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Meu Traficante

Capítulo 1

Fernanda

     Eu sou Fernanda Monttanari, eu tenho 14 anos e moro com minha mãe Carla Monttanari e o meu pai Júlio Monttanari ele é dono de uma das maiores empresas do mundo a MonttanariSoftware. Eu tenho dois irmãos mas velhos o Pablo que mora em Londres e o Gabriel que mora com a gente.

    Bom agora eu sou obrigada a me arrumar e ir pra escola. Levanto tomo um banho e coloco uma calça jeans preta rasgada e um crooped azul escuro com meu vans bege e minha balsa também bege. Depois de amarrar meu cabelo em um rabo de cavalo alto eu fiz uma maquiagem, nada muito pesado só uma base, máscara pra cílios e um batom rosinha claro.

   Depois de me arrumar eu desci pra tomar meu café, chegando lá em baixo meu pai e minha mãe já estavam lá tomando seus cafés.

- Bom dia! - eu disse dando um beijo em cada.

- Bom dia meu amor! - minha mãe falou.

- Bom dia querida! - meu pai falou fechando o jornal - Eu vou indo tenho uma reunião da empresa - ele falou levantando e depositando um beijo na minha bochecha e um selinho na minha mãe.

- Tchau - dissemos eu e minha mãe.

   Depois que meu pai saiu eu também fui pro carro e o motorista já estava a minha espera, entrei e fechei a porta ele me deu bom dia e eu respondi por educação, não gosto de falar com funcionários.

   Depois de alguns minutos chegamos a HighSchool uma das melhores escolas do mundo, já na porta eu vi minhas amigas Luiza e Fabiana elas são irmãs e são minhas melhores amigas.

- Oi Nanda! - elas falaram juntas.

- Oi meninas! - eu falei dando um abraço em cada uma e entramos na escola.

    Eu estudo em uma escola particular e devem estar achando que moro fora do Brasil, mas não, eu moro no Rio de Janeiro. Depois que a aula acabou a Luuh e a Fabi me avisaram que vai ter uma festa e me chamaram pra ir junto, concordei e entrei no carro que já me esperava e fui pra casa. A festa é 8:30 e já são 6:30 então eu tenho pouco tempo pra me arrumar.

    Sai correndo de carro e fui pro meu quarto, tomei um banho longo lavando os meus cabelos, depois de sair do banho eu passei um óleo corporal e fui pro closet buscar uma roupa, depois de bastante tempo eu achei um vestido que ainda estava com etiqueta, eu devo ter comprado e esqueci de usar, o vestido era preto no meio da coxa e com as costas totalmente nua com um decote "V" na frente até abaixo dos seios, coloquei um vans preto também, fiz uma maquiagem pra noite com um sombreado preto com dourado nos olhos e um batom nude, deixei meus cabelos soltos eles são bem pretos e liso e vai até o meio das costas deixei ele secar naturalmente e desci pra esperar a Fabi que iria vim me buscar pra irmos a festa.

    Alguns minutos depois Fabi apareceu com dois rapazes de moto.

- Finalmente você chegou! - eu falei indo até eles - Quem são? - eu perguntei olhando os dois rapazes a minha frente.

- Esses são Isaac e o Pedro, eles vão nos levar até a festa - ela falou apontando os meninos que acenaram pra mim.

- E onde é essa festa? - eu perguntei acenando pros meninos também.

- Eu ainda não sei, quem sabe é o Isaac, ele que vai nos levar - ela falou e colocou o capacete - Vamos logo.

- Eu sou Isaac e você como se chama? - o menino na minha frente perguntou.

- Eu me chamo Fernanda. - eu falei pegando o capacete de sua mão e subindo em sua garupa.

- Nanda um nome bonito pra uma mina bonita - ele falou arrancando com a moto.

