveja que tenho dela"
Mary é uma loba de sorte, mas não sabe disso. Eu bem queria ser a prometida e não me preocupar com certos lobos egoístas, como meu ex namorado. Que me deixou aqui para ir a Inglaterra cursar medicina. Ele poderia ter cursado aqui mesmo! Mas não, o excelentíssimo Gabriel, preferiu estudar na melhor faculdade do mundo por que ele quer ser o melhor do mundo!
" Que filho... Egoísta! "
Eu até hoje sofro com isso. A escolha dele me magoa muito e cada dia que passa me sinto vazia. Acho que não vou encontrar ninguém como ele, nunca mais.
O quarto que divido com minha irmã, tem uma bela vista de toda Auravaine. Porém, com a chegada do crepúsculo, fica ainda mais bela a minha pequena cidade.
Era temporada de inverno, as ruas estavam cobertas por neve e estavam iluminadas por pequenas Led's brancas, pendurados nos postes. Enquanto observo tudo isso, um leve vento gelado toca a superfície da minha pele e balançava meus cabelos cor de sol, Fecho os olhos e aproveito a doce sensação que isso me trás.
Eu estava tão distraída que mau percebi que a Lua já estava aparecendo. Sinto uma leve pontada em meu peito e uma lembrança passa em minha mente, as vezes que Gabriel e eu passamos a noite olhando o céu estrelado.
" Por que fez isso comigo? "
Fecho a janela, olho para cada canto do quarto desorientada. Foi então que meus olhos cruzaram com Mary, ela estava se arrumando para a festa de noivado de hoje. embora esteja estampado no seu rosto o quanto ela " amava " a ideia de um casamento arranjado.
Sento na cama e tento me recuperar da dor que as lembranças me trouxeram, mas era inevitável, eu precisava me distrair, fazer qualquer coisa para esquecer aquele cretino!
– vou sair Mary, mas volto logo – Vou até a porta que ficava ao lado do espelho em que a Mary estava se maquiando.
– Não tenha tanta pressa maninha, eu não teria. Essa festa vai ser um tédio – Ela gira os olhos e suspira.
– Mary, é sua festa de Noivado, como pode dizer isso ?
– Festa ?! - Mary para o que estava fazendo e olha para mim séria - Para quê ? para celebra o dia em que serei levada para a prisão?
– Você vai se casar Mary! – Argumento – Para de ser dramática, não vai ser tão ruim assim.
– vou me casar com uma pessoa que não escolhi, que não amo. Tudo isso por um acordo idiota! – ela aperta o batom que segurava em sua mão com tanta força, que o quebra.
– O que você chama de acordo idiota, foi o que trouxe a paz durante dez anos! Nosso pai não pode defender o território Mary! Pare de ver apenas seu lado e veja o dos outros também! Todo Clã depende disso.
Apesar de ser a irmã mais nova, tinha bem mais cabeça que a Mary. Porém nem sempre foi assim, eu tive que aprender da pior forma possível ser responsável.
– Há que preço Verônica ?! Eu não decidi nada disso, não pude dizer que era isso que eu queria, Aonde está minha liberdade nisso? - resmunga.
– Vai por mim, é melhor assim! Eu sei o preço da escolha... E eu paguei caro! Ele me abandonou sem nem pensar duas vezes, foi egoísta!
– Você não superou o Gabriel, não é mesmo?! – Ela levanta uma das sobrancelhas – Por favor Verônica, tem outros lobos por aí...
– Não mude de assunto! Estou falando de você, não de mim! Se não é pelo amor que vai se casar com ele, por favor que seja pelo Clã! Todos precisam que o acordo continue.
Mary fica em silêncio, pois sabia que não podia me convencer, mas de certa forma ela tinha razão. E difícil se casar com alguém que mau conhece, que não ama. Mas o que ela precisa entender é que, a vida exige sacrifícios, as vezes grandes, as vezes pequenos, dolorosos ou não, mas tudo para o bem maior.
– Pense nisso enquanto estiver fora - Olho para ela pela última vez, antes de sair, em seguida fecho a porta e desço os degraus da escada diretamente para a sala.
