A realidade é dura, vive ela quem quer!

tudo bem - Mari respira fundo novamente - e-eu tô grávida!...

- M-mari, eu tô começando a achar que você realmente tá bêbada - disse Daniel.

- não Amor, isso é sério, tem quase três meses, e...é uma menina - respondeu Mari.

Daniel dá um suspiro:

- Mari... você tá feliz com essa situação? - perguntou Daniel.

- bom... eu tava né, até hoje você tomar tiro, eu só conseguia imaginar na minha filha crescendo sem um pai - respondeu Mari.

- bom, eu sonho em ser pai desde que eu tinha quinze anos, e quinze anos depois, a minha esposa está grávida, não tinha como ser melhor - disse Daniel.

- sério? então você tá feliz?

- óbvio amor, eu vou amar, e proteger essa criança como se fosse a minha própria vida - respondeu Daniel.

- ótimo...eu também Vou amar essa criança como se fosse a minha vida

- porém agora que você me contou isso me ocorreu algo, você está trabalhando grávida? - disse Daniel.

- e-estou ué, eu não desertar meu posto de diretora da agência - respondeu Mari.

- que? desertar?, Mari você ficou doida?... você não estaria "desertando", você tá grávida, você tem todo o direito de não trabalhar - disse Daniel.

- ainda assim eu sinto como se estivesse despertando do meu posto - respondeu Mari.

- olha meu amor, eu acho muito bonito esse seu jeito de pensar, mas o estresse desse trabalho pode interferir na gravidez - disse Daniel.

- tudo bem, vamos supor que isso aconteça, quem vai me substituir como diretora? - perguntou a Mari.

- ué?... a Eliie pode te substituir- respondeu Daniel.

- a Eliie??... fala sério Daniel - disse Mari.

- você e a Eliie concorreram ao cargo de "diretora" da agência juntas, só que você ganhou, mas isso não tira a competência da Eliie - disse Daniel.

- e quem vai liderar a equipe? - perguntou Mari.

- eu ué... quando a equipe era eu, você e a Eliie, que mandava era eu - respondeu Daniel.

- você não mandava, você só...liderava - disse Mari.

- e não é a mesma coisa?

- claro que não - respondeu Mari.

de repente Mari e Daniel escutam a porta do quarto batendo.

- pode entrar - disse Daniel.

a porta abre rapidamente, e a Isabela vem correndo com lágrimas nos olhos gritando:

- Danieeeeel - a Isabela dá um abraço em Daniel.

- ai ai ai, Isabela calma, eu ainda tô meio machucado - disse Daniel.

- d-desculpa, é que eu só tô muito feliz

a O Thiago também entra na sala:

- como está se sentindo senhor Daniel?

- eu tô bem garoto, obrigado - respondeu Daniel.

- bem mesmo?... nenhuma dor? - perguntou Isabela.

- eu disse que eu tô bem, bela, obrigado... a Eliie tá aqui? - perguntou Daniel.

- eu tô aqui - Eliie entra na sala.

- e aí - Daniel diz pra Eliie.

- e aí - Eliie responde para Daniel.

Eliie e Daniel ficam se olhando por um tempo, até que são interrompidos por Mari:

- p-pessoal, eu e o Daniel temos algo pra contar, né amor?

- hã?... ah é sim, sim nós temos

- oque foi? - perguntou Isabela.

- e-eu tô...tô...

- você tá oque Mari? - perguntou Eliie.

- eu tô grávida

- ... - Eliie.

- ... - Isabela.

- ... - Thiago.

- vocês vão ficar aí parados com cara de idiota? - disse Daniel.

isabela abraça Mari e diz:

- parabéns, que legal Senhorita Mari

- pera, você tá grávida?, Mari, como isso aconteceu? - perguntou Eliie.

- você não sabe como os bebês são criados Eliie? quantos anos você tem? - disse Daniel.

- é óbvio que eu sei né idiota, eu tô perguntando como vocês dois irresponsáveis deixaram isso acontecer - respondeu Eliie.

- coisas acontecem Eliie, e resta à nós apenas aceitar, você dar um esporro na gente não vai mudar nada - disse Daniel.

- tudo bem, me desculpe, quem vai te substituir?, Mari - perguntou Eliie.

- eu e o Daniel estávamos pensando, Eliie, e por uma indicação do Daniel, eu escolhi você pra me substituir enquanto eu estiver de licença pela minha gravidez - respondeu Mari.

- tá bom, vocês são muito engraçados, agora fica quem realmente vai substituir a Mari - disse Eliie não acreditando.

- é sério Eliie, você será a diretora pelos próximos tempos, até minha filha nascer - disse Mari.

- F-filha?...quer dizer que é uma menina?... QUE LEGAL!! - disse Isabela muito empolgada.

- Mari, você tem certeza disso?... você vai confiar a sua agência e todos os seus agentes a mim? - perguntou Eliie.

- Eliie, nós duas já trabalhamos na mesma equipe, eu sempre confiei em você - respondeu Mari.

- ok, então eu acho que eu sou a diretora da agência

- bom, então eu vou pra casa, sentar no sofá, e comer pipoca, já que é o que tem pra fazer - disse Mari.

- você ainda pode limpar a nossa casa - disse Daniel.

- até parece, tchau amor, agente tresór, agente Felipe, Diretora Carvalho, foi um prazer, mas agora eu vou pra casa ficar atoa - Mari sai do quarto.

isabela e Thiago também saem do quarto, deixando apenas, Eliie e Daniel:

- Gata? - Daniel chama Eliie.

- fala

- você tá bem? - perguntou Daniel.

- porque eu não estaria, eu acabei de ser promovida pra diretora da agência - respondeu Eliie.

- você me entendeu Eliie, não tente esconder nada de mim

- tá bom oque você quer saber? Dan

- eu já perguntei, você tá bem? - perguntou Daniel.

- eu já respondi, eu tô bem - Respondeu Eliie.

- a última vez que eu vi essa expressão no seu rosto coincidentemente eu tinha tomado um tiro - disse Daniel.

- oque você sabe sobre meus sentimentos? - perguntou Eliie olhando pro chão e com uma voz triste.

- oque eu sei sobre seus sentimentos?... Gata, eu te conheço há dez anos, eu vi você amadurecer e virar a mulher que é hoje, como você me faz essa pergunta? - disse Daniel.

- Daniel, eu não aguento mais, sabe?, aquela espera angustiante e dolorosa para saber se meu amigo vai viver, ou simplesmente morrer deitado em uma cama de hospital, eu já passei por isso com a minha mãe, com o jake, com a Letícia, e com você, só que a única pessoa que sobreviveu foi você - respondeu Eliie.

- Eliie, nenhum desses se foram em vão...

- Você tem certeza?... porque até hoje essa desgraça dessa organização criminosa existe, nossos parceiros, a minha mãe, a sua mãe, todos morreram tentando melhorar a sociedade, e adiantou?... acho que não... - disse Eliie com um ar de desesperança.

- Gata... sabe oque mais me deixa enfurecido? - perguntou Daniel.

- oque?

- é saber que você não está errada...

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