    30 minutos se passaram e ainda não chegamos nesse tal lugar, a uns dez minutos atrás eu cutuquei Isaac e perguntei se estávamos chegando e ele disse que estava perto. Paramos no final de uma ladeira enorme e ele subiu muito rápido com a moto parando logo em seguida perto de uns homens que perguntaram alguma coisa pra ele que respondeu e nossa passagem foi liberada.

    Quando terminamos de subir a ladeira enorme eu percebi que estávamos em uma favela eh comecei a bater nas costas do Isaac pra que ele parasse mas ele não parou. Ele percorreu de moto por mas 5 minutos até pararmos em uma quadra enorme e lotada.

   Eu desci da moto e fui na direção da Fabi soltando fogo pelas ventas.

- Porque não me avisou que a festa ia ser em uma favela nojenta? - eu perguntei a puxando pelo braço.

- Porque eu sabia que você iria ter essa mesma reação e não iria vim. - ela falou dando de ombro - Você odeia favela.

- E é exatamente por isso que eu queria saber que estava vindo pra um lugar que eu odeio. - eu falei batendo o pé e ela revirou os olhos.

- Tá bom amiga desculpa. - ela falou e ué assenti, não consigo ficar de mal com minha amiga - Vamos fazer assim. Você fica hoje curte a festa é depois a gente conversa sobre isso?

    Ela sabia como me convencer de qualquer coisa, ela gosta desse tipo de lugar e eu odeio, o cheiro me causa nojo e as pessoas todas suadas e agarradas umas nas outras eu odeio isso e ela sabe. Mas mesmo assim eu concordei.

- Okay eu fico, mas vai ser aqui a festa? - eu perguntei olhando em volta todas aquela pessoas.

- Não pra gente, somos convidadas de honra e só viemos aqui buscar uns amigos.

- Atha pensei que ia ter que ficar aqui com esse povo suado e fedendo - falei com cara de nojo e ela revirou os olhos indo cumprimentar um pessoal que tinha acabado de sair da quadra.

    Eu fiquei parada observando o pessoal até Isaac me chamar e me levar de moto até uma casa enorme,  não tão grande quanto a minha é claro mas visto as outras ela era enorme, com certeza foi preciso uns dois terrenos enormes pra fazer essa casa. Lá dentro era ainda maior e havia umas escada que dava  pra parte de cima da casa.

    Fiquei rodando por ali e parei perto do Dj que tocava uma música eletrônica no último volume. Depois de alguns minutos a Fabi e a Luuh apareceram com três garrafas de vodkas.

- Toma você vai se sentir melhor - elas falaram e eu neguei com a cabeça.

- Não meninas eu nunca bebi na vida - eu falei.

- Pra tudo tem a primeira vez - elas falaram e eu olhei para aquela bebida gelada na minha frente, respirei fundo e tomei um gole o gosto era meio amargo mas era gostoso.

- Até que é gostoso - eu falei tomando mas um pouco.

    Depois de umas três garrafas de vodka eu já estava na pista dançando feito louca com qualquer maluco que aparecesse na minha frente. Até que eu senti uma mão subindo nas minhas costas até a minha nuca e me puxando pra um beijo e sem pensar eu retribui.

   Senti essa mesma pessoa me puxar pra parte de cima da casa que estava vazia e a pessoa abriu a porta de um quarto me jogando na cama e já vindo por cima de mim me beijando e levantando meu vestido, eu já estava de calcinha e sutiã quando arranquei a camisa da pessoa, a minha cabeça estava girando por conta da bebida.

- Eu... eu não posso... fazer isso - eu disse ofegante.

- E porque não? - a pessoa perguntou -Por acaso tem namorado?

- Não é porque eu sou virgem. - eu falei e ele riu.

- Então comemora porque você vai perder hoje. - ele falou e antes que pudesse responder eu senti algo entrar em mim e solte um grito pela dor e senti um negócio quente indo e vindo dentro de mim.

    Acordei no dia seguinte com a cabeça latejando e havia alguém ao meu lado, eu senti meu corpo pesado e uma dor entre minhas pernas, quando eu olhei debaixo do lençol eu estava nua e só uma coisa passou pela minha cabeça.

