Como superar as limitações da linguagem e da escrita na apresentação emocional é o primeiro desafio que os autores enfrentam ao escrever um romance. Descrever ambientes de romance com uma sensação visual ativando a percepção sensorial do corpo é um método eficaz, no qual os autores usam a linguagem escrita para transformar personagens, eventos e ambientes vívidos em imagens literárias que ativam a percepção sensorial do leitor.

1.1 Em termos de tipos de percepção, existem a percepção visual-auditiva e a percepção múltipla na descrição de imagens.

A percepção visual-auditiva é uma forma básica de percepção corporal e também a função perceptiva mais imaginativa e intelectual das sensações do corpo humano. Portanto, os autores geralmente usam a percepção visual-auditiva para conceber e escrever histórias de romances, a fim de despertar a percepção narrativa dos leitores.

1.1.1 Recorrendo à Percepção Visual-Auditiva para a Descrição de Imagens

O autor descreve o ambiente do romance a partir da perspectiva da percepção visual-auditiva, guiando o leitor a experimentar o ambiente e as cenas do romance com a percepção narrativa dos olhos e dos ouvidos. Por exemplo:

''No pátio de barro ao lado do rio, o sol aos poucos começou a perder sua luz amarela. As folhas secas da árvore de acácia à beira do campo estavam quase sem fôlego, e algumas moscas voavam ao redor. O fumo das chaminés das casas de fazenda voltadas para o rio diminuiu gradualmente, e as mulheres e crianças jogaram água em frente às suas próprias casas, colocando pequenas mesas e bancos baixos; todo mundo sabia que era hora do jantar.''

O autor começa com a sensação visual: no pátio de barro ao lado do rio, o brilho dourado do pôr do sol está diminuindo; em seguida, ele passa para a sensação auditiva: debaixo da árvore de acácia próxima ao rio, algumas moscas voam ao redor; ele então volta à sensação visual: a fumaça das chaminés das casas de fazenda voltadas para o rio também está diminuindo, as mulheres e crianças estão jogando água nos pátios em frente às suas casas, colocando mesas e cadeiras. Isso permite que o leitor aprecie a cena descrita pelo autor com base na percepção sensorial do corpo, desde a visão até a audição. Vale ressaltar que o autor descreve a cena em sequência, começando de longe para perto, de cima para baixo, desde o brilho do pôr do sol no horizonte, as árvores à beira do rio e as moscas voando, até as mulheres e crianças jogando água no pátio em frente às suas casas, colocando mesas e cadeiras, esboçando a cena narrativa da família camponesa se preparando para jantar no pátio.

1.1.2 Recorrendo à Percepção Múltipla para a Descrição de Imagens

O autor acrescenta descrições sensoriais adicionais, como o olfato, o tato e o paladar, à base da percepção visual-auditiva, permitindo que o leitor abra todos os órgãos sensoriais e se envolva plenamente no ambiente do romance. Por exemplo:

''No final do ano pelo calendário antigo, a atmosfera de véspera de Ano Novo era evidente não apenas na vila, mas também no céu. Entre as nuvens baixas e pesadas de cor cinza, flashes de luz eram frequentes, seguidos por um som abafado, eram os rojões de celebração; bem mais próximo, as explosões eram ainda mais fortes, e mesmo antes do som alto diminuir, o cheiro sutil de pólvora já estava se espalhando no ar...''



Do flash dos fogos de artifício entre as nuvens no céu visto pelos olhos, do som dos fogos de artifício ouvido pelos ouvidos, ao cheiro da pólvora após os fogos de artifício estourarem, o autor utiliza representações sensoriais como cores, luzes, sons e cheiros para induzir o leitor a apreciar a cena da cidadezinha na noite de véspera de Ano Novo, usando a visão, a audição e o olfato, entre outros sentidos corporais.