capítulo 4

Bruna: Oi, meninas! Meu nome é Bruna Pereira Silva, tenho 15 anos e moro com meus pais em uma comunidade no Rio de Janeiro. Estou no primeiro ano do ensino médio e sou muito dedicada aos estudos. Adoro aprender idiomas e já falo inglês e espanhol, além do português. Atualmente, estou estudando turco e francês e já consigo me comunicar um pouco. Sou bastante habilidosa com tecnologia e sempre amei estudar. Meus pais sempre foram meus mentores, incentivando-me a ir além na minha trajetória acadêmica. Possuo uma fascinação hipnotizante por números e, quem sabe, um dia eu possa exercer uma profissão em uma grande empresa, além de apreciar a organização de eventos. Nunca tive um namorado, sou muito jovem, e minha mente ainda está focada apenas nos estudos e na busca pelo sucesso na vida. Depois a gente pensa no que fazer com o coração. Tenho alguns passatempos: gosto de cantar e acampar, atividades que faço com minhas amigas da escola. No entanto, sempre escolhemos lugares próximos. Minha mãe não confia em mim para ir a lugares distantes, alegando que sou muito nova, e eu entendo a preocupação dela. Meu pai é uma pessoa incrível, o melhor pai do mundo, e minha mãe, nossa, ela é minha mentora, meu exemplo de mulher. O relacionamento dos meus pais é o que me inspira e me faz acreditar que um dia vou encontrar o príncipe dos meus sonhos, pois é um amor genuíno e sincero que, de longe, é possível perceber que é para toda a vida. E eu desejo alguém que seja eterno, não apenas por estar ao meu lado, mas por amor. Sou bastante romântica e afetuosa. Acredito que, quando encontrar um namorado, serei a melhor namorada do mundo, fazendo tudo por ele e lhe dando todo o amor e carinho que tenho.

— Uma semana se passou, e Victor e Alane ainda enfrentamo mesmo dilema. Enquanto ela sai com o amante, ele, feito otário, acredita na fidelidade dela. Nesse exato momento, ele se encontra em casa, sentado no jardim, quando sua avó se aproxima.

Aracy: "Victor, meu neto, vamos ter uma conversa com a vovó. Já faz uma semana que estou aqui e já deu para notar que o seu casamento não é tão bom assim. A Alane é bem esquisita, não a vejo dando carinho nem tratando meu neto com amor. Estou vendo em seu casamento a versão do meu, mas, nesta história, o cego é você. Desculpe por falar dessa maneira, mas sou sua avó e só desejo o melhor para você. Você tem certeza de que essa moça gosta de você e lhe respeita?

— Victor não sabe o que responder à avó e abaixa a cabeça sem ter argumento.

Victor: Vó, eu gosto da Alane, confio nela, me apaixonei por ela e me casei por paixão. Sinto, sim, a indiferença dela em relação a mim. Já tivemos várias discussões por causa disso, mas ela não muda; isso é uma característica dela, e eu não posso fazer nada a respeito.

Aracy: meu amor, você é capaz de tudo. Você realmente acredita que gostar e ser apaixonado faz um casamento durar? Meu neto, apenas o amor, a confiança, a maturidade, a vontade de viver, o diálogo, os gestos afetuosos, a cumplicidade e o discernimentoé que são suficientes para manter um relacionamento. Paixão é como chuva de verão: vem e vai. O amor é como o ar que respiramos: é eterno, é perene. Só há um tipo de amor, não dois. Há amor para várias situações, mas, no final das contas, é tudo amor. Paixão pode ser sentida até por uma comida que experimentamos e dizemos: "me apaixonei por esse prato". Porém, você nunca diria a um alimento: "eu te amo". Essa frase é dita para alguém, seja pai, mãe, avó, amigo ou irmão, mas o momento em que mais esperamos ouvi-la é entre um homem e uma mulher durante o ato de amor. O "eu te amo" é uma expressão breve, composta por apenas três palavras, mas, quando pronunciada de forma sincera, carrega uma profundidade emocional imensa.

— Victor ouve atentamente tudo o que sua avó diz e concorda plenamente com suas palavras.

Aracy: a vovó só deseja o seu bem. Você pode alterar o curso dessa situação, simplesmente tomando uma atitude e fazendo uma escolha. Apenas não se apegue ao casamento, meu filho, apenas por gostar, pois, em algum momento, o resultado disso é a separação. Em um relacionamento, é necessário que ambos se amem, pois, sem amor, a relação não será duradoura nem trará felicidade para ninguém. Portanto, tome uma atitude e converse seriamente com essa Alane, pois, na situação em que meu neto se encontra, quem está agindo de forma tola é você, enquanto ela faz o que bem entende sem o seu conhecimento.

Victor: Vou falar com ela, vó, valeu pela dica! —ele fala, dá um abraço na avó e entra.

— Os pais dele estão na sala; ele bate um papo rápido com eles e sobe para o quarto.

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