Que merda eu fiz??

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Capítulo 2

Felipe

      Acordei com uma mina gritando no meu ouvido.

-Tá maluca? - eh perguntei depois do susto que tomei - Tu sabia que eu podia ter metido uma bala na tua cabeça?

- O que você fez comigo? - ela perguntou olhando pra mim.

- Sexo já ouviu falar? - eu falei irônico colocando a minha box e a minha bermuda em seguida - Se arruma você tem que meter o pé.

- Quem é você e onde eu tô? - essa mina só pode tá de brinquis mano, como assim onde eu tô.

- Eu me chamo Felipe e você tá no meu morro - eu falei abrindo a janela - Seja bem vinda a Rocinha. - eu falei de braços abertos na janela.

- Rocinha? - ela repetiu.

- Sim mano Rocinha meu morro a hora mete o pé da minha cama que eu já tô atrasado. - eu falei jogando as roupas dela na cama.

- Onde está minhas amigas? - ela perguntou chorando.

- Quem são suas amigas? - eu falei pegando umas roupas no armário.

- a Fabi e a Luuh. - ela falou com a voz rouca.

- Depois que você  dormiu eu voltei pra festa e vi a Fabi saindo com Isaac e a Luuh saindo com o Pedro - eu falei e entrei no banheiro.

     Depois de um bom banho rápido eu voltei pro quarto e a garota já tava pronta, eu tinha que bota essa mina pra rala daqui porque ainda tinha que ir na boca saber se tava indo tudo bem.

- O gatinha vamos logo que ainda tenho que ir na boca - eu falei puxando ela pelo braço.

- Você vai me levar em casa antes - ela falou parando e batendo o pé.

- Olha aqui eu não tenho paciência pra minha abusada não - eu falei já boladão com ela - Então vamos logo, tu pega um moto táxi ou mando o Juninho leva ela até em casa.

     Mina abusada mas gostosa mano, ela fez cara feia mas aceitou levei ela até o ponto de moto táxi e mandei Juninho leva ela até em casa.

    Agora eu vou ter tempo pra me apresentar, eu me chamo Felipe Melo de Sousa eu sou dono da Rocinha, eu tenho uma irmã de 15 anos a Leticia e um irmão de 5 anos o Carlinhos eu moro só  com eles, meu pai morreu quando eu tinha 14 anos e minha mãe morreu no parto do Carlinhos me deixando sozinho pra cuidar de duas crianças.

    Eu só tive uma saída pro conseguir dinheiro, passei a ser vigia pro antigo chefe daqui depois passei a ser traficante e de traficante pra braço direito de chefe quando eu matei um Tróia e salvei a vida dele, três anos depois ele morreu e eu assumi seu lugar e estou até hoje reinando.

    Depois de colocar a patricinha no moto táxi eu dei um role pela área e depois  fui na boca fazer a contabilidade da carga nova que chegou.

- Fala chefe! - esse é o Fumaça ( Isaac pros mas íntimos ), ele é meu braço direito e melhor amigo desde infância.

- Fala Fumaça. - eu falei fazendo toque com ele - A mercado chegou?

- Chegou e tá lá dentro com o Dentinho - ele falou, Dentinho é irmão dele e é um amigo de infância também.

    Depois de falar com o Fumaça eu entrei no galpão e o Pedro ou Dentinho como é conhecido estava  fazendo a contabilidade das drogas e das armas.

- Iae mano? Fique sabendo que tu pegou a patricinha - ele falou fazendo toque comigo.

- E tu pegou a Luuh que eh fiquei sabendo - eu falei indo sentar na minha mesa.

- Pegando não mano ela é minha fiel - ele falou todo cheio de si.

- Caralho mano tu fez ela de fiel? - eu falei surpreso a última fiel do Dentinho morreu em uma invasão dos Tróia a dois anos e desde então eu não vi ele fazendo ninguém de fiel.

- E a Fabi é minha fiel - o Fumaça falou entrando no galpão.

