No caminho para casa de Regina aumentei o som da música que estava tocando, me fez lembrar o baile de formatura a faculdade, dancei com Marcelo naquela noite especial, e tocava my girl de ter temptations.
Comecei a cantar a música feliz ao lembrar daquela noite, foi uma das mais especiais do nosso casamento inteiro. Regina ria quando eu desafinava, era divertido nossos momentos.
Chegamos no prédio dela e subimos no elevador trocando mais algumas conversar paralelas. Assim que entramos Pedro nos cumprimentou, ele havia chegado mais cedo do trabalho e fizera um jantar para a esposa, naquele momento me senti uma intrusa.
_ Boa noite meninas, se divertiram muito hoje? - perguntou ele sorrindo abraçando a esposa pela cintura, eles mantinham o mesmo amor do começo, a paixão de namorados novos.
Marcelo era um pouco discreto nisso, ele não me beijava em público e quando estávamos sozinhos ele diminuía isso ainda mais, os carinhos e afagos eram discretos demais, mal me lembrava a última vez que o beijei. Quando fazíamos amor era raro um beijo ser dado, e era rápido demais sem muito carinho ou preparação. Uma tristeza me tomou ao ver Pedro e Regina juntinhos, eles eram fofos juntos.
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_ um pouco, porque chegou cedo? - perguntou Regina olhando para ele com admiração. Pedro era alto, seus cabelos loiros se destacavam na cor da pele branca, os olhos eram de um azul intenso, já Regina era um pouco mais baixa que ele talvez dois centímetros a mais, os cabelos negros como a noite se destacavam soltos ao vento, os olhos cor de jabuticaba eram intensos também, igual sua pele negra reluzente, minha amiga era linda, um casal diferente mais que combinava em tudo.
_ quis fazer nosso jantar hoje, Cecília você fica para comer conosco não é mesmo faz tempo que não aparece aqui, como anda Marcelo faz um tempinho que ele não vai no clube. - até os amigos mais íntimos de Marcelo percebiam sua ausência, Pedro era amigo se infância de Marcelo igual eu e Regina, ele trabalhava numa rede de alimentos e bebidas bem conceituada, era quase um sócio. Também gostava do que fazia e não deixava Regina trabalhar pois queria ela não precisava ele manteria a família sozinha se orgulhava disso.
Nisso era igual Marcelo, só não o fato das exigências que não existiam entre Pedro e Regina. Um nó subiu por uma garganta.
_ é ele anda ocupado no trabalho, eu não sei se seria legal atrapalhar a noite romântica de vocês. - Regina riu se soltando de Pedro e vindo me apertar.
_ que isso, adoro quando você serve de vela.
Dei um empurrão nela, Pedro riu também achando engraçado.
_ sempre terá lugar para você na nossa casa Cecília sabe disso, se quiser chamar Marcelo para nós acompanhar melhor ainda. - dizia ele indo para a cozinha.
_ pode ser... - eu sabia que nesse horário ele não viria, a secretaria daria o recado mais ele ignoraria como sempre.
...
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Fui até o banheiro social deles é me olhei no espelho, meu rosto tinha olheiras que eu desconhecia a origem. Meus cabelos precisavam de uma hidratação em breve. Enquanto meolhava no espelho pude percebe quanto mudei, quando era pequena pensava que nunca cresceria que nada em mim mudaria, mais hoje com 32 percebia as mudanças da vida em mim.
Retoquei meu Baton e apertei as bochechas para ficarem mais vermelhas, arrumei meus cabelos e voltei para a sala. Pedro nos serviu vinho, dizia ser o melhor e ele sabia disso.
_ esse é um dos mais pedidos no mercado, é adormecido 50 anos, a maioria dos restantes chiques pedem ele. Não deixam a pessoa bêbada logo de cara.
_ ainda bem, estou dirigindo não quero beber muito. - disse provando do vinho, e ele tinha razão, era uma perdição de delícia.
_ amor Cecília e Marcelo vão ter um filho - soltou Regina toda empolgada, Pedro me olhou espantado e olhou para a taça nas minhas mãos.
_ meu deus...então você não pode beber...!
Regina começou a rir do desespero do marido, contive o riso pois Pedro estava sem entender nada.
_ não estou grávida Pedro, ainda não, estamos tentando pode acontecer a qualquer momento. - expliquei sorrindo.
_ ah sim, isso é maravilhoso, se você engravidar agora nossa filha terá um amigo de infância igual foi comigo e Marcelo.
_ é verdade amor, isso será incrível. - Regina bebeu mais de seu vinho e encostou a cabeça no ombro do marido.
_ vocês vão procurar alguma ajuda ou vão tentar só naturalmente? - perguntou Pedro bastante curioso.
_ depois da viagem ao Rio vamos fazer todos os exames e continuar tentando.
_ é muito bom essa parte - Pedro olhou para Regina de forma sedutora e ela deu um beliscão nele, fiquei corada um pouco envergonhada mais isso era o de menos.
_ então um brinde ao novo bebê.
