2.

...POV Paulo...

mOs últimos meses desde que ela foi para Califórnia só tem sido bons graças a minha banda com os meninos. Os shows e entrevistas têm sido uma boa ocupação pra mim. Eu só penso nela quando eu estou sozinho no apartamento sem nada pra fazer, ainda mais a noite.

Depois do dia que eu fui até o Aeroporto para pelo menos tentar me despedir, - O que não foi possível, pois quando cheguei ela já tinha embarcado -, eu não tentei contato com ela, sabia que ela estava magoada com a suposta traição vindo da minha parte, apesar de eu não tê-la traído e tudo ter sido uma armação de Gabriela, com que eu nem mantia mais contato. Eu só sabia que ela estava bem pois algumas vezes perguntava para os meninos, que também não sabiam de muita coisa ou então não queriam me contar. Mas eu estava tentando seguir minha vida.

A campainha tocou e Max seguiu até a porta animado, sabia que deveria ser os meninos, porque havíamos marcado uma 'reunião' para escolher o repertório do show do dia seguinte. E Caíque sempre esquecia de levar a chave quando dormia fora.

- Eae cara. - eles me cumprimentaram e eu fiz o mesmo.

- Como passou a noite? - Caíque.

- Bem, com capítulos de séries e a companhia do Max. Mas imagino que você tenha passado uma noite bem melhor que a minha. - Disse, pois ele havia dormido na casa de Bia.

- Mas você poderia ter tido uma noite melhor.

- Caíque tem razão, ontem era sexta, você podia ter ido para uma balada, ter conhecido novas garotas...

- Balada nunca foi minha praia, vocês já deveriam saber.

- Ok, mas você deveria conhecer novas garotas. Você sabe desde que a ela foi embora eu nunca vi você com mais ninguém. - Suspirei. Eu não tinha ficado com ninguém mesmo, e olha que eu tentei, mas eu não tinha vontade de ficar com outras garotas, eu só queria ficar com ela, mesmo sabendo que no momento era quase impossível.

- Eu prefiro ficar em casa mesmo. - Desconversei e o celular dos dois apitaram ao mesmo tempo. E ambos pegaram para ver, sorrindo logo em seguida. - Posso saber o motivo de sorrisos?

- Ahn... É...Nada demais. - Nathan olhou para Caíque. E eu senti que ele estava escondendo algo.

- Acho melhor contar logo.

- Contar o que? - Eles suspiraram.

- A Fê, ela tá vindo pro Brasil. - Meu coração disparou.

- Ah...E quando ela chega? - Tentei parecer normal com a notícia.

- Ela não quis falar, disse que era surpresa. - Nathan.

- Ela tá vindo sozinha?

- As meninas perguntaram se um tal de Pedro ia vir com ela e a Fê afirmou.

- Hum.

Pedro. É claro que deveria ser namorado dela. Ingênuo fui eu de achar que ela ainda estaria sozinha.

- Então, vamos escolher as músicas, né? - Caíque falou talvez notando o quão afetado eu fiquei com as notícias, ainda mais com a do tal Pedro.

- Vamos.

...Dia Seguinte...

...POV Fernanda...

Depois 12 longas horas dentro de um avião, eu finalmente havia chegado em solo brasileiro, mas não especificamente em São Paulo. Pois por conta de alguns problemas o avião teve que pousar no Rio de Janeiro, então eu teria que pegar outro vôo para que enfim estivesse na minha cidade natal.

Estava extremamente cansada e o Pedro estava um pouco enjoadinho por passar tantas horas dentro do avião. Eu ainda teria que esperar duas horas até meu vôo, que seria as 7 da manhã, ainda eram 5.

Suspirei cansada e resolvi dar uma volta pelo aeroporto para esticar um pouco as pernas e ver se Pê se distraia. Passei em uma lojinha que tinha alguns brinquedos e comprei um para ele se entreter, depois fui até uma lanchonete para comprar algo para comermos.

Senti meu celular vibrar e vi que era uma mensagem de Débora perguntando se eu já havia chegado. Respondi explicando toda situação e disse para que ela não se preocupasse comigo e para ir dormir, pois na Califórnia era 1 da manhã.

Abri no grupo com as meninas e mandei uma mensagem, mesmo sabendo que provavelmente elas não estariam acordadas.

- Bom dia, meninas! - alguns minutos passaram e o celular vibrou.

Bia - Você me acordou. Tem noção que aqui no Brasil são 5 da manhã? E pelas minhas contas ai é 1, vai dormir.

- Aqui também são 5 da manhã. - mandei uma foto do aeroporto.

Mari - Mentira! Você já tá em São Paulo?!

- Era para eu estar, mas houve uns problemas e estou no Rio.

Bia - Que horas você chega?

- Por volta das 7 da manhã.

Mari - Vou te buscar no Aeroporto.

Bia - Vamos, você quis dizer né.

- Agradeço, pois estou morta de cansaço.

Bia - Nos vemos daqui a pouco então. Vou me arrumar, Beijos.

Mari - Eu também.

- Ok, Beijos.

...POV Paulo...