- Porra geral agora tem fiel? - eu perguntei e eles riram.

- Fazer o que mano, elas amarrou nós - Dentinho falou e Fumaça concordou - Não tem jeito não, nós não vive sem elas.

   Depois dessa declaração de amor eu até desisti de zoar e fiz sinal de respeito pra eles. Agora eles eram homens de uma mulher só e mano eu perdi meus parsas de balada. Essas mina é foda.

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Capítulo 3

 Fernanda

   Depois da minha tal noite com aquele brutamontes favelado eu fui pra casa me sentindo invadida me sentindo um lixo, como pude ter perdido a virgindade com aquele monstro bandido?. Quando cheguei em casa minha mãe estava no sofá eu nem falei com ela fui direto pro meu quarto e tomei um banho de mais ou menos meia hora pra tirar todo o cheiro de favela e favelado de mim, depois que terminei o banho eu sai do banheiro secando o cabelo e peguei um shorts jeans e uma regata preta pra vestir e logo em seguida eu deitei na cama e mandei uma mensagem pra Fabi  e pra Luuh. Eu preciso falar com elas 

"Mensagem On"

Grupo: °• Amigas  •°

Nanda: " Oi Fabi e Luuh!  Tem como vcs virem aqui em casa? Preciso falar com vcs. "

' Bjss '

Fabi: " Estamos indo! Temos nvdds pra te contar.."

' Bjão '

Luuh: " Em vinte minutos estamos ai"

' Bjosss '

Nanda: " Tá bom então "

" Mensagem Off "

     Quando terminei de mandar a mensagem a minha mãe bateu na porta, e eu levantei pra abrir.

- Oi mãe?! - eu falei indo sentar na cama.

- Onde você estava? - ela perguntou de braços cruzado.

- Eu dormir na casa da Fabi e da Luuh mãe. - eu falei mexendo no cabelo.

- E porque não avisou? Por acaso na casa dela não tem telefone? - perguntou ainda de braços cruzados, respirei fundo e respondi.

- A bateria do meu celular acabou e quando eu pensei em usar o telefone já era de madrugada e eu não queria incomodar - eu falei o mas convincente possível.

- Entendi mas dá próxima vez avisa. Tudo bem? - ela falou sentando do meu lado e me dando um beijo na bochecha e logo em seguida saiu do quarto e eu deitei na cama novamente.

    Eu não gosto de mentir pra minha mãe, mas o que eu poderia fazer? Contar pra ela que eu perdi minha virgindade com o dono da Rocinha e que ele me tratou feito lixo? Só se eu quiser que minha mãe tenha um ataque cardíaco e morra, ela simplesmente repudia gente pobre. Ela odeia e eu também.

    Ouvi uma batida na porta e Fabi e Luuh entraram todas animadas no meu quarto. Eu não falei nada só fui até a porta e a tranquei, me virei pra elas e não consegui segurar as lágrimas, eu desabei ali na frente delas os soluços vinham contra a minha vontade e eu queria gritar mas não conseguia.

- O que aconteceu amiga? - a Fabi perguntou vindo ao meu encontro me envolvendo em um abraço.

- Eu... eu... fui... - não conseguia falar e a Luuh veio me abraçar também.

- Shiii... Não precisa falar agora - ela falou colocando a minha cabeça em sua coxa. - Se acalma primeiro e depois fala o que aconteceu.

    Eu chorava sem parar e não conseguia falar, acho que agora caiu a ficha que eu perdi a minha pureza com um bandidinho nojento e favelado, e isso estava pesando em mim. Eu me senti suja mesmo não estando mas com o cheiro dele em mim.

- Tudo bem amor - a Fabi falou afagando meus cabelos - Você já consegui nos contar o que aconteceu? - ela perguntou e eu assenti, os soluços já haviam parado e eu conseguia falar.

- Eu dormi... Com um rapaz na festa. - eu falei brincando com meus próprios dedos.

- E o que isso tem de mas? - Luuh perguntou confusa.