_ ao futuro novo bebê - corrigiu Regina, brindamos as taças e sorri.
Regina serviu o jantar e estava deliciosa a comida de Pedro, ele tinha as mãos boas para a culinária. Durante o jantar os dois sempre trocavam carícias, não nego fiquei incomodada, meu celular apitou pois uma mensagem havia chegado, quando fui ver era Marcelo.
"- aonde você está, cheguei em casa e não te encontrei!"
Pelo tom da mensagem ele estava bravo, suspirei, ele não gostava quando saía sem ele, muito menos sem avisar ou deixar um bilhete.
"estou na casa de Regina jantando com ela e Pedro, você poderia vim ficar aqui com agente "
Digitei enviando, Marcelo ainda online não viu a mensagem, deixei o celular na mesa e voltei a comer enquanto esperava ele responder.
_ Cecília você já pensou no mestrado de administração, lá na empresa estamos precisando de uma ajudinha, pensei em você sei que é boa com números. -Pedro cortava a carne enquanto falava.
_isso seria o máximo Cecília. - Regina se animou, ela mais do que ninguém queria me queria independente de Marcelo, eu também queria, mais toda vez que falava em trabalho ou algo que levaria meu tempo livre era uma discussão com Marcelo. Ele não aprovaria.
_ eu fiz apenas um ano, acha que seria o ideal, precisaria ter experiência e eu não tenho em nada. -admite pois era uma verdade.
_ eu resolvo isso, você só precisa dizer se quer ou não, a minha equipe é ótima vai te ensinar direitinho. Vamos lá Cecília saía dessa zona de conforto.
_ eu não sei Pedro, Marcelo não vai gostar. - fiquei receosa em admitir isso assim, Pedro sabia o quanto Marcelo era arrogante.
_ entendo, mais ele não pode proibir você de nada Cecília, você tem que trabalhar fazer coisas de que gosta, não ficar o tempo todo naquela casa. - sua fala parecia a de um pai, as vezes me sentia assim com eles.
_ Pedro tem razão Cecília, eu até já cansei e dizer isso a você, quem sabe ouvindo e outra pessoa você escute.
_ vou falar com Marcelo e depois te dou uma resposta pode ser Pedro?
_ pode Cecília, mais não fique nessa zona de conforto o tempo todo, você é jovem tem mais é que aproveitar e Marcelo como seu marido devia aproveitar junto com você. - Pedro sorriu no final a frase me fazendo sorrir também. Olhei para meu celular e Marcelo não havia visto nem minha mensagem mesmo estando online. Suspirei pesadamente.
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Me despedi de Regina e Pedro já passava das oito e meia, Marcelo não mandou mais nenhuma mensagem, fiquei receosa por isso não era um bom sinal.
Dirigi direto para casa, e enquanto esperava o trânsito fluir no caminho me distraia com os pensamentos, olhei para a sacolinha com o sapato de bebê dentro, a peguei e guardei no porta luvas, iria evitar alguma pergunta de Marcelo, ele só iria ver no dia da surpresa.
Cheguei em casa mais tarde do que o esperado, e assim que entrei Marcelo estava tomando uísque sentado em sua mesa de desenhos, bem concentrado e distraído.
Me aproximei dele e o abracei por trás, sentindo seu cheiro de Colônia masculina misturado com uísque.
_ você nem foi, fiquei te esperando. - disse beijando seus cabelos. Marcelo soltou o lápis e apertou minhas mãos que estavam próximas ao seus braços. empurrou elas de leve me tirando de perto.
_ cheguei cansado, não quis sair, você devia estar em casa me esperando ou ao menos ter me avisado, não gosto de ir aos cantos assim sem avisar. - sua voz era fria, ele nem me olhava respirei fundo e fui ate a cozinha que estava próxima.
_ é mais são nossos amigos não consegui dizer não a Pedro, aliás ele perguntou por você, disse que não tem ido mais ao clube. - peguei um copo com água e bebi enquanto olhava pra Marcelo. Ele desvio o olhar para mim me vendo pela primeira vez.
_ Pedro tem tempo e sobra para se divertir no clube, eu tenho trabalhos, e além do mais o clube já perdeu a graça a muito tempo. - explicou ele voltando para o desenho, seus cabelos ainda estava um pouco molhados o peito subia e descia na camiseta, os músculos bem definidos eram apertados nela.
Marcelo vestia a calça moletom que dei a ele no Natal, deixava suas pernas folgadas e ele podia usar sem nada por baixo, mordi o lábio pensando nessa possibilidade. Larguei o copo no balcão e fui ate ele.
_ senti sua falta hoje, mais do que nos outros dias. - me aproximei dele, ajoelhando do lado, ele continuava com o lápis na mão concentrado na planta que desenhava, mal percebeu minha presença.
_ hoje foi bem corrido, você foi na minha mãe? - perguntou ele soltando o lápis e me olhando com seriedade, Marcelo não estava animado em nenhum momento.
_ sim fui, ela decorou o quarto de Esther e da bebê, está tudo pronto para a chegada dela. É tudo tão lindo, fiquei imaginando quando for o nosso, você já imagina? - perguntei curiosa querendo saber seus pensamentos.