Acordei bem mais cedo do que eu deveria e me surpreendi quando vi que os meninos também já haviam acordado.

- Que milagre é esse? Vocês acordados antes mesmo do horário. - estranhei.

- O milagre se chama Fernanda. - franzi a testa confuso. Como assim? Ela já tinha chegado.

- Ela já chegou?

- Não, mas vai chegar daqui a uma hora, daí as meninas querem ir com a gente pro Aeroporto, já que temos vôo as 8h.

- Ah...

- Talvez dê pra gente ver ela.

Eu queria muito que desse, mas se fosse pra ver ela chegando de mão dada com outro cara eu preferia vê-la depois.

Comi em silêncio com meus pensamentos barulhentos. Tomei um banho; me arrumei; peguei minha mala e voltei a sala quando a campainha tocou. Faltavam 20 para as 7, mas daqui para o Aeroporto era rapidinho.

Eu e os meninos descemos e entramos no carro de Mari, onde eles conversavam animados sobre a volta da Fê.

Em 10 minutos estávamos no Aeroporto. Sentamos perto do painel que mostrava os voos e Mari disse que faltavam apenas 10 minutos para que o vôo dela chegasse. Mas minha ansiedade, nervosismo e frio na barriga já haviam chegado a tempos.

O pessoal da nossa equipe tinham chegado e disseram para irmos fazer o chek-in, porém só faltavam 2 minutos para as 7 horas, então os meninos pediram para que esperassem 5 minutos.

Deu 7 horas e nada. 7h05 nada. 7h10 nada também. O Painel mostrou que o vôo estava atrasado e que chegaria as 7h30. Eu e os meninos não podíamos esperar, então fomos para o balcão fazer o chek-in.

...POV Fê...

Hoje não era meu dia. Tive problema com o primeiro vôo e o meu segundo havia atrasado meia hora. Mas o que importava é que eu finalmente havia chegado. Depois de pegar minha mala fui saindo da área de desembarque e vi minhas duas amigas sorrindo. Caminhei até as duas o mais rápido que me era permitido e as abracei.

- Que saudade! - dissemos juntas.

- Nunca mais ouse ficar tanto tempo longe da gente. - Bia.

- Dúvido que eu consiga. - Disse e Pê - que até poucos minutos estava dormindo -, acordou.

- Ele é ainda mais fofo pessoalmente. - Pê sorriu como se entendesse.

- own, vem cá com a dinda. - Mari o pegou no colo.

- Mariana, eu já disse pra você que a Madrinha do Pedro sou eu. - Ah não, já vai começar a disputa.

- Eu acho que... - interrompi.

- Meninas, não é por nada mas eu estou muito cansada, então gostaria de ir pra casa logo.

- Ok, vamos. - Bia pegou minha mala e saiu puxando pra fora do Aeroporto enquanto Mari brincava com Pedro em seu colo.

Depois de colocar minha mala no porta-malas, entrei no banco de trás junto com Pedro e as meninas sentaram na frente.

- Hum, acho que o Nathan esqueceu a blusa aqui. - peguei o moletom preto e cinza que estava no banco.

- Deixa eu ver. - entreguei para Mari. - Não é do Nathan, nem meu. O Caíque ou o Paulo devem ter esquecido hoje.

- É do Paulo, o Caíque já tava de moletom. - Bia.

- E por que os meninos estavam no seu carro hoje?

- Aproveitamos que íamos te buscar pra levar eles pro aeroporto, já que eles tem show no Rio hoje. - Bia.

- É, você ia encontrar com eles, só que aí seu vôo atrasou então eles tiveram que ir fazer o chek-in.

- Foi até bom atrasar...Não queria chegar e dar logo de cara com o Paulo.

- Mas uma hora ou outra vocês vão se encontrar, afinal vocês moram um do lado do outro.

- Eu sei.

- Toma. - Mari falou e jogou o moletom em cima de mim. E eu senti o perfume dele me invadir, ainda era o mesmo. - Entrega pra ele quando ele voltar. Chegamos. - Reconheci sua casa.

- Achei que eu ia pro meu apartamento.

- Você até iria se eu tivesse às chaves pra te dar. Lembra quando você deixou as chaves comigo? - assenti. - Eu entreguei pro Paulo, mas eu esqueci de pedir de volta.

- E a cópia que você tinha?

- Esta perdida em casa, mas eu vou achar ainda hoje, prometo. E além do mais, se você fosse pra casa você ainda teria que ir no mercado para comprar algumas coisas. Enfim. - Assenti concordando.

Descemos do carro e eu subi pra descansar no quarto de Mari.

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Comments

Bernadete Barros Rocha

Bernadete Barros Rocha

Agora tá explicado uma cobraranha desamiga fdp

2024-11-27

0

Lena Macêdo E Silva

Lena Macêdo E Silva

aeroporto lugar de encontro e desencontro, chegada e partida, acolhida e despedida 💐💞

2023-04-05

10

ANA LUCIA VANDAM DE SOUZA

ANA LUCIA VANDAM DE SOUZA

parece ser boa..espero que não enrole demais pra contar pro pai da criança!!

2022-11-22

10

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