Um lar temporário

Eu estou sentada na sala de espera do hospital, esperando para fazer os procedimentos necessários para liberar o corpo da minha mãe. O choque ainda é palpável, e eu não consigo acreditar que ela realmente se foi. A sensação de irrealidade é forte, e eu me pego pensando que isso é apenas um pesadelo e que eu vou acordar logo e tudo vai voltar ao normal.

Um funcionário do hospital vem até mim e me entrega um envelope com os pertences da minha mãe. Eu abro o envelope e encontro o celular dela, a carteira e um anel que ela sempre usava. A visão do anel me faz chorar novamente, e eu sinto uma dor profunda no peito ao lembrar de todas as vezes que eu vi minha mãe usando-o.

Um assistente social vem me ajudar com os procedimentos, e eu estou grata por sua ajuda. Ela é muito gentil e me explica tudo o que eu preciso fazer. Com sua ajuda, eu consigo terminar os procedimentos necessários.

Quando chega a hora de me despedir da minha mãe, eu peço para ver o corpo dela novamente. O funcionário do hospital me leva até a sala onde está o corpo da minha mãe. Eu me aproximo dela e a abraço, chorando incontrolavelmente. Eu digo o quanto eu a amo e o quanto eu vou sentir falta dela.

Depois de algum tempo, eu sei que é hora de ir embora. Eu dou um último beijo na testa da minha mãe e saio da sala, sabendo que eu vou ter que enfrentar o resto da minha vida sem ela.

Eu estou sentada na cadeira do corredor do hospital, debruçada sobre meus joelhos, chorando incontrolavelmente. De repente, eu sinto um toque suave no meu ombro. Eu levanto a cabeça e vejo uma mulher morena, de baixa estatura e cabelos ondulados, com um sorriso gentil no rosto.

"Sou a Karen, agente social", ela diz, com uma voz suave. "Eu vou ficar responsável por você até que você decida o que fazer em seguida."

Eu olho para ela, sentindo uma mistura de gratidão e desespero. "Obrigada", eu digo, tentando controlar o choro.

Karen se senta ao meu lado e me oferece um lenço de papel. "Eu sinto muito pelo que aconteceu", ela diz. "Eu sei que é um momento muito difícil para você. Mas eu estou aqui para ajudar, okay?"

Eu assinto, sentindo uma lágrima rolar pelo meu rosto novamente. Karen me oferece um abraço, e eu aceito.

"Vamos conversar sobre o que você precisa fazer em seguida", ela diz. "Você tem algum familiar ou amigo que possa ficar com você?"

"Eu não tenho ninguém", eu digo, sentindo uma onda de tristeza me invadir. "Era só eu, minha mãe e meu pai..."

Karen assente com um olhar solidário. "Bom, querida, infelizmente é uma situação muito complicada. Você pode precisar ir para um abrigo ou um lar temporário até que encontremos uma solução mais permanente para você."

Eu sinto um nó na garganta. "Eu vou para um orfanato?"

Karen hesita por um momento antes de responder. "Vamos conversar sobre as opções, Harper. Mas é importante saber que estamos aqui para apoiar você, e vamos encontrar a melhor solução possível."

Karen começa a explicar os procedimentos e eu ouço atentamente, tentando absorver tudo o que ela está dizendo. Eu sei que preciso ser forte agora.

Ela começa a preencher alguns papéis e fazer alguns telefonemas. Eu ouço atentamente, tentando entender o que está acontecendo. Depois de alguns minutos, ela desliga o telefone e se vira para mim.

"Ok, Harper, encontramos um abrigo temporário para você", ela diz. "É um lugar seguro e acolhedor, e você vai ter apoio e cuidado até que encontremos uma solução mais permanente para você."

Eu assinto, sentindo uma mistura de alívio e ansiedade. Eu não sei o que esperar do futuro, mas sei que preciso ser forte agora.

"Vamos lá", Karen diz, levantando-se. "Vamos levar você para o abrigo. Você precisa de alguma coisa antes de irmos?"

Eu penso por um momento, mas não consigo pensar em nada. "Não, acho que não", eu digo.

Karen assente e pega uma mala pequena que eu nem havia notado. "Vamos então", ela diz.

Eu me levanto e sigo Karen para fora do hospital. O sol está brilhando, mas eu não sinto nada. Estou em um estado de choque, e tudo parece irreal.

Quando chegamos ao abrigo, eu fico surpresa. É um lugar mais bonito do que eu imaginava. Há plantas e quadros nas paredes, e as pessoas parecem amigáveis.

Karen me apresenta às pessoas do abrigo e eu sou levada para o meu quarto. É simples, mas é limpo e confortável.

Eu me sento na cama e olho em volta. Eu não sei o que o futuro reserva, mas sei que estou segura aqui. E isso é tudo o que importa agora.

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