Seduzir bandidinho
Fernando abriu os olhos e viu uma sala escura à sua frente. Ele não sabia quantos dias haviam se passado, mas seu corpo estava fraco de fome e da lenta infiltração do frio. Estava nevando lá fora, o que explicava a temperatura congelante.
Ele se encolheu e usou tudo o que tinha na sala para se aquecer. Mas a única coisa restante na sala era uma manta fina.
A casa estava em ruínas e escondida numa rua isolada.
Ao ser despertado pelo frio, ele encostou-se na parede, recordando o que havia acontecido recentemente.
Fernando era um órfão sem pais. Aos dez anos, ele tomou uma decisão audaciosa de sair do orfanato. Na verdade, aquele era um lugar tão deteriorado que não poderia piorar, onde as crianças eram obrigadas a trabalhar e mal tinham o suficiente para comer. Olhando agora, o orfanato provavelmente era ilegal.
No começo, a vida fora do orfanato era incrivelmente difícil, mas felizmente, Fernando amadureceu muito jovem e sabia como pedir comida para sobreviver. Mas sobreviver até agora era verdadeiramente um milagre.
Agora, ele tinha dezoito anos, a idade da juventude e vitalidade, mas vivia como um bandido de rua, ocasionalmente sendo contratado por pessoas notórias para bater em certos grupos.
Resumindo, ele vivia uma vida de fome e dificuldade, no fundo da sociedade, lutando para sobreviver.
Zombando de sua própria vida por um tempo, ele adormeceu sem perceber.
Quando acordou, já era meio-dia do dia seguinte.
Depois da neve, o céu parecia ainda mais alto, e a cor era um azul profundo e bonito. As nuvens flutuavam lentamente, e a neve ocasionalmente caía dos galhos.
Fernando endireitou os ombros, ajustou o casaco e determinou-se a encontrar um emprego para ganhar algum dinheiro.
Olhando para sua casa cada vez mais dilapidada, ele suspirou. Provavelmente tinha que encontrar algo para consertá-la.
Fernando saiu e encontrou as ruas frias e vazias. Todos estavam envoltos em roupas quentes, exceto ele. Se não conseguisse encontrar trabalho e ganhar algum dinheiro agora, provavelmente morreria de fome hoje.
Entrando em um lugar chamado Lacthe, Fernando encontrou um lugar familiar para se sentar. Lacthe era um lugar de encontro para todo tipo de pessoas. Desde bandidos de rua e escória da sociedade até os idosos e jovens, até mesmo pessoas ricas e de alto escalão estavam presentes.
Essas pessoas de alto escalão podiam parecer glamorosas por fora, mas eram apenas bandidos de rua de nível mais alto. Elas gastariam dinheiro para contratar pessoas como ele para fazer trabalhos sujos.
Elas chamavam de trabalhar para elas, mas era apenas fazer coisas insignificantes como ameaçar, bater e cobrar dívidas. Muitas vezes, Fernando era espancado até à beira da morte, mas ele não conseguia encontrar outra maneira. Para sobreviver, ele tinha que se vender.
"E aí, cara, quer tomar uma bebida?"
Uma voz frívola soou, e um braço se apoiou em seu ombro, sacudindo um copo de bebida na mão.
Fernando olhou de relance, com o rosto frio e sem reação.
A pessoa parecia acostumada a essa atitude dele e não perguntou mais, mudando de assunto em vez disso.
"Você quer fazer um bom trabalho hoje?"
"Quanto é o pagamento?" Fernando finalmente falou.
A pessoa mencionou um valor, o que o surpreendeu um pouco. Que pessoa rica seria tão generosa?
"Que horas será?"
"Quatro da tarde, na velha rua. Se der certo, você e eu dividiremos o dinheiro igualmente, ok?" Diogo leu o endereço e acendeu um cigarro.
Fernando assentiu em concordância. Com essa quantidade de dinheiro, ele poderia viver confortavelmente por cerca de cinco dias.
