Após o confronto na casa de segurança, Angel voltou para casa ainda em transe. A confissão de Dante – “Você é a minha perdição” – ecoava em sua cabeça, esmagando a inocência e confirmando o amor proibido. Ele a amava, mas a verdade era uma prisão.
Ela não dormiu. Seus quinze anos pareciam evaporar a cada hora. Ela era uma garota apaixonada, mas ele a tinha tratado como uma propriedade perigosa.
Na manhã seguinte, a rotina foi quebrada. Eduardo estava incomumente tenso, evitando o olhar dela. Bella tentou se aproximar, mas Angel mal conseguiu falar, ainda sob o peso das palavras de Lúcifer.
O dia passou em uma espera angustiante. Angel sabia que a conversa do dia anterior não tinha sido o fim; tinha sido apenas o prefácio de algo muito maior.
Ao cair da noite, uma mensagem chegou, trazida por um dos homens de confiança de Dante. Não era um convite; era uma convocação.
Angel. Base principal. Agora. Não avise ninguém.
Ela sabia que isso significava deixar Eduardo de fora. Seria um encontro Dante e Angel, o Dono e a Protegida, pela última vez.
Ao chegar na base principal, o ambiente era diferente. Não havia fúria ou caos, mas uma seriedade gelada. Dante estava sozinho no grande escritório, a luz fraca da luminária iluminando um documento que estava sobre a mesa.
Ele não se levantou, mas a encarou. O olhar dele estava cansado, mas inabalável. O homem do ciúme tinha sido substituído pelo Lúcifer que negociava destinos.
— Sente-se, Anjo — ele ordenou, o vulgo soando mais oficial do que carinhoso.
Angel obedeceu, o coração martelando.
— Você está aqui porque eu quebrei uma regra minha ontem — disse Dante, a voz baixa e controlada. — Eu te mostrei o que eu sinto, e isso coloca você e o Morro em risco.
— E por que você me chamou aqui, Dante? Para me dar mais uma ordem de confinamento?
Dante balançou a cabeça. Ele empurrou o documento na direção dela. Era um papel antigo, amarelado, com assinaturas reconhecíveis.
— Não. Eu te chamei aqui para te mostrar porque você é minha. Não por desejo, mas por lei.
Angel olhou para o documento, confusa. A data era de anos atrás, e as assinaturas eram as de seu pai (o antigo Sub) e as do pai de Dante.
— O que é isso? — Angel perguntou, o medo se instalando.
Dante se levantou, caminhando até a janela.
— Isso, Angel, é um acordo. Um pacto entre as famílias. Quando seu pai ainda era o Sub, e o meu ainda era o Dono.
Ele se virou, a confissão era um tiro lento.
— Seus pais e os meus, fizeram um contrato. Uma garantia de que o poder no Alemão ficaria unido e inquestionável. Eles selaram isso com um futuro.
Angel olhava para o papel, as letras embaçadas.
— O que eles selaram?
— Eles selaram você. — Dante se aproximou da mesa, apoiando as mãos nela. — Anjo. Você não é a minha protegida. Você nunca foi a minha irmã. Você é a minha noiva.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Leitora compulsiva
td que ela mais queria hahhahahahhaa
2025-10-10
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