Entre a Fé e o Morro
Martins
milena
K2
vitin
VT
marquinho
Bia
Ana
O barraco tremia com o som do proibidão que ecoava
lá fora. O baile tava estourado, mas dentro do quarto, o clima era outro: gemidos, cheiro de suor e pólvora impregnados no ar.
Martins, o dono do morro, metia com força numa loira que tinha caído nas graças dele naquela noite. Ela gritava, unhas cravadas no colchão rasgado, enquanto ele socava fundo, sem dó, batendo na bunda dela com a palma da mão.
— Vai, porra… geme alto, desgraça — ele rosnava no ouvido dela, mordendo o pescoço, a tatuagem do fuzil brilhando com o suor escorrendo pelo ombro.
Ela implorava, perdida no tesão:
— Ai, Martins… caralho, assim eu não aguento!
Ele só ria, aquele riso frio, sem emoção, enfiando mais forte, como se fosse um castigo. Quando gozou, puxou o cabelo dela pra trás, gozando no rosto, olhando pra ela como se fosse nada.
— Tá pensando que é dona de alguma coisa, vagabunda? — cuspiu no chão, pegando o fuzil encostado na parede. — Aqui ninguém é minha mulher, não. Eu meto e vazo.
A mulher ainda tava ofegante, tentando se recompor, quando Martins engatilhou a pistola e mirou na cara dela.
— Não vou deixar rastro, vacilona. Tu fodeu com o cara errado.
O estampido ecoou. A loira caiu dura, sangue escorrendo pelo colchão. Martins só limpou a arma com a própria camisa, como se tivesse matado uma mosca.
Ele saiu do barraco, acendeu um cigarro e gritou:
— Vapo! Cadê meus cria?
Logo apareceram os vapores: Marquinhos, K2, Vitin e VT. Todos armados até os dentes, prontos pra missão.
— Qual foi, chefia? — perguntou K2, ajeitando o fuzil no ombro.
Martins tragou o cigarro fundo, soltou a fumaça no ar quente da madrugada e disse:
— Bora cobrar os arrombado que tão querendo meter o pé no meu corre. Tão achando que aqui é bagunça? Vou ensinar como é que se respeita dono de morro.
A tropa se organizou. Eles subiram de moto, acelerando pelas vielas, fuzil em punho, olhar frio. O silêncio da favela se quebrou quando chegaram na boca rival.
Martins desceu primeiro, o ouro pesando no pescoço, a pistola cromada brilhando na mão.
— Cadê os filha da puta? — ele berrou.
Um dos rivais tentou correr. Martins foi mais rápido: dois tiros certeiros no peito, o cara caiu sem nem respirar.
— Vai, vapo! — gritou ele, e o barulho dos tiros ecoou por toda a quebrada.
Foi massacre. Vitin derrubava um atrás do outro, rindo enquanto recarregava. Marquinhos gritava palavrão, K2 atirava com duas armas ao mesmo tempo, e VT segurava o fuzil como se fosse extensão do corpo.
Quando a poeira baixou, o chão tava vermelho de sangue. Corpos espalhados, sem piedade. Martins passou no meio deles como se fosse rei, pisando em sangue, pegando a mochila de dinheiro que tava largada num canto.
— Olha só, vacilão tentando roubar território… — ele chutou o corpo de um dos rivais. — Aqui é Martins, porra! Eu sou o dono dessa porra toda!
Os vapores vibraram, levantando as armas pro alto:
— É o dono do morro, caralho!
Martins só deu aquele sorriso gelado, sem alegria nenhuma. Ele não ria de felicidade, ria de ódio, de poder.
Voltaram pro morro, cada um com o bolso cheio e a alma mais suja do que antes. O baile continuava, mas agora com outro peso: todos sabiam que Martins tinha acabado de escrever mais uma página de terror na história da favela.
As novinhas olhavam pra ele com desejo, queriam ser a “fiel” do chefão, mas ele não dava espaço. Subia pro camarote, pegava duas ou três de uma vez, sumia pro quarto e fazia o que queria.
— Eu não boto anel em dedo de ninguém — dizia, enquanto as novinhas revezavam nele, chupando e gemendo. — Eu sou cachorro solto. Quem manda aqui sou eu, e eu meto a pica em quem eu quiser.
No final, deixava as meninas largadas, sem carinho, sem palavra doce. Martins não tinha amor, só fogo, sangue e comando.
E assim, naquela noite, o morro inteiro entendeu mais uma vez: O dono era ele.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Leitora compulsiva
vamos ver até quando vc vai falar que não coloca anel em ninguém 🤣🤣🤣
2025-09-11
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