- Eu perdi minha... virgindade com ele - eu falei e ela tampou a boca com a mão de surpresa.

- E você sabe o nome do rapaz? - Fabi perguntou e eu neguei com a cabeça - Então como ele era?

- Ele era alto e tinha cabelos pretos lisos e e era bronzeado eu não vi a cor dos olhos dele. - eu falei e Fabi olhou pra Luuh com cara de preocupada.

- Eu acho que você dormiu com o dono do morro - a Luuh falou e a Fabi concordou com a cabeça.

- Ele disse que era dono da morro, mas não disse o nome dele, eu tô muito assustada - eu falei votando a chorar.

- Vai ficar tudo bem minha amiga - elas falaram afagando meus cabelos - Estamos aqui contigo.

[...]

Um mês depois

    Já se passaram um mês desde a noite em que eu perdi minha virgindade com aquele brutamontes. Desde aquele dia eu ando tendo uns enjoos e tonturas mas não acho que seja nada de mas. Bom agora Fabi tá namorando um dos favelado se o tal Isaac que me levou naquela maldita festa naquela noite, já a Luuh está namorando o tal Pedro. Estamos de férias a dois dias e resolvemos passar as férias na casa de praia dos pais da Fabi e da Luuh, então hoje é amanhã elas vão dormir aqui em casa.

- Oi amor  da minha vida! - a Fabi falou invadindo o meu quarto e me dando um susto.

- Menos Fabi - a Luuh falou revirando os olhos.

- O que deu na Fabi? - eu perguntei dando um abraço na Luuh.

- ela descobriu um negócio aí e tá feliz da vida. - ela falou e eu olhei pra Fabi com aquele olhar de eu quero saber.

- Adivinha! - ela falou toda animada.

- Sei lá amiga fala logo - eu disse já curiosa pra saber o que deixou ela tão animada.

- Você e a Luuh vão ser... - parou batendo palmas - Titias!!! - ela gritou e eu fiquei ali pasma, minha amiga vai ser mãe? Eu vou ser tia ou dinda?.

- Eu vou ser dinda? - eu perguntei com lágrimas nos olhos.

- Vai amiga - ela falou toda orgulhosa.

- E seus pais sabem? Quem é o pai? Onde você vai morar? - eu perguntei agora um pouco preocupada.

- Sim meus pais sabem e eu tô grávida do Isaac e eu vou morar com ele. - ela falou cada coisa por vez pra que eu entendesse tudo certinho.

- Okay. Assim eu fico mas aliviada - eu falei.

   Depois de conversarmos bastante resolvemos fazer algo pra comer, descemos e fomos pra cozinha lá a Luuh resolveu fazer bolinho de chuva, eu ajudei em todo o processo até ficar pronto, quando fomos tirar do forno o cheiro fez meu estômago se contorce e uma vontade de colocar tudo que eu já comi até agora me invadiu, eu sai correndo da cozinha junto com a Fabi, eu fui direto pro vaso sanitário e ela pra pia do banheiro, o cheiro ainda estava me fazendo ter vontade de vomitar.

- O que foi isso? Olha eu sei que o meu bolinho de chuva não é isso tudo mas não é pra tanto, não é? - Luuh disse entrando no banheiro.

- Não foi isso... é eu que não tô conseguindo segurar nada no estômago por causa da gravidez. - Fabi falou sentando no chão perto de onde eu estava sentada - Você está bem Nanda?

- Eu tô bem... Só foi o cheiro que fez meu estômago revirar. - eu disse indo lavar minha boca na pia e senti o olhar das meninas em mim.

- A quanto tempo você tá tendo esses enjôos? - Fabi perguntou e eu abaixei a cabeça.

- A mas ou menos três semanas. - eu falei de cabeça baixa mas vi quando ela colocou a mão na boca surpresa.

- Nanda! - ela me chamou e eu olhei pra ela - A quanto tempo você está atrasada? - ela perguntou com cautela.