...
Fernando contou em sua mente, um total de dez homens, tatuados e musculosos. Ele sorriu, não muitos deles saberiam lutar, talvez apenas três deles. O resto eram apenas ameaças vazias e barulhentas.
Ele não conseguia entender quem gastaria uma quantia tão grande de dinheiro apenas para derrotar esse bando de fracos. Fernando apagou o cigarro e se preparou.
"Você fica com a direita." Diogo entrou na posição.
Fernando não disse muito, apenas assentiu. O outro grupo pareceu provocado por sua atitude e o líder avançou em direção a Fernando, visando um golpe direto.
Fernando habilmente desviou, levantando sua perna direita e golpeando a cabeça do líder. Uma força poderosa atingiu, e o líder segurou o nariz sangrando, rolando no chão. Ele gemeu de dor, encarando Fernando com um olhar de ódio.
Ao testemunhar essa cena, os outros se sentiram provocados e seu desejo de lutar cresceu. Num instante, todos avançaram.
Fernando torceu o pulso, usando sua força para socar o indivíduo mais próximo no rosto. Apesar de receber um golpe forte, Fernando fez o sujeito cambalear, mas ele rapidamente se levantou. Fernando avançou rapidamente, girando 90 graus e desferindo um chute reto no queixo do oponente.
Qualquer um que visse isso sentiria a dor, mas aqueles diretamente envolvidos a experimentaram ainda mais intensamente.
Um por um, Fernando cuidou dos próximos oponentes da mesma forma. Ele também foi atingido, pois estava ocupado com aqueles à sua frente e não percebeu alguém o atacando sorrateiramente por trás. No entanto, Fernando não mostrou nenhum sinal de dor; em vez disso, ele pegou uma pesada barra de ferro da mão da pessoa e retaliou.
Enquanto um pequeno "crack" ecoava no ar, o sujeito se ajoelhou e rolou em agonia, segurando os ossos quebrados. Fernando sentiu desdém ao olhar para seu rosto feio e pisou em sua mão restante.
Ele pisoteou a pessoa enquanto balançava a barra de ferro sem hesitação. As pessoas que se aproximavam mostraram medo, pois a aura aterrorizante emitida por Fernando era verdadeiramente intimidante. O som de gemidos e lamentações ecoava um após o outro, enquanto Fernando ria friamente e não hesitava em golpear suas cabeças com a barra de ferro. Ao olhar para Diogo, parecia que ele estava sentindo dor, mas não a ponto de precisar de ajuda. Parecia que essa batalha terminaria rapidamente.
Os rostos dessas pessoas, salpicados de sangue, pareciam nauseantes. Fernando derrubou mais uma pessoa antes de jogar a barra de ferro no chão. A barra de ferro fez um sonoro "clang", que reverberou em suas cabeças. Ele deu uma tragada em seu cigarro, finalmente terminando.
"Vamos embora antes que os bandidos apareçam." Diogo chutou o sujeito sob seus pés algumas vezes antes de urgir por Fernando.
Ambos desapareceram em um caminho estreito familiar que levava a uma estrada principal, misturando-se à multidão.
Ele não sentiu nada quando foi atingido antes, mas agora as ondas de ar frio que entravam estavam levemente desconfortáveis. Nesse clima frio, cada pontada de dor parecia ser amplificada.
"Pegue o dinheiro." Diogo entregou a Fernando um maço de dinheiro, com o rosto cheio de desdém. Era claro que ele estava pensando em qualquer coisa, menos coisas agradáveis para o cara.
Fernando seguiu sem dizer uma palavra.
Após receber a quantia desejada de dinheiro, ele imediatamente partiu. Primeiro, ele foi a uma farmácia para comprar alguns analgésicos.
Olhando para o dinheiro que havia diminuído um pouco, Fernando não pôde deixar de suspirar. Quando ele conseguiria escapar dessa miséria?
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Atualizado até capítulo 25
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