_ deixo essa parte para você Cecília - respondeu ele nem se importando muito.
Subi minhas mãos por suas pernas chegando no centro de suas coxas, se aproximando da virilha, Marcelo me olhou acompanhou o movimento das minhas mãos.
Subi mais e encontrei seu membro adormecido, toquei de leve enquanto me aproximava mais do que eu queria.
_ Cecília... - a voz dele estava rouca conforme eu tocava seu membro que já dava sinais de ereção. Coloquei a mão por dentro de sua calça moletom e apertei massageando de leve a ereção dele.
Marcelo relaxou enquanto eu o excitava mais forte. A muito tempo não fazíamos as pre- liminares no sexo, ele não tinha paciência.
Me aproximei mais dele sentando em seu colo, Marcelo apertou minha cintura e me fez rebolar em cima de sua ereção rígida, ofeguei excitada por ele, seus lábios pousaram em meu pescoço me deixando ainda mais excitada.
Ia tirar minha blusa mais Marcelo me interrompeu me afastando de seu colo.
_ é melhor você tomar um banho primeiro, quero você cheirosinha - disse ele ofegante, a ereção diminuiu assim como meu desejo também.
_ está falando sério? - perguntei para ter certeza se tinha ouvido certo ou não.
_ sim, estou falando serio vai tomar banho ! - sai do colo dele furiosa, esmurrei seu braço subindo as escadas.
_ isso doeu, o que deu em você Cecília- gritou ele lá de baixo, entrei no quarto com as lágrimas caindo por meus olhos, Marcelo era um bruto mesmo, arrogante e fresco.
Sentei na cama chorando me sentindo despreza, ele sempre fazia isso, nunca me amava do jeito certo, era todo fresco na hora do sexo. Eu me sentia suja ou então pensava que ele tinha nojo de mim.
Por muitas vezes Marcelo deixou de tocar em mim por conta do meu peso, ou então por um banho que não tomei, ou se eu não estava depilada o suficiente. Lembrar disso me fez chorar ainda mais, ouvi passos entrarem no quarto e era ele.
_ porque está chorando? Sabe que chorar é coisa de criança Cecília. - dizia Marcelo indo ao banheiro.
_ vai a merda tá.
_ o que deu em você hoje em?
_ o que deu em mim? O que deu em você estávamos num clima tão bom, porque você tem que ser assim!
_assim como, limpinho?
_isso é frescura sua, você tem nojo de mim Marcelo é isso, porque não diz logo. Você não toca em mim Marcelo, não me beija, porque ? - o coloquei na parede com minhas dúvidas.
Marcelo sem entender ficou calado me olhando.
_ responde Marcelo, porque você não toca em mim como antes.
_ Cecília isso não é verdade agente se beija sim, agente é casado meu Deus porque essa paranoia agora, está igual com essa história de filho.
_ paranoia, eu sabia que você não tinha aceitado assim fácil, meu Deus sou muito burra mesmo - chorei mais ainda com essa revelação.
_ chega de choro tá bem, eu não percebe que estava tão carente assim de toque, meu Deus me casei com uma criança chorona, se recomponha Cecília.
Suas palavras arrogantes me machucava mais ainda, não conseguia olhar em seus olhos, Marcelo mudou muito eu já não o conhecia mais.
_ você mudou muito Marcelo.
_ eu não mudei, apenas tenho responsabilidades que não me deixam pensar em coisas pequenas como essas suas, você devia saber disso.
_ você só se importa com essas obras, eu fico de lado sempre nunca tem tempo pra estar comigo, para me amar do jeito que eu mereço.
_ CHEGA CECÍLIA , ESSAS OBRAS SÃO O MEU EMPREGO E É DELAS QUE VEM O LUXO QUE VOCE TEM AQUI, ENTÃO CHEGA DE PARANOIAS ESTOU CANSADO DISSO - Marcelo gritou comigo, me encolhe na cama com medo dele, seus olhos estavam nervosos e tinha uma névoa neles que eu desconhecia.
_ eu não quero luxo,...quero meu marido de volta. - falei baixinho.
_ seu marido agora é esse, vai ter que se acostumar. - disse ele encerrando o assunto, solucei diante disso.
Marcelo pegou suas coisas e foi dormir no outro quarto, disse que nesse momento não queria estar comigo. Fiquei na nossa cama sozinha, abracei meus joelhos enquanto as lágrimas só caíam.
Olhei para a varanda a cortina balançava por conta do vento que entrava pela vidraça aberta, solucei lembrando das palavras de Marcelo. Porque ele era desse jeito, o que foi que fiz para ele se tornar esse ogro arrogante.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Joseli Fernandes
esse cara tem amante ,e essa burra é sonsa acredita em tudo que ele fala
2025-08-07
0
Carmen Borges de Oliveira
dá um basta nesse casamento onde só um ama
2025-03-26
0
Marcia S G Carvalho
estou gostando
2025-01-06
0