Assim que chego, me deparo com uma maravilhosa decoração, digna de uma bela festa de noivado. Apesar de ser uma festa íntima, onde só terá no máximo 10 ou 12 pessoas.
Enquanto meus olhos passeiam ao redor, acabo me encontrando um homem que já passou dos quarenta, sentado em uma cadeira de rodas. Ele estava tentando consertar uma parte da decoração que tinha caído da parede, mas não conseguia, porque era alto de mais e a cadeira o limitava. Mesmo assim, quase caindo ele tentava colocar de volta a luzes que tinham se soltado.
– Eu faço isso pai - falo já colocando a mão na decoração e colocando de volta no seu lugar - pronto.
Olho para o lado, e vejo que ele parece meio chateado, não comigo, com a condição em que está. Ele detestava não conseguir fazer coisas simples, que a dez anos faria de olhos fechados.
– Obrigado.... – ele parece confuso, pois não sabia com quem estava falando ao certo. já que eu e minha irmã nos parecemos muito, ao ponto de ficar difícil diferenciar quem é quem.
– Verônica pai - me identifico
– Claro! – Ele sorrir – Depois de tantos anos, eu ainda não sei diferenciar vocês duas.
Enquanto ele sorria, sentia uma enorme satisfação. Nunca quis que ele se torne-se um homem amargurado por ter perdido a esposa, criado às filhas sozinho e ainda por cima não conseguir andar.
– Pai eu vou sair, vou dar uma volta na floresta, mas logo vou está de volta para receber os convidados.
– Na floresta?! – ele recebe a notícia com desaprovação – mas minha filha...
– Por favor pai, eu preciso me distrair – falo manhosa.
– Tudo bem, só tome cuidado com as armadilhas do Clã Reizer.
– Tomarei cuidado – Abro um sorriso, e o beijo na testa bastante Eufórica.
Corro pela porta e à abro, sinto o vento frio da neve tocar minha pele, junto com a luz do luar.
Sem perda de tempo, desço os dois degraus da varanda, abro o portãozinho de madeira. Saio correndo pela rua, em seguida me transformo em minha forma de loba, e saio correndo em direção a floresta.
Era natural meu pai se preocupar comigo, principalmente sabendo que eu iria para floresta, um lugar que não é território de ninguém. Por isso é o lugar que o clã Reizer mais amam, eles podem fazer emboscadas e até mesmo capturar outros lobos e não teriam nenhum problema.
Posso parecer louca de está aqui sozinha, principalmente a noite, mas a floresta não é só do clã Reizer. E alguém tem que mostrar isso a eles.
" E se ninguém faz isso, eu faço questão de lembrar a eles que a floresta não é deles e sim de todos, seja qual for o clã "
Sempre é incrível correr nesse lugar, tinha algo realmente mágico! Era como fosse a própria liberdade, como se ela nos ligasse ao nosso eu mais selvagem e não estou disposta a abrir mão de sentir isso por causa deles.
Saio em disparada pelo chão coberto de neve, pulando obstáculos, passando pelas árvores sem folhas, enquanto isso sentia o vento passar pelas minhas orelhas e sobre os meu pelo branco. Isso me fazia bem, mais do que tudo na vida.
Mas meu momento é interrompido, quando vejo um objeto enterrado na neve. Me transformo em minha forma humana e cavo com as mão para ver o que era. quando menos espero encontro uma corda. E a puxo, para minha surpresa mais um pouco a frente tinha uma enorme rede de captura.
"Essa foi por pouco, mais um passo e talvez estivesse presa naquela rede"
Essas redes de captura devem ser do Clã Reizer, eles capturam lobos e os transformam em escravos.
Anos passam, até os humanos não toleram mais isso, mas nós ainda tornamos nossos próprios semelhantes em escravos, tudo por ganância e poder.
Olhar para a rede me tirou a vontade de continuar correr pela floresta. A ideia de desfrutar a liberdade enquanto outros não podiam, fez minha consciência doer.
Se bem que, já está na hora de voltar à festa de Noivado da minha irmã.
