Dax,
Chegamos na minha casa, ela olha tudo, como se avaliasse o local. Entramos, e eu decido que ela ficará em um dos quartos lá em cima. Por causa da cadeira de rodas, eu tive que mudar o meu quarto para o andar de baixo, mas quero ver ela pagando penitência, subindo e descendo as escadas toda hora.
— Renê! — Chamo a governanta da minha casa. — Leve a Eloísa para um dos quartos de hóspedes lá em cima, ela será a minha terapeuta, e precisamos deixar ela confortável.
— Mas, não seria melhor eu ficar perto de você? Tipo, seu quarto é lá em cima ou aqui embaixo?
— O meu quarto é aqui, mas você vai ficar onde eu mandar. — Ela ergue a sobrancelha, e então, parece entender o motivo de deixar ela lá em cima. — Vai, e depois desça para começar a trabalhar. Não terá folga enquanto eu estiver acordado.
— Ok, você quem manda. — Ela vira as costas e sai, e eu fico olhando para ela até ela sumir.
— Patrón, tem certeza que vai deixar ela aqui? Não sai da minha cabeça o que ela disse no carro.
— Vai sim, vamos deixar um soldado na porta do meu quarto quando eu estiver dormindo. E nada de deixar ela chegar perto da minha comida ou água. Ela está aqui como uma detenta, e tudo que eu fizer com ela, pode ser que ela queira se vingar. Fiquem de olho, não confio nela.
Ele concorda e me leva até o meu quarto. Ficar aqui embaixo é estranho, mas é melhor do que ficar sendo levado pelos meus soldados. Na hora do almoço, quando eu estou saindo, ela abre a porta. Ergo uma sobrancelha para nela, não temos intimidade nenhuma para ela entrar no meu quarto dessa forma.
— Não sabe bater?
— Ah é, desculpa, eu deixei a minha educação em casa.
— Eu poderia estar me trocando, sabia?
— E daí? Eu não vou te estuprar se ver você pelado não. Pode ficar tranquilo quanto a isso. Só vim te chamar para almoçar. — Serro os olhos para ela, espero que ela não tenha tocado na minha comida. — A governanta mandou avisar. Vamos.
Ela vem até atrás de mim, e começa a empurrar a cadeira. Ela me leva até a sala de jantar, e me coloca na ponta da mesa, onde deveria ter uma cadeira.
— Precisa de algo mais?
— Sim, de silêncio... — Ela arrasta a cadeira, fazendo ela fazer um barulho desgraçado. — Eu não mandei você se sentar, Eloísa.
— Ainda bem que você não manda. Mas se quiser, pode me mandar embora. — minhas refeições sempre foram silenciosas, ela não pode acabar com o meu sossego assim.
— Vai comer lá na cozinha!
— Nunca comi na cozinha, se me quer morando aqui embaixo do seu teto, vai ter que me aturar. Já coloquei até o meu prato na mesa, e vou me sentar do seu ladinho. Vai que você precise de algo?
Reviro os olhos, ela está me testando, só pode. Tento fingir que sua presença não existe, que ela não está aqui. Mas, é uma coisa bem impossível, já que ele faz tanto barulho, querendo me irritar.
— Nossa, que prato é esse? Eu nunca comi nada igual.
— Coma em silêncio! — Repito mais uma vez, e ela passa a mão na boca, imitando um zíper. Vejo que para tudo que ela faz ela dá um sorriso, ela sorri o tempo todo, como pode ser tão besta?
— Está me olhando demais, senhor Belfort, precisa de algo? — Desvio o meu olhar para o meu prato, essa é a segunda vez que ela me deixa sem palavras. Ela então começa a dar risada. — Acho que já estou cheia. A comida é boa, mas é pesada, e isso vai me deixar com dor de estômago. Termina de comer, vamos começar a fazer massagem as suas pernas.
— As coisas já estão separados no meu quarto. Pode ir lá e se organizar.
— Posso entrar lá agora? — Olho para ela de cara fechada, e ela me dá outro sorriso. Ela se levanta e sai da sala de jantar. Enfim, agora posso comer em silêncio.
Assim que termino de comer chamo o Riper para me ajudar, pois preciso ir da cadeira para a cama. Acho que até conseguiria fazer isso sozinho, mas não vou fazer na presença dela. Quero que ela pense que eu estou inválido. Assim que me deito na cama, ela pede para o Riper tirar a minha calça e me deixar só de cueca.
— Tá louca?
— Louca porque? Como vou passar o gel em cima da calça?
— Eu não vou ficar pelado na sua frente, Eloísa. Dê um jeito aí.
— Olha, Riper, ele acha que eu vou abusar do corpinho musculoso dele. — Sua ironia chega ser irritante. — Ou tira a calça, ou eu não vou fazer nada. Quem perde é você, pois se não tiver estímulo, suas perna ficaram assim para sempre. Por acaso é virgem?
— Não! Eu só não quero ficar pelado na sua frente. — Falei parecendo um idiota. E ela percebeu, pois mais uma vez deu risada.
— Já foi a praia? Lá quase todo mundo anda só de sunga e biquíni, e nem por isso estão pelados. Não estou pedindo para você tirar tudo, mas eu preciso mexer na sua perna. Vamos fazer o seguinte. Eu vou sair, e você tira a calça e coloca uma bermuda, ok? Lembrando, eu preciso que fique da coxa para baixo a mostra.
Ela se levanta e saído quarto. Olho para a porta, e fico pensando em tudo. Ela só pode ser louca, não tem outra explicação. O Riper vai até o meu closet, e pega um samba canção. Tiro a minha calça, e coloco ela.
— Ela parece ser mandona, ela tem o mesmo gênio que o senhor, só que ela é mais alegre.
— Jura? Para de falar merda, e manda logo ela entrar. — Ele vai até a porta e quando abre, ela olha para trás e entra.
Ela pega as luvas, coloca na mão, coloca um pouco de gel, e espalha uma na outra. Depois, ela coloco o gel sobre a minha perna, e eu sinto o gelado. Contraio a pernas ela olha para mim, como se não entendesse o que está acontecendo.
— Você pode sentir?
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Vera F Strombeck
vixe esse mafioso tá é lascado nas mãos da Helô 🤣🤣🤣
ela vai dobrar ele e por no bolso 🤣🤣🤣
coitado vai enlouquecer
ansiosa esperando novos capítulos 👏👏👏
2025-10-15
18
Laercia Evangelista
Ela vai sacar que ele está mentindo, que só a trouxe para infernizar a vida dela, e vai fingir que acredita na desculpa que ele vai inventar,para também atormentar com a vida dele 😂😂😂
2025-10-15
2
Rosiane Alves
Ele vai se ferrar na mão da Eloisa.
Esse é o mafioso mais fraco que conheço.
A Eloisa vai fazer dele, gato e sapato. 🤭🤣🤣
2025-10-15
3