Amor Proibido — Meu Ex Genro

Amor Proibido — Meu Ex Genro

CAPÍTULO 01

Olá, meus amores!

Tenho um livro quentinho, escrito especialmente para vocês. Ele foge um pouco do que estamos acostumados a ler, mas peço que mantenham a mente aberta. Helena é uma mulher com mais de 35 anos que está se redescobrindo após um casamento abusivo, e sua jornada promete emoções intensas e transformadoras.

Nunca imaginei que chegaria a este ponto, mas aqui estou, encarando o homem que um dia me seduziu com palavras doces e promessas vazias.

Agora, cada frase dele soava como uma tentativa de manipulação, e eu, finalmente, percebi que não tinha mais motivos de manter essa relação tóxica.

— Helena, você está exagerando! — gritou ele, batendo a mão na mesa de seu escritório, fazendo alguns objetos saltarem. — Isso não é justo. Eu sempre cuidei de você, te dei tudo que você sempre sonhou.

— Tudo? — perguntei, ironicamente. Respirei fundo, precisava disso. — Você me deu luxo e riqueza, sim. Mas não me deu respeito. Não me deu lealdade. E me deu muito pouco amor. Eu cansei de viver assim. Cansei de ser a mulher que sorri enquanto você me trai.

Ele riu, um riso áspero, cheio de ironia.

— Então o motivo para tudo isso é traição? — Sorriu, debochado. — Tudo não passa de uma mídia sensacionalista.  Você não entende nada, Helena!

— Ah, eu entendo sim — minha voz cortava o ar como uma faca. — Entendo perfeitamente que minha vida nunca foi minha. Que minha juventude foi roubada, que minha filha cresceu vendo seu pai humilhar a mãe todos os dias, e que, por mais que eu tenha tentado, nunca consegui fazer você me respeitar.

O peso do que eu segurava nas mãos parecia esmagador. O tablet brilhava com a luz da tela, e cada palavra estampada ali fazia meu coração disparar.

Normalmente eu ignorava esse tipo de mídias, aquelas que se alimentam de escândalos alheios.

Mas a foto publicava era a mais humilhante possível — meu marido, com um pouco mais de cinquenta anos, abraçado a uma garota de dezenove… a idade da nossa filha.

Eles sorriam, como se o mundo inteiro fosse testemunha de minha humilhação. Ela, elegante e jovem, olhando para ele como se ele fosse um prêmio. Ele, convencido, acreditando que era um bom partido como sempre.

Ele não podia mais simplesmente negar. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Ele piscou, incrédulo, como se eu tivesse acabado de pronunciar palavras impossíveis de serem entendidas.

— Você... não pode e nem vai destruir tudo que construí! — murmurou, sua voz carregada de incredulidade e raiva.

— Tudo que você construiu foi sobre você mesmo — minha voz se manteve firme, quase sem tremores — Eu quero o divórcio.

Ele se levantou de repente, vindo em minha direção, mas algo em meu olhar o fez parar. Não havia medo ali, apenas a convicção de quem passou anos sendo subestimada e agora finalmente encontrou sua própria força.

— Então faça o que quiser, Helena. Mas não diga que eu não avisei… você vai se arrepender, vai voltar rastejando — rosnou, sua arrogância evidente, mas incapaz de me intimidar como antes.

— O arrependimento é a única coisa que não vou senti quando deixar você, Frederick — respondi, retirando meu anel de casada e colocando sobre a mesa dele, virando-me para sair daquele ambiente tóxico.

Tentei controlar o nó na garganta, não choraria. Enquanto arrumava minhas malas, minha mente voltava para tudo que vivi — gritos, acusações, ameaças veladas.

Eu não era mais a mesma Helena ingênua que se casara com aquele canalha aos dezessete.

Não aguentaria nada mais vindo dele. Já adiava essa decisão há dois anos, desde o dia em que nossa filha saiu de casa, mas agora chega. Já perdi tempo demais da minha vida.

Quando finalmente entendi onde havia me metido, comecei a me blindar e a construir meu próprio mundo.

Cada operação bem-sucedida, cada paciente salvo, cada reconhecimento público que conquistava era um tijolo na minha fortaleza de independência.

Sabia que ele não facilitaria nosso divórcio, mas tudo que acumulei durante todos esses anos humilhantes poderia me manter pelo resto da vida.

Ainda mais quando eu não pretendia abdicar da minha profissão — ser uma médica conceituada era parte de quem eu era, e nada poderia apagar isso.