" Meu pai já deve estar preocupado comigo "
Me afasto da rede e me transformo em minha forma de loba novamente. Corro de volta pela trilha da floresta, mas antes de sair percebo que o caminho onde vim anteriormente estava bloqueado com troncos de Árvores. Me aproximo e volto para minha forma humana. Olho bem os troncos e percebo que as árvores não tinham caído naturalmente, elas foram cortadas.
– Olha só o que temos aqui!
Me viro assustada, e vejo um homem, todo trabalhado,olhos verdes, cabelos cor de fogo e barba estilo lenhador. Ele se aproxima de mim carregando um sorriso malicioso no rosto e também o brasão do clã Reizer tatuado em seu ombro.
– Você é uma linda loba sabia? É pena que esteja indefesa.
– Não se engane! Eu não sou tão fraca quanto você pensa e vou te mostrar isso!
Volto para minha forma de loba, e disparo com toda minha velocidade para cima daquele cafajeste, mas antes que os meus dentes pudessem encostar em sua pele, outros cinco lobos surgem e me surpreendem.
Um deles aperta com força o meu pescoço, com a boca quase cravando seus dentes afiados, tudo isso na tentativa de me obrigar a voltar para minha forma humana. Eu tentei resistir, mas eram muitos, não teve nada que pudesse fazer, além de voltar para minha forma humana.
Assim que faço isso, eles se transformam em suas formas humanas e me cercam.
– Você é muito gostosa sabia? – o misterioso lobo de cabelos ruivos, segura meu queixo – Você vai dar uma bela serva.
As palavras e seus olhares maliciosos me davam nojo, não conseguia se quer olhar na cara dele de tão enjoada que estava. Então tirei meu queixo bruscamente das mãos imundas dele.
- E ela é bravinha! - debocha - Mas isso não vai durar muito – ele segura novamente meu queixo com força.
Ele puxa meu rosto para perto do seu, enquanto aperta minhas bochechas. Ele tenta me beijar a força, mas dou um tapa nele, porém ao invés dele sentir dor, ele ficou ainda mais atiçado do que antes. Ele abre um sorriso maligno, me joga no chão com violência, quase tirando o ar dos meus pulmões.
- Desgraçado, para! – Grito – está me machucando! – tento dar mais um tapa nele, mas ele domina meus pulsos – Me solta!!!
Ele ignora minha ordem, mas meus gritos o incomodavam então ele tampou a minha boca com sua mão, rasgou um pedaço do meu vestido e usou como uma mordaça. Depois levantou a parte de baixo do meu vestido e tirou minha roupa íntima, em seguida ouvi o flash do seu zíper abrir.
– Eu sei que você vai gostar no final. Então não se faça de difícil – debocha – Vocês reclamam, choram, mas no final nos sabemos que vocês gostam de homens de verdade – fala descaradamente.
Tento me soltar dele, mas ele era muito mais forte do que eu.
" Não foi assim que imaginei, perder minha virgindade "
Saber que não podia fazer nada, que estava incapaz de me proteger e a minha pureza me doía, mas não doía mais do que ver que todos eles estavam se divertindo com aquilo sem mostrar algum remorso.
Ele se prepara para para entrar dentro de mim, mas antes que pudesse fazer, um som ameaçador Ecou pela floresta, era um rosnado de um lobo feroz, que estava olhando tudo que estava acontecendo, de cima de uma enorme rocha. Ele era gigantesco, nunca vi um lobo tão grande, seus pelos eram negros, seus olhos cor de mel eram lindos, apesar de ser ferozes.
O homem sai de cima de mim, e guarda seu membro o mais rápido possível. Enquanto os outros em volta se transformam em suas formas de lobo e se preparam para um confronto.
Olhando assim, cinco lobos contra apenas um, parecia uma enorme covardia, porém para o lobo negro estava confiante. Ele não fez caso e saltou para cima deles sem mostrar medo. pegou um deles pelo pescoço e o arremessou em direção a uma das arvores e depois olhou de forma feroz o restante dos lobos.
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