- A umas duas semanas mas ou menos - eu falei e só depois eu percebi o que ela queria dizer com essa pergunta - Não Fabi, eu não tô... não mesmo.

- Só tem  um jeito de saber - ela falou e então olhou pra Luuh que balançou a cabeça e saiu do banheiro gritando um "Eu não demoro" .

    Dez minutos depois a Luuh apareceu com um teste de farmácia, ela me entregou e eu me tranquei no banheiro, depois de fazer o teste eu estava morrendo de medo do que aqueles dois tracinho vermelhos significava. Eu sai do banheiro com o teste na mão e as meninas me olhavam com expectativa.

- Fabi! - eu chamei e ela se aproximou mais - Dois tracinho vermelhos significa negativo?! - ela e a Luuh me olharam com os olhos marejados.

- Nanda! Você tá grávida!!! - elas falaram juntas e começaram a pular de mãos dadas e em abraçaram.

   Eu ainda não conseguia acreditar eu tinha que ter uma prova mas concreta eu tinha que ter certeza, afinal de contas esses testes as vezes falhavam eu não posso me desesperar agora. Eu sai do banheiro feito um furacão fui no armário peguei uma calça cintura alta branca uma regata preta com uma camisa por cima e uma Allstar preto, peguei minha bolsa e sai do quarto esbarrando na Luuh.

- Nanda o que você vai fazer? - Fabi perguntou no corredor.

- Eu vou no hospital - eu falei descendo as escadas e elas atrás - Quero ter certeza disso.

- Espera que nos vamos juntas. - elas falaram e eu parei na porta esperando por elas.

    Elas terminaram de colocar o sapato e pegaram as bolsas, chamei o motorista e pedi para ele esperar nos três na esquina do hospital e assim ele fez, se ele se ele soubesse que estou indo no hospital iria contar pros meus pais e eu não posso contar pra eles que acho que estou grávida, ainda mas de um bandido.

- Eu vou falar com a moça e já volto - falei indo até a recepção assim que entramos no hospital.

- Boa tarde, no que posso ajudar? - a mulher falou simpática.

- Eu gostaria de falar com a doutora Brenda Gandra - ela assentiu e mexeu em algo no computador e eu fiquei batucando o dedo no balcão de tanto nervosismo.

- Ela está com uma paciente agora, a senhorita poderia esperar alguns minutinhos e eu já te chamo? - ela perguntou e concordei indo me sentar com as meninas.

    Eu estava perdida e não sabia o que fazer, eu não posso estar grávida não mesmo se eu estiver o que vai ser de mim cuidando de uma criança sozinha, eu só tenho quatorze anos e não posso ter um filho agora.

- Fernanda Monttanari? - abri os olhos e me levantei.

- Sim, sou eu! - levantei a mão eu fui até ela.

- Poderia me acompanhar por favor? - ela falou e eu a segui.

     Passei por dois corredores antes de chegar a sala da doutora Brenda e me perguntei " Porque ela trabalha tão longe? ".

- Então Fernanda no que posso te ajudar? - ela perguntou se sentando na cadeira preta e apontou pra cadeira a frente dela para que eu sentasse.

- Eu... vim aqui fazer um teste. - eu falei me sentando e colocando a bolsa de lado.

- Mas que tipo de teste está se referindo? - ela falou cruzando os dedos em cima da mesa.

- Um teste de gravidez. - eu falei e ela se encostou novamente na cadeira - Eu fiz um de farmácia mas não confiei muito, então eu quis ter certeza antes de fazer uma loucura por engano. - expliquei e ela parece ter entendido.

- Olha Fernanda geralmente esse tipo de teste não falha, ele tem 98% de garantia então é bem raro de ocorrer mas não é impossível. - ela falou se levantando da cadeira e indo até um armário lá ela pegou luvas e seringa.

    Ela tirou meu sangue e levou pro laboratório, e disse que em dois dias sai o resultado. Eu estou assustada e pedindo a Deus pra esse teste da negativo. Mas nem tudo é como a gente quer.

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