Ele poderia até tentar me denegrir, espalhar mentiras, me difamar… mas eu tinha referências sólidas, provas incontestáveis de minha competência e ética. Eu não era mais a jovem ingênua de antes.

Eu era Helena Vaughn — cirurgiã, mãe, mulher que se reconstruiria das cinzas de um casamento tóxico. E, finalmente, eu tinha em mãos a liberdade que ninguém jamais poderia me tirar.

Meu telefone começou a tocar e, ao verificar quem estava me ligando, observei o nome de minha filha — Eduarda. O coração me apertou imediatamente.

Há semanas não nos falávamos, sempre ocupadas, cada uma em seu mundo, ela na moda e eu no hospital.

Agora, no meio de todo aquele caos, ouvir a voz dela parecia uma âncora. Peguei o aparelho e atendi a ligação.

— Oi, meu amor! — minha voz saiu baixa, carregada de saudade.

— Mãe… — a voz dela, suave atravessou a linha. — Eu vi a notícia. — Um silêncio pesado se instalou por um instante, e eu sabia exatamente a que notícia ela se referia. — Você está bem?

Fechei os olhos, o peito doía pela humilhação. Eduarda sempre fora perceptiva demais. Desde criança, absorvia o peso do ambiente sufocante daquela casa, e talvez por isso tenha decidido sair tão cedo.

— Estou, meu amor… ou pelo menos tentando estar. — Respirei fundo, forçando um tom suave. — Eu não aguento mais, Duda. Hoje decidi… e pedi o divórcio ao seu pai.

Houve uma pausa do outro lado, seguida de um suspiro aliviado.

— Até que enfim, mãe… — a emoção transparecia na voz dela. — Eu só queria que você tivesse feito isso antes, por você. — Sorri, sentindo uma mistura de alívio e orgulho.

— Eu sei, filha. Mas precisei criar coragem. E agora não tem mais volta.

Do outro lado da linha, percebi um riso contido, cheio de cumplicidade.

— Você sempre foi mais forte do que imagina. E eu estou aqui, não importa a distância.

Aquelas palavras aqueceram meu coração mais do que qualquer riqueza que aquele homem pudesse oferecer.

Ali, com o telefone encostado ao ouvido, percebi que não estava sozinha. Eu tinha Eduarda. Eu tinha a mim mesma. E isso era tudo o que precisava para começar de novo.

Assim que terminei de guardar tudo que era meu, chamei duas empregadas para que pudessem me ajudar a descer as malas.

Meu carro já estava diante da porta da mansão. Assim que cheguei no hall de entrada, Frederick apareceu.

— Pense bem, Helena, quando você voltar, já terá outra em seu lugar — ameaçou, como se isso pudesse me fazer desistir.

— Fique à vontade para colocar quantas você quiser aqui dentro, Frederick. Já sustentei demais todo esse teatro — murmurei, colocando meus óculos de sol e deixando aquele tormento para trás.

Já havia comprado um apartamento. Talvez simples demais para os padrões dele, mas eu nunca precisei do luxo que ele fazia questão de ostentar.

Enquanto ele acreditava que eu apenas desperdiçava meu tempo, eu construía minha carreira — independente, sólida e totalmente desvinculada do sobrenome dele.

Assim que coloquei meu pé em meu novo lar, sorri aliviada. A atmosfera ali era totalmente diferente da opressora que era conviver com aquele homem.

Cada parede branca, cada móvel simples, cada detalhe escolhido por mim exalava liberdade.

Caminhei até a varanda, onde o sol da tarde atravessava as cortinas leves. Respirei fundo, sentindo pela primeira vez em muitos anos o peso sair dos meus ombros.

Ali não havia gritos, nem julgamentos, nem olhares de desprezo. Apenas silêncio e a sensação de que, enfim, eu poderia recomeçar.

Peguei uma taça, servi um pouco de vinho e ergui em um brinde solitário.

— À minha vida de verdade… — murmurei, sentindo o sabor da vitória se misturar ao gosto doce da liberdade.

Mas no fundo, eu sabia — Frederick tentaria me derrubar, expor minhas fraquezas, usar cada arma que tivesse. Mas eu estava pronta. Desta vez, quem ditava as regras da minha vida era eu.

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Comments

Julia Antunes

Julia Antunes

Que bom você aqui Autora!
Suas estórias são maravilhosas.
Deus te abençoe! 🙏😘

2025-09-28

3

bete 💗

bete 💗

adorando ❤️❤️❤️❤️❤️

2025-09-29

1

